As secas recordes estão se tornando uma “nova normalidade para bilhões de pessoas, mas poucos países estão levando a sério essa ameaça, alertaram pesquisadores em um relatório global.
As secas se agravam pela mudança climática pelo ser humano, e os períodos secos mais longos e severos contribuem para o esgotamento dos solos férteis, que pouco a pouco se tornam áridos.
As secas são “um dos perigos mais caros e mortais do mundo”, explicaram os pesquisadores na declaração de lançamento do Atlas.
Este ano, quase certamente o mais quente já registrado, foi marcado por secas destrutivas do Equador ao Marrocos e da Namíbia ao Mediterrâneo.
As secas são “menos visíveis e atraem menos atenção do que eventos repentinos, como enchentes e terremotos”, mas não devem ser subestimadas, alertaram os pesquisadores.
Além de afetar diretamente as pessoas, elas podem ter efeitos secundários na produção de energia, no comércio global e em setores como o de transporte marítimo.
Até 2050, três em cada quatro pessoas na Terra serão afetadas de alguma forma pelas secas, de acordo com a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD) e o Centro de Pesquisa Conjunta da Comissão Europeia, que co-patrocinou o estudo.
Por meio de dezenas de mapas, gráficos e estudos de caso, o Atlas Mundial das Secas procura mostrar “como os riscos de seca estão interconectados… e como eles podem desencadear efeitos em cascata, alimentando desigualdades e conflitos e ameaçando a saúde pública”.
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