Pesquisa permite multiplicar produção de tambaquis e hortaliças de forma sustentável
Aumentar a produtividade na criação de tambaquis em até seis vezes, em comparação com os atuais modelos de piscicultura, e ao mesmo tempo, alavancar a produção de alimentos no Amazonas de modo sustentável e ambientalmente responsável, reduzindo custos, consumo de água e sem a necessidade de derrubar nenhuma árvore.
Estes são os objetivos da pesquisa inovadora realizada pela Universidade Nilton Lins, por meio de seu Programa de Pós-Graduação em Aquicultura, e que esta semana inaugurou sua unidade experimental no campus da instituição no Parque das Laranjeiras, zona Centro-sul de Manaus, visando o desenvolvimento de um sistema integrado e simultâneo para criação de peixes e hortaliças em um único ambiente aquático.
Coordenado pelos professores Lucas Pedro Gonçalves Junior e Juliana Tomomi Kojima, do curso de Mestrado e Doutorado em Aquicultura da Universidade Nilton Lins/INPA, a pesquisa é voltada especialmente para pequenos produtores e agricultores familiares do estado e na unidade serão testados e avaliados diferentes modelos de produção visando adaptar-se à realidade amazônica.
“Nosso desafio neste primeiro momento é desenvolver, na prática, um ambiente ideal elaborado nos estudos teóricos, que seja propício tanto para os peixes quanto para as plantas. Dessa forma, esperamos melhorar a produtividade pela qualidade da água dentro do sistema alternativo de aquaponia e permitir que os pequenos produtores tenham duas fontes de renda”, destacou Lucas.
Na etapa inicial dos trabalhos em campo, a hortaliça escolhida foi a alface mas nos próximos meses, a proposta é expandir a pesquisa para incluir o jambu, manjericão e outras plantas de interesse comercial regional.
Sustentabilidade
Além das vantagens econômicas, o desenvolvimento de um sistema integrado de produção aplicado na agricultura familiar, permitirá o aumento da produtividade sem a necessidade de desmatar novas áreas e ainda reduzirá o consumo de água em comparação aos modelos atuais.
“É totalmente sustentável e respeita o meio ambiente da região. Nesta unidade experimental, contamos com 16 tanques, mas os produtores poderão usar viveiros de até 50m³. A piscicultura tradicional produz cerca de 1 kg de tambaqui por m³, enquanto com este sistema estimamos chegar a 6 Kg”, explicou Lucas.
A pesquisa teórica teve início em maio de 2023 e todo o trabalho está previsto para ser concluído em maio de 2025. Além dos experimentos, o local também servirá para a realização de cursos, contribuindo para a disseminação do conhecimento e capacitação dos produtores locais. O projeto conta com apoio da Fapeam pelo Programa de Apoio à Fixação de Jovens Doutores no Brasil.
Com informações da assessoria
Brasil pode ser peça-chave para cultivo de plantas na Lua; entenda
Há previsões e prognósticos para o futuro de todos os tipos, indo de coisas super básicas às mais bizarras, dignas de ficção científica. Outras, entretanto, estão bem no meio termo. Não seria improvável dizer, por exemplo, que ainda neste século será possível ter projetos agrícolas bem estabelecidos na Lua.
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) está participando do Programa Artemis, da Nasa, em colaboração com a Agência Espacial Brasileira (AEB) desde novembro de 2023 para realizar este feito.
A missão Artemis visa levar humanos de volta à Lua ainda nesta década, incluindo a primeira mulher e afrodescendentes. Mas o papel da instituição brasileira é mais peculiar: ela vai atuar no projeto como uma fornecedora de dados, tecnologias, além de produtos que serão úteis às possíveis explorações espaciais planejadas com os Acordos Artemis.
Nesse contexto, o Brasil pode se tornar uma peça chave no desenvolvimento de tecnologias e métodos agrícolas para sustentar futuras colônias lunares, além de ser fundamental para aplicações terrestres quando se trata de produção alimentícia.
É verdade, no entanto, que a ideia de cultivar plantas na Lua não é nova. Em 2022, pesquisadores utilizaram o solo lunar pela primeira vez para plantar um tipo de agrião. Eles usaram pequenas amostras de terra lunar coletadas durante as missões Apollo entre 1969 e 1972.
O papel do Brasil
Como explicou a especialista em geopolítica e e pesquisadora de estudos estratégicos internacionais, Tatiana Garcia Delgado, em entrevista ao Byte, a ideia é que essas pesquisas possam contribuir tanto para missões espaciais quanto para a agricultura sustentável na Terra, enfrentando desafios como as mudanças climáticas.
Segundo Alessandra Pereira Favero, pesquisadora da Embrapa Pecuária Sudeste que está envolvida no projeto, as tecnologias agrícolas já existentes aqui na Terra podem ser adaptadas para uso em missões lunares.
“Por exemplo, o melhoramento genético de plantas. Atualmente, nós já temos equipes que estão nesses programas de melhoramento das culturas que podem ser adaptadas em ambientes fechados em fazendas verticais”, disse a Alessandra.

Ela cita que a construção de fazendas verticais, combinadas com o avanço genético, podem ser utilizadas em missões espaciais lunares ou para o espaço profundo.
Outras pesquisas a respeito disso estão sendo feitas em parceria com empresas privadas, segundo a especialista, já que essas tecnologias existem em situações normais na Terra.
O assessor técnico da diretoria de Gestão de Portfólio da Agência Espacial Brasileira, Leandro Ribeiro Reis disse, em entrevista ao Byte, que além do melhoramento genético, a parceria com a Embrapa também envolve áreas como tecnologias espaciais, inovação, desenvolvimento tecnológico, microrganismos, cultivo indoor (otimiza etapas de produção de alimentos, plantas e ervas), entre outras especialidades.
Pesquisas sobre a agricultura
Várias pesquisas e tecnologias vêm sendo desenvolvidas, como o melhoramento genético, tendo como plantas modelos a batata-doce e o grão-de-bico, como explicou Reis.
Segundo Alessandra, essas duas não foram escolhidas por acaso: uma por ser rica em carboidratos e a outra, em proteínas.
“Claro que têm muitas outras características interessantes tanto do ponto de vista nutricional quanto de cultivo. Por exemplo, com a batata-doce você consegue consumir as folhas na salada, que são ricas em proteína e fibra”, pontuou.
Ela ressalta que a pesquisa para entender como realizar esse plantio na Lua também envolve entender como a água e energia das plantas podem ser utilizadas com maior eficiência. De acordo com a representante da Embrapa, essa tecnologias seriam essenciais no Programa Artemis.
As pesquisas vão ser base para identificar outras plantas que poderiam ser cultivadas no espaço no futuro, após a fase de avaliação em estações espaciais, como na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês)
“Tudo isso vai precisar ser adaptado para condições fora do planeta, já que tudo muda em situação de microgravidade”, afirmou Alessandra.

E para isso, é necessário uma combinação entre teoria e a prática, uma vez que não sabe especificamente como as plantas vão se comportar no espaço sideral, continuou a especialista.
Um estudo publicado em novembro do ano passado mostrou que plantas podem crescer na Lua e até se beneficiam da gravidade reduzida.
A pesquisa foi realizada com a missão chinesa Chang’e 4 e sementes de algodão, que apresentaram crescimento promissor no ambiente lunar.
A AEB também destaca que, em colaboração com outros membros do Sistema Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (SINDAE), fornece o suporte necessário para o desenvolvimento de culturas resistentes às condições extremas do ambiente espacial.
Isso inclui a alta exposição à radiação ionizante, a limitação de água e a utilização de regolito, um tipo de solo lunar que difere significativamente do solo terrestre.
Até o momento, não há um prazo específico dentro do programa Artemis para o desenvolvimento dessas tecnologias.
Acordos internacionais
De acordo com comunicado da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, os Acordos Artemis são baseados no Tratado do Espaço Exterior, criado em 1967, “para criar um ambiente seguro e transparente, o qual facilita a exploração, a ciência e as atividades comerciais para toda a humanidade usufruir”.
A missão não visa somente levar humanos de volta à Lua, mas explorar outros corpos celestes ao longo do tempo. Mesmo com suas próprias pretensões na exploração espacial, assim como outros países signatários, ”o Brasil é um país que mantém uma postura pacífica que pende à cooperação, ao passo que outros tendem à competição”, segundo Tatiana.
Apesar das colaborações atuais, o Brasil já enfrentou vários desafios para se posicionar de maneira competitiva na corrida espacial global.

Corrida espacial
Um dos principais fatores que contribuíram para essa inserção mais firme foi a inconsistência nas verbas nos programas espaciais do país, enquanto Estados Unidos, Rússia e China têm orçamentos mais dedicados às suas agências espaciais.
Um exemplo disso é o recém retorno da Chang’e 6, missão espacial chinesa que foi até o lado escuro da Lua para coletar amostras, algo inédito na história até então.
Entretanto, Reis afirma que o Brasil quer se engajar nas oportunidades associadas ao programa Artemis.
“Um empreendimento como o Programa Artemis demanda colaborações de todos os campos de conhecimento, além das tecnologias estritamente espaciais”, disse.
Um exemplo citado é o projeto SelenITA, presente no Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE) e liderado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).
O objetivo, de acordo com a Agência Espacial Brasileira, é desenvolver um pequeno satélite para uma missão científica ao redor da Lua, com o objetivo de estudar os campos magnéticos e as interações na crosta lunar.
Além disso, o SelenITA vai investigar o transporte de poeira pela superfície da Lua, que é ocasionado por fenômenos elétricos e impactos de asteroides.
“Com o foco no polo sul lunar, o Brasil pretende contribuir com informações importantes para a exploração humana planejada pela Nasa”, destacou Reis.
Ele ainda destaca que toda a expertise adquirida pela AEB com os avanços do programa Artemis vai trazer mais oportunidades para o país desenvolver e aprimorar tecnologias para futuras missões espaciais, tanto nacionais quanto internacionais.

O único entrave, talvez, seja que o Centro Espacial de Alcântara (CEA), por ora, não tem nenhuma relação com o programa.
“O CEA apresenta-se como um complexo de infraestruturas, bens e serviços necessários para as atividades de lançamento de veículos espaciais suborbitais e orbitais a partir do território brasileiro”, explicou Reis.
*Com informações de Terra
Em 5 pontos, entenda esquema sob Bolsonaro para desvio de joias, segundo a PF
A Polícia Federal indiciou nesta quinta-feira (4) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 11 por um suposto esquema de desvio de joias recebidas como presentes de autoridades estrangeiras pela Presidência da República.
O ex-presidente já tinha sido alvo de busca e operação sobre o assunto. A corporação aponta Bolsonaro como suspeito de ter montado um esquema para desviar os itens durante o seu mandato. Os crimes, segundo a PF, são de formação de quadrilha e peculato.
Alguns dos principais aliados do ex-mandatário foram indiciados: Fabio Wajngarten, o general Mauro Lourena Cid, o tenente-coronel Mauro Cid, o advogado Frederick Wassef, Marcelo Câmara, Bento Albuquerque, José Roberto Bueno Júnior, Júlio Cesar Vieira, Marcelo Vieira, Marcos André do Santos Soeiro e Osmar Crivelatti.
Entenda, em 5 pontos, as suspeitas da Polícia Federal e o indiciamento do ex-presidente.
1) Qual o foco da investigação?
Segundo relatório da PF, as investigações apontaram a suspeita de que Bolsonaro utilizou a estrutura do governo federal para desviar presentes de alto valor oferecidos a ele por autoridades estrangeiras.
Os dados analisados indicam a possibilidade de o órgão responsável pela análise e definição do destino de presentes oferecidos por autoridade estrangeira ao presidente da República, o Gabinete Adjunto de Documentação Histórica da Presidência, “ter sido utilizado para desviar, para o acervo privado do ex-presidente da República, presentes de alto valor, mediante determinação de Jair Bolsonaro”.
A PF ainda aponta “indícios de que alguns presentes recebidos por Jair Messias Bolsonaro em razão do cargo teriam sido desviados sem sequer terem sido submetidos à avaliação do GADH/GPPR [o gabinete de documentação]”.
Segundo a investigação da PF, em 30 de março, ocasião em que representantes de Bolsonaro reclamaram de procedimentos do TCU, auxiliares do ex-presidente concluíam as providências para reaver todo o material evadido do país para, então, entregá-lo ao Estado brasileiro.

Na prática, Bolsonaro simulou um atrito burocrático com o TCU para ganhar tempo e resgatar as joias anteriormente levadas aos Estados Unidos.
2) Voo presidencial
As investigações identificaram que Bolsonaro e auxiliares retiraram do país, no avião presidencial, pelo menos quatro conjuntos de bens recebidos pelo ex-presidente em viagens internacionais, na condição de chefe de Estado.
A viagem ocorreu em 30 de dezembro, véspera do último dia de mandato de Bolsonaro, para assim evitar seguir o rito democrático de passar a faixa a seu sucessor eleito, o hoje presidente Lula (PT).
Foram levados três itens para avaliação e venda no país. Um era o conjunto com joias e relógio da grife Chopard, anunciado pela Fortuna Auction com preço estimado de US$ 120 mil a US$ 140 mil, ou seja, de cerca de R$ 611 mil a R$ 713 mil, conforme a cotação da época. O leilão foi aberto no começo de fevereiro, mas não houve compradores.
Os outros itens são relógios, um Rolex e um Patek, vendidos por um valor de R$ 333 mil, e um barco dourado, sem identificação de procedência. Frederick Wassef, um dos advogados de Bolsonaro, precisou comprá-lo novamente após manifestação do TCU para devolução ao patrimônio público.
3) Quem foi indiciado
Entre os indiciados está o general da reserva do Exército Mauro Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, também incluído no rol da PF. Além deles, estão Frederick Wassef, advogado de Bolsonaro, e Osmar Crivelatti, tenente do Exército e que também atuou na ajudância de ordens da Presidência.
Fabio Wajngarten, um dos assessores de Bolsonaro, além de Marcelo Câmara, o ex-ministro Bento Albuquerque, José Roberto Bueno Júnior, Júlio Cesar Vieira, Marcelo Vieira e Marcos André do Santos Soeiro foram indiciados.
4) Qual a origem da investigação?
A PF tem investigado o caso desde março de 2023. Bolsonaro e Mauro Cid, por exemplo, prestaram depoimentos sobre as joias recebidas de autoridades da Arábia Saudita em outubro de 2021.
Naquela ocasião, um militar que assessorava o então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, tentou desembarcar no Brasil, após viagem ao Oriente Médio, com artigos de luxo na mochila. Como não tinham sido declarados, os bens foram apreendidos pela Receita Federal —o caso foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo em março.

Como mostrou a Folha, o ex-mandatário chegou a discutir o assunto com o então chefe da Receita Federal Julio Cesar Vieira Gomes em dezembro de 2022.
Um segundo pacote, que inclui relógio, caneta, abotoaduras, anel e um tipo de rosário, todos também da marca suíça de diamantes Chopard e depois entregues a Bolsonaro, estava na bagagem de um dos integrantes da comitiva e não foi interceptado pela Receita, como mostrou a Folha.
Um recibo oficial registrou a entrega desse segundo conjunto à Presidência em novembro de 2022, para compor o acervo pessoal do ex-presidente.
5) O que Bolsonaro já disse sobre o caso?
A defesa de Bolsonaro afirmou que o ex-presidente coloca sua movimentação bancária à disposição das autoridades e que ele “jamais apropriou-se ou desviou quaisquer bens públicos” e, que ele “voluntariamente” pediu ao TCU em março deste ano a entrega de joias recebidas “até final decisão sobre seu tratamento, o que de fato foi feito”.
O próprio ex-presidente disse querer esclarecer o caso “o mais rápido possível”, e que não ordenou a venda de nenhum item. “Ele [Mauro Cid] tem autonomia. Não mandei ninguém vender nada. Não recebi nada”, afirmou.
Quando o caso veio à tona, Bolsonaro disse, inicialmente, não ter pedido nem recebido qualquer tipo de presente em joias do governo da Arábia Saudita. Segundo ele, dois ou três dias depois da retenção dos artigos, a Presidência notificou a alfândega de que as peças deveriam ir para um acervo.
Em depoimento dado à PF, o ex-presidente afirmou ter tido conhecimento sobre as joias apreendidas na Receita 14 meses após o ocorrido. Segundo a defesa, após saber do caso, em dezembro de 2022, Bolsonaro buscou informações para evitar um suposto vexame diplomático caso os presentes fossem a leilão.
*Com informações de Folha de São Paulo
Prefeitura e ONU entregam 1º Plano Municipal de Políticas Públicas para Migração
A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), juntamente com o Comitê Municipal de Políticas Públicas para Pessoas Refugiadas, Migrantes e Apátridas (Compremi), realizou a cerimônia de entrega oficial do 1º Plano Municipal de Políticas Públicas para Migrantes, Refugiados e Apátrida de Manaus.
O evento foi realizado no Casarão da Inovação Cassina, localizado no Centro Histórico de Manaus e contou com a presença de secretarias municipais, Organizações da Sociedade Civil e representantes das agências da ONU em Manaus.
A titular da Semasc, Dermi Rayol, destacou a relevância do lançamento do Plano Municipal para esses grupos residentes na cidade de Manaus, destacando que o documento busca fortalecer as ações já em execução, garantindo direitos como acesso a serviços públicos, participação política, empregabilidade entre outros.
“O lançamento deste plano é de extrema importância para a capital. Manaus é a terceira cidade no Brasil com maior número de pessoas refugiadas, migrantes e apátridas. Com isso, a gente tem bastante trabalho já desenvolvido com esse grupo, mas o plano vem para fortalecer ainda mais, para que se garanta os direitos públicos, políticos e também que eles consigam ter empregabilidade, atendimento de saúde, que consigam realmente se desenvolver na nossa cidade”, ressaltou.
O lançamento deste plano representa um marco na história da cidade, sendo a primeira do norte do país a ter um plano municipal específico para esses grupos. O objetivo é garantir direitos e políticas públicas de forma integral para essa população, que historicamente tem migrado para Manaus. O documento abrange áreas como educação, saúde, assistência social, direitos humanos e políticas de trabalho, visando atender às necessidades básicas dessas populações migrantes, refugiadas e apátridas.
“Estamos muito felizes em ver concretizada uma luta de anos, desde que essa população vem migrando para Manaus. O nosso estado, historicamente, é uma região com um fluxo de migração constante. Então, hoje a gente vem com este plano que vai nortear as ações do município de Manaus pelos próximos quatro anos, garantindo que essa população tenha as suas políticas públicas executadas e direcionadas integralmente garantindo a eles os direitos necessários para a convivência e vivência na cidade”, salientou a presidente do Comitê Municipal de Políticas Públicas para Migrantes, Refugiados e Apátridas (Compremi), Mirella Lauschner.
A chefe do escritório da Agência da ONU para Refugiados (Acnur) no Amazonas, Laura Lima, também destacou a importância do Plano Municipal de Políticas Públicas para Migrantes, Refugiados e Apátridas em Manaus. Além de destacar a relevância dele não apenas para a população refugiada, migrante e apátrida, mas também como um marco histórico na região Norte do Brasil. E ressaltou papel fundamental da Semasc na liderança desses esforços integrativos.
“Para nós esse é um evento central. Estamos falando de uma pauta absolutamente prioritária, que é a consecução de políticas públicas específicas para a população refugiada, mas também para a população migrante e apátridas, que inclusive entra dentro do nosso mandato, como parte das agências especializadas das Nações Unidas. Então Acnur financiou a consultoria que tem permitido esse desenvolvimento do plano”, informou Laura.
Segundo ela, este é um momento de celebração. “Não é só o exemplo do trabalho conjunto, mas é, realmente, um momento histórico para o Brasil, que está lançando pela primeira vez uma política nacional para essas pessoas. No caso, especificamente, da Semasc, estamos falando de uma secretaria que tem liderado, de forma prática, muitos desses esforços complementares”, pontuou.
Equipe de Maiara se pronuncia após críticas por emagrecimento excessivo
Maiara, da dupla com Maraisa, vem preocupando os fãs por conta do emagrecimento. A cantora, de 36 anos, perdeu cerca de 38 kg em meio à cirurgia bariátrica e lipoaspiração.
O público vem se questionando se a sertaneja está saudável, mesmo que ela tenha garantido que perdeu peso com acompanhamento médico e que seus exames estão ótimos.
Maiara teria sido leva ao hospital
Nesta sexta-feira, 5, porém, a página Galo Intruso no Instagram divulgou que a artista teria tido uma crise e foi levada às pressas para uma unidade de saúde, onde estaria passando por exames, com o acompanhamento de um psiquiatra.
Após a notícia, a assessoria da artista conversou com a coluna de Fábia Oliveira, do Metrópoles, desmentindo a informação.
“Não procede. Inclusive, hoje tem show em Salto do Pirapora/SP”, informou a equipe da cantora.
*Com informações de Terra
Saques da poupança superam depósitos em R$ 2,8 bilhões no 1º semestre
As aplicações nas cadernetas de poupança superaram as retiradas em R$ 12,8 bilhões no mês de junho, mostram dados divulgados nesta sexta-feira (5) pelo BC (Banco Central). Apesar de positivo, o resultado foi insuficiente para compensar as perdas dos primeiros meses do ano. Com isso, a aplicação fecha o primeiro semestre com captação líquida negativa de R$ 2,8 bilhões.
A caderneta de poupança teve perdas pelo sétimo trimestre seguido. O valor é resultado de R$ 2,03 trilhões aplicados e R$ 2,04 trilhões sacados da aplicação no período.
Apesar de negativo, resultado é o melhor da aplicação para o primeiro semestre desde 2020. No mesmo período do ano passado, as retiradas da poupança foram R$ 66,6 bilhões maiores do que os aportes na caderneta. O volume representa a maior perda de toda a série histórica, iniciada em 1995, para um semestre. Em 2021 e 2022, as captações líquidas ficaram negativas em, respectivamente, R$ 16,5 bilhões e R$ 50,5 bilhões.
Somente em junho, o volume de aplicações superou o de saques em R$ 12,8 bilhões. O resultado positivo foi o maior da poupança desde dezembro e contou com o depósito de R$ 348 bilhões e a retirada de R$ 225,3 bilhões. O dia 28 foi o de maios captação, com saldo de R$ 9,6 bilhões.
Saldo final da poupança volta a superar R$ 1 trilhão após dois anos. A marca havia sido atingida pela primeira vez desde julho de 2022 (R$ 1,007 trilhão). Com o desempenho positivo do mês de junho, o valor passou de R$ 993,3 bilhões para R$ 1,011 trilhão.
Rentabilidade
Atual rendimento da caderneta é de 0,5% ao mês + TR (Taxa Referencial). O percentual vale para sempre que a taxa básica de juros figurar acima de 8,5% ao ano. Atualmente, a Selic está em 10,5% ao ano.
O retorno é inferior ao de investimentos de igual segurança e liquidez. “Muitas vezes as pessoas ficam presas na poupança por desinteresse e se afastam de aplicações seguras com uma rentabilidade melhor”, avalia Marcelo Guterman, especialista de investimentos da Western Asset.
*Com informações de Uol
Deputado João Luiz destaca trabalhos desenvolvidos na Aleam para minimizar os impactos da estiagem
Preocupado com as mudanças climáticas e com a previsão de uma forte estiagem no Estado, o deputado estadual João Luiz (Republicanos) tem trabalhado na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) para minimizar os impactos desta problemática em conjunto com o Governo do Amazonas.
“Temos enviado requerimentos, indicativos e anteprojetos de Lei para o governador Wilson Lima para enfrentarmos os impactos da estiagem no Amazonas, principalmente, no interior do Estado. No mês passado, também levamos essa pauta para a União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), principalmente sobre os impactos da seca no nosso Estado e os desafios enfrentados para a repavimentação da BR-319, além da importância desta rodovia neste período”, enfatizou o deputado João Luiz.
O parlamentar ressalta que por meio do Requerimento nº 2.517 de 2024, indicou que o governo possa criar pontos de estocagem e distribuição de alimentos e medicação voltados para população do interior do Amazonas como medida de enfrentamento à estiagem.
João Luiz também enviou ao governador Wilson Lima o Requerimento nº 2.516 de 2024, indicando o anteprojeto de Lei que autoriza o Poder Executivo a conceder “Bolsa Estiagem” em amparo aos agricultores, extrativistas e pescadores que tiveram perdas na produção e na renda como medida de enfrentamento de estiagem.
Por meio do Requerimento nº 2.347 de 2024, indicou ao Governo do Amazonas, a instalação dos poços artesianos, bem como a aplicação de tecnologia para filtragem de água no interior do Estado como medida de enfrentamento à seca.
Trabalho
No ano passado, o deputado João Luiz indicou o Requerimento nº 4.995 de 2023, para que o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), avaliasse e adotasse as medidas necessárias para criar mecanismos excepcionais, e facilitadores, de forma a permitir que os agricultores familiares possam realizar a irrigação de suas lavouras durante este período crítico da estiagem, sem a imposição de cobranças de licenciamento e multas.
O republicano, por meio dos Requerimentos nº 4.970 e 4.969, ambos de 2023, indicou à Defesa Civil do Amazonas a Pesquisa e Tecnologia para Mitigação da Estiagem e Queimadas: A Indução de Chuvas como Solução Estratégica para o Estado do Amazonas e análise e aquisição de Sistemas de Tecnologia para Monitoramento e Mitigação de desastres naturais, tais como queimadas, estiagem, cheias, vazantes e o fenômeno das terras caídas.
Indicou também em 2023, o Requerimento nº 4.849, à empresa aeroportuária Vinci Airports, para a ampliação dos horários de operação dos terminais aeroportuários de Manaus, Tefé e Tabatinga, com a finalidade de possibilitar uma logística mais eficiente para o recebimento e distribuição de ajuda humanitária, remédios e alimentos, diante da estiagem no Estado. No Requerimento nº 4.744 de 2023, solicitou ao Governo Federal o apoio das Forças Armadas para transporte de medicamentos e alimentos aos municípios em situação de risco devido à estiagem.
Além do Requerimento nº 4.720 de 2023, que foi enviado ao Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, João Luiz solicitou ação imediata em decorrência da grave situação de estiagem no Amazonas, especialmente considerando os impactos alarmantes sobre a população de botos na região.
Prefeitura de Manaus inaugura sexta creche municipal em menos de quatro anos
A comunidade da Vila Buriti, na zona Sul da cidade, ganhou, a Creche Municipal Almirante Victório José Barbosa da Lomba. Esta foi a 6º creche da Secretaria Municipal de Educação (Semed) que a Prefeitura de Manaus inaugura em menos de quatro anos. O novo prédio vai atender cerca de 200 crianças de 1 a 3 anos de idade no maternal 1, 2 e 3.
Em 2021, no início da administração do prefeito David Almeida, havia 5.104 vagas ofertadas nestes espaços destinados a bebês de 1 a 3 anos, criadas ao longo de 16 anos de gestões anteriores. Hoje, com novas estruturas, a Prefeitura de Manaus tem a oferta de 10.208 vagas. Com isso, em pouco mais de 2 anos a atual gestão, aumentou mais de 100% o total de vagas ofertadas na fase Creche em Manaus.
“Nós estamos inaugurando mais creche aqui, em parceria com a Marinha, ampliando o número de vagas em creches na cidade de Manaus. Encontramos a cidade com 5.104 vagas. Em 16 anos, foram criadas 5.104 vagas. Agora, com essas novas estruturas, nós vamos entregar mais 5.104 vagas. Portanto, Manaus vai oferecer 10.208 vagas em creches, e dessa forma a gente dá a nossa contribuição para o ensino na cidade de Manaus, diminuindo essa deficiência que nós tínhamos em relação a vagas de creches”, afirmou o prefeito David Almeida.
Para chegar a esse número, será entregue até o mês de agosto mais duas unidades que atenderão a fase Creche. Com as novas estruturas as famílias das zonas Sul e Norte serão contempladas, além dessas, a população localizada na zona rural vai receber a primeira Creche da zona rural de Manaus, localizada no ramal da Fazenda Esperança, que fica no quilômetro 14 da BR 174. A outra fica situada no bairro Lago Azul, Viver Melhor.
“Essa unidade aqui na verdade é uma construção, não existia nessa área. E nós fizemos uma parceria com a Marinha, que doou o terreno, e a construção é toda no padrão Semed. Aqui, mais 204 crianças vão ser atendidas, crianças do entorno do Mauazinho, Vila da Felicidade, e é fantástico tudo isso que está acontecendo na educação. E nos próximos dias entregaremos mais duas creches, a primeira sendo na zona rural em convênio com a Fazenda da Esperança, e outra na zona Norte da cidade”, destacou a secretária de Educação, Dulce Almeida.
Todas as unidades construídas seguem um padrão de construção estabelecido pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e tem características estruturais que além trazer mais conforto, mais modernidade tem o compromisso de ofertar mais segurança aos bebês assistidos pela rede municipal de educação.
Organização
Em todas as creches há três blocos, bem definidos e pensados para oferecer conforto e segurança para as crianças atendidas nestes espaços.
No primeiro bloco onde está a parte administrativa com o hall; recepção; secretaria; circulação interna; diretoria; sala de professores; almoxarifado e banheiros masculinos e femininos. O segundo bloco é o de serviços, que compreende a parte de circulação interna; rouparia (balcão de entrega de roupas limpas); lavanderia (balcão de recebimento e triagem de roupas sujas); bancada para passar roupas com prateleiras; tanques e máquinas de lavar; copa dos funcionários, dentro espaços.

E por fim, o bloco pedagógico, no qual há fraldário, sanitário, lugar para repouso, alimentação e solário para os bebês.
Para a comunidade, a creche será um novo benefício. “Essa nova unidade vai ajudar bastante, principalmente para o meu filhinho, porque eu preciso trabalhar e como ele é bebezinho, eu não tenho com quem deixar. Agora, com essa creche, vai facilitar bastante a nossa vida”, agradeceu a autônoma Azenete Brito.
Polícia apreende cédula falsa de R$ 420 com homem preso por tráfico em Curitiba
