Quatro crianças indígenas foram resgatadas com vida hoje nas selvas do sudeste da Colômbia. Elas estavam desaparecidas havia 40 dias, após a queda de um pequeno avião monomotor em que viajavam, encerrando uma busca por ar, terra e rios, disseram autoridades das Forças Militares.
As crianças encontradas foram identificadas como: Lesly Mucutuy (13 anos), Soleiny Mucutuy (9 anos), Tien Noriel Ronoque Mucutuy (4 anos) e Cristin Neriman Ranoque Mucutuy (1 ano). Cristin completou 1 ano na selva. Quando desapareceu, tinha 11 meses.
Os menores foram resgatados por tropas do Exército na fronteira dos departamentos de Caquetá e Guaviare, perto da área onde o avião Cessna 206 caiu. O monomotor cobria a rota entre Araracuara e a cidade de San José del Guaviare.
“Estão vivos, estão vivos, os encontramos”, disse à Reuters uma fonte militar de alto escalão envolvida com a operação de resgate.
As quatro crianças foram levadas ao Hospital Militar de Bogotá para atendimento especializado. Elas estão desnutridas e com picadas de mosquito pelo corpo.
María Fátima Valencia, avó das crianças, disse que pediu a guarda para poder cuidar deles.
“Nunca perdi a esperança, sempre estive apoiando a busca. Me sinto muito feliz, agradeço ao presidente Petro e aos meus ‘compatriotas’ que passaram por tantas dificuldades.” María Fátima Valencia, avó das crianças
O presidente colombiano comemorou que as crianças foram achadas e escreveu nas redes sociais que a notícia é “uma alegria para todo o país”.
O acidente e a operação
A aeronave, com sete ocupantes, declarou emergência na manhã de 1º de maio, devido a uma aparente falha no motor.
Os três adultos que estavam no avião (a mãe das crianças, o piloto e uma liderança indígena) morreram. Seus corpos foram encontrados dentro da aeronave, enquanto as quatro crianças sobreviveram ao impacto.
As crianças saíram do avião e começaram a caminhar em busca de ajuda no meio da selva, segundo as informações das Forças Militares. Acredita-se que os pequenos recorreram aos saberes ancestrais para sobreviver, informou o La Nación.
Os socorristas contaram com o apoio de cães treinados. Antes do resgate, eles encontraram vestígios de frutas que as crianças comeram para sobreviver, bem como abrigos improvisados feitos de vegetação no meio da selva.
Aeronaves e helicópteros da Força Aérea e do Exército participaram da operação.
As buscas pelos menores foram difíceis, pois a vegetação da região é densa, com árvores que atingem 40 metros de altura. Há a presença de onças, cobras e outros animais perigosos, além da chuva rigorosa que impedia de escutar possíveis gritos de socorro. A área também é de difícil acesso por rio e não tem estradas, então os moradores costumam viajar em voos privados.
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