O Museu de Natureza e Arqueologia (MUNA), em Tenerife, recebeu um raro exemplar do peixe Diabo Negro(Melanocetus johnsonii), capturado no dia 26 de janeiro nas águas da ilha. O biólogo Marc Martín Solá encontrou o animal perto da superfície, a cerca de um quilômetro da foz do Barranco de Erques, entre os municípios de Adeje e Guía de Isora, e decidiu entregá-lo ao museu. O iG mostrou no dia 7 desse mês o avistamento desta rara espécime em águas rasas.
O peixe morreu no dia 13, conforme publicado pelo Portal iG, e foi levado para o museu em Tenerife para ser analisado por especialistas, que confirmaram a informação de que o peixe Diabo Negro pertence à espécie Melanocetus johnsonii. O peixe é conhecido por viver nas profundezas do oceano e ganhou fama por sua aparência incomum. O MUNA destacou a importância da doação e afirmou que a chegada do animal reforça seu trabalho de pesquisa e preservação da vida marinha.
O que se sabe sobre o Diabo Negro?
A espécie já havia sido identificada nas águas das Ilhas Canárias há décadas. Seu nome científico tem origem nas palavras gregas melanos (negro) e keto (monstro marinho mitológico). O nome johnsonii é uma homenagem ao naturalista britânico James Yate Johnson (1820-1900), que catalogou diversos peixes na região.
O Diabo Negro vive em áreas do oceano onde não há luz, a temperatura varia entre 4°C e 10°C, e a comida é escassa. Ele se alimenta de pequenos animais que se deslocam para o fundo do mar ou de restos orgânicos que afundam das camadas superiores.
Para capturar suas presas, o peixe possui adaptações curiosas: uma boca grande com dentes afiados, que permite engolir animais maiores que seu próprio corpo, e um estômago elástico para armazenar alimento. Além disso, conta com um apêndice luminoso sobre a cabeça, que funciona como uma “isca” para atrair presas.
Outra característica marcante é seu modo de reprodução. O macho, bem menor que a fêmea, se prende ao corpo dela com uma mordida e permanece ali, garantindo que possa fertilizar os ovos quando necessário.
Apesar de ser bem conhecido pela ciência, o Diabo Negro ainda é pouco familiar para o público. Agora, no MUNA, ele poderá ser estudado de perto e ajudar os pesquisadores a entender melhor as espécies que habitam as profundezas do oceano.
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