Sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a reforma tributária começa a ser implementada em janeiro de 2026, de maneira progressiva. A estimativa é de que todas as alterações propostas passem a valer em 2033.
Como será a reforma
O texto sancionado por Lula quer simplificar o modelo tributário. Conforme as alterações, PIS, Cofins, ICMS, IPI e ISS deixarão de existir. Os tributos darão espaço ao IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços). Também haverá o IS (Imposto Seletivo), a ser incidido sobre itens prejudiciais à saúde.
Implementação das regras acontecerá de maneira progressiva. A reforma do sistema tributário nacional começa a ser implementada em 2026. O início da transição terá alíquotas de teste para as cobranças da CBS e do IBS.
Empresas precisam se preparar para as mudanças impostas. Durante o período de adaptação, as notas fiscais emitidas devem destacar os valores correspondentes a 0,9% de CBS sobre o produto vendido e 0,1% de IBS.
Novas alíquotas passam a subir gradualmente a partir de 2027. Com o fim do período de testes, os tributos hoje presentes na rotina dos brasileiros passam a ser extintos e dão lugar às novas modalidades instituídas pela reforma tributária.
O ano de 2027 marca ainda o início da cobrança do Imposto Seletivo. Popularmente apelidado de “Imposto do Pecado”, o tributo vai incidir sobre os valores de bens vistos como prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, a exemplo de bebidas alcoólicas, refrigerantes, cigarro e veículos diversos.
Alíquotas do IS ainda dependem da aprovação de lei ordinária. A implementação deve trazer cobranças distintas, variando conforme os produtos listados como prejudiciais. Os critérios consideram o efeito ao meio ambiente e o nível de prejuízo à saúde. Estima-se, inclusive, que as alíquotas evoluam conforme o teor alcoólico das bebidas.
O processo de implementação total da reforma é previsto para 2033. Com a substituição gradual das alíquotas do ICMS e do ISS a partir de 2029, o ano de 2023 marca a substituição efetiva da CBS e do IBS no lugar das cobranças de caráter estadual e municipal.
Governo prevê avanços de “médio prazo” com regulamentação. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a reforma vai resultar uma “revolução” do sistema tributário brasileiro. “Em 2027, o Brasil começa a mudar e eu diria que muitas empresas que duvidavam da possibilidade dessa reforma já começam a olhar para o Brasil com mais seriedade”, disse ele.
A reforma também prevê o fim da cumulatividade tributária. A alteração impede a cobrança em cascata do bem ou serviço em diferentes etapas da cadeia produtiva, tanto sobre os insumos, quanto em relação aos produtos finais.
Os crimes cibernéticos já mostram há algum tempo o quanto podem ser nocivos ao cidadão e, embora haja meios constitucionais de proteção, é imprescindível...