Alunos dialogam com a inovação e a sustentabilidade

Iniciativa inédita na comunidade indígena ensinou estudantes a construir robôs a partir de materiais recicláveis

A Fundação Amazônia Sustentável (FAS), em parceria com a Whirlpool Corporation, a Ecotransforma Produções Artísticas e NTICS Projetos, levou o Programa Educativo Cultural Artístico – Robótica nas Escolas para 64 crianças e adolescentes da comunidade indígena Três Unidos, do povo Kambeba, localizada na Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Negro, unidade de conservação gerida pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amazonas (Sema).

O objetivo do projeto é estimular a criatividade entre professores e alunos da rede pública de ensino por meio de oficinas de robótica, incentivando-os a construir robôs a partir de materiais reciclados.

Esta é a primeira vez que o programa Robótica nas Escolas é realizado em uma comunidade indígena. Os participantes são alunos entre seis e 14 anos da Escola Indígena Municipal Kanata T-Ykua. No programa, promovido mês passado, eles aprenderam a importância da reciclagem do lixo doméstico e foram incentivados a se tornarem agentes de transformação social dentro da comunidade onde vivem.

“Nossa ideia com esse projeto é apresentar aos estudantes, noções sobre descarte correto e reciclagem de lixo, físico e elétrico, e como podem construir protótipos que beneficiem a comunidade, alinhados ao desenvolvimento sustentável”, explica Abílio Martins, diretor operacional da Ecotransforma Produções.

De acordo com a supervisora pedagógica da FAS, Silvana Barboza de Souza, a iniciativa inédita na comunidade Três Unidos representa uma grande oportunidade para desenvolver a criatividade entre as crianças e adolescentes indígenas.

“O projeto é de uma relevância muito grande para a comunidade, pois incentiva a criatividade por meio do reaproveitamento de materiais, propondo soluções locais para a comunidade Três Unidos. Além disso, busca conscientizar os alunos sobre um problema social, que é a questão do lixo, colocando o conhecimento em prática por meio de oficinas com materiais reciclados”, declara a supervisora.

O gestor da Escola Indígena Municipal Kanata T-Ykua, Raimundo Cruz da Silva, destacou a combinação entre o conhecimento tradicional da comunidade e a ciência na realização do projeto. “Essa iniciativa veio para melhorar a qualidade de ensino de nossas crianças e jovens, ensinando-os que a ciência faz parte do nosso dia a dia e que basta vincular o conhecimento tradicional que já temos para construir coisas maravilhosas. Os pais e toda a comunidade se empenharam bastante nesse projeto, e assim nossas crianças puderam trabalhar a questão da reciclagem, o cuidado e respeito ao meio ambiente, e como o lixo pode ser transformado. A criança indígena já cresce alfabetizada ecologicamente, e as oficinas de robótica só vieram contribuir para esse conhecimento”, relatou.

Programação

A grade do projeto Robótica na Escola é composta por três oficinas para alunos e um workshop para alunos e professores. A programação é voltada para o desenvolvimento de protótipos de robótica produzidos com lixo e os temas abordados incluem coleta, reciclagem, física e elétrica. Cada participante recebeu um kit de robótica enviado pela NTICS e distribuído pela FAS, com sucatas de eletrônicos como fios, ventoinhas, bateria 9V e motores. Todas as aulas acontecem de forma on-line.

Os trabalhos produzidos pelos alunos serão expostos na Feira de Robótica, que será realizada em ambiente digital. O aluno que apresentar a melhor criação será premiado com um tablet. A votação ocorrerá de forma aberta ao público, na rede social da NTICS, e as regras serão divulgadas no site do projeto.

Para saber mais sobre o assunto, acesse www.ntics.com.br/programaeducativocultural.

Com informações da assessoria da FAS