Proteção à mulher vítima de importunação sexual ganha reforço com lei de Roberto Cidade
Cada vez mais conscientes sobre seus direitos e dos canais para denúncias, as mulheres do Amazonas têm na Lei Ordinária nº 5.247/2020, de autoria do deputado estadual Roberto Cidade (UB), presidente da Assembleia Legislativa do Estado (Aleam), que dispõe sobre a divulgação do crime de importunação sexual nos transporte públicos, mais um mecanismo de defesa.
“Infelizmente as mulheres são as principais vítimas desse tipo de crime e é importante que possamos fazer com que a sociedade conheça todas as Leis que trabalham em defesa dos direitos da mulher. Nossa Lei tem o objetivo de se somar às demais existentes e ser mais um mecanismo para inibir a ocorrência de crimes e, mais do que isso, de ser um indicador de que há punição, de que esse não é um crime sem Lei. Que mais pessoas possam conhecer e fazer uso da Lei em caso de necessidade”, disse o deputado presidente.
Conforme a medida, a divulgação da Lei nº 5.247/2020 deve ser feita em ônibus de transporte coletivo intermunicipal e embarcações por meio de cartazes. Além da Lei Estadual, os cartazes também devem conter informações referentes à Lei Federal nº 13.718/2018, que classifica a prática de ato libidinoso sem consentimento, como crime de importunação sexual, com pena de até 5 anos de prisão.
A Legislação Estadual também prevê a realização de campanhas de conscientização sobre o crime de importunação sexual nos transportes públicos.
Existem vários tipos de importunação sexual, mas alguns dos tipos mais comuns incluem apalpar, lamber, tocar, desnudar, masturbar-se ou ejacular em público, dentre outros. A importunação sexual pode ocorrer em qualquer lugar, mas é mais comum em lugares públicos, como transporte público, parques e clubes.
Como denunciar
Quem presenciar ou for vítima de importunação sexual pode denunciar pelo Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher ou acionar a Polícia Militar, pelo 190.
Com informações da Aleam
Milton Cunha vem a Manaus para Roda de Conversa sobre figurinos

Um dos mais incensados nomes da cultura popular no Brasil desembarca em Manaus para uma Roda de Conversa. Trata-se de Milton Cunha, carnavalesco, mestre e pós-doutor com ampla especialização em cultura popular. O evento “Parintins em foco: Figurino e Processo Criativo com Milton Cunha” acontecerá sexta – feira (12/7), a partir das 19h, no Palacete Provincial, localizado na Praça Heliodoro Balbi, Centro de Manaus. A entrada é franca. A iniciativa conta com apoio da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa (SEC).
Natural do Estado do Pará, Milton Cunha é carnavalesco, comentarista e crítico dos desfiles das escolas de samba do carnaval carioca e paulista. Cunha também foi comentarista do Festival Folclórico de Parintins, entre os anos 2008 a 2012, quando a emissora paulistana Band, transmitiu o evento para todo o Brasil. Sua vinda a Manaus faz parte do encerramento da Exposição da artista e mestra em cultura popular Djane Senna, que assinou entre os anos de 2022 e 2023, os figurinos do item Sinhazinha da Fazenda do Boi Garantido, no Festival de Parintins.
Sobre a participação de Milton Cunha no evento, Djane Senna comentou. “Impossível discutir figurinos, significações e simbologias de indumentárias na cultura popular brasileira, sem ouvir Milton Cunha”, declarou. “Milton é um arcabouço vivo das experiências, aproximações e reconhecimentos do figurino nas manifestações populares brasileiras. Ele conhece do carnaval ao festival de Parintins”, completou, enfatizando que além de ter trabalhado como carnavalesco é pesquisador e professor universitário, sendo Doutor em Letras pela UFRJ, com pós-doutoramento no Museu Nacional sobre a Estrutura Narrativa da Ópera na Floresta.
Exposição
A Roda de Conversa marca o encerramento da exposição “Vestuário da Sinhazinha: expressões e cores em Parintins” da artista e figurinista Djane Senna, que começou no dia 18 de junho e segue até o dia 13 de julho. Ao todo são oito peças construídas para a personagem “Sinhazinha da Fazenda” do maior festival folclórico do mundo. A curadoria é de Paulo Holanda, docente da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
Além de Milton Cunha, carnavalesco e especialista em arte e indumentária, que conduzirá a Roda de Conversa, o evento terá a presença de Djane Senna; Rafael Andrade e Kaleb Aguiar, todos com experiências em figurinos de itens no Festival Folclórico de Parintins e conta com mediação de Adan Renê e João Gustavo Kienen.
Milton Cunha conduzirá a exploração do processo criativo, que existe por trás dos figurinos: Apresentador, Sinhazinha da Fazenda, Porta-Estandarte e Cunhã-Poranga. Desde a meticulosa seleção de materiais até a elaboração das cores e a criação de narrativas visuais, onde cada aspecto deverá ser examinado, oferecendo insights valiosos sobre essa forma de expressão artística que é o Festival de Parintins.
De acordo com o curador do evento, Paulo Holanda, a Roda de Conversa é direcionada a estudantes, profissionais e entusiastas das áreas de moda, artes cênicas, design e todos os interessados na cultura brasileira e na arte do figurino.
Planet Hemp celebra 30 anos com histórico de defesa da legalização da maconha
A primeira fumaça feita pelo Planet Hemp subiu para a cabeça em 1993, depois de um encontro de Marcelo D2, na época Marcelo Maldonado, com Luís Antônio Machado, o Skunk, no bairro do Catete, pedaço do Rio de Janeiro que já foi famoso pela sua boemia. Na época vendedor ambulante de camisas de rock, Marcelo vestia uma estampa da banda punk Dead Kennedys, que inspirou uma conversa da qual sairiam duas grandes revoluções, uma em forma de amizade e outra em forma de banda.
Entre lá e cá, foram muitas intercorrências e trocas na formação do Planet Hemp, mas é fato que a banda atravessou os anos mantendo sua relevância e o carinho do público. Hoje, eles se apresentam no palco do Espaço Unimed, em São Paulo, para a gravação do especial “Baseado em Fatos Reais: 30 Anos de Fumaça”, comemorando três décadas do lançamento de seu primeiro disco, “Usuário”, principal fruto daquele encontro no Catete.
Em 1993, o problema era que nenhum dos dois sabia operar instrumentos de punk rock, o ritmo que primeiro os uniu. Seria rap então, letra sobre batida. A partir da dupla, não demorou para que o grupo ganhasse mais alguns músicos: Rafael Crespo na guitarra, Formigão no baixo e Bacalhau na bateria completaram a formação original, mesclando a psicodelia das guitarras com raps no vocal, um novo ritmo batizado de “Raprocknrollpsicodeliahardcoreragga”, ou simplesmente o som do Planet Hemp.
“Tudo deu certo muito rápido, nosso primeiro show em São Paulo foi com três meses de banda, e com seis já estávamos abrindo shows e tocando no Circo Voador. Naquela época, rolava uma cena interessante com muitos bailes de música alternativa, onde tocava Rage Against the Machine, Cypress Hill e Nirvana. Pouco depois da primeira vez que subi em um palco, já fiquei meio famoso, falavam comigo na rua”, conta D2, que passou a ser reconhecido como “aquele maconheiro do Planet Hemp”.
Ninguém do grupo sabia, mas nessa época Skunk já tinha recebido o diagnóstico de Aids e pedido demissão de um emprego com o objetivo de viver seus últimos dias intensamente. Ele morreria no ano seguinte, em decorrência da doença, impulsionando o primeiro flerte da banda com o seu próprio fim. O vocal acabou sendo assumido por BNegão, que já era próximo, e com essa formação nasceu o “Usuário” que agora completa 30 anos.
“Depois da morte do Skunk nós tínhamos certeza de que queríamos fazer um disco, mesmo que fosse só pra gente, uma homenagem a ele”, conta Marcelo. Os músicos logo foram surpreendidos pelo estouro do Raimundos, que furou a barreira puritanista das rádios e colocou no ar, em 1994, um disco homônimo com músicas como “Puteiro em João Pessoa”, cheio de palavrões e conteúdo sexual. A mão invisível do mercado parecia estar passando a bola para o Planet Hemp.
“O auge nessa época era gravar uma ‘fita demo’ [gravação amadora, para avaliação das gravadoras], porque começamos em um momento que não existia muita coisa como a gente. As bandas grandes não conseguiam vender disco, e nós conseguiríamos?”, relembra BNegão. “Mas depois dessa história todo mundo ficou procurando um novo Raimundos, com medo de perder um estilo que poderia dar certo de novo.”
Em uma reunião de bar na porta da Sony, ainda na gestação do “Usuário”, o grupo debateu como resistiria ao controle das gravadoras na hora de tirar o disco do papel, um medo que era comum principalmente entre as bandas com letras mais ousadas. Na época, o debate sobre a legalização da maconha engatinhava e era combatido por grande parte da opinião pública brasileira.

“Demorou mais de um ano para as rádios começarem a tocar, ninguém tinha coragem de apoiar um som falando de maconha e polícia”, diz Bernardo. “Depois começamos a ter várias oportunidades, tudo na velocidade da luz.”
Assim nasceu o disco “Usuário” e o resto é fumaça. Vieram a público músicas que se tornariam clássicas como “Mantenha o Respeito”, “Legalize Já” e “Dig Dig Dig (Hempa)”, já com participações de Gustavo Black Alien no vocal. A crítica social que se tornaria identidade da banda veio através de letras contra a guerra às drogas, a corrupção na política e a violência policial. De lá pra cá, o Planet se manteve como o principal ativismo brasileiro em prol da legalização da Cannabis sativa.
O ano de 1997 trouxe outros dois grandes marcos para o grupo. O primeiro foi o lançamento de um segundo disco, “Os Cães Ladram Mas a Caravana Não Pára”, numa época em que BNegão decidiu se dedicar a um projeto solo e foi substituído por Black Alien nos vocais.
A segunda surpresa foi a prisão da banda, durante a turnê de lançamento em Brasília, sob acusação de fazer apologia às drogas. Os músicos foram detidos depois de um show no Minas Brasília Tênis Clube, no caminho entre o palco e o camarim, e ficaram presos durante 5 dias. A banda recebeu apoio da classe artística e foram visitados pelos deputados federais Fernando Gabeira e Eduardo Suplicy, além de músicos como Caetano Veloso e Gilberto Gil. Ironicamente, o juiz Vilmar José Barreto Pinheiro, que mandou prender a banda, foi afastado do cargo em 2013 sob suspeita de receber propina de traficantes.
“A ideia do Planet Hemp era tocar o terror mesmo, testar o limite. A gente sabia que, em algum momento, ia dar problema”, brinca D2. “O cara com um porsche vai beber, vai matar, e não vai ser preso. Se for um moleque de periferia com duas gramas de maconha, se for preto, aí ele vai ser preso. É o que acontece no Brasil”, completa.
Ironia ou não, o mesmo ano que marcou o aniversário de 30 anos do “Usuário” trouxe também uma vitória para a pauta da descriminalização, depois de nove anos de julgamento. A maioria do Supremo Tribunal Federal, o STF, decidiu estabelecer uma diferença entre traficante e usuário de maconha, fixada em 40 gramas, inaugurando uma disputa de poder com o Congresso Nacional. Com maioria conservadora, a casa pautou uma contraproposta para criminalizar o porte de qualquer tipo de droga no Brasil, causando dúvidas sobre o que valerá no futuro.
“[A descriminalização] é um debate que tem muito mais a ver com saúde, com segurança pública e com os direitos humanos. Está sendo colocado como pauta de costume porque é conveniente em um momento em que estamos vendo uma ascensão brutal do pensamento fascista”, diz o produtor Daniel Ganjaman, que participou do disco “A Invasão do Sagaz Homem Fumaça”, de 2000, e também produziu o show de 30 anos de “Usuário”.
Hoje o Planet Hemp reconhece que, nos shows, os fãs envelheceram. A atual forma de ouvir música, via streaming, também desfavorece a revolta, com o amplo acesso transformando tudo em mainstream. Os integrantes do grupo enxergam isso como um caminho natural enquanto, por trás da fumaça, a banda continua lutando para “ser o diferente”.
“Quando a gente parou para fazer o ‘Jardineiros’ [disco de 2022], percebemos que ainda temos muita força juntos, são várias cabeças pensantes e agora mais maduras. O Planet é um lugar para o qual a gente se sente honrado e grato de voltar”, diz Marcelo.

“Uma vez fui entrevistar o [José] Mujica, no Uruguai, e ele me disse que as leis não importam, o que importa é a cabeça da população. Essa discussão não é honesta quase que no mundo inteiro, mas a hipocrisia foi caindo e nós estamos rodeados de países que estão muito à frente da gente, a América do Sul já está quase toda legalizada, América do Norte e Europa também”, conclui.
De volta ao presente, a atual formação do Planet Hemp se prepara para condensar, em um espetáculo, a jornada de três décadas que influenciou não só o cenário musical brasileiro, mas também o tecido social e político do país. O show terá participações especiais como Seu Jorge, Emicida, Criolo, BaianaSystem, Black Alien e muitos outros, em mais um capítulo dessa viagem psicodélica que se tornou o Planet Hemp.
*Com informações de Folha de São Paulo
‘Rússia não vai vencer’, diz Biden ao enviar sistemas de defesa antiaérea para Ucrânia

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou o envio de sistemas de defesa antiaérea para a Ucrânia, à margem de uma cúpula da Otan em Washington.
“A guerra acabará e a Ucrânia continuará sendo um país livre e independente. A Rússia não vai vencer”, declarou Biden, de 81 anos, em um discurso destinado a dissipar as dúvidas dentro do Partido Democrata sobre sua candidatura à reeleição em novembro, após o debate desastroso contra seu rival republicano Donald Trump.
“Este é um momento crucial para a Europa, para a comunidade transatlântica e, devo acrescentar, para o mundo”, afirmou.
Ele participou com os líderes, ou seus representantes, dos 32 países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de uma cerimônia em comemoração dos 75 anos da criação da aliança militar.
Em um comunicado conjunto, vários países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), incluindo os Estados Unidos, confirmaram o envio de um total de cinco desses sistemas, incluindo quatro baterias Patriot e mísseis terra-ar particularmente eficazes para interceptar mísseis balísticos russos.
O quinto sistema de defesa antiaérea anunciado nesta terça-feira é uma bateria de mísseis Samp-T, de fabricação franco-italiana, que a Itália já havia prometido.
O destaque é a bateria Patriot que os Estados Unidos vão fornecer. O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, tem pedido essa ajuda há meses.
Em um discurso pronunciado à tarde, Zelensky também pediu, em particular aos Estados Unidos, que não esperem o resultado das eleições presidenciais de novembro para reforçar o apoio à Ucrânia.

“É hora de sair das sombras, de tomar decisões fortes, de trabalhar, de agir e não esperar novembro nem qualquer outro mês”, afirmou.
Na segunda-feira, a Ucrânia foi alvo de ataques russos que causaram mais de 30 mortes e devastaram o maior hospital infantil do país.
Os aliados também se comprometeram a fornecer outros sistemas Patriot ou equivalentes “este ano” e “dezenas” de sistemas táticos de defesa aérea “nos próximos meses”.
“Hoje é Washington”, disse Zelensky anteriormente em seu discurso em vídeo. “Estamos lutando para obter mais defesa antiaérea” e “mais aviões F-16”, cuja entrega é esperada em breve, acrescentou.
Washington vai reprogramar a entrega já prevista de baterias de mísseis para que Kiev possa receber “centenas de interceptadores terra-ar adicionais ao longo do próximo ano”, segundo uma declaração conjunta de Estados Unidos, Países Baixos, Romênia, Alemanha, Itália e Ucrânia.
Momento de respiro
Os ataques russos deixaram dezenas de mortos e já destruíram metade das capacidades energéticas da Ucrânia.
Como anfitrião da cerimônia de aniversário no local onde foi assinado o Tratado do Atlântico Norte em 1949, Biden conseguiu um momento de respiro em uma campanha eleitoral que está se tornando um calvário para ele.
Cada vez mais, inclusive dentro de seu próprio partido, há apelos para que o presidente permita que outro candidato dispute as eleições contra Trump, após seu péssimo desempenho no debate, no qual ele se mostrou confuso e até divagou.
O bilionário republicano de 78 anos comentou sobre a cerimônia de aniversário da aliança em sua rede social Truth Social. Ele afirmou que, sem ele, “provavelmente a Otan não existiria mais”.

Isso porque os europeus se comprometeram a gastar mais com defesa, o que, segundo ele, se deve à pressão que exerceu durante seu mandato.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, lembrou em seu discurso que a aliança não é um “dever”, mas o “resultado de escolhas deliberadas e decisões difíceis”. O mesmo se aplica ao apoio à Ucrânia, que requer “custos e riscos”, apontou.
‘Defender a liberdade’
“O maior custo e o maior risco seria a Rússia vencer na Ucrânia. O resultado desta guerra determinará a segurança global nas próximas décadas”, disse Stoltenberg. “O momento de defender a liberdade e a democracia é agora. O lugar é a Ucrânia.”
Durante a cúpula, Kiev gostaria de avançar com seu pedido de adesão à aliança militar, mas não tem ilusões.
A Ucrânia deseja receber um convite formal, mas vários países, incluindo os Estados Unidos, se opõem. O que Kiev poderia conseguir é uma promessa de adesão “irreversível”, mas sob condições, segundo um diplomata que pediu anonimato.
Por sua vez, a Rússia afirmou que acompanhará a cúpula com “atenção máxima”.
*Com informações de O Dia
Trecho da rua Saldanha Marinho recebe intervenção após alagamento
A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf), informa que, na manhã desta quarta-feira, 10/7, a rua Saldanha Marinho, localizada no Centro, zona Sul, ficou alagada durante a forte chuva na capital.
A equipe do Distrito de Obras do Centro Histórico foi acionada e detectou uma grande quantidade de lixo descartado de forma irregular e placas de gesso instaladas em três caixas coletoras, impedindo a vazão da água para dentro das galerias e provocando o acúmulo de água na via.
Em um serviço emergencial, as equipes da Seminf realizaram a remoção das placas de gesso e a limpeza e desobstrução, que já acontece de forma periódica nas caixas coletoras e redes de drenagem no Centro
Por que o Brasil é tão atrasado na corrida espacial? Especialistas respondem
A China, em junho deste ano, chegou ao lado escuro da Lua, coletou materiais e dados e está regressando. A Nasa (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço), dos Estados Unidos, junto com iniciativas privadas como a SpaceX, do bilionário Elon Musk, já realizou centenas de lançamentos, descobertas e pesquisas no espaço.
Entretanto, o Brasil está longe de conquistas alguns desses feitos, segundo especialistas.
Com o objetivo de lançar um Veículo Lançador de Microssatélite (VLM) a partir de 2024, o país tenta, mas ainda enfrenta desafios técnicos, falta de investimento e certa demora para esse e outros passos na corrida espacial.
Marco Antonio Chamon, presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), disse em entrevista ao Byte, que um dos maiores desafios técnicos atuais do Programa Espacial Brasileiro (PEB) é, justamente, completar a entrega de um veículo lançador nacional, para que o país consiga ter um acesso independente ao espaço.
Segundo ele, conseguir a garantia de um fluxo contínuo das entregas planejadas no PEB elevaria a atuação do Brasil na corrida espacial, no desenvolvimento de infraestrutura e aplicações espaciais, desenvolvimento de competências e missões.
“Entretanto, o nível de investimento do país ainda está aquém do necessário para garantir e manter um programa espacial competitivo”, afirmou.
A história do Brasil no espaço
O primeiro programa espacial do Brasil foi criado em 1961 e desenvolvido durante a Guerra Fria — quando a corrida espacial começou com o avanço das pesquisas dos EUA e da União Soviética. Ele era chamado de Grupo de Organização da Comissão Nacional de Atividades Espaciais (GOCNAE), e operou durante a gestão de Jânio Quadros, presidente do país da época.
Desde então, o programa tem passado por diversas fases de evolução, com uma série de desafios.
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1965: Brasil lançou seu primeiro foguete, o Sonda I, iniciando suas atividades de lançamento;
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Anos 1980: o Brasil lançou mais três sondas
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1983: construção da infraestrutura de lançamento, Centro Espacial de Alcântara (CEA) no Maranhão;
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1994: Agência Espacial Brasileira é criada e é a tual responsável por coordenar todas as atividades espaciais no Brasil. Além disso, a AEB assumiu a tarefa de implementar o Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE), consolidando a estrutura administrativa e operacional do programa espacial
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2003: acidente do VLS-1 V03, um veículo lançador de satélites que explodiu na plataforma de lançamento, resultando na morte de 21 técnicos e engenheiros.
O acidente retardou o programa, mas também escancarou a necessidade de mais segurança e tecnologia para esse setor — o que também significa mais investimentos.

Como explicou ao Byte Hélio Jaques Rocha-Pinto, presidente da Sociedade Astronômica Brasileira e professor de astronomia no Observatório do Valongo da Unviersidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o atraso atual do país também teve relação com esse acidente.
“O Brasil desenvolveu durante décadas foguetes capazes de colocar satélites em órbitas baixas. Alguns testes com esses foguetes já foram realizados, mas seu uso efetivo ainda não teve início”, disse.
Atraso nos investimentos
Wandeclayt Melo, pesquisador do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e fundador do projeto Céu Profundo, pontua outros fatores responsáveis pelo atraso do Brasil na corrida espacial. Entre eles estão, principalmente, o não-estabelecimento do PEB como uma Política de Estado, com garantia de recursos de curto, médio e longo prazos.
O atual Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE 2022-2031) tem diversos cenários em relação aos investimentos para o período completo.
O pior deles seria um investimento total de R$ 1,2 bilhão. “É um cenário bem restrito, onde o Acesso ao Espaço, a vertente que engloba o lançamento de um veículo lançador de microssatélites (o VLM-1), receberia apenas 3% (R$ 40 milhões) desse total”, Melo disse, em entrevista ao Byte.
Nesta hipótese, as missões espaciais ganhariam 40% (R$ 480 milhões) do orçamento, mas sem exploração espacial: seriam lançados pequenos satélites para coletar dados ambientais, como o Amazonia-1.
Esse valor ficaria abaixo do que o orçamento total da última década. Para fins de comparação, o PNAE 2012-2021 tinha uma demanda total de R$ 5,75 bilhões, e também havia previsão de projetos em parceria com recursos externos ao PNAE, de R$ 3,4 bilhões. Porém, nenhuma das duas cifras alcançou a realidade.

“De fato, entre 2012 e 2021, as ações finalísticas que se associavam ao PNAE receberam uma dotação orçamentária total de cerca R$ 2 bilhões, um valor muito aquém das necessidades originais”, disse o presidente da Agência Espacial Brasileira, Marco Antônio Chamon.
Outros impactos
Chamon também destaca que além da falte de investimentos diretos em tecnologia, outra dificuldade é manter as competências que o Brasil adquiriu ao longo do PEB, perdendo-se a capacidade e o saber prático nos institutos de pesquisa, na indústria nacional e nas universidades.
Para Rocha-Pinto, a força de pesquisa no Brasil ainda é muito fraca. “Em países desenvolvidos, um único grupo de pesquisa pode receber sozinho a mesma quantidade de recursos que o Brasil destina a todos os pesquisadores juntos através do Edital Universal do CNPq”, reforçou.
O presidente da Sociedade Astronômica Brasileira afirma que “não pode esperar uma tecnologia inovadora brasileira com um valor de R$ 10 mil a R$ 20 mil, enquanto um grupo indiano ou chinês consegue algo em torno de US$ 1 milhão (pouco mais de R$ 5 milhões na cotação atual).
E para ele o problema vai além: o professor da UFRJ não vê a comunidade científica sendo chamada para contribuir e sugerir casos científicos que poderiam ser explorados por satélites únicos construídos pelo Brasil.
“Às vezes parece que temos algo chamado de Programa Espacial Brasileiro apenas porque precisamos caracterizar o pequeno investimento já feito e ainda por fazer em foguetes, pois não existe um propósito que direcione a atuação desse programa”, destacou Rocha-Pinto.
O astrônomo ainda reforça que não vê nenhum tipo de definição no papel do Brasil quando se trata da exploração espacial. Mesmo no melhor cenário previsto pela PNAE da próxima década, a intenção ainda é lançar veículos nacionais para órbita baixa.
No entanto, a situação não deve ser uma condenação eterna para o Brasil: “o que acontece é que não há investimento compatível com isso [os planos]”, ele ressalta.
A China, para Rocha-Pinto, é um exemplo de sucesso, capaz de inspirar uma reviravolta no programa brasileiro.

Nos anos 70, o programa espacial chinês era bem similar ao atual do Brasil. A China optou por criar um objetivo claro para o programa, e em conjunto com investimentos mais robustos, estabeleceu metas claras: desenvolvimento de foguetes, colocar sondas na Lua, explorar o satélite roboticamente, entre outros, explicou o professor.
Melo afirma que quando se pensa em sucesso espacial de outros países, toda a sociedade é beneficiada.
“Um setor espacial forte gera renda, arrecadação, empregos qualificados e impulsiona a ciência, tecnologia e a inovação”, disse.
O mellhor cenário
Aos trancos e barrancos, o Programa Espacial Brasileiro tem suas previsões positivas, mesmo com uma realidade distante disso.
O melhor cenário disposto na PNAE 2022-2031, chamado de Cenário 1000, teria uma capacidade de investimentos 11 vezes maior do que o pior cenário possível (atual base).
“No melhor cenário, o orçamento para a década seria de R$ 13,2 bilhões. Com esse investimento, conforme o PNAE, o Brasil se tornaria o país sul-americano líder no mercado espacial”, explica Melo.
O Cenário 1000 traria entregas adicionais em todos os pilares de investimentos, levando o programa a um setor espacial alavancado, que moveria a economia brasileira e atrairia mais parcerias internacionais.
Nesta hipótese, o cenário seria ideal para catalisar a consolidação do Brasil como líder do mercado espacial.
“Entretanto, se a tendência observada no período de 2022 a 2024 for mantida, não será possível concretizar o cenário 1000”, argumenta o presidente da Agência Espacial Brasileira. Chamon afirma ainda que a tendência é o Cenário 0.

Os pesquisadores ouvidos destacam parcerias internacionais como um dos pontos fortes que o Brasil pode explorar para avançar na corrida espacial, mas com ressalvas.
Melo, da IAE, destaca que, mesmo se o objetivo do Cenário 1000 não for alcançado, ainda haverá o Centro de Lançamento de Alcântara operacional para o lançamento de foguetes de empresas nacionais e internacionais.
“Teremos o ingresso de empresas privadas no desenvolvimento e construção de veículos espaciais, sobretudo para o lançamento de satélites de pequena massa”, avalia o pesquisador.
“Resta saber se lucraremos desenvolvendo essas tecnologias ou se seremos apenas clientes e usuários, dependentes de outras potências espaciais”, completa.
Rocha-Pinto também oberva a busca de parcerias que trariam crescimento para o país, com compartilhamento de tecnologias, um grande benefício para o programa. No entanto, se mantém cautela sobre alguns acordos do Brasil.
“As atuais parcerias com os EUA, que apenas usam a base de Alcântara, são nocivas e devem ser interrompidas. Além de não partilharem tecnologia, os EUA não escondem que preferem que os demais países em desenvolvimento se mantenham incapazes de dominar a tecnologia de foguetes de longo alcance”, afirmou.
*Com informações de Terra
Senador Eduardo Braga concorre ao prêmio Congresso em Foco; Veja como votar
O Senador Eduardo Braga, líder do MDB no Senado é um dos parlamentares mais atuantes, tendo sido relator da Reforma Tributária, presidente da Comissão do novo Minha Casa, Minha Vida, autor da lei da Tarifa Social de Água e Esgoto, com forte atuação em todas as áreas, na capital e em todos os municípios do interior do Amazonas.
Como votar
As votações estão abertas até o dia 31 de julho pela internet e podem ser feitas clicando neste link. Ao clicar no link de votação, preencha seus dados (nome, e-mail e celular). Após receber o código de confirmação, escolha em que você quer votar como melhor Deputado Federal, e na sequência, vote Eduardo Braga como melhor Senador. Boletins são divulgados mostrando as parciais da votação e quem lidera a preferência do público ao longo do mês.
Prêmio Congresso em Foco
O prêmio Congresso em Foco é uma iniciativa para reconhecer os parlamentares que mais se destacaram no Congresso Nacional. A premiação é considerada o ‘Óscar’ da política brasileira.
O Senador Eduardo Braga tem se destacado no Senado Federal, especialmente em questões relacionadas ao desenvolvimento econômico e infraestrutura da região Amazônica.
Como senador pelo estado do Amazonas, o parlamentar defende políticas para promover o crescimento sustentável da região, apoiando projetos de infraestrutura, energia e sustentabilidade ambiental.
Além disso, o Senador tem participado ativamente de debates sobre reformas legislativas e políticas públicas voltadas ao desenvolvimento social e econômico do Brasil, com foco nas necessidades específicas da Amazônia, entre elas, a discussão em torno da pavimentação da BR-319 e o fortalecimento da Zona Franca de Manaus.
Amazon Tecnogame começa hoje, com batalhas de times e influenciadores de todo o país
Começa hoje (11), a terceira edição do Amazon Tecnogame, o maior evento de games, pop, geek e nerd da região Norte, trazendo, durante quatro dias, muitas novidades e atrações dos mais variados segmentos.
Com a abertura dos portões para as 17h, o Amazon Tecnogame traz os maiores dubladores da atualidade para uma mega apresentação e bate-papo com os fãs, além da participação de grandes influenciadores nacionais. Na sexta, sábado e domingo (12, 13 e 14), a abertura dos portões será às 11h, com encerramento às 23h, no Centro de Convenções Vasco Vasques. A entrado nos dias 11 e 12 é 1kg de alimento não perecível e nos dias 13 e 14 será dois quilos de alimentos não perecíveis.
Tem presença confirmada os maiores influenciadores dos maiores times de e-sports do Brasil, influenciadores nacionais, dubladores que emprestam suas vozes para grandes personagens do mundo do cinema, séries e animes, além da edição inédita da Batalha da Aldeia, com a tradicional batalha de rimas.
Sobre O Amazon Tecnogame tem o objetivo de colocar em evidência no cenário local a cultura gamer, pop, geek e nerd, trazendo atrações que despontam no país nos mais variados segmentos. Bem como alavancar as disputas e competições do mundo dos e-sports, k-pop e cosplays.
Para transformar o evento no maior da região Norte, o Amazon Tecnogame conta com o patrocínio de Tec Toy, Coca-Cola, Bemol, Lenovo, Norte Amazonas (SBT), Boram, Upnetix, Parazim Express e Monster Energy; com o apoio de Faesp, Uninorte, Muy Gringo, Amazônia venlure builder, Sesc Mesa Brasil, Kaizen
Company, Sebrae, Semtepi, Amazonastur, Prefeitura de Manaus e Governo do Amazonas; e o apoio de Amazoncripz.
Programação – Amazon Tecnogame 2024
Palco Inovação / Palco TECTOY
Quinta-feira – 11/7
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17h – Abertura
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18h – João Clineu – Palestrante – Tema: Inteligência Artificial – Herói ou vilão no mundo nerd? (PalcoInovação)
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19h30 – Guilherme Briggs – Dublador (Palco Inovação)
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20h15 – Meet and Greet – Guilherme Briggs
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21h30 – Banda Kiuby
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23h00 – Encerramento
Sexta-feira – 12/7
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14h – Abertura dos portões
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14h30 – Quiz TECTOY – (Palco Inovação)
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15h – Desfile Cosplay Senhor dos Anéis e Starwars (Palco Inovação)
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15h30 – Painel “A Evolução da representação feminina nos games” – Vivi, Cremosa, Ariane e Hina – (Palco Inovação)
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16h30 – Goku Mineiro (Palco Inovação)
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18h – Anoni (Palco Inovação)
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19h – Denilson Felix – Sanfoneito Geek (Palco Inovação)
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20h – Muça Muriçoca – (Palco TECTOY)
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21h30 – Marcelo Strike – (Palco Inovação)
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23h – Encerramento
Sábado – 13/7
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14h – Abertura dos portões
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14h20 – Desfile Cosplay Nacional Renato Kennedy e Letícia Tertoliano (Palco Inovação)
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14h40 – Concurso Cosplay Infantil (Palco Inovação)
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16h30 – Pedro Caxa – Marketing no mundo dos games (Palco Inovação)
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16h30 – Goku Mineiro (Palco Inovação)
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17h30 – Mauto Horta – Dublador (Palco Inovação)
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19h – Painel Mercado de Games e seus desafios – Dr Brate Fixe , Dennys SEBRAE, Olimpio Neto, Isa e Rosa
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20h – Loud Day – Babi e Voltan (Palco TECTOY)
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20h30 – Marco Ribeiro – Dublador (Palco Inovação)
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21h30 – Especial Dia Mundial do Rock (Palco Inovação)
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23h – Encerramento
Domingo – 14/7
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14h – Abertura dos portões
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14h – Pitch Tecnogame Jam (Palco Inovação)
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15h – Desfile Shirou e Luísa Pacheco – Cosplayers nacionais (Palco Inovação)
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15h30 – Concurso Cosplay adulto (Palco Inovação)
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18h – Loud Day – Bak e Brabox (Palco TECTOY)
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18h30 – Concurso KPOP (Palco Inovação)
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20h – Batalha da Aldeia – Edição Amazon Tecnogame (Palco TECTOY)
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21h30 – Especial Emocore (Palco Inovação)
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23h – Encerramento
Competiçoes de e-sports
Quinta-feira – 11/7
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17h – Abertura dos portões
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17h– Início da fase classificatória – FREE FIRE 4X4 – (Arena FREE FIRE)
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17h30 – Início da fase classificatória – Liga amazonense de FREE FIRE – Grupos A,B, C, D e E (Palco TECTOY)
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18h – Início da fase classificatória – VALORANT CUP – Jogam 16 equipes – (Arena VALORANT e Arena CS2)
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18h – Início da fase classificatória – LEAGUE OF LEAGENDS CUP – Jogam 8 equipes (Arena LOL)
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23h – Encerramento
Sexta-feira – 12/7
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14h – Abertura dos portões
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14h – Fase classificatória – FREE FIRE 4X4 (Arena FREE FIRE e CLASH ROYALE)
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14h – Fase classificatória – Liga amazonense de FREE FIRE – Grupos F, G, H, I e J (Palco TECTOY)
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14h – Quartas de finais – VALORANT CUP – Jogam 8 equipes – (Arena VALORANT)
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14h – Início da fase classificatória – CS2 CUP – Jogam 12 times
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14h – Fase classificatória – LEAGUE OF LEAGENDS CUP – Jogam 8 times (Arena LOL)
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18h – Semi Final – LEAGUE OF LEAGENDS CUP – Jogam 4 times (Arena LOL)
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18h – Semi Final – LIGA INCLUSIVA DE FREE FIRE – Grupo A – 10 times
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23h – Encerramento
Sábado – 12/7
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14h – Abertura dos portões
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14h – Competição JOGOS DE LUTA (Arena FIGTH GAME)
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14h – Semi Final – LIGA INCLUSIVA DE FREE FIRE – Grupo B – 10 times (Palco TECTOY)
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14h – Sami Final – CS2 CUP – 4 times (Arena CS2)
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15h – Semi Final – LIGA INCLUSIVA DE FREE FIRE – Grupo C – 10 TIMES (Palco TECTOY)
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16h – Semi Final – LIGA AMAZONENSE DE FREE FIRE – Gupo A – (Palco TECTOY)
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16h – Semi Final – VALORANT CUP – Jogam 4 equipes (Arena VALORANT)
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17h – Final – LEAGUE OF LEAGENDS CUP (Palco TECTOY)
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23h – Encerramento
Domingo – 13/7
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14h – Abertura dos portões
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14h – FORTNITE CUP – 16 duplas (Arena FORTNITE)
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14h – Competição JOGOS DE LUTA (Arena FIGTH GAME)
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14h – Final – LIGA AMAZONENSE DE FREE FIRE
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15h – Final – LIGA INCLUSIVA DE FREE FIRE
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16h – Final – VALORANT CUP
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23h – Encerramento