“É isso mesmo que estou vendo?”, se perguntou um torcedor presente ao Ginásio da Portuguesa, em São Paulo, ao ver El Chino aplicando uma série de golpes em Popó durante a luta principal do Fight Music Show 5.
O brasileiro também machucou o rival, mas o cenário de preocupação era geral: por que o tetracampeão mundial, que dominou as outras quatro edições do FMS, estava sendo incomodado por um adversário pouco conhecido no Brasil?
A luta, prevista para terminar após seis rounds, acabou depois do quinto com vitória para o dono da casa. O UOL questionou a organização do FMS sobre a mudança repentina e atualizará a nota assim que houver retorno.
Euforia vira tensão
Popó entrou no ringue, como de praxe, ovacionado pela multidão. Já El Chino, que evitou provocações após rasgar a camisa da seleção brasileira há três semanas, entrou em cena vaiado.
A euforia se transformou em tensão durante os mais de 15 minutos de trocação. O argentino sofreu com a mão pesada do oponente, mas se impôs e deixou os fãs, literalmente, de queixo caído.
As reações no Ginásio da Portuguesa eram um misto de apoio e tentativas de desestabilização. Tanto o tradicional grito de “Popó, Popó, Popó” quanto as ofensas ao desafiante foram ouvidas em coro.
El Chino não se incomodou. Como um bom argentino, não caiu na provocação e chegou, inclusive, a colocar a mão na testa ao ver que o adversário havia errado um soco.
Popó foi valente e, aos 49 anos, machucou o rival oito anos mais novo até o fim. Ele venceu por decisão unânime dos juízes — mas dividida pelo público, que evitou vaiar o desafiante quando o brasileiro foi consagrado ganhador.
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