Com a chegada do período eleitoral é comum que boa parte da população se pergunte quem está à frente nas intenções de voto e em que colocação está o seu candidato.
As respostas para esses questionamentos vêm a partir das pesquisas eleitorais. E esses levantamentos sobre a opinião do eleitorado são feitos por diferentes institutos, que têm métodos distintos para obter as informações.
Há empresas que contratam pesquisadores para fazer as abordagens de pessoas aleatoriamente nas ruas para saber suas preferências de voto, como é o caso do Datafolha, Ipec e Quaest. Existem outras que fazem questionários por telefone ou internet –como é o caso do Atlas e do PoderData– para entender o sentimento do eleitor em determinado período.
Todas as pesquisas precisam ter uma amostragem que representa quantitativamente o eleitorado de uma determinada região. Ou seja, o grupo de entrevistados deve possuir as mesmas características e proporções da população estudada, observando as divisões do eleitorado por sexo, faixa etária, localidade, além de aspectos como nível de escolaridade e situação econômica.
Com margens de erro que variam de 2 a 3 pontos percentuais para cima ou para baixo, é importante ressaltar que as pesquisas retratam um momento específico de uma corrida eleitoral, podendo não corresponder fielmente o resultado final do pleito. Isso porque a opinião do eleitor pode mudar conforme o passar do tempo.
O que é uma pesquisa eleitoral?
A pesquisa eleitoral é formada por um conjunto de perguntas feitas a eleitores sobre a suas opções de voto, bem como sobre a opinião em relação a candidatos, partidos ou questões políticas em um período específico.
Todos os levantamentos precisam ser registrados junto à Justiça Eleitoral pelo menos cinco dias antes da sua divulgação. Para saber o cronograma das próximas publicações, basta acessar o site do TSE.
Quanto custa?
O valor gasto para a publicação de uma pesquisa varia de acordo com o tamanho do levantamento, o número de pessoas envolvidas, a forma como a pesquisa é feita e até a margem de lucro de cada instituto.
Questionários feitos pela internet ou por telefone costumam ser mais baratos do que entrevistas feitas por pesquisadores de forma presencial nas ruas.
Nas eleições municipais de 2024, a última rodada de pesquisas realizada pelo Datafolha, divulgada em 22 de agosto, custou de R$ 79.354,02 (Recife) a R$ 95.438,14 (São Paulo). Já a próxima pesquisa da Quaest sobre a disputa eleitoral paulistana, que será divulgada no dia 29 de agosto, teve um custo de R$ 114.600,00. Mas, há levantamentos realizados em municípios menores, que chegaram a custar R$ 8.000.
Em contrapartida, nas eleições presidenciais de 2022, o valor das pesquisas variou de R$ 20 mil a R$ 400 mil, segundo dados do TSE.
Quem pode fazer uma pesquisa eleitoral?
Empresas e institutos de pesquisas podem realizar pesquisas de intenção de voto em períodos que antecedem as eleições.
As pesquisas são encomendadas e pagas por entidades agentes da sociedade civil que têm interesses no acompanhamento do sentimento do eleitor, como empresas do setor financeiro, veículos de comunicação e entidades de classe.
Qual a importância da pesquisa eleitoral?
As pesquisas demonstram o grau de satisfação do eleitor no período que antecede a votação. Elas ainda indicam como andam a aceitação ou rejeição dos candidatos que estão disputando os votos da população.
Para quem está disputando a eleição, as pesquisas são importantes para reposicionamento de estratégias de campanha e para a elaboração de novos materiais que consigam atingir da melhor forma o eleitorado.
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