Walter Salles - Foto: Jeff Kravitz / FilmMagic / Getty Images
Ainda Estou Aqui mudou a história do cinema brasileiro garantindo o Oscar de Melhor Filme Internacional. Porém, a estatueta do prêmio não ficará com o diretor do filme, Walter Salles.
A tradição da categoria é entregar o prêmio para quem dirigiu o filme, mas após a cerimônia, a estatueta se torna posse do país que o longa representa.
Ainda Estou Aqui venceu o Oscar de Melhor Filme Internacional na noite deste domingo, 2, em Los Angeles, nos Estados Unidos. O longa disputou o troféu com A Garota da Agulha (Dinamarca), Emília Pérez (França), A Semente do Fruto Sagrado (Alemanha) e Flow (Letônia).
Baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva, o filme se passa num contexto de ditadura militar e é centrado em Eunice Paiva (Fernanda Torres), mulher do ex-deputado Rubens Paiva (Selton Mello), que desapareceu e foi morto durante a ditadura militar no Brasil (1964-1985). Torres interpreta uma mulher forte, que diante de diversas situações tensas, intimidadoras ou tristes, como a perda do marido, buscou manter os eixos da família.
Confira o discurso de Walter Salles
“Obrigado ao cinema brasileiro. Estou honrado por receber este prêmio de um grupo extraordinário de cineastas. Este prêmio vai para uma mulher que, até o final de um regime autoritário, decidiu não se curvar e resistir. Isso vai para ela. Seu nome é Eunice Paiva. E vai para as duas mulheres extraordinárias que a viveram, Fernanda Torres e Fernanda Montenegro”, disse o diretor.
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