O ex-presidente Jair Bolsonaro - Foto: Ton Molina / Fotoarena

A relatora da CPMI do 8 de Janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), deve pedir o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro em cinco crimes — tentativa de abolição do estado democrático de direito, tentativa de depor governo legitimamente constituído, peculato, uso de documento falso e corrupção de menores.

O presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União-BA), marcou a leitura do relatório para a próxima terça-feira, 17, mas é provável que haja pedido de vistas. Já foi fechado um acordo entre os parlamentares para que a votação do relatório final ocorra na quarta.

A CPI foi aberta no final de maio e colheu mais de 20 depoimentos. Entre as provas mais fortes contra Bolsonaro estão mensagens telefônicas encontradas no celular do então ajudante de ordens, coronel Mauro Cid, contendo diálogos e documentos que sugerem a articulação de uma intervenção militar após as eleições de 2022.

O crime de peculato — quando um funcionário público apropria-se de dinheiro, valor ou qualquer bem móvel, em razão do cargo, e tenta desviar em proveito próprio — está relacionado ao caso das joias que Bolsonaro e sua equipe venderam e que pertenceriam ao patrimônio público. Já os crimes de corrupção de menores e falsificação estão associados aos certificados de vacinação emitidos em dezembro do ano passado em nome do presidente e de sua filha.

*Com informações de Veja