Regina Duarte e José Mayer em “História de Amor” (Foto: Divulgação / Globo)
Regina Duarte retorna às novelas com a reprise de “História de Amor”, marcando um reencontro simbólico com o público e com a TV Globo. Regina, que interpreta Helena na trama de Manoel Carlos, afirma que essa é sua personagem favorita do autor – ela interpretou um total de três Helenas. O retorno da novela reacende debates sobre sua trajetória, incluindo antigos rumores de que ela teria recusado um papel em uma obra de Silvio de Abreu, algo que nega. Admiradora de Maneco, Regina elogia sua sensibilidade ao retratar o universo feminino. Com a reprise, aposta que novas gerações se conectarão à história, reafirmando seu legado na teledramaturgia.
Definitivamente, Regina Duarte é um dos nomes mais icônicos quando se fala em novela brasileira, especialmente quando o assunto são as Helenas de Manoel Carlos. Se dar vida a uma Helena era um desafio cobiçado por muitas atrizes, coube a Regina interpretar três delas. A primeira da série foi Helena Soares, de “História de Amor”, que retorna à TV Globo na próxima segunda-feira.
Dona de um carisma inquestionável, Regina sempre foi uma das protagonistas mais marcantes da teledramaturgia nacional. Por isso, após sua saída conturbada da emissora, especulava-se que nenhuma novela protagonizada por ela voltaria ao ar. E, com algumas reexibições, as chances de um resgate institucional de sua trajetória na Globo pareciam ainda menores. Pois bem, isso mudou — ou está mudando.
Questionada sobre uma possível reaproximação com a Vênus Platinada, Regina confirmou, ainda que com certa cautela, e revelou detalhes sobre o convite para gravar a vinheta de relançamento depois de 30 anos de “História de Amor”.
“Sim, [há um movimento]. Tenho uma história longa e carinhosa com a emissora. O que você chama e reaproximação é apenas um trabalho de divulgação de uma de nossas novelas. Meu retorno à TV Globo não tem nenhuma ligação com esta participação afetiva. Eles me ligaram perguntando se eu topava gravar um áudio falando da reprise de “História de Amor” e eu concordei imediatamente”, afirma Regina Duarte.
A volta de “História de Amor” é, sem dúvida, surpreendente. Trinta anos separam sua exibição original da reprise que agora retorna à TV. Esta é a quarta reexibição da trama, um indicativo claro de seu apelo atemporal e do carinho que o público ainda tem por essa história. Mas, para Regina Duarte, História de Amor vai além do sucesso: a novela ocupa um lugar especial em sua trajetória.
“História de Amor é a novela do Maneco com a Helena de que eu gosto mais. O convite para participar de História de Amor aconteceu num período em que eu era contratada da TV Globo, fiquei muito feliz com essa proposta de viver minha primeira Helena”, revela a atriz.
Nos bastidores, sempre houve rumores de que Regina teria deixado de lado um papel em uma novela de Silvio de Abreu para aceitar o convite de Manoel Carlos. Bibliografias apontam que ela teria sido escalada para interpretar Ana, personagem que acabou ficando com Susana Vieira. No entanto, Regina nega essa versão: “Eu nunca recusei atuar em nenhuma das novelas do Sílvio de Abreu“.
A admiração entre Regina e Manoel Carlos é mútua, e a atriz faz questão de enaltecer o autor com quem trabalhou em diversas ocasiões. “Sou fã do Maneco e adoro interpretar as situações dramáticas que ele aborda em seus trabalhos autorais. Ele tem uma percepção muito acurada do feminino nas mulheres brasileiras. Percebe as fragilidades e força nas lutas que elas enfrentam em seu dia a dia“.
Com o retorno da novela, Regina aposta que a nova geração de espectadores se conectará com a história e, especialmente, com a personagem Joyce, vivida por Carla Marins, filha de Helena na trama. “História de Amor” tem todas as qualidades para agradar os públicos de novela de A a Z. A personalidade da Joyce, filha da Helena, é típica de adolescentes mimados que existem em grande parte das famílias brasileiras”.
O tempo passa, mas algumas histórias resistem, ganhando novas leituras e espectadores a cada exibição.
“História de Amor” retorna à TV como quem folheia um álbum de memórias, trazendo de volta não apenas um enredo marcante, mas também Regina Duarte em uma de suas personagens mais emblemáticas. No embalo dessa reprise, revivem-se emoções, debates e a atemporalidade das tramas de Manoel Carlos, que seguem espelhando as dores e delícias do cotidiano. Entre encontros e reencontros, a novela reafirma seu espaço na memória afetiva do público — e, talvez, sinalize um novo capítulo na relação entre Regina e a emissora que a consagrou.
Com informações da coluna de Heloisa Tolipan / IG (Texto de Vítor Antunes com colaboração de Brunna Condini)
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