Emoji de árvore morta: uma nova maneira de alertar para as mudanças climáticas

Usuários de smartphones se depararam recentemente com oito novos emojis nos aplicativos de mensagens. Um deles, que representa uma árvore morta, e ilustra a natureza em perigo.
“O clima muda, as secas se tornam cada vez mais frequentes, mais severas. As árvores se adaptam de diferentes formas para sobreviver a essas secas, especialmente deixando cair suas folhas para conservar a água”, explica o criador deste novo emoji, Brian Baihaki.
Apresentado em maio de 2022 ao consórcio Unicode, que reúne grandes atores do setor digital e valida a criação destes ícones utilizados em mensagens eletrônicas, a árvore morta acaba de ser lançada. Para isso, foi necessário que ela passasse por um rigoroso processo de seleção encarregado de determinar a pertinência das várias propostas enviadas ao grupo a cada ano.
Os critérios para a aprovação de um desses ícones são rígidos, explica o jornalista David Groison, autor do HQ “La Révolution Emoji” (A Revolução Emoji, em tradução livre). “Para serem aprovados, eles precisam ter muitos sentidos e serem utilizados no mundo inteiro. Aqueles que representam especialidades locais ou determinadas divindades, por exemplo, são recusados.
O próprio jornalista submeteu a ideia de um emoji de uma turbina eólica ao consórcio Unicode em diversas ocasiões. No entanto, segundo ele, a ideia foi recusada todas as vezes sem nenhuma explicação por parte do grupo.
Relação com a atualidade
A árvore morta respondia a todos os critérios para a criação de um novo emoji. Capaz de representar uma seca, um incêndio florestal, o inverno, ela também pode ser uma metáfora para o sentimento de desespero ou para falar de uma doença.
Não por acaso, o novo ícone chega em um momento em que recordes de temperatura são frequentemente batidos e que as mudanças climáticas tomam um caminho que parece sem volta. Na ausência de novas políticas públicas eficazes para frear esses fenômenos, as catástrofes devem atingir três quartos da população mundial até 2050, alerta o Atlas Mundial das Secas, publicado em dezembro de 2024 pela Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (UNCCD, sigla em inglês).
Um relatório do comitê científico da UNCCD revelou que as terras áridas consumiram cerca de 4,3 milhões de quilômetros quadrados adicionais em trinta anos, e agora cobrem 40% da superfície terrestre do planeta. Atualmente, dois bilhões de pessoas (um quarto da população mundial) vivem nesses territórios: um número que pode chegar a cinco bilhões até o final deste século. Diferentemente das secas, que são episódios temporários, especialistas alertam que a aridez faz parte dos fenômenos permanentes.
Sensibilizar o grande público
Mas um emoji tem o poder de conscientizar? Segundo um artigo publicado no jornal iScience por três pesquisadores italianos no final de 2023, esses ícones têm um papel na sensibilização dos usuários. “Os emojis podem ser utilizados para incentivar o apoio do público aos esforços de conservação, para destacar a urgência de proteger as espécies ameaçadas e para motivar as pessoas a participarem de eventos relacionados à biodiversidade”, escreveram os pesquisadores.

Não por acaso, em 2021, no Dia Mundial da Vida Selvagem, a Ong WWF se associou a vários gigantes do setor digital para conscientizar o público por meio de emojis sobre o desaparecimento de algumas espécies animais.
Para o psiquiatra belga Daniel Desmedt, esses pequenos símbolos também permitem dar um toque pessoal às mensagens eletrônicas, frequentemente concisas de frias. “Na época dos manuscritos, havia a textura do papel, a materialidade da carta, a escrita singular de seu autor, todos os tipos de elementos que podiam comunicar sobre a personalidade e, eventualmente, a emoção do escritor”, avalia.
Mas, segundo ele, a partir da chegada dos SMS essas características foram se perdendo. “Os emojis são algo que devolvem corpo à comunicação, podendo marcar mais claramente as emoções”, reitera.
O psiquiatra ressalta que os ícones também se comunicam com o inconsciente das pessoas. “A árvore morta vai interferir na nossa leitura, não estaremos em tranquilidade. Haverá algo perturbador nos interpelando em uma outra dimensão”, prevê.
Coautor do artigo da iScience, o ecologista Stefano Mammola, estima que o emoji da árvore morta “pode contribuir para facilitar as discussões e conscientizar o público sobre questões importantes relacionadas à ecologia e à conservação, como a crise climática e a crise global da biodiversidade”.
Sucesso imprevisível
Por outro lado, a adesão dos usuários ao novo ícone é imprevisível. Entre os 3.790 emojis disponíveis atualmente em diferentes aplicativos de mensagens, nem todos encontram sucesso. Se os smileys chorando de rir são os mais populares, muitos desses pictogramas passam despercebidos.
“A árvore morta provavelmente também será utilizada para coisas às quais não pensamos hoje. Isso dependerá dos outros emojis com os quais será combinada”, aponta o jornalista David Groison.
Entre os outros sete novos ícones disponíveis, há um rosto abatido com olhos marcados, simbolizando o cansaço gerado pelos modos de vida. Combinado com a árvore morta, ambos poderiam representar, por exemplo, a ecoansiedade.
*Com informações de Terra
Oficina de empreendedorismo cultural voltada para moradores do Parque das Tribos tem inscrições abertas

O Parque das Tribos, no Tarumã, é o foco da primeira edição do projeto Cultura Raiz, que está com inscrições abertas para uma oficina de Empreendedorismo Cultural, voltada exclusivamente para moradores da comunidade. A iniciativa é realizada pela Associação Zagaia Amazônia, em parceria com lideranças locais, com apoio da Lei de Incentivo à Cultura e do Ministério da Cultura, além do patrocínio do Instituto Aegea e da Águas de Manaus. As inscrições podem ser feitas pelo link: https://forms.gle/hoa3t5cVac6ZjHzG9
Serão cinco aulas sobre gestão, inovação e liderança, com o objetivo de fomentar negócios que respeitem o meio ambiente e valorizem as tradições locais. O curso, que tem 20 vagas, inicia no dia 19 de julho.
A associação também está com inscrições abertas para a oficina Cartas Caruanas, que terá início em 30 de agosto. A atividade busca promover o autoconhecimento e fortalecer as identidades femininas indígenas por meio de uma tecnologia social desenvolvida pela Zagaia Amazônia, inspirada nas sabedorias espirituais da floresta. As participantes serão incentivadas a refletir sobre seus papeis na comunidade, questionar normas de gênero e afirmar suas vozes, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa.
“A Águas de Manaus está inserida no dia a dia da cidade. Além dos projetos e programas de expansão dos nossos serviços, essa inserção também ocorre com o fomento às atividades culturais. A realização dessas oficinas no Parque das Tribos vai de encontro com o nosso compromisso de estar mais próximos das comunidades que atendemos”, destaca a gerente de Responsabilidade Social e Relações Institucionais da concessionária, Simony Dias.
De porto seguro a quase imprescindível, ouro ganha espaço nas carteiras de investimento
Tradicionalmente um porto seguro em épocas de crise, o ouro renovou as máximas históricas neste ano e deixou de ser apenas um refúgio para se tornar quase imprescindível, subindo inclusive em momentos de queda de concorrentes como o dólar e os títulos públicos americanos.
No acumulado do ano até sexta-feira (2), o metal subiu cerca de 23%, e no caminho chegou a superar o patamar de US$ 3.500 a onça-troy.
O ouro já havia sido um dos destaques nos portfólios dos investidores em 2024, em um cenário de incertezas geopolíticas elevadas, expectativas de corte nos juros dos Estados Unidos e busca de proteção contra a inflação.
Especialistas lembram que o ano passado foi marcado por tensões significativas, como a guerra na Ucrânia e conflitos no Oriente Médio, além da percepção de que a taxa básica de juros americana poderia se reduzir —como o ouro não paga juros, taxas mais baixas reduzem o custo de oportunidade de se manter o metal.
Ou seja, o ouro vinha em alta mesmo antes do chamado Liberation Day, que foi o dia do amplo tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos Donald Trump, assombrando os mercados, e que foi a senha para o metal subir ainda mais. O choque das tarifas no sistema global de comércio foi tão grande que abalou até a confiança no dólar e nos títulos americanos, considerados os mais seguros do mundo.
“Em um mundo onde até o dólar está sendo questionado, a moeda americana não governa mais sozinha. O ouro surge como âncora de confiança”, aponta Davi Lelis, sócio da Valor Investimentos.
João Piccioni, CIO da Empiricus Gestão, lembra que, desde a pandemia, muitos investidores, inclusive compras recorde de bancos centrais, aumentaram a exposição ao metal.
“Após a eleição do Trump, o ouro chegou a cair, parecia que o risco ficaria reduzido. Mas quando ele assumiu, ficou claro que o estresse aumentaria, e os investidores precisavam de um novo porto seguro”, diz. “A corrida para o ouro aumentou, e vimos um fluxo recorde de dinheiro indo para os ETFs [Exchange Traded Funds, ou seja, fundos que buscam replicar os preços do metal]”.
Para o especialista da Empiricus, o ouro continuará a ser o grande mitigador de riscos de uma economia sobre a qual ainda se tem muitas dúvidas. E os investidores terão, cada vez mais, uma parcela do portfólio carregada em metais preciosos.
Ouro é investimento?
A expectativa é que a cotação do ouro continue a subir —o JP Morgan, por exemplo, estima que a cotação atinja uma média de US$ 3.675 por onça no quarto trimestre de 2025 e US$ 4.000 no segundo trimestre de 2026.
Mas um ponto importante destacado pelos especialistas é que o ouro deve ser encarado primariamente como proteção, e não como um ativo de crescimento especulativo.
“A pergunta não é se ainda vale a pena investir em ouro porque as cotações já subiram muito, mas se você tem a quantidade adequada de ouro no portfólio”, afirma Lelis, da Valor Investimentos. “Ouro é proteção, e não especulação. É um seguro patrimonial, é uma reserva de valor, com o objetivo de preservar o valor da carteira em momentos de crise.”
Caso o investidor não possua o metal na carteira, o especialista aconselha começar a comprar, sempre pensando em diversificação ou proteção. “Se a percepção de risco cair, o ouro cai junto, e vice-versa”, diz.
As melhores formas disponíveis para se investir em ouro são ETFs, ou seja, fundos negociados em Bolsa. Um exemplo é o GOLD11, primeiro do Brasil, que investe em cotas de um grande ETF internacional lastreado em ouro físico.
Há ainda fundos de investimentos específicos que investem diretamente no metal, em contratos futuros ou em ETFs, e estão disponíveis nas plataformas de investimento de bancos e corretoras.
Por fim, é possível adquirir barras de ouro certificadas, mas isso envolve custos de custódia para armazenamento seguro e tem menor liquidez na hora da venda.
*Com informações de Folha de São Paulo
Diretor da CBF revela prazo para anunciar novo técnico da Seleção
Rodrigo Caetano, coordenador geral executivo da CBF, concedeu entrevista ao “sportv” e falou sobre a contratação do próximo treinador da seleção brasileira.
O dirigente se recusou a falar em nomes, especificamente no de Carlo Ancelotti, hoje treinador do Real Madrid, mas afirmou que a ideia da CBF é de resolver toda essa questão e ter um novo comandante até no máximo a semana que vem.
“Estamos constantemente em reuniões aqui na CBF na tentativa de definir o mais rápido possível esse nome. Até por questões de negociações e de sigilo, fica impossível a gente ficar falando aqui a respeito de probabilidade. Nós temos a intenção de no prazo máximo da semana que vem ter essa definição”, disse o dirigente.
Quanto aos treinadores, Rodrigo Caetano apenas afirmou que trabalha com poucas opções para suceder Dorival Júnior como o próximo treinador da seleção brasileira.
“A gente trabalha realmente com um número reduzido de nomes, nem poderia ser diferente. Mas ao longo desse período a gente avaliou algumas possibilidade e temos os nossos alvos. Mas falar em um nome dentre esses citados (Abel Ferreira, Jorge Jesus ou Ancelotti) fica muito difícil”, acrescentou.
A informação dada por Rodrigo Caetano adianta o prazo primeiramente estipulado por Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF. Há algumas semanas, o mandatário havia informado que a intenção era ter um nome definido até a próxima data Fifa, que será disputada no início de junho.
O novo prazo, fornecido por Rodrigo Caetano, adianta algumas semanas e caso se concretize, a seleção brasileira já teria um novo técnico fazendo a convocação dos próximos compromissos, que deve ser no dia 26 de maio.
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*Com informações de IG
David Almeida lidera agenda com ministro das Cidades em vistoria ao ‘Minha Casa, Minha Vida’
O prefeito de Manaus, David Almeida, liderou, nesta segunda-feira, 5/5, uma visita técnica às obras do programa “Minha Casa, Minha Vida”, na zona Oeste da capital amazonense, acompanhado pelo ministro das Cidades, Jader Filho, pelos senadores Eduardo Braga e Omar Aziz, e pelo titular da Secretaria Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários (Semhaf), Jesus Alves. A ação marca um novo passo na parceria entre a Prefeitura de Manaus e o governo federal para ampliar o acesso à moradia digna às famílias em situação de vulnerabilidade social.
“Estamos construindo 576 unidades habitacionais com qualidade acima da média, com previsão de entrega para setembro. Esta é uma obra do ‘Minha Casa, Minha Vida’, faixa 1, mas com padrão de faixa 2. É dignidade que estamos proporcionando. Nossa meta é entregar 4.500 moradias por ano até 2028. Já temos 4.700 contratadas e estamos prontos para iniciar a nova etapa do programa. Essa entrega é para quem mais precisa: indígenas, pessoas em situação de rua e famílias atingidas por calamidades. Estamos tirando essas pessoas das áreas de risco e devolvendo a elas o direito de viver com segurança e respeito”, afirmou o prefeito.
O ministro das Cidades, Jader Filho, elogiou a qualidade do projeto e o desempenho da prefeitura na execução das políticas habitacionais.
“Manaus tem um dos projetos mais bonitos do ‘Minha Casa, Minha Vida’ que já visitei. É fruto do esforço do prefeito David e de toda a sua equipe. O governo federal está comprometido com as ações estruturantes e preventivas. Só no ano passado, fizemos uma seleção de R$ 17 bilhões em obras de prevenção e vamos avançar com mais R$ 3,5 bilhões neste ano. Queremos cidades mais resilientes e seguras”, enfatizou o ministro.
O senador Eduardo Braga, por sua vez, destacou o protagonismo da capital amazonense no novo ciclo do programa habitacional. “Manaus é hoje uma das cidades mais avançadas na execução do ‘Minha Casa, Minha Vida’. Essa retomada só foi possível com o governo do presidente Lula e com a determinação do prefeito David Almeida. Estamos recuperando obras paradas desde 2012 e inscrevendo mais de 4 mil novas unidades. É um exemplo de gestão e compromisso social”, disse.
Já o senador Omar Aziz valorizou a articulação política que garantiu a presença do ministro na capital. “Essa parceria é resultado de muito diálogo. Nós ligamos para o presidente Lula e pedimos que o ministro estivesse aqui, e ele veio, porque conhece a Amazônia, sabe das nossas necessidades. David está aproveitando cada oportunidade para trazer investimentos para Manaus, e tem feito isso com competência e rapidez. Dia 16, ele com o Renato e o Jesus já vão pleitear novas habitações por meio do novo edital”, declarou.
O secretário municipal de Habitação, Jesus Alves, complementou destacando a atuação da Semhaf. “Estamos transformando políticas públicas em realizações concretas. A Semhaf está atuando com foco na regularização fundiária, melhoria de moradias e novos projetos de urbanização. Essa entrega é resultado do esforço integrado com o governo federal e do compromisso com quem mais precisa”, pontuou o secretário.
Durante a agenda, a comitiva vistoriou uma unidade decorada e o canteiro de obras onde está sendo erguido o conjunto habitacional, com 576 unidades que fazem parte do novo ciclo de investimentos habitacionais em Manaus. O empreendimento é símbolo do compromisso da atual gestão municipal com a redução do déficit habitacional e a promoção da justiça social na capital.
Embalagens plásticas podem estar associadas a doenças cardíacas
Uma pesquisa feita nos Estados Unidos mostrou que produtos químicos presentes em plásticos de embalagens de produtos estavam associados a 350 mil mortes por doenças cardíacas no mundo em 2018. Os dados estão em um estudo publicado na segunda-feira (28), pela Escola de Medicina Grossman da Universidade de Nova York (EUA).
Os pesquisadores estimaram que cerca de 13% das mortes cardiovasculares entre pessoas de 55 a 64 anos no mundo naquele ano poderiam ser atribuídas aos “ ftalatos ”: substâncias usadas em embalagens de alimentos, xampus, brinquedos, entre outros, de acordo com o jornal The New York Times .
Efeitos do “ftalatos”
Segundo o jornal, as pesquisas sobre o efeito dos ftalatos nas doenças cardiovasculares ainda estão em estágio inicial. Já foi comprovado que as substâncias possuem ligação com fatores de risco metabólicos, como a obesidade, e o fato sugere que eles podem desempenhar um papel nas doenças cardíacas.
Embora especialistas ouvidos pelo NY Times concordem que os ftalatos sejam prejudiciais, eles alertaram que o estudo usou cálculos e suposições complexas, o que dificulta saber ao certo quantas mortes podem ser causadas por essas substâncias.
Os ftalatos estão presentes em produtos de cuidados pessoais como xampus e loções, além de recipientes e embalagens de alimentos. É possível ingeri-los através dos alimentos, absorvê-los pela pele por meio de produtos que os contêm ou inalá-los na forma de poeira.
Eles podem interferir nos hormônios dos seres humanos, com associações negativas sobre a saúde reprodutiva, complicações na gravidez e problemas no parto. Uma das formas pelas quais os ftalatos podem causar esses danos é aumentando o “estresse oxidativo”, um dano às células e tecidos causado pelo excesso de moléculas instáveis no corpo, aponta um especialista ao jornal.
A pesquisa
No estudo divulgado nesta semana, os pesquisadores tentaram quantificar as mortes cardiovasculares globais atribuídas especificamente a um tipo de ftalato chamado DEHP, que está presente em produtos de vinil, como toalhas de mesa, cortinas de chuveiro e pisos.
Os cientistas se baseiam em estimativas de estudos anteriores para diversas medidas: níveis de exposição aos ftalatos, risco associado a essas exposições e a carga global de doenças cardiovasculares. A partir disso, calcularam a parcela de mortes atribuídas à exposição a ftalatos em diferentes países. O Oriente Médio, Sul da Ásia, Leste Asiático e a região do Pacífico representaram quase três quartos dessas mortes.

O estudo observacional mostrou uma relação entre a exposição estimada ao produto químico e doenças na população. Especialistas disseram que os métodos usados são comuns em pesquisas que analisam doenças no mundo todo, mas que esse tipo de estudo sempre traz limitações.
Segundo os especialistas, o que o estudo deixa claro é a necessidade de mais pesquisas sobre a exposição aos ftalatos e os riscos à saúde associados.
*Com informações de IG
Quatrocentos famílias do AM chefiadas por mulheres recebem a casa própria sob articulação do senador Eduardo Braga

Quatrocentas famílias chefiadas por mulheres de baixa renda e em vulnerabilidade social receberam na manhã desta segunda-feira (05/05), em Presidente Figueiredo, a 90 quilômetros de Manaus, a chave da tão sonhada e esperada residência. Na inauguração do novo conjunto habitacional “Vale das Nascentes” 2 e 3, do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), a entrega foi feita pelo ministro das Cidades, Jader Filho, e pelos senadores Eduardo Braga e Omar Aziz, além do prefeito Fernando Vieira e a representante da Caixa Econômica Federal, Jorineide Vasconcelos.
O grupo de mulheres contemplado com as 400 casas fazem parte da organização social “Associação Mulheres que fazem”, que existe desde 2009 e foi habilitada na modalidade “Entidades” do MCMV. Há mais de dez anos elas esperavam pela conclusão da obra, que ficou paralisada nos governos anteriores e foi retomada pelo governo Lula 3.
Uma delas é a costureira aposentada Joana Cavalcante, 65, viúva cujo marido trabalhou como operador de máquinas durante as obras de construção do conjunto habitacional, mas faleceu há quatro anos antes de ver o sonho realizado.
Durante, alguns anos, a costureira morou em casa de terceiros em Presidente Figueiredo, mas o aluguel de R$ 500 tornou-se pesado para quem vive com um salário minimo. Ela mudou-se para um ramal distante da cidade para reduzir custos, mas nunca perdeu a esperança de ter um cantinho seu. “Meu marido morreu esperando, não conseguiu ver a nossa bela casa, mas deve estar comemorando no céu. Era o sonho dele morar aqui”, disse.
Mulheres como ela, chefes de família, foram priorizadas no novo programa “Minha Casa, Minha Vida”, cujas regras foram definidas em Comissão Mista no Congresso presidida pelo senador Eduardo Braga.
“Com a volta do presidente Lula nós retomamos o Minha Casa, Minha Vida. Nós conseguimos sensibilizar o Ministério das Cidades, a Caixa Econômica Federal, e hoje essa luta de quase 16 anos começa a realizar os sonhos. São 400 casas que serão entregues no dia de hoje pelo ministro, pela Terezinha, pelas mulheres, pelo Omar. Com a minha pequena contribuição em homenagem à fé dessas guerreiras, eu quero aqui agradecer ao presidente Lula e a Deus em primeiro lugar, porque o sonho está se tornando realidade com a ajuda do Jader Filho”, disse Eduardo Braga.
Terezinha de Jesus, presidente da “Associação Mulheres que fazem” – que existe há 27 anos e hoje tem 3 mil associados, ressaltou a longa espera e a persistência das mulheres até receber a casa própria. Ao longo dos anos, a obra do residencial parou por diversos motivos como a troca da construtora, processos judiciais trabalhistas e a paralisação do MCMV no governo Bolsonaro.
“Hoje, o nosso coração salta no peito de alegria porque sabemos que aqui é o lugar certo de nós estarmos comemorando esse momento especial. Podemos afirmar que cada desafio que nós enfrentamos, que foi colocado diante de nós, todos eles foram vencidos, porque cada afronta vivida, cada injúria, cada calúnia, cada difamação serviu de base para não retrocedermos, mas para avançarmos, tendo a certeza de que com caráter, fé, compromisso da entidade, do presidente Lula, o compromisso do ministro, de cada autoridade, do senador Eduardo Braga, nos fortaleceu para vocês hoje estarem aqui”, disse Terezinha de Jesus.
Retomada no país
O ministro Jader Filho ressaltou a importância da retomada de obras de habitação que estavam paradas. “São mais de 87 mil casas no Brasil que estavam paralisadas. Estamos retomando todas essas obras porque elas não podem ficar paradas. Estamos reconstruindo o MCCMV graças também ao trabalho do senador Eduardo Braga, que foi presidente da comissão que fez a retomada do programa e tem sido um guerreiro pelo Amazonas. Ele foi pessoalmente conosco para que nós retomássemos essa obra aqui”, disse Jader Filho.
Vale das Nascentes
As obras de construção das 400 casas do conjunto Vale das Nascentes 2 e 3, em Presidente Figueiredo, contaram com aporte de R$ 34.798.865,75 do Fundo de Desenvolvimento Social.
Ipaam autoriza transporte de quelônios criados em manejo comunitário para comercialização em Carauari

Pela primeira vez, o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) autorizou o transporte de quelônios criados em manejo sustentável para fins de comercialização. A autorização, assinada nesta segunda-feira (05/05), contempla mil animais das espécies tartaruga-da-Amazônia (Podocnemis expansa) e tracajá (Podocnemis unifilis), criados por comunidades ribeirinhas da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Uacari, em Carauari (a 788 km de Manaus).
Os animais pertencem a três comunidades que integram a Associação dos Moradores Agroextrativistas da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Uacari (Amaru) e foram criados em cativeiro ao longo dos últimos seis anos, a partir de ovos manejados de forma legal e controlada.
A iniciativa segue as diretrizes estabelecidas por resoluções do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Cemaam), que regulamentam tanto as áreas autorizadas quanto os critérios técnicos para o licenciamento.
A autorização foi formalizada por meio de três documentos (nº 041/2025, 042/2025 e 043/2025), assinados pelo diretor-presidente do Ipaam, Gustavo Picanço. O transporte será feito por via fluvial, com embarque no barco Amaru e itinerário entre as comunidades de Manarian, São Raimundo, Vila Ramalho e Xibauazinho, todas localizadas às margens do rio Juruá.
“Essa é a primeira vez que o Ipaam autoriza o transporte de quelônios criados em manejo comunitário para fins de comercialização, dentro de um modelo que garante a preservação da espécie e valoriza o conhecimento tradicional. Essas comunidades atuam há muitos anos na proteção dos tabuleiros [praias onde os quelônios desovam] e agora colhem os frutos de um trabalho sério e comprometido com a sustentabilidade”, destacou Gustavo Picanço.
Conforme os documentos, os animais serão identificados com lacres e organizados em lotes. O responsável pelo transporte é Gilberto Olavo Costa de Oliveira, gestor da RDS Uacari.
Segundo o coordenador da Gerência de Fauna (GFAU) do Ipaam, o biólogo Marcelo Garcia, seguindo o manejo regulamentado, as comunidades que monitoram tabuleiros por, no mínimo, cinco anos têm direito a uma cota para criação. No caso da Amaru, os animais, agora comercializados, foram manejados, desde o nascimento, até atingirem o tamanho mínimo exigido para a venda legal.
A autorização do Ipaam determina ainda que a associação deverá apresentar, após a comercialização, um relatório detalhado contendo peso, identificação e comprovantes de venda de cada animal. O uso indevido da autorização pode resultar em penalidades legais e cassação do documento, conforme previsto na legislação ambiental.
A medida reforça o compromisso do Ipaam com a conservação da fauna silvestre e com o apoio às práticas sustentáveis desenvolvidas em parceria com comunidades tradicionais nas unidades de conservação do Amazonas.
David Reis acompanha ministro das Cidades em visita às obras do conjunto habitacional no Parque das Tribos
