A procuradora Yara Alves Ferreira e Silva, do MP-GO (Ministério Público de Goiás), criticou o salário dos servidores da instituição e defendeu que a simetria salarial seja respeitada.
“Estamos hoje em uma situação de pires na mão. Humilhados e agachados diante de todos os servidores de carreira jurídica do estado”, disse a procuradora. A fala ocorreu durante a 5ª Sessão Ordinária do Colégio de Procuradores de Justiça.
“Se a situação é ruim para todos nós, imagina para eles”, disse em referência aos servidores em greve desde o dia 15 de maio. Segundo nota da Ansemp (Associação Nacional dos Servidores do Ministério Público), eles reivindicam reajuste salarial e atualização das atribuições dos cargos em razão do aumento da demanda de trabalho com o avanço tecnológico.
“A simetria não pode se esvair pelos nossos dedos como um punhado de areia. A classe trabalhadora ativa, comprometida e séria merece uma resposta à altura. Não podemos ficar na rabeira das carreiras jurídicas”.
A servidora recebeu um valor líquido de R$ 41.776,03 no mês de maio. Segundo o Portal de Transparência do MP-GO, a remuneração do cargo eletivo foi de R$ 37.589,96 e o rendimento bruto chegou a R$ 60.406,86.
Yara é servidora da instituição há 38 anos. Ela atuou por 15 anos como promotora de Justiça e está há 13 anos no cargo de procuradora.
Todos os procuradores e promotores ativos do MP-GO receberam remuneração bruta acima de R$ 30 mil. De acordo com o Portal da Transparência, os valores líquidos do mês de maio variaram de R$ 26.869,72 até R$ 101.656,44, considerando verbas indenizatórias.
“Dinheiro só para vaidades”
A declaração foi feita na mesma sessão em que a procuradora Carla Fleury de Souza reclamou de seu salário de R$ 37.589,96. “O meu dinheiro é só para eu fazer as minhas vaidades, graças a Deus. Só para os meus brincos, pulseiras e meus sapatos”, disse em sua fala.
O salário das duas procuradores as colocam entre os 1% mais ricos do Brasil. Segundo o IBGE, a faixa corresponde a quem recebe uma renda mensal média de ao menos R$ R$ 17.447.
O UOL tentou contato com a procuradora Yara Alves e o MP-GO para esclarecimento da fala, mas não obteve resposta. Caso a tenha, a matéria será atualizada.
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