
O prefeito de Manaus em exercício, Renato Junior, iniciou, nesta segunda-feira, 14/7, a nova fase da operação “Cheia 2025”, com foco na distribuição de cestas básicas, kits de higiene e limpeza, colchões e água potável para cerca de 2.260 famílias atingidas pela cheia dos rios. No total, 37 comunidades e nove bairros do perímetro urbano da capital serão alcançados.
Uma das comunidades atendidas é a São Francisco Mainã, no Lago do Puraquequara. Lá, mora o agricultor e ex-pescador Raimundo Flores Brasil, 72 anos, que conhece bem os extremos do clima amazônico. Essa é a segunda vez que ele recebe assistência da Prefeitura de Manaus. Ele enfrentou, no final de 2023, a severa estiagem que secou os poços e obrigou os moradores a andarem quilômetros para conseguir água. Agora, em 2025, vê a cheia avançar sobre a pequena roça que mantém com esforço.
“Na seca foi um sacrifício. Hoje, com a cheia, a lancha da prefeitura parou quase dentro da minha casa. É diferente. A ajuda chegou na hora certa”, contou.
Durante coletiva de imprensa realizada na comunidade, Renato Junior ressaltou a presença da gestão do prefeito David Almeida. “Seja na seca ou na cheia, a Prefeitura de Manaus está aqui atendendo. O que estamos fazendo hoje é só a face mais visível de um trabalho que começou há meses. Não decretamos calamidade, mas agimos como se estivéssemos dentro dela. Com orçamento próprio. Com compromisso”.
Com 2.264 famílias mapeadas pela Defesa Civil, sendo 1.694 em áreas urbanas e 570 na zona rural, a operação “Cheia 2025″ entra em nova fase, fortalecendo o trabalho humanitário iniciado ainda no período da subida dos rios.
Ao lado de secretários, técnicos, vereadores e representantes da Marinha do Brasil e da Águas de Manaus, o prefeito em exercício, enfatizou que a cheia de 2025, mesmo com o rio Negro atingindo 29,05 metros, em seu auge, teve impactos muito menores que a dos anos anteriores, especialmente na de 2021. “Naquele ano, várias áreas da cidade estavam alagadas. Agora, mesmo com o mesmo nível do rio, o cenário é outro. Isso tem nome: prevenção. E tem método: organização, antecipação, presença”, afirmou Renato Junior.
Coronel Lima Junior, secretário-executivo da Defesa Civil do município, destacou que o órgão está na linha de frente dos trabalhos. “A Defesa Civil já está trabalhando há mais de três meses, todo esse monitoramento, todo esse levantamento e cadastro tem sido feito pela Defesa Civil com o apoio das demais secretarias. É dessa forma que a Prefeitura de Manaus trabalha, de forma unida, conforme orientação do prefeito David Almeida”, completou.
Ações preventivas
Desde o início do ano, a Prefeitura de Manaus investiu em medidas estruturais para mitigar os efeitos da cheia. A Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) desobstruiu 4.890 bueiros e dragou 1.437 metros de igarapés, além de construir mais de 1.400 metros quadrados de pontes e passarelas. A Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp) retirou 4.854 toneladas de resíduos dos igarapés, com destaque para a atuação das ecobarreiras flutuantes, que sozinhas impediram que 1.350 toneladas de lixo chegassem ao leito do rio Negro.
