
Manaus recebe, entre os dias 3 e 5 de julho, o projeto “Gira de Palhaças – Em busca do riso”, uma imersão artística voltada exclusivamente para mulheres de diferentes contextos e identidades. O encontro será realizado no Centro de Artes Integradas do Amazonas (Caia), localizado na avenida Constantino Nery, bairro São Geraldo, zona centro-sul, sempre das 8h30 às 12h30. A proposta é cruzar experiências artísticas com saberes ancestrais, tendo como ferramenta principal a palhaçaria, em especial a máscara clownesca, para estimular afetos, cumplicidades e descobertas cênicas.
A iniciativa é idealizada pela artista Daniely Lima, com realização da Aluá Produções, em parceria com a Coletiva de Palhaças. O projeto conta com apoio institucional do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, do Conselho Estadual de Cultura (Conec), Ministério da Cultura, Centro de Artes Integradas do Amazonas (Caia) e do Espaço Cultural Muiraquitã, com recursos da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), via edital de ações culturais de circo.
Uma roda que acolhe e provoca
A Gira de Palhaças surge como um espaço de acolhimento e escuta sensível, voltado a mulheres negras, indígenas, periféricas, mães, cuidadoras, com deficiência, travestis, lésbicas, bissexuais e demais identidades que resistem e transformam o fazer artístico na Amazônia. A proposta é trabalhar o riso como potência de cura, proteção, feitiçaria e reexistência, como explica a própria Coletiva de Palhaças, responsável pela condução do projeto.
Durante os três dias, serão realizadas oficinas com mestres que incorporam vivências distintas e complementares:
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Dia 1: “Brincadeiras Afro-diaspóricas e dramaturgia”, com Daniely Lima
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Dia 2: “Encruzilhada DEF: Uma Cosmocegueira Cênica Corpo-Voz”, com Ananda Guimarães
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Dia 3: “Corpo-Mandinga: Práticas de Terreiro”, com Antônia Vilarinho
Mestres da cena amazônida
Com uma carreira premiada, Daniely Lima é palhaça, atriz e pesquisadora que trabalha a partir da comicidade negra e feminista, explorando memórias e ancestralidade em suas criações. Já Ananda Guimarães é diretora e arte-educadora com forte atuação na acessibilidade cultural, fundadora do coletivo ADA (Artistas DEFs do Amazonas) e desenvolvedora da metodologia Encruzilhada DEF, voltada à cena com perspectiva de baixa visão.
