A Comissão Especial criada pela Câmara dos Deputados para analisar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata do voto impresso auditável deve se reunir nesta segunda-feira (28) para analisar o parecer do deputado federal Filipe Barros (PSL-PR), que corre contra o tempo para que o assunto possa ser votado no plenário antes do recesso parlamentar, que começa no próximo dia 18.
Em reunião na manhã de sábado (26), presidentes de 11 partidos políticos acordaram um posicionamento conjunto em defesa do sistema eleitoral com urna eletrônica, rechaçando a necessidade de adoção de voto impresso para apuração dos resultados. As siglas representam cerca de dois terços do Congresso Nacional, num total de 326 deputados federais e 55 senadores.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), principal crítico da atual tecnologia e entusiasta do voto de papel, voltou a defender a proposta durante encontro com apoiadores em Chapecó (SC). Para que a proposta seja válida para a disputa presidencial de 2022, ela precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado até o dia 2 de outubro, um ano antes do primeiro turno.
A PEC tramita desde o mês passado em comissão especial. Ela não extingue a urna eletrônica, mas prevê a instalação de um sistema que imprime o voto. A ideia é que o eleitor cheque se o voto impresso confere com o eletrônico. A impressão é depositada em uma urna trancada, de forma automática e sem contato manual, para que seja usada em eventual auditoria.
O TSE prevê que a impressão dos votos nas eleições brasileiras terá um custo de R$ 2,5 bilhões aos cofres públicos ao longo de dez anos. Os defensores da medida dizem que o custo seria menor, de cerca de R$ 250 milhões. (CNN BRASIL)