Uma das áreas mais populosas da zona Norte da capital está sendo palco de uma força-tarefa que vai muito além da limpeza urbana. Desde a última terça-feira, 29/4, a Prefeitura de Manaus realiza uma megaoperação de dragagem, desassoreamento, capinação, limpeza de margens e desobstrução de bueiros ao longo dos mais de 7 quilômetros do igarapé do Passarinho, no bairro Monte das Oliveiras.
A ação, liderada pela Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), mobiliza cerca de 400 garis e uma equipe estratégica de 40 educadores ambientais, que atuam de forma integrada para mudar a realidade do local, tanto no aspecto físico quanto no cultural.
Neste sábado, 3/5, os educadores ambientais continuam atuando intensamente no bairro, visitando casa a casa, sensibilizando os moradores sobre o impacto do descarte irregular de resíduos, especialmente quando esse lixo vai parar nos igarapés.
O secretário da Semulsp, Sabá Reis, ressalta que essa iniciativa é fruto de uma orientação direta do prefeito David Almeida: cuidar dos igarapés com responsabilidade e envolver a população nesse processo.
“O prefeito David Almeida nos pediu que fôssemos além da limpeza, que tratássemos o igarapé como o que ele é: parte viva da cidade. Não se trata apenas de remover lixo, mas de despertar consciência. Estamos aqui com centenas de garis e dezenas de educadores ambientais fazendo esse trabalho de cidadania. Cada morador sensibilizado é uma vitória. O igarapé agradece e Manaus também”, destacou Reis.
Durante os primeiros dias da operação, mais de 10 pontos de descarte irregular — as chamadas lixeiras viciadas — foram identificados ao longo do curso d’água. Esses locais estão sendo limpos pelas equipes operacionais e, segundo a Semulsp, receberão coletores apropriados para evitar o retorno da prática nociva ao meio ambiente e à saúde pública.
“Antes eu achava que jogar um restinho de comida ou uma sacola de lixo no canto da rua não tinha problema. Agora entendi que tudo isso vai parar dentro do igarapé. O pessoal veio aqui, explicou, mostrou foto, vídeo… fiquei até com vergonha. Vou mudar, já estou separando meu lixo”, contou Josenilda Lima, moradora da região há mais de 20 anos.
Segundo a coordenadora da equipe de educação ambiental da Semulsp, Miriam Silva, o trabalho é contínuo e fundamental. “Não adianta limpar se as pessoas não entenderem que o igarapé não é lixeira. Nossa missão é explicar, sensibilizar, mostrar que o lixo que a gente joga volta para a gente em forma de alagamento, doença e poluição. Quando a informação chega com respeito, o morador escuta. É uma mudança que começa devagar, mas é permanente”, afirmou Miriam.
As ações no Monte das Oliveiras devem continuar ao longo da próxima semana. A expectativa é que a operação traga não só resultados visíveis nas águas do igarapé do Passarinho, mas também transforme comportamentos e devolva dignidade ambiental à região.
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