Memes apelidam ministro da Fazenda de 'Taxadd' - Foto: Reprodução / X

O PT diz não estar preocupado com a enxurrada de memes vinculando Fernando Haddad ao aumento de impostos nos últimos dias. O ministro da Fazenda vem sendo chamado de “Taxadd” e variações nas redes sociais por causa do fim da isenção do imposto sobre compras internacionais até US$ 50, conhecida como “taxa das blusinhas”, entre outras medidas.

“Não vai pegar”, diz o secretário de Comunicação do partido, Jilmar Tatto. Segundo ele, o ministro “está fortalecido” e ficará conhecido como “aquele que desonerou”, por ações como ampliar isenção do Imposto de Renda e cashback (mecanismo que devolve imposto para os mais pobres, previsto na reforma).

O histórico nessa área, no entanto, não é favorável ao partido. Até hoje a ex-prefeita de SP Marta Suplicy, atual vice do pré-candidato Guilherme Boulos (PSOL), é chamada de “Martaxa”, mais de 20 anos após ter criado taxas como a do lixo na cidade. Em entrevistas, ela já disse ter se arrependido das medidas.

Haddad é visto como uma opção eleitoral do partido para 2026, e apoiadores do governo Lula (PT) têm criticado o compartilhamento dos memes nas redes sociais por perfis progressistas, sob o argumento de que podem ser prejudiciais em futuras disputas eleitorais.

Como exemplo de diminuição de impostos, Tatto destaca a redução de alíquota de referência com a reforma tributária, estimada pelo governo em 34,4% no atual modelo, e que deve ficar em cerca de 27% —acima da previsão inicial de 26,5% após a inclusão da carne na cesta básica.

Segundo ele, os aumentos, quando acontecem, são direcionados aos super-ricos. O deputado federal menciona como exemplos a cobrança de IPVA sobre jatos e iates e o “imposto do pecado” sobre itens considerados prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, como cigarros e bebidas alcoólicas, ambos incluídos na reforma tributária.

Haddad e o presidente Lula também têm defendido publicamente a taxação internacional de bilionários como instrumento para financiar o combate à fome no mundo e as ações de combate às mudanças climáticas.

*Com informações de Folha de São Paulo