Ronaldo Fenômeno critica processo eleitoral da CBF - Foto: Reprodução / Instagram
Desconfiado da maneira pela qual a Confederação Brasileira de Futebol conduz o seu processo eleitoral, Ronaldo ‘Fenômeno’ enviou uma carta à CBF, FIFA, Conmebol, Federações Estaduais e times da Série A e B, para expôr seu incômodo com a situação.
Para o ex-jogador, o fato de Ednaldo Rodrigues, atual presidente da CBF, controlar a maneira na qual as eleições são feitas é algo preocupante. Por exemplo, Ronaldo gostaria de ser avisado com pelo menos um mês de antecedência sobre a próxima eleição, algo que hoje depende exclusivamente de Ednaldo.
Vale frisar que, segundo o estatuto atual da CBF, para Ronaldo ter sua candidatura à presidência validada, o ex-jogador precisa ter o apoio de pelo menos quatro Federações Estaduais e quatro clubes brasileiros.
Além disse, o Fenômeno pediu para que a Fifa e a Conmebol estivessem presentes durante o pleito das eleições, afirmando que isso ajudaria a ‘dar mais transparência e segurança jurídica ao processo eleitoral, bem como alinhamento aos princípios internacionais de governança no futebol’.
Leia a carta de Ronaldo na íntegra:
“Conforme comuniquei publicamente, pretendo me candidatar à presidência da CBF no próximo pleito. Preocupa-me, no entanto, a falta de transparência e segurança jurídica no processo eleitoral, que pode comprometer a imparcialidade e a legitimidade das eleições.
É notório que, com o estatuto vigente, o presidente em exercício tem controle absoluto de todo o processo – o que, por si só, nos distancia das condições de concorrência leal e isonômica. Além de não contribuir para a integridade do pleito, o modelo dificulta (quiçá, impede) o surgimento de candidaturas alternativas.
Ademais, a crise dos últimos anos no comando da CBF, marcada por uma série de interferências externas e disputas judiciais incompatíveis com a autonomia e grandeza da entidade, maculou sua reputação a nível mundial e colocou em risco a sua independência.
Se existe um fato incontestável nesses anos de imbróglio – que, inclusive, antecede a atual gestão – é que essa sucessão de acontecimentos gerou um sentimento coletivo de insegurança jurídica e afetou negativamente a credibilidade da confederação.
Faltam menos de 16 meses para a próxima Copa do Mundo – chegaremos a 2026 com um jejum de 24 anos sem o título – e tudo que o futebol brasileiro não precisa agora é passar por um processo eleitoral de legitimidade duvidosa. O que precisamos é de tempo para dar voz e espaço aos clubes que, unidos, são ainda mais fortes; para escutar as federações em prol de melhorias nas competições e desenvolvimento do esporte em seus estados; para que a força da visão compartilhada, no alinhamento estratégico, nos conduza à mudança.
À luz dessas preocupações, solicito que a data para as próximas eleições – cujo prazo estatutário é de um ano a partir de 23 de março de 2025 – seja definida com antecedência mínima de um mês, a fim de assegurar a organização e participação dos interessados.
Solicito ainda que o pleito seja supervisionado presencialmente pela FIFA e pela CONMEBOL, para dar mais transparência e segurança jurídica ao processo eleitoral, bem como alinhamento aos princípios internacionais de governança no futebol. A medida é crucial para o tratamento isonômico das partes e preservação da estabilidade institucional.
Está nas mãos do colégio eleitoral a oportunidade e a responsabilidade de atender à urgência de um choque de gestão na CBF, que comece por restaurar a confiança na instituição e seja sustentável no longo prazo. Reitero minha completa disposição colaborativa para a reconstrução da credibilidade e proteção do futuro da entidade. O futebol brasileiro é patrimônio público – cabe a nós defendê-lo”.
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