Austin Butler, Emma Stone e Pedro Pascal no Festival de Cannes 2025 - Foto: Stephane Mahe / Reuters
Pedro Pascal chegou sexy sem ser vulgar, de regatinha preta, no Festival de Cannes na manhã deste sábado (17). Ele veio defender seu novo personagem, o prefeito hispânico do filme “Eddington”, mas na entrevista coletiva estava mais imbuído do heroísmo de seu papel em “The Last of Us”.
Pascal hesitou um pouco, mas no fim aceitou o desafio dos jornalistas e fez um ataque veemente à política anti-imigrantes do governo Trump.
“Estou de saco cheio de gente querendo nos meter medo. Isso é o que eles querem que a gente sinta. Mas o que devemos fazer é continuar contando as nossas histórias”, declarou. Pascal ainda fez um certo papel de babá para Joaquin Phoenix, o protagonista do filme, que odeia falar com a imprensa e deixava o colega responder quase tudo em nome dele. Joaquin deve amar bastante Ari Aster, diretor de “Hereditário” e deste novo filme, para ter topado aparecer na coletiva. Visivelmente avesso aos holofotes, nervoso e tímido com as perguntas, ele falou o mínimo necessário.
Seu novo filme, “Eddington” é uma comédia de humor bastante sinistro sobre uma cidadezinha do Novo México em que o xerife (Phoenix) e o prefeito (Pascal) vivem em pé de guerra, como numa boa novela do Aguinaldo Silva. Entre eles, claro, há uma mulher, a instável Louise (Emma Stone). Estamos em maio de 2020, ainda em plena pandemia, e as fake news correm soltas pela internet, todas engolidas sem filtro pela sogra do xerife (Deirdre O’Connel, a soberba mãe do Pinguim na série da HBO).
A briga entre eles vai escalando até situações inimagináveis –e Joaquin Phoenix é levado à completa exaustão física, assim como acontecia na melhor cena de “Beau Tem Medo”, sua colaboração anterior com Aster. “Eddington” dividiu opiniões em Cannes –quem é fã do estilo bizarro e mão pesada do diretor amou, e quem já não curtia saiu da sessão odiando-o ainda mais.
Bomba de spoiler
Voltando a Pascal: houve um momento de choque na coletiva, quando uma jornalista australiana simplesmente soltou o maior spoiler possível sobre o final da segunda temporada de “The Last of Us”, que termina no próximo dia 25. Pascal riu de nervoso enquanto a sala inteira queria matar a coleguinha.
Ao responder sobre Trump, ele fez questão de lembrar sua própria história. Seus pais foram refugiados da ditadura chilena de Augusto Pinochet, conseguiram exílio por um tempo na Dinamarca e depois partiram para os EUA, onde o pequeno Pedro cresceu e estudou. “Eu tive o privilégio de crescer nos Estados Unidos. Por isso vou sempre defender a proteção aos imigrantes”, declarou.
O astro de origem chilena, sucesso absoluto de vídeos e memes nas redes, também lembrou dos perrengues que passou durante o auge da pandemia de Covid. “Eu revi todas as temporadas de ‘The Practice’ [série criminal exibida até 2004] e viciei em reality shows ambientados em aeroportos. Eles mostram gente que perde todas as malas por erro das companhias aéreas, é uma loucura. Acho que aprendi alguma coisa sobre o assunto”, ironizou.
Oscar de melhor atriz por “La La Land” e “Pobres Criaturas”, Emma Stone disse que foi pesquisar as tais fake news da história para construir seu personagem e acabou “sujando” o seu algoritmo. “Fui lá ver coisas que não apareciam nas minhas redes, e meu algoritmo começou a inclui-las. Foi quando comecei e ver coisas muito, muito loucas”, brincou.
O diretor Ari Aster, que também fez “Midsommar: O Mal Não Espera a Noite”, conseguiu resumir bem o objetivo de sua nova comédia. “Eu escrevi esse roteiro num estado de medo e ansiedade em relação ao mundo. Tentei descrever o que é viver num mundo em que ninguém mais concorda sobre o que é real”, resumiu. Nem precisava explicar –cada um de nós sabe exatamente o que ele quer dizer.
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