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O primeiro semestre de 2024 foi o mais quente já registrado , segundo o relatório mensal da agência norte-americana para os oceanos e o clima (NOAA, na sigla em inglês). A temperatura da superfície global de janeiro a junho foi a mais quente em 175 anos, com 1,29°C acima da média de 13,5°C, registrada no século XX (1901-2000).

O recorde foi tanto em terra como na superfície do mar. Segundo a NOAA, há 59% de probabilidade de que 2024 seja classificado como o ano mais quente já registrado e 100% de chance de que termine entre os cinco primeiros nos arquivos americanos.

Junho mais quente

O mês passado foi registrado como o mais quente da história e o 13º mês consecutivo de recordes de temperatura global, conforme destacado pelo observatório espacial europeu, o Copernicus.

Em junho, a temperatura média global foi 1,22°C acima da média do século XX, que é de 15,5°C.

Na América do Sul, o calor ultrapassou o recorde anterior para o mês em +0,51°C, segundo informações da agência. A NOAA também ressaltou o impacto do calor no Pantanal, que registrou mais de 2.500 incêndios florestais no último mês.

“As temperaturas recordes de junho, que foram uma continuação do calor recorde ao longo da primeira metade do ano em grande parte da América do Sul, contribuíram para a seca precoce e generalizada do Pantanal, a maior zona úmida tropical do mundo. Isso levou a um início recorde da temporada de incêndios, com o maior número já registrado para o mês desde que os registros [brasileiros] começaram em 1998, e mais de seis vezes o número no mesmo mês de 2020, que foi o ano de incêndios mais ativo já registrado no Pantanal”, diz o relatório.

Ainda em junho, as temperaturas no oeste da Antártida foram registradas mais de 3°C acima da média, conforme relatório da NOAA.

A temperatura média para o mês excedeu em 0,1°C a expectativa habitual. Segundo os dados europeus, a cobertura de gelo no continente antártico ficou 12% abaixo da média, sendo a segunda menor extensão registrada para junho desde que os dados de satélite começaram a ser monitorados.

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Pesquisadores apontam que houve junhos piores, destacando que o recorde negativo de -16% foi estabelecido no ano passado.

No Ártico, houve um aumento de 1,6°C em relação à média para o mês no continente. Segundo dados do Copernicus, a extensão do gelo marinho no Polo Norte ficou 3% abaixo da média, aproximando-se dos padrões observados na maioria dos anos desde 2010.

*Com informações de IG