A economia brasileira desacelerou e cresceu 1,8% no terceiro trimestre de 2025, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados apresentados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Apesar de positiva, a variação corresponde ao menor avanço anual para o intervalo entre julho e setembro desde a pandemia da Covid-19.
Em relação ao segundo trimestre deste ano, o PIB (Produto Interno Bruto), soma de bens e serviços finais produzidos no país, ficou praticamente estável e aumentou 0,1%, menor variação no intervalo desde 2021. O resultado foi influenciado pelo avanço de somente 0,1% dos serviços, setor mais importante para a economia nacional.
Como foi o PIB
Economia nacional cresce 1,8% em um ano. O avanço representa uma desaceleração após a alta de 2,2% registrada entre os meses de abril e junho. Além disso, a alta na comparação com o mesmo período do ano anterior é menor para o terceiro trimestre desde 2020 (-3%), quando a economia enfrentava os impactos da pandemia do novo coronavírus.
Desaceleração é tendência iniciada há um ano. Na comparação entre todos os trimestres, a alta anual apurada entre julho e setembro é a menor desde o primeiro trimestre de 2022 (1,5%). No mesmo período do ano passado, o último antes do início da perda de ritmo do PIB, a alta contabilizada alcançou 4%.
PIB nacional avança pelo 19º trimestre seguido. A última queda anualizada (comparada ao mesmo período do ano anterior) da economia brasileira foi apurada no último trimestre de 2020 (-0,3%). Na ocasião, as economias do mundo sofriam com os efeitos da pandemia decretada no início daquele ano.
Alta do PIB diminui na comparação trimestral. A constatação surge diante do leve avanço de 0,1% do PIB no terceiro trimestre, em relação ao crescimento de 0,3% apurado no segundo trimestre deste ano. As expectativas apontavam para o crescimento de 0,2% da economia na base de comparação.
Em valores correntes, o PIB somou R$ 3,2 trilhões. O resultado da soma de bens e serviços finais produzidos no país ao longo do terceiro trimestre é composto por R$ 2,77 trilhões de VA (Valor Adicionado) a preços básicos e R$ 449,3 bilhões de impostos sobre produtos líquidos de subsídios. Já a taxa de investimento foi de 17,3%, valor que representa uma ligeira redução em relação ao mesmo período de 2024 (17,4%). Já a taxa de poupança foi de 14,5%, igualando a registrada no mesmo período de 2024.
Sob a ótica da demanda interna, o consumo das famílias cresceu 0,4%. A evolução anual aumentou pelo 18º trimestre consecutivo, mas corresponde à menor variação desde o primeiro trimestre de 2021. O consumo do governo, por sua vez, cresceu 1,8% em relação ao terceiro trimestre do ano passado.














