Lecilda de Oliveira é a 264ª vítima identificada. (Imagem: Reprodução / Facebook)

Foi identificada a 264ª vítima do rompimento da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG). Trata-se de Lecilda de Oliveira, que tinha 49 anos à época, era analista de operação da Vale e trabalhava há 28 anos na empresa.

A identificação foi feita dois anos e 11 meses após a tragédia, em 25 de janeiro de 2019. Com a identificação, o número de desaparecidos cai para seis.

No dia do rompimento, 270 pessoas morreram. Entre as vítimas estão funcionários da Vale, moradores da região, e trabalhadores e pessoas que visitavam uma pousada nas imediações.

Lecilda de Oliveira com a sobrinha Letícia de Oliveira e a mãe, Custódia Maria de Oliveira, durante visita à barragem que se rompeu no dia 25

De acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais, os restos mortais da mulher foram localizados em 1º de setembro pelo Corpo de Bombeiros, e levados ao IML (Instituto Médico Legal) de Belo Horizonte. A identificação foi possível após um exame de DNA.

“É uma análise complexa. Tratava-se de um remanescente ósseo que permite uma maior conservação para a obtenção do DNA, ideais para que a gente possa fazer essa identificação mais de dois anos e meio após a tragédia”, explicou Higgor Dornelas, perito criminal do IML, em coletiva de imprensa na tarde de hoje.

Segundo o chefe do laboratório, aproximadamente 30 amostras estão em processo de análise e identificação pelo laboratório do IML.

Buscas em Brumadinho

Os trabalhos dos bombeiros são feitos desde o dia da tragédia. Em janeiro deste ano, a corporação fez uma estimativa de que as buscas poderiam seguir por até mais quatro anos, devido às dificuldades do terreno e as “características peculiares da operação”.

Antes desta identificação de dezembro, o último avanço no caso havia sido em 10 de novembro, quando exames de DNA confirmaram a identidade de Uberlândio Antônio da Silva, que tinha 55 anos na época da tragédia, e prestava serviços terceirizados para a Vale como mecânico de empilhadeira.

Confira lista de pessoas que seguem desaparecidas:

  • Tiago Tadeu Mendes da Silva, 34 anos: trabalhava como mecânico industrial na Vale.
  • Luís Felipe Alves, 30 anos: engenheiro de produção e funcionário da Vale.
  • Nathália de Oliveira Porto Araújo, 25 anos: estagiária administrativa da Vale, estava no refeitório quando a barragem se rompeu.
  • Maria de Lurdes da Costa Bueno, 59 anos: moradora de São José do Rio Pardo (SP), passava as férias com a família na Pousada Nova Estância.
  • Olímpio Gomes Pinto, 56 anos: Conhecido como Licão, o auxiliar de sondagem trabalhava para uma empresa terceirizada que prestava serviços à mineradora.
  • Cristiane Antunes Campos, 34 anos: trabalhava há 10 na mineradora e desde 2018 era supervisora de mina.

*Com informações do UOL