Após sair da UTI, Bolsonaro tem melhora progressiva, diz boletim

O ex-presidente Jair Bolsonaro deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, na tarde da última quarta-feira (30), e segue registrando melhora no quadro clínico, segundo o boletim médico da instituição divulgado nesta quinta-feira (1º).
Bolsonaro encontra-se sem dor ou febre, e com pressão arterial controlada. Ele foi internado em 13 de abril com complicações intestinais em decorrência da facada que sofreu na campanha eleitoral de 2018.
Bolsonaro foi internado depois de passar mal em um evento do PL no interior do Rio Grande do Norte.
Já no Hospital DF Star, a equipe médica decidiu operar o ex-presidente para tratar uma suboclusão intestinal.
*Com informações de IG
Estudante é resgatado de montanha, volta para buscar celular e precisa ser salvo novamente

As autoridades japonesas resgataram o mesmo alpinista duas vezes no intervalo de apenas cinco dias no Monte Fuji, a montanha mais alta e simbólica do Japão. O jovem, um estudante universitário chinês de 27 anos que vive no país, enfrentou condições extremas ao escalar fora da temporada oficial e teve que ser salvo após sofrer mal-estar nas duas ocasiões.
Segundo a polícia da província de Shizuoka, ele foi resgatado pela primeira vez na terça-feira, após chegar ao cume do monte, a 3.776 metros de altitude, e ser acometido por sintomas do mal da montanha — uma reação comum à altitude elevada. Conforme a CNN, no sábado seguinte, retornou à trilha para tentar recuperar objetos que havia deixado para trás, entre eles o telefone celular, mas voltou a passar mal e teve de ser socorrido novamente, desta vez a mais de 3.000 metros de altitude.
As autoridades confirmaram que a vida do alpinista não corre risco, mas o episódio chamou atenção para os perigos do Monte Fuji fora da temporada oficial de escalada, que vai de 10 de julho a 10 de setembro. Nesse período, trilhas, placas de orientação, cabanas de apoio, banheiros e estações de primeiros socorros são retirados ou desativadas, tornando a subida significativamente mais arriscada.
A escalada em baixa temporada também desrespeita orientações das prefeituras de Shizuoka e Yamanashi, que compartilham a jurisdição do monte. Em resposta ao crescente número de visitantes e problemas de superlotação, as autoridades anunciaram, em março, uma série de medidas mais rigorosas para a temporada de 2025.
Entre elas, estão a obrigatoriedade de reservar o passeio com antecedência pela internet e o limite diário de 4.000 alpinistas. Além disso, será necessário pagar uma taxa de 4.000 ienes (cerca de 157 reais) por pessoa — o dobro do valor cobrado em 2024, quando a contribuição se tornou obrigatória. Até então, a taxa era apenas uma doação sugerida de 1.000 ienes (40 reais).
*Com informações de Terra
Programação da Festa do Trabalhador 2025 anima público na Ponta Negra
O primeiro dia da Festa do Trabalhador 2025, o “Sunset do Trabalhador”, na quarta-feira, 30/4, reuniu shows de pagode e bandas alternativas na Casa de Praia Zezinho Corrêa, no complexo turístico Ponta Negra, zona Oeste da cidade. A programação é promovida pela Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal do Trabalho, Empreendedorismo e Inovação (Semtepi), em alusão ao Dia do Trabalhador, comemorado neste 1º de maio.
A programação iniciou com o cantor Mikael e Banda e, na sequência, a apresentação da banda regional Chora Cachorro. Segundo o titular da Semtepi, Alonso Oliveira, o principal objetivo desta edição é valorizar o artista local e promover entretenimento aos trabalhadores.
“Nós não podemos deixar de fazer os agradecimentos aos nossos convidados trabalhadores que vieram prestigiar este momento de muito lazer e cultura em um só lugar. A Casa de Praia abriu as portas mais uma vez para esta festa que celebra e valoriza a categoria. Neste dia 1º, teremos mais, venham e aproveitem, ao máximo, cada atividade”, destacou Alonso.
Para o casal Isaías dos Santos e Regiane Dantas, frequentadores assíduos da tradicional Festa do Trabalhador, promovida pela Prefeitura de Manaus, o evento é uma oportunidade de celebração.
“Eu acho maravilhoso, porque, em Manaus, a maioria dos eventos é fechado e, quando tem na Ponta Negra, a gestão pública demonstra preocupação com os trabalhadores da cidade. Este evento valoriza o cantor, o trabalhador e o empreendedor, porque nós trabalhamos muito e precisamos tirar um dia para curtir também”, concluiu Isaías.
O segundo dia de programação vai acontecer a partir das 15h desta quinta-feira, 1°/5, e vai trazer várias atividades voltadas à educação física, ao esporte e à cultura.
Programação:
No Calçadão da Ponta Negra:
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15 – Campeonato de skate;
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16h – Torneio de Beach Tênis, vôlei nas quadras de tênis e aulão de ritmos;
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17h – Feira de Economia Solidária e Criativa.
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Na Casa de Praia Zezinho Corrêa:
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17h – apresentação especial dos bois Garantido e Caprichoso.
No Anfiteatro da Ponta Negra:
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17h – DJ;
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18h – Uendel Pinheiro e convidados.
Pastor mirim é proibido de fazer cultos; veja motivo
O pastor mirim Miguel Oliveira, de 15 anos, não poderá pregar nas igrejas por tempo indeterminado. O Conselho Tutelar afirmou que o jovem deverá ficar afastado das redes sociais e retornar às aulas presenciais na escola, além de ter os eventos marcados cancelados.
Segundo as informações do Portal Assembleianos de Valor, divulgadas nesta terça-feira, 29/04, Erica e o Pastor Marcinho Silva, pais do menino, se reuniram com o órgão competente e tomaram a decisão, que é resultado das repercussões negativas.
Miguel foi bastante criticado quando rasgou supostos laudos médicos em uma de suas pregações, afirmando ter curado uma mulher do câncer. “Eu rasgo o câncer, eu filtro o teu sangue e eu curo a leucemia”, disse na gravação que viralizou. Na ocasião, o público detonou o rapaz: “Tão jovem e já aprendeu o caminho da enganação, brincando com a fé alheia”.
Reação de Miguel
O pai do garoto contou ao portal que, de início, o filho não aceitou a decisão de cancelar as pregações. E, em relação ao número de faltas nas aulas online, Marcinho disse que sempre cobrou a volta do filho às aulas presenciais.
*Com informações de Terra
David Reis destaca força do servidor público no Dia do Trabalhador

O dia 1º de maio é mais que uma data no calendário. É um momento de reconhecer aqueles que, com dedicação, constroem diariamente o funcionamento da Câmara Municipal de Manaus (CMM). São mais de dois mil servidores que atuam nos bastidores e na linha de frente, garantindo que o Legislativo municipal esteja sempre em atividade.
O presidente da CMM, David Reis (Avante), fez questão de homenagear cada trabalhador e trabalhadora da Casa, e de toda a cidade de Manaus, com uma mensagem de gratidão e respeito.
“Hoje, quero me ‘dirigir’ a todos os trabalhadores para parabenizá-los pelo seu dia, pelo nosso dia, nós que somos trabalhadores que produzimos dia após dia para que possamos garantir o sustento das nossas famílias”, disse o parlamentar.
Além do reconhecimento, ele reforçou a importância de continuar firme na missão diária. “Aqui vai a minha homenagem a você, que todos os dias luta, trabalha, garante o sustento da sua família. Continue na sua labuta, na sua trincheira, que Deus possa continuar nos abençoando e que você aproveite o seu dia”, ressalta o presidente.
Vale destacar que a CMM também se orgulha da força feminina que compõe seu quadro funcional: a maioria das diretorias da instituição é ocupada por mulheres, que exercem funções estratégicas com competência e sensibilidade.
Histórias de dedicação por trás do serviço público
Entre os rostos conhecidos dos corredores e Sessões da CMM, está o de Antônio Almeida, garçom que há mais de duas décadas trabalha na Casa. Presente nas Sessões Plenárias, ele acompanha de perto o trabalho dos vereadores, sempre pronto para servir com zelo e cuidado.
“Chego aqui na Câmara de manhã e vejo que vai ter reunião. Aí já vou providenciar o café, a água, é só o que nós temos por enquanto, e servir eles nas reuniões. O garçom, ele vive para servir e serve para viver. Então é isso, quando se faz o que gosta, a gente não trabalha, se diverte”, conta.
Nos bastidores do som, atenção aos detalhes
O trabalho de bastidor também é essencial. Itamar Silva, operador de áudio, é um dos responsáveis por garantir que as Sessões, Audiências Públicas e demais eventos tenham qualidade sonora e cheguem com clareza à população.
“Eu chego cedo, tenho que checar equipamento, ligar equipamento. Deixar o som do plenário funcionando direitinho, fazer os testes para que na hora da Sessão fique tranquilo, de uma forma que não cause nenhum problema a eles”, explica.
Além da técnica, Itamar conta que valoriza as boas relações no ambiente de trabalho. “Quanto aos nossos amigos aqui de trabalho, temos uma relação excelente. Todo mundo se respeita, cada um está na sua área. E o que a gente às vezes tem que aprender com o outro, a gente aprende. E tem sido bom. Uma realização estar aqui também”, enfatiza.
Organização e zelo antes e depois das Sessões
Quem mantém a Casa em ordem todos os dias é a equipe da limpeza, liderada por dona Darlete dos Santos, que atua nos serviços gerais há vários anos. Ela e seus colegas cuidam de cada detalhe para garantir que tudo esteja limpo e organizado antes e depois das Sessões.
“Chego aqui às seis horas da manhã, tomo meu café, troco minha roupa e já vou logo trabalhar. Vou logo ao plenário ver se tem algo sujo, depois passo no banheiro, vou pra TV Câmara. Quando a gente sai daqui, já deixa tudo limpo, tudo preparado para o outro dia. E eu gosto muito do meu trabalho, eu adoro o meu trabalho”, relata.
Para ela, o ambiente de trabalho também se tornou parte da vida. “Passamos mais tempo aqui do que em casa. Isso aqui é como uma família pra gente. Passa o tempo todo e a maior parte da nossa vida é aqui”, finaliza.
Apae Manaus recebe presidente nacional e apresenta avanços após intervenção
Na última segunda-feira (28/4), o presidente da Apae Brasil, professor Jarbas Feldner, esteve em Manaus para uma visita institucional à sede da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) da capital amazonense, localizada no bairro Parque 10 de Novembro, zona Centro-Sul da cidade. A visita teve como objetivo conhecer de perto os avanços obtidos pela unidade desde a intervenção realizada em julho de 2022, além de fortalecer o apoio da Federação Nacional à instituição.
Barros foi recebido pela presidente da Apae Manaus, Ione Tôma; pela equipe da instituição, composta pela gerente administrativa, Fabíola Benevenuto; pela gerente financeira, Francinete Lima de Souza; e o secretário Carlos Augusto Sampaio Silva; além da presidente da Federação das Associações das Apaes do Amazonas (Feapaes-AM), Sirange Rodrigues. Durante a reunião, Ione apresentou um panorama da situação financeira e estrutural da Apae Manaus, além de relatar os principais desafios enfrentados na gestão atual.
Reestruturação após intervenção
A Apae Manaus passou por uma intervenção da Feapaes-AM em 13 de julho de 2022, após anos de má gestão e abandono estrutural. Na ocasião, Ione Tôma foi nomeada presidente com a missão de reorganizar as finanças e revitalizar os serviços oferecidos à população. Um dos principais entraves herdados foi o acúmulo de dívidas, incluindo obrigações trabalhistas e uma significativa dívida com a concessionária Amazonas Energia.
“A situação era crítica, praticamente abaixo de zero. Não havia estrutura adequada, os serviços estavam paralisados e apenas 25 pessoas eram atendidas. Hoje, conseguimos ampliar esse número para 220 atendidos entre crianças, jovens e adultos, de 1 a 62 anos. Ainda temos mais de 100 pessoas na fila de espera, e buscamos parcerias públicas e privadas para dar continuidade a esse processo de reestruturação”, destacou Ione.
Compromisso nacional com o avanço da instituição
Após ouvir os relatos da equipe gestora, o presidente da Apae Brasil se comprometeu a contribuir na busca por soluções concretas para os problemas financeiros da unidade. Entre as medidas anunciadas, está a articulação junto a parlamentares do estado do Amazonas para a destinação de emendas que possam garantir a continuidade e ampliação dos serviços da Apae Manaus.
“Estamos diante de uma instituição que renasceu das dificuldades, graças a uma gestão comprometida e à força de uma comunidade que acredita na inclusão. A Apae Brasil não apenas reconhece esse esforço, como se une a ele. Vamos mobilizar parlamentares, buscar parcerias e garantir que a Apae Manaus tenha o respaldo necessário para continuar avançando. Essa causa é de todos nós”, declarou o presidente da Apae Brasil.
Além disso, ele se reuniu com familiares dos assistidos, ouvindo diretamente da comunidade beneficiada relatos sobre a importância do trabalho realizado pela instituição. Muitos pais destacaram a transformação na qualidade de vida dos filhos após o ingresso no atendimento da Apae.
Avaliação positiva da federação estadual
A presidente da Feapaes-AM, Sirange Rodrigues, ressaltou o papel fundamental da atual gestão na reconstrução da credibilidade da unidade e no restabelecimento dos atendimentos. Ela lembrou que a intervenção foi uma medida necessária diante da situação de colapso vivida pela instituição.

“Quando a Ione assumiu, a estrutura estava completamente comprometida. Hoje, vemos uma realidade diferente: mais pessoas sendo atendidas, espaços requalificados e uma gestão comprometida. Estamos confiantes de que, com o apoio da Apae Brasil e das parcerias que estamos construindo, vamos continuar avançando e ampliando o atendimento a quem mais precisa”, declarou.
Contexto estadual
A Apae Manaus faz parte da rede de 17 Apaes existentes no estado do Amazonas, sob coordenação da Feapaes-AM. A Federação tem atuado no apoio técnico e institucional às unidades do interior e da capital, promovendo capacitações, articulações políticas e compartilhamento de boas práticas de gestão.
A visita do presidente nacional reforça a integração entre as entidades locais e a federação nacional, em um momento considerado decisivo da Apae Manaus para garantir a sobrevivência e expansão dos serviços prestados à população com deficiência intelectual e múltipla no Amazonas.
Como contribuir com a Apae Manaus
Quem deseja colaborar com a Apae Manaus, a doação é feita presencialmente na sede da Apae Manaus, na avenida Ivanete Machado, s/nº, conjunto Castelo Branco, no bairro Parque 10 de Novembro.
Para facilitar ainda mais, contribuições financeiras podem ser efetuadas por meio de transferências via PIX, utilizando o CNPJ 04.216.628/0001-80.
Tragédias climáticas como a do RS serão cinco vezes mais frequentes, aponta estudo
Enchentes como as que devastaram o Rio Grande do Sul há cerca de um ano devem ser tornar um fenômeno cinco vezes mais frequente no país. Reflexo das mudanças climáticas aceleradas pela ação humana, essas tragédias, que ocorriam em intervalos médios de 50 anos, tendem a acontecer a cada dez anos, e de forma ainda mais intensa.
O diagnóstico faz parte de um estudo da ANA (Agência Nacional de Águas), realizado em parceria com pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade de Brasília, do Serviço Geológico do Brasil, entre outras instituições.
A Folha teve acesso ao relatório, denominado “As enchentes no Rio Grande do Sul: lições, desafios e caminhos para um futuro resiliente”.
Os modelos matemáticos e monitoramentos históricos aplicados pelos pesquisadores indicam que as vazões dos rios gaúchos tendem a aumentar em cerca de 20% sobre as máximas atuais. Na prática, isso significa que as cidades, principalmente as mais vulneráveis, precisam se adaptar rapidamente ao novo cenário, com planejamento urbano, construção de infraestruturas e gestão de riscos.
O Rio Grande do Sul, conforme o relatório, tende a ser a região do Brasil com o maior aumento na frequência e severidade das cheias. Isso se deve tanto às mudanças climáticas —2024 foi o ano mais quente da história—, quanto à vulnerabilidade natural do estado, marcado por bacias hidrográficas de rápido impacto.
As projeções indicam que cidades como Porto Alegre, Guaíba, Eldorado do Sul, Pelotas e Rio Grande terão de enfrentar níveis de água até um metro mais altos do que o limite máximo de proteção atual. Nos vales e áreas serranas, rios como o Taquari e o Jacuí podem subir até três metros a mais que o limite atual, em eventos extremos.
Durante as enchentes de 2024, o nível do rio Guaíba em Porto Alegre atingiu a marca histórica de 5,35 metros, superando o recorde anterior de 4,76 metros de 1941. Esse aumento de mais de 2 metros acima da cota de inundação (de 3 metros) resultou em alagamentos de diversos bairros da capital gaúcha.
O que os novos parâmetros indicam, portanto, é que essa cota teria de ser alterada para até 4 metros.

Essa mudança significa que há necessidade urgente de redimensionar as obras de proteção, com atualização de diques, comportas e barragens. O estudo lembra que locais como Reino Unido, Bélgica e Austrália já ampliaram seus parâmetros de projetos de infraestrutura entre 20% e 30% para incorporar o risco climático.
“A reavaliação destes parâmetros não é opcional, mas uma necessidade imediata para dimensionar obras hidráulicas, criar sistemas de alerta eficazes contra inundações e garantir a viabilidade de projetos em um cenário onde os extremos climáticos se tornam mais frequentes e intensos”, afirma o relatório.
Na tragédia de 2024, o nível do rio Taquari, em Lajeado, chegou a 33,67 metros, derrubando bairros inteiros. Ao todo, 478 dos 497 municípios gaúchos foram afetados, com 2,4 milhões de pessoas atingidas.
As enchentes deixaram 184 mortos, 27 desaparecidos e mais de 800 feridos. Mais de 146 mil pessoas ficaram desalojadas, além de 50 mil desabrigadas. Houve perda de R$ 35,6 bilhões na produção estadual, com 152 mil empregos perdidos.
Na contramão do que é necessário, o Congresso Nacional aprovou, para 2025, uma redução nos recursos destinados à gestão de riscos e desastres urbanos.
O valor proposto pelo governo Lula (PT) para essas ações, de R$ 1,75 bilhão, foi reduzido para R$ 1,37 bilhão na versão final da Lei Orçamentária Anual. Um corte de R$ 380 milhões, conforme relatório do Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos).
O governo precisou liberar R$ 5 bilhões em créditos extraordinários para lidar com os impactos das tragédias climáticas no ano passado. Quase três vezes mais que o orçamento inicialmente previsto para a área, ainda segundo o instituto.
“O corte de R$ 380 milhões é alarmante, principalmente após os eventos climáticos extremos de 2024 e com a COP30 [a conferência da ONU sobre mudanças climáticas] no horizonte. É possível perceber um esforço do governo em construir políticas para a adaptação climática que estão referidas a outros programas orçamentários, mas falta articulação entre elas e investimentos robustos”, diz Sheilla Dourado, assessora política do Inesc.
“A atuação reativa através desses créditos não é a melhor solução para lidar com situações de emergência”, completa.

Embora o investimento no programa de gestão de riscos e desastres tenha caído, houve aumento de recursos para outra ação voltada à melhoria da infraestrutura urbana, que inclui prevenção. O Cidades Melhores teve valor ampliado de R$ 141 milhões em 2024 para R$ 490 milhões neste ano.
Procurado pela Folha, o governo do Rio Grande do Sul declarou que, “no momento, estão sendo atualizados todos os projetos de sistemas de proteção contra as cheias” do estado. “Os mais avançados são os de Eldorado do Sul (Bacia do Jacuí) e o de Porto Alegre e Alvorada (Arroio Feijó)”, afirmou.
Nesta segunda-feira (28), foi publicado um edital para atualização do sistema de proteção contra as cheias de Eldorado do Sul. “Dentro da estratégia do governo, foi criado o Plano Rio Grande, um programa de Estado, que tem o objetivo de reconstruir o Rio Grande do Sul e torná-lo ainda mais forte e resiliente, preparado para o futuro”, afirmou a gestão Eduardo Leite (PSDB).
Até o momento, segundo o governo gaúcho, foram investidos R$ 6,9 bilhões em diversos projetos. O plano conta com um Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática, órgão colegiado formado por 41 especialistas e pesquisadores.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional disse que o programa de gestão de riscos e desastres abarca diversas pastas, e que o Congresso agiu “no exercício de suas prerrogativas constitucionais”, ao reduzir a proposta orçamentária encaminhada.
“Vale salientar que o exercício de 2024 foi marcado por eventos climáticos de proporções extremas, como as chuvas registradas no primeiro semestre no RS e a seca acentuada e os incêndios na amazônia e no pantanal, o que explica a utilização de créditos extraordinários para atender a essas situações excepcionais”, afirmou a pasta.
*Com informações de Folha de São Paulo
Dia do Trabalhador: expansão do saneamento básico em Manaus gera novas oportunidades de emprego
