O Supremo Tribunal Federal (STF) investiga há dois anos uma suposta milícia digital composta por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro que, de forma organizada, utiliza informações falsas para minar as instituições democráticas, promovendo ataques contra políticos, juízes e opositores por meio das redes sociais. Alguns dos acusados tiveram a prisão preventiva decretada, enquanto outros fugiram do Brasil para escapar da cadeia.
Uma das suspeitas em apuração é de que a depredação das sedes do STF, do Congresso e do Palácio do Planalto nos atos do dia 8 de janeiro foi planejada e incentivada por essa milícia, que, além de tudo, pode ter sido usada como canal para financiar a baderna — uma linha de apuração que está enredando novos personagens ao caso.
A Veja revelou nesta sexta-feira (10), que entre os suspeitos estão Rivaldo, ex-jogador da seleção brasileira, e Rafaella Santos, irmã de Neymar. Rivaldo teria colaborado com R$ 50 mil, mas não há evidências de que sua doação foi destinada à invasão e depredação de prédios públicos. Rafaella Santos, em uma rara manifestação política, expressou seu apoio a Bolsonaro após a vitória de Lula nas urnas.
Em depoimento, um membro das milícias digitais afirmou que Rafaella também fez doações. Os envolvidos negaram as acusações. Os advogados de Rivaldo afirmam a inocência de seu cliente, enquanto a assessoria da moça nega qualquer conhecimento ou repasse de recursos.
O cantor gospel Salomão Vieira, acusado de angariar doações para acampamentos golpistas em frente a quartéis do Exército, teria obtido contribuições de Rivaldo e Rafaella.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, em entrevista à revista VEJA publicada nesta sexta-feira (22), que nunca debateu um plano para matar autoridades como...