Um laudo elaborado pelo Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal (PF) concluiu que o relógio, o anel e o par de brincos e colar de ouro branco e diamantes presenteados pelo governo da Arábia Saudita ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro têm valor estimado de R$ 5 milhões.
Inicialmente o valor atribuído pela imprensa às joias tinha sido de R$ 16,5 milhões.
Ele foi divulgado com base em informações colhidas por repórteres com fontes de órgãos de fiscalização, e depois divulgado generalizadamente.
O laudo da PF estima em R$ 4.150.584,00 o valor do anel, brinco e colar. Já o relógio foi avaliado em R$ 935.957,00.
A análise aponta que o anel é cravejado com 135 diamantes incolores em formas redondas, de coração e de gota. O seu preço aferido é de R$ 151.797, 78
O par de brincos, por sua vez, tem 396 diamantes incolores no mesmo formato arredondado, de coração, de gotas e de baguete. O custo estimado é de R$ 633.097,56.
Já o colar possui 2.061 diamantes e é a peça considerada mais cara do conjunto, com valor avaliado em R$ 3.365.689.
“Os contrastes de liga do material e o certificado identifica essas joias como peças estilizadas da marca Chopard, classificada no mercado como de alta joalheria”, afirmam os peritos no laudo. A PF diz que pediu informações sobre os artigos para a marca, mas ainda não obteve resposta.
Em relação ao relógio de luxo, o laudo aponta que é um produto autêntico da Chopard, pois apresenta as “características de qualidade, funcionamento, elementos visuais e componentes que se coadunam com o original”.
A análise diz ainda que o relógio é confeccionado em ouro branco e ornado de pedras preciosas, “diamante de qualidade superior”, com “acabamento primoroso”.
A perícia das joias incluiu análises físicas, químicas e mineralógicas.
Foram usadas lupas, microscópios, espectômetros, medidor eletrônico de gemas e detector de diamantes, entre outros equipamentos.
O laudo foi assinado pelos peritos Fernanda Ronchi, Mariana de Oliveira, Leonardo Resende e Caio Joko, do Instituto Nacional de Criminalística.
A Polícia Federal investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro pelos crimes de desvio e peculato no caso das joias, que foram enviadas e ele e à ex-primeira-dama pelo governo da Arábia Saudita.
As peças chegaram ao Brasil em 2021, na bagagem de assessores do então ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque. Como não foram declaradas pelas autoridades, as joias foram retidas pela Receita Federal.
No fim de seu mandato, Bolsonaro tentou retirar os bens luxuosos do Aeroporto de Guarulhos, enviando assessores para buscá-las.
A Receita, no entanto, se recusou a entregar as peças.
Bens trazidos do exterior têm que pagar imposto de 50% quando ultrapassam o valor de US$ 1.000.
Caso o viajante não declare o que traz na bagagem, e seja flagrado, o imposto sobe para 100% do valor.
Presentes destinados à Presidência da República estão isentos de pagamento, mas precisam ser declarados e designados ao acervo público.
O ex-presidente Jair Bolsonaro está sendo investigado sob a suspeita de não ter feito esse encaminhamento, o que possibilitaria que ele ficasse com as joias.
Bolsonaro (PL) prestou depoimento à PF sobre o caso no início de abril. Ele foi ouvido durante cerca de três horas por dois delegados da corporação.
Segundo a defesa, o ex-presidente afirmou ter tido conhecimento sobre as joias apreendidas na Receita 14 meses depois do ocorrido.
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