Presidente do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP) disse não ter "nada a ver" com relatório de Costa Neto (Foto: Evaristo Sá / AFP)

Partidos coligados ao PL, de Valdemar da Costa Neto, vão recorrer da decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, de bloquear o acesso das legendas ao Fundo Partidário.

A determinação se deu após o PL pedir que a Corte invalidasse os votos computados em 279 mil urnas no segundo turno da eleição presidencial, o que daria a vitória ao candidato derrotado Jair Bolsonaro (PL).
Moraes rejeitou a ação e classificou o pedido como “esdrúxulo e ilícito” e um ato de “total má-fé”. O objetivo do partido, afirmou, seria “incentivar movimentos criminosos e antidemocráticos que, inclusive, com graves ameaças e violência vêm obstruindo diversas rodovias e vias públicas em todo o Brasil”.

Além de negar a ação e bloquear o acesso do PL, Republicanos e do PP ao Fundo Partidário, o magistrado aplicou uma multa de quase 23 milhões de reais na Coligação Pelo Bem do Brasil.

O presidente nacional do PP, Cláudio Cajado, afirmou que o partido vai entrar com um recurso porque não autorizou o PL a contestar a eleição de 2022.

“O Valdemar entrou em nome da Coligação, mas não tivemos nenhuma participação nesse processo, sequer fomos intimados ou citados”, disse o dirigente partidário em nota. “Como podemos ser penalizados?”.

Ao UOL, o presidente nacional do Republicanos, deputado Marcos Pereira, afirmou que não concorda com a decisão de Moraes e que recorrerá do bloqueio.

Logo após os resultados do segundo turno, Pereira refutou qualquer contestação.

Com informações da Carta Capital