A Nestlé vai investir R$ 1,1 bilhão entre 2023 a 2026 em seu parque industrial de Caçapava, interior de São Paulo. Nesta segunda-feira (23), a empresa inaugurou sua quarta linha de produção de KitKat na fábrica da cidade, o que a transforma no espaço com a maior capacidade de produção do chocolate do mundo. A expansão foi motivada pela demanda do produto no Brasil e para abastecimento internacional, exportando para a América Latina, e pode motivar o desenvolvimento de novos sabores.
A empresa inaugurou a quarta linha de produção de KitKat. A expansão aumentou em 30% a capacidade produtiva de KitKat.O investimento foi de R$ 300 milhões nesta linha e faz com que a fábrica seja a que tem a maior capacidade de produção de KitKat do mundo — ela já era a maior das Américas até então.
Apesar de ser a com maior capacidade, perde para a Inglaterra em volume de produção neste momento, porque ainda não está produzindo tudo que pode. Se a fábrica de Caçapava produzir tudo o que tem capacidade, passará o volume da Inglaterra.
A inauguração foi feita nesta segunda-feira (23). O evento contou com a presença do presidente da República em exercício e Ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e do CEO da Nestlé Brasil, Marcelo Melchior.
KitKat produzido na fábrica abastece o mercado brasileiro e latino-americano. A Nestlé afirma que é a responsável pela exportação de KitKat para 18 países da região, como Argentina e México.
Mercado brasileiro é grande consumidor de KitKat. Este foi um dos motivos para a marca fazer o investimento no Brasil, segundo Caio Martins, diretor da fábrica da Nestlé em Caçapava. Martins afirma que parte dos produtos abastecem o mercado brasileiro e uma parcela menor é exportada. O segmento de chocolates cresce dois dígitos todos os anos, segundo Martins.
“Nesse contexto de KitKat, somos um hub exportador para toda América latina. Temos responsabilidade de suprir o mercado interno e nós nos orgulhamos de fornecer KitKat desde Argentina até o México produzindo e saindo do Brasil, aqui da fábrica de Caçapava.” afirmou Caio Martins, diretor da fábrica da Nestlé
Hoje são 80 sabores diferentes, como pistache, algodão doce e cappuccino. A fábrica de Capaçava produz 150 mil unidades do chocolate por hora e funciona 24 horas por dia.
Expansão faz com que a Nestlé explore novos sabores de KitKat. “Por muito tempo, a capacidade toda foi utilizada com os produtos principais. Com a quarta linha, conseguimos explorar novos sabores, o que já vinha acontecendo com a terceira linha. A ideia é aumentar essa oferta aos nossos consumidores. Mas sempre com a base do KitKat, que é waffer com chocolate, explorando novos sabores”, afirma Martins.
A marca vai expandir outras linhas de produção. Em novembro, será lançada uma específica para a produção dos chocolates que são as versões maiores do que vem nas caixas de bombons, normalmente encontrados em caixas na saída de estabelecimentos, como Prestígio, Charge e Lollo.
Como é a fábrica
A fábrica não produz só KitKat. Outros itens da marca que são feitos nas instalações são a caixa de bombom, tabletes, Chocotrio, Prestígio, Chokito, Charge e Lollo. A produção dos chocolates é bastante automatizada dentro da fábrica. Durante uma visita ao espaço, a reportagem pôde ver as esteiras de produção de produtos como o KitKat e o prestígio.
Na linha mais nova de KitKat, a maior parte do trabalho é feito por máquinas. O chocolate e o waffer são colocados nos moldes, por exemplo, por equipamentos. A participação de um funcionário é restrita a tarefas muito específicas, como abastecer a máquina que faz o corte do waffer no tamanho certo do KitKat.
Investimento no Brasil
Plano de investimento é maior. O R$ 1,1 bilhão na fábrica faz parte do plano de R$ 8,5 bilhões que a Nestlé injetará no Brasil de 2023 a 2026.
Atualmente, a unidade de Caçapava ainda é a segunda maior em volume de produção da Nestlé. Em primeiro lugar fica a fábrica da Garoto, em Vila Velha (ES), com capacidade de produção 5% maior do que a do interior de São Paulo. Em 2025, a expectativa é que a fábrica de São Paulo se torne a maior em volume de produção de todos os produtos feitos ali. Hoje a unidade é referência mundial em transformação digital e indústria 4.0, segundo a empresa.
Uma das tecnologias usadas é a instalação de um scanner. O aparelho, originalmente usado em diagnósticos médicos, foi implementado no final das linhas de produção para identificar qualquer chocolate fora do padrão.