Para lidar com o comportamento, o ideal é evitar broncas - Foto: Getty Images / iStockphoto
Seu gato está tranquilo no colo, recebendo carinho e, de repente, te dá uma mordida? Embora o gesto possa causar surpresa e, em alguns casos, até dor, ele nem sempre é sinal de agressividade. Na verdade, essa é uma das formas que os felinos usam para se comunicar.
As mordidas podem acontecer em diferentes situações e, para entender o que está acontecendo, o tutor precisa observar o contexto e o comportamento corporal do animal. Um gato relaxado que dá uma mordida leve está, provavelmente, apenas brincando ou demonstrando que chegou no limite do afeto.
Já um felino com o corpo tenso, orelhas para trás e olhar fixo está sinalizando desconforto, e a mordida pode vir como um aviso mais sério. Há, também, gatos que mordem suavemente para pedir atenção ou iniciar o momento de brincadeira.
Filhotes costumam morder durante as brincadeiras porque ainda estão aprendendo a controlar a força. Já os adultos, principalmente aqueles que não foram bem socializados, podem não ter noção clara de limites ou usar a mordida como ferramenta de interação.
Sobrecarga sensorial e alertas
Um motivo comum que costuma confundir tutores é o que os especialistas chamam de sobrecarga sensorial. Isso acontece, por exemplo, quando o gato está recebendo carinho por um tempo prolongado e, mesmo que pareça confortável, chega ao ponto em que não quer mais continuar.
Como não sabem falar, eles avisam do jeito que podem: com os dentes. Algumas regiões do corpo, como a barriga ou a base do rabo, são especialmente sensíveis e costumam provocar esse tipo de reação quando tocadas.
Mudanças de comportamento repentinas — como um gato que começa a morder sem explicação, por exemplo — também devem levantar um alerta. Nesses casos, vale investigar se o animal está sentindo dor ou passando por algum desconforto físico. Problemas dentários, feridas na pele e doenças mais graves podem fazer com que o toque, mesmo leve, seja interpretado como ameaça.
Por fim, há situações em que o próprio tutor, sem querer, ensina o gato a morder. Se o animal descobre que morder faz o humano parar de tocar ou oferece uma reação divertida, ele pode repetir o comportamento como uma forma de obter o que quer. É o chamado reforço acidental: a mordida vira estratégia.
Evite broncas
Para lidar com o comportamento, o ideal é evitar broncas e, principalmente, não punir o gato fisicamente. Em vez disso, observe os sinais do corpo, respeite os limites do felino e redirecione as mordidas para brinquedos apropriados.
Se o hábito persistir ou vier acompanhado de outros sinais de estresse, o acompanhamento de um veterinário ou especialista em comportamento felino pode ajudar a encontrar a origem do problema.
Lembre-se, morder é apenas uma das maneiras que os gatos encontraram para interagir com o mundo ao redor. Com paciência, é possível entender o que está por trás desse gesto e construir uma convivência mais leve, segura e afetuosa.
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