Ministra das Mulheres diz que “nem mesmo Lula” pode fazer piada sobre violência de gênero
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, afirmou nesta sexta-feira, 2, que nem mesmo o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, pode fazer piadas sobre violência de gênero. Durante um café com jornalistas na sede da pasta, Cida afirmou que vai conversar com o presidente sobre o tema quando encontrá-lo.
A declaração da ministra foi feita após ser questionada sobre fala recente de Lula durante reunião com empresários. Na ocasião, o presidente condenava os altos índices de violência contra mulher no País e citava uma pesquisa que aponta maior ocorrência de casos após jogos de futebol. Lula afirmou que a situação era “inacreditável” e, em seguida, ironizou a má fase do Corinthians: “Se o cara é corintiano, tudo bem.” A fala levantou inúmeras críticas contra o presidente.
“Quando o tema nos incomoda muito, decide fazer uma piadinha, porque acha que com essa piadinha melhora as coisas, diminui o impacto da notícia que você está dando. E o que eu tenho dito é que piadinha nem o presidente da República. Não dá para aceitar piadinha de nada e nem de ninguém”, afirmou a ministra.
Cida Gonçalves defendeu que as mulheres não tolerem qualquer tipo de brincadeira relacionada à questão de gênero, aspecto físico, ou qualquer outra questão. “Eu vou falar para ele. Acho que Janja já falou, muitas outras mulheres já devem ter falado. É por isso que precisamos fazer uma mudança de comportamento e das formas como trabalhamos e pensamos. Nós temos, enquanto mulheres, a começar não aceitar brincadeirinhas”, disse.
A ministra afirmou que a mudança desse comportamento é importante para a prevenção do feminicídio. “Se você não consegue falar, não fala. Mas não faz piada. Não brinca com aquilo que é a vida das pessoas. Eu acho que é um processo que a gente vai ter que reconstruir no nosso País. Reconstruir com nossos homens, nossas lideranças e eu, como ministra das Mulheres, com meu presidente da República.”
Feminicídio zero
Na manhã desta sexta-feira, a ministra conversou por mais de duas horas com jornalistas mulheres sobre temas relacionados à pasta. Na ocasião, Cida anunciou que pasta vai lançar neste mês a campanha “Feminicídio Zero”, para tentar conscientizar a população sobre o tema.
Dados do Atlas da Violência, divulgados em junho, mostraram que, em 2022, o Brasil registrou 3.806 feminicídios. Ainda de acordo com o estudo, o Brasil teve no mesmo ano 221,2 mil casos de violência contra a mulher. As agressões normalmente ocorrem dentro de casa e em contexto intrafamiliar. Os homens são os principais autores.
A campanha prevê parcerias com times de futebol como o Corinthians e o Flamengo a respeito do tema, líderes religiosos e empresas. A ministra afirmou que recentemente se reuniu com um grupo de mulheres evangélicas para levar a questão aos templos.

“Precisamos criar uma mobilização nacional contra a violência”, disse Cida. “Precisamos que as pessoas se indignem contra o processo e tenham coragem de denunciar.”
O mês de agosto é conhecido como “Agosto lilás” quando há um trabalho de enfrentamento à violência contra as mulheres. A ideia da ministra é que a mobilização “Feminicídio zero” seja uma campanha permanente, com peças publicitárias e também ações mais estruturadas, como cursos e outras, que envolvam também os homens.
*Com informações de Terra
Simone Biles manda recado a Donald Trump após ganhar medalha de ouro nos Jogos de Paris

A ginasta Simone Biles foi às redes sociais nesta sexta-feira (02) para mandar uma indireta a Donald Trump, ex-presidente dos EUA e atual candidato à Casa Branca. A mensagem da atleta foi postada após Biles conquistar a medalha de ouro na disputa do individual geral nos Jogos Olímpicos de Paris.
A esportista compartilhou uma publicação do cantor Ricky Davila, que escreveu: “Simone Biles sendo a melhor de todos os tempos, ganhando medalhas de ouro e dominando a ginástica é seu trabalho de negro”. Junto ao compartilhamento, Biles postou: “Eu amo meu trabalho de negra”.
A frase de Simone Biles faz alusão a uma declaração recente dada por Donald Trump. Na última quarta-feira (31), o ex-presidente americano concedeu uma entrevista durante a Convenção Anual da Associação Nacional de Jornalistas Negros dos EUA, na qual afirmou que os imigrantes ilegais no país estão “tomando os trabalhos dos negros”.
Simone Biles nas Olimpíadas de Paris
Como já era de se esperar, Biles vem brilhando nos Jogos Olímpicos. Até aqui, a ginasta americana já conquistou duas medalhas de ouro (na final por equipes e na final do individual geral). A atleta, no entanto, tem tudo para ampliar esta marca, já que ainda vai disputar mais três finais: salto, trave e solo.
*Com informações de IG
Operação Curupira: Ipaam aplica mais de R$ 100 mil em multas ambientais, em uma única operação

O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), por meio de sua Gerência de Fiscalização (Gefa), fez nesta semana, o fechamento da Operação “Curupira”. A ação, realizada em duas fases, teve como objetivo o combate a ilícitos ambientais na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro. A Operação foi realizada em conjunto com o Batalhão de Policiamento Ambiental e com o apoio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). Ao todo, foram aplicados R$ 122.990,00 em multas ambientais.
Na estrada de Novo Airão, fiscais do Ipaam identificaram comércios que estavam comercializando carvão sem Documento de Origem Florestal (DOF). Durante a ação, foram apreendidos 26 sacos grandes de carvão vegetal, uma padaria que usava lenha ilegal em seus fornos foi autuada. Os fiscais suspeitam que o carvão e a lenha apreendidos sejam oriundos de uma fábrica clandestina de carvão, localizada dentro da RDS, cuja apreensão e penalização foi realizada, além da destruição do forno de carvão.
Ainda no decorrer da ação, um caminhão avistado transportando lenha sem documentação foi apreendido na rodovia AM-070, juntamente com a mercadoria que transportava, um auto de infração foi lavrado. A equipe também entrou no ramal do Acatajuba para realizar fiscalizações com o propósito de encontrar um ponto de desmatamento. A área apresentava indícios de supressão vegetal e os fiscais flagrantearam a utilização de fogo para a limpeza do terreno. O responsável foi autuado e teve a área embargada.
Operação Curupira
O nome da operação faz alusão ao Dia da Proteção às Florestas e ao Dia do Curupira, personagem do folclore brasileiro, comemorado no mês de julho, período em que a operação foi posta em prática.
A ação de fiscalização se deu de forma híbrida, por meio fluvial e terrestre, nos municípios de Iranduba, Manacapuru e Novo Airão e contou, ainda, com o apoio da gestão da RDS do Rio Negro e com recursos do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), da Sema. Além dos fiscais ambientais da Gefa, participaram da ação fiscais das Gerências Controle Agropecuário (Gcap) e Recursos Minerais (Germi) do Ipaam.
União Brasil confirma candidatura de Roberto Cidade em convenção com mais de 30 mil pessoas
O União Brasil confirmou, na manhã deste sábado (3/8), que o deputado estadual Roberto Cidade será o candidato do partido à Prefeitura de Manaus. Com o maior arco de alianças da eleição municipal deste ano, que reúne sete partidos, a convenção lotou a Arena Poliesportiva Amadeu Teixeira, zona Centro-Sul da capital, com mais de 30 mil pessoas.
“Agradeço a Deus por esse momento, que ficará guardado no meu coração. Manaus hoje vive um sentimento de mudança, quer mudança. Ninguém aguenta mais essa gestão que está aí, de muita pintura, maquiagem e pouca entrega. Agradeço a todos que estão ao nosso lado. Agradeço ao coronel Menezes, ao nosso líder, governador Wilson Lima, e principalmente a todos vocês que vieram aqui hoje nos dar essa demonstração de apoio. Com toda emoção e com muita humildade, digo que estou pronto para mudar Manaus”, disse Roberto Cidade.
Arco de alianças
Além do União Brasil e do Progressistas, Partido da Mulher Brasileira (PMB), Partido da Renovação Democrática (PRD), Partido Socialista Brasileiro (PSB), Podemos e Republicanos compõem a coligação de Roberto Cidade, que possui 294 candidatos ao cargo de vereador.
O governador Wilson Lima, principal entusiasta da candidatura de Roberto Cidade à Prefeitura de Manaus, criou, com o apoio de Cidade, o Auxílio Estadual Permanente, que beneficia mais de 300 mil pessoas em todo o Amazonas, sendo mais de 158 mil apenas em Manaus.
“Estou muito feliz pelo dia de hoje, quando oficializamos o rumo que esse grupo irá tomar durante esse processo eleitoral. Você está preparado, meu irmão, e é por isso que estou aqui, é por isso que o povo está aqui com você. Para administrar Manaus tem que ter competência, tem que mostrar capacidade de fazer. Desse lado entregamos obras e soluções para melhorar a vida das pessoas. Não há uma só grande obra em Manaus que não tenha a intervenção do Governo do Estado. Essa candidatura não é do Wilson, do Roberto e do Menezes, essa candidatura pertence à cidade e ao povo. Manaus quer mudança, quer um novo tempo. Vamos à vitória!”, afirmou o governador e presidente estadual do União Brasil.
Cidade é o pré-candidato que mais cresceu nas três últimas pesquisas de intenção de votos divulgadas na capital do Amazonas. Levantamento do Instituto Pontual Pesquisas, divulgado nesta sexta-feira (02/08), mostra que Cidade passou de 9% em abril para 15,6% no cenário estimulado.
Candidato a vice-prefeito
Anunciado em 31 de julho como pré-candidato a vice-prefeito na chapa de Roberto Cidade, Coronel Menezes reforçou o compromisso de mudar Manaus e fazer com que as pessoas voltem a ter dignidade.
“Estamos emocionados em ver e sentir tanto apoio. Isso é o reflexo da vontade por mudança. Manaus está abandonada e hoje é uma fábrica de mentiras, de muitas promessas e poucas entregas. Nós temos um projeto para Manaus. Somos dois gestores que têm o compromisso de realizar as mudanças que Manaus precisa. Agradeço a confiança e o convite para fazer a diferença e mudar Manaus”, disse Menezes.
Davi Brito é acusado de ameaçar Musa do boi Garantido com arma; ex-BBB rebate
O campeão do “BBB 24”, Davi Brito, está sendo acusado de ter ameaçado a musa do Boi Garantido Tamires Assis com uma arma de fogo. Nesta sexta-feira (2), foi divulgado que a influenciadora garantiu uma medida protetiva contra o baiano.
De acordo com o site CM7 Brasil, a Justiça do Amazonas concedeu uma medida protetiva para Tamires Assis contra o ex-affair Davi Brito. O documento obtido pela reportagem aponta que o ex-BBB, em estado de embriaguez, teria mostrado uma arma de fogo para ameaçar a influenciadora.
“A requerente relatou que foi vítima de violência psicológica e ameaça por parte do seu ex-namorado, o Sr. Davi Brito Santos de Oliveira, 21 anos, influenciador digital, residente em Salvador-BA. O relacionamento teve início em 08/06/2024, durante o Festival São João da Thay, em São Luís-MA, e durou cerca de um mês e meio. A partir de então, mantiveram contato virtual constante, com o Sr. Davi demonstrando ciúmes e necessidade de controlar a vida da Sra. Tamires, exigindo que ela informasse seus passos, mostrasse o que estava fazendo e falasse com ele até a hora de dormir”, diz um trecho do documento.
Segundo Tamires, no dia 15 de julho, Davi “teria realizado uma chamada de vídeo […] e, de forma agressiva, questionou seu paradeiro e exibiu uma arma de fogo, proferindo ameaças à vítima”.
No dia seguinte, o ex-BBB teria tentando amenizar o comportamento, apontando que explicaria o ocorrido em outro momento. A justiça atendeu o pedido da influenciadora, concedendo a medida protetiva.
Davi nega ameaça
Após a repercussão do caso, Davi se manifestou através dos Stories do Instagram, apontando que estaria sendo vítima de perseguição.
“Até onde isso vai parar? Fico observando as acusações, as críticas, tudo que ficam falando sobre minha pessoa. Eu fui tomar um curso de tiro e já tão dizendo que eu ameacei pessoas com arma de fogo. Só estou passando aqui para deixar claro que o meu respeito vai continuar a amizade também e vida que segue”, iniciou.
“Agora, levantar uma acusação dessas contra minha pessoa, isso não existe. A internet hoje cada vez que passa está ficando cada vez pior e eu Davi Brito irei tomar medidas cabíveis sobre esse assunto. AGORA FICA MUITO NÍTIDO QUE ISSO É PARA ME DERRUBAR, MAS NÃO VAI NÃO BB. DEUS ESTÁ COMIGO”, adicionou.
“Que perseguição contra minha pessoa, não posso tomar água de coco na praia, não posso postar uma foto, não posso fazer nada, isso tá ultrapassando limites já. Só peço a vocês que entendam na cabeça de vocês que eu sou um ser humano”, completou.
*Com informações de IG
Rebeca Andrade fica com a prata no salto e iguala lendas olímpicas brasileiras
Rebeca Andrade não tem mais ninguém à sua frente em número de pódios olímpicos. A ginasta de 25 anos ficou com a medalha de prata na disputa do salto neste sábado, 3, e chegou ao seu quinto pódio na história do Jogos, igualando o número dos velejadores Robert Scheidt e Torben Grael. Em Paris, é a terceira medalha de Rebeca, que foi vice-campeã olímpica do individual geral e bronze por equipe.
Antes de sua apresentação, Rebeca aparentava mais tensão que o habitual. No entanto, isso não se refletiu nos saltos. Em sua primeira tentativa, a brasileira foi premiada com nota 15.100 em seu ‘Cheng’. Para o segundo salto, ela optou pelo ‘Amanar’ e recebeu 14.833, fechando a disputa com média de 14.966.
Medalha de ouro na disputa, Simone Biles saltou antes da brasileira e não deu chance para as rivais. Em sua primeira tentativa, a norte-americana recebeu 15.700 com o salto que leva o seu nome, o ‘Biles II’. A campeã completou sua participação na decisão com o ‘Cheng’, recebendo 14.900. Com a média de 15.300, ela assegurou o primeiro lugar.
Rebeca ainda tem a chance de conquistar mais duas medalhas em Paris. Ela disputa as finais da trave e do solo na segunda-feira, 5.
Respeito de Simone Biles
“Não quero mais competir com a Rebeca. Estou cansada. Ela está muito perto. Nunca tive uma atleta tão perto, então isso definitivamente me deixou alerta e trouxe à tona a melhor atleta que há em mim. Estou animada e orgulhosa de competir com ela”. Foi dessa maneira que Simone Biles, maior ginástica da história, definiu a disputa do individual geral com Rebeca Andrade.
A norte-americana já elogiou a brasileira algumas vezes. Rebeca, por sua vez, parece tímida, diz que é um orgulho as palavras de Biles e evita fazer comparação. O discurso é sempre o mesmo: foco em fazer o melhor que é capaz.
Por coincidência, a única final em que Biles não vai disputar na capital francesa é as barras assimétricas, prova em que Rebeca também não conseguiu um lugar entre as postulantes ao pódio.
Das estrelinhas na escola para o topo do mundo
Por trás de tantas conquistas, existe uma história de muito esforço pessoal, apoio e superação. No dia 8 de maio de 1999, Rebeca Rodrigues de Andrade chegava ao mundo. Mais precisamente em Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo. Ela é a caçula dos cinco filhos do primeiro casamento de dona Rosa Santos, 53 anos. Na época, a mãe de Rebeca trabalhava como empregada doméstica. Ela criou as crianças sozinha e, em seu segundo casamento, teve outros três filhos.

Nos primeiros anos de vida, Rebeca já dava indícios do que viria pela frente. Certo dia, a irmã de Rosa, Cida, levou Rebeca, com apenas 5 anos, ao ginásio Bonifácio Cardoso para fazer um teste em um projeto social de formação de novos ginastas. Local onde a tia — por coincidência ou sorte do destino — havia começado a trabalhar como cozinheira.
De cara, a menina encantou, lembra Mônica Barroso dos Anjos, 51 anos, professora de educação física e a primeira treinadora de Rebeca no ginásio e que ainda trabalha no local. “Tinha uma professora ao meu lado e eu falei: ‘Acho que caiu aqui nas nossas mãos uma futura Daiane dos Santos'”.
Rebeca recebeu o apelido de “Daianinha de Guarulhos”. Mas, segundo a treinadora, essa “comparação” ocorreu somente naquele momento, como uma referência. Naquela época, Daiane do Santos era o principal nome da ginástica brasileira e mundial. Ela foi campeã mundial do solo em 2003, além de ter sido a primeira atleta a realizar um duplo twist carpado (Dos Santos I) e um duplo twist esticado (Dos Santos II) – com isso, os movimentos ganharam o nome da atleta.
“Na hora que eu bati o olho, vi que ela já era toda musculosa, aqueles braços fortes, aquelas perninhas. O formato do corpo, a musculatura.” Após a pequena dar uma ‘estrelinha’, Mônica já percebeu que teria uma nova ginasta.
7 km a pé para frequentar os treinos
Como a mãe trabalhava, o irmão Emerson ficou com a missão de levá-la ao ginásio. No início, Rosa dava o dinheiro da condução do trabalho para o garoto levar a caçula de ônibus para treinar, mas essa opção não durou por muito tempo. O jeito foi a dupla fazer o trajeto de quase 7 km a pé, o que levava cerca de duas horas de caminhada. Emerson deixava Rebeca nas aulas e ficava esperando do lado de fora.
Bom observador, ele já contou algumas vezes que resolveu montar uma bicicleta para tentar diminuir o cansaço da irmã. Para isso, vendeu papelão e ferro, e conseguiu juntar uma graninha.
Em entrevista ao especial Elas no Pódio, Rebeca reconheceu a dificuldade pela falta de condições da família. “Era muito difícil, a parte financeira foi a mais difícil mesmo, porque o restante, o que eu precisava eu tinha: que era o amor da minha família, o incentivo, o apoio, a motivação deles todos os dias”, afirma a ginasta, que faz questão de dedicar todas as conquistas aos familiares.
“A minha família foi o ponto crucial para que todas essas coisas pudessem acontecer, porque eu era muito nova e eu precisava deles para que me levassem para o ginásio, me incentivassem, me apoiassem. Eles me motivaram bastante e foram uma grande influência na minha vida para que eu continuasse nesse caminho.”
Além do apoio familiar, Rebeca cita o amor pela ginástica, reconhecido logo nos primeiros contatos que teve com o esporte. “Eu acho que o que me motivou a fazer ginástica foi quando eu entrei e vi que eu levava jeito, que eu gostava daquilo. Eu tinha muita energia e era um local onde eu poderia gastar toda essa energia, sendo feliz, conhecendo outras pessoas e tudo mais”, confessa Rebeca.

Lesões que levaram a uma redescoberta
Em meio a essas duas décadas voltadas à ginástica, Rebeca também enfrentou diversas lesões e passou por três cirurgias no joelho, que atrapalharam a explosão da sua carreira. Em 2015, ela rompeu o ligamento cruzado do joelho direito. O mesmo aconteceu em 2017. Já em 2019, em um treino de pódio no Campeonato Brasileiro, dois saltos e meio, um mortal e mais uma pirueta fizeram com que a ginasta precisasse operar o joelho direito pela terceira vez.
Faltando apenas um ano para a Olimpíada de Tóquio, que acabou adiada para 2021 por causa da pandemia de covid-19, ela ainda não havia conquistado a classificação para os Jogos e chegou a pensar em desistir da ginástica. “Foram momentos muito difíceis para mim”, relembra Rebeca.
A treinadora Mônica estava lá e encontrou com a atleta no hotel, logo após ter se machucado, e ela ainda não tinha certeza se era uma lesão. “Ela rompeu o ligamento. Só que ela não tinha certeza ainda. E ela estava no hotel, e a gente foi lá conversar com ela. Eu vi que ela evitava, porque ela sabe. O atleta que já passou por isso sabe. Ela já sabia que tinha alguma coisa errada ali.”
Embora tenha sido um período muito desafiador, Rebeca conseguiu tirar algo benéfico da adversidade. “Eu comecei a ver as coisas com um lado mais positivo e foi muito bom para mim, eu me redescobri como atleta, como pessoa. Comecei a avaliar as coisas que eram importantes para mim: se eu realmente queria viver esse mundo da ginástica, se eu amava isso ainda, se eu acreditava que era possível, que eu era capaz e só faltava isso dentro de mim, porque todas as pessoas acreditavam que eu era capaz de realizar tudo o que eu queria, mas quando as coisas acontecem assim, a gente começa a duvidar um pouco.”
“Em todas as fases, eu acreditei e continuei lutando e consegui conquistar tudo que eu sonhei na minha vida e, hoje, eu sou muito grata e satisfeita com tudo que eu tenho. Mas é isso, foram momentos bem difíceis, mas que fazem parte”, completa a ginasta.
*Com informações de Terra
Giro Cultural do Cecam movimenta economia solidária no Alto Solimões
Elo entre o Ministério da Cultura (MinC) e a sociedade civil organizada, o recém constituído Comitê de Cultura do Amazonas (Cecam) já plantou suas primeiras sementes no terreno fértil da cultura amazonense.
No mês de julho, o Comitê levou ao Alto Solimões acesso direto às políticas públicas do governo federal, através de rodas de conversa, visita técnica e escuta ativa nas cidades de Atalaia do Norte, Benjamin Constant e Tabatinga.
As ações aconteceram em diferentes formatos com foco no impulsionamento da economia local. Foi realizado curso de artesanato e estamparia, além de dois dias de Feira Solidária de Cultura, uma iniciativa que movimentou os negócios na região.
Em parceria com a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), o CECAM realizou o Encontro de Políticas Culturais. No primeiro dia, o auditório foi tomado pelo debate cultural e sobre as possibilidades ofertadas por meio dos editais nos estados e municípios. No segundo dia, o laboratório de informática da UEA foi ocupado pelos trabalhadores e trabalhadoras da cultura, onde os participantes receberam orientações práticas. A consultoria permitiu a formatação de seis projetos que futuramente poderão disputar o edital da Lei Aldir Blanc II em seus respectivos municípios.
Os cursos ministrados na sede da Associação Pérolas – Mais Amor iniciaram dia 10 e foram até 20 de julho. Nesta ação, foram capacitadas cerca de 41 pessoas que produziram e puderam comercializar seus produtos na Feira Solidária de Cultura.
Um dos cursos realizados em destaque foi o de estamparia e pintura ministrado por Geracir Pinto, que desde muito cedo se dedica ao artesanato, sempre ensinando, comercializando e aprendendo novas técnicas. A oficineira finalizou dizendo que é fundamental que mulheres, homens e principalmente os jovens, aprendam algo e, se dediquem a esta opção de trabalho que gera emprego e renda. O artesanato é cultura e cultura é vida.”
A sargenta, Alcineth Barbosa encontrou no artesanato uma forma de superar a depressão. Há exatamente seis anos atrás seu médico a aconselhou a fazer terapia ocupacional. Hoje, está certa de que o artesanato é a sua segunda profissão, capaz de gerar uma boa renda extra, além de ter propiciado o abraço acolhedor que precisava para tratar a depressão. Ela participou dos dois dias de exposição na Feira Solidária juntamente com o seu grupo familiar.
A apresentação pública do Cecam aconteceu na sede da Rede de Tabatinga. O evento teve seu início com uma roda de conversa sobre Economia Solidária e seus pilares com a representante da Unisol Brasil no Amazonas, Terezinha Barbosa. A especialista falou da importância da política da economia solidária e antecipou a notícia de que em breve haverá uma conferência sobre o tema na região.
Na composição da mesa, além do CECAM, o representante da Agremiação Folclórica Onça Preta, Roberto Machado; o historiador Luiz Ataide (Seu Lulu); o representante da Agremiação Arara Vermelha, Juliano de Paula e os parentes do Umariaçú representados pelo cantor e tradutor de etnia Tikuna Valdir Mendes.
Vídeo institucional
A exibição do vídeo institucional foi fundamental para que os trabalhadores da cultura tenham entendimento sobre a Política Nacional dos Comitês de Cultura (PNCC).
Nesta noite, aconteceu a apresentação formal do Cecam com falas dos presentes entre eles a coordenadora do Cecam Tabatinga Aldenora Magalhães, que falou da importância do momento e do quanto isso enobrece o município na área de desenvolvimento cultural.
Também se fizeram presentes os demais integrantes do CECAM, como a coordenadora de Metodologia, Isabella Petry, André Guimarães e o técnico Ricardo na coordenadoria de projetos, Paulo Moura, Terezinha Barbosa e Wilson Pison, na coordenadoria de comunicação e a técnica administrativa Aline Ponchet, juntamente com a produtora Myrna da Assayag Produções, comandaram a produção e a administração do Giro Cultural no Alto Solimões.
Ao final da apresentação pública, o Comitê sorteou diversos Kits CECAM e o público foi ao delírio com a apresentação dos itens do grupo folclórico Onça Preta, um verdadeiro show à parte. O cantor indígena, Valdir Mendes Tikuna, da comunidade indígena Umariaçu, encantou os presentes com músicas na sua língua materna. Já o cantor Magarem do município de Atalaia do Norte, artista muito prestigiado no Alto Solimões, fechou a noite com muito som autoral e um maravilhoso coquetel representando a tríplice fronteira.
No dia 24de julho, o Giro Cultural fechou o Encontro de Políticas Públicas com uma roda de conversa sobre editais federais e da iniciativa privada. O assessor de projetos, André Guimarães prestou orientação e deu total apoio técnico a quem ainda estava inseguro no tema.
O coordenador geral do Cecam Marcos Rodrigues falou sobre o papel do Programa Nacional dos Comitês de Cultura (PNCC), na ampliação do acesso e interiorização das políticas culturais e do quanto é gratificante conhecer a região do Alto Solimões que é rica e tem uma diversidade cultural enorme. Ele agradeceu a participação e colaboração de todos, garantiu a efetivação do projeto na região, sendo a ponte entre o MinC e a sociedade civil na tríplice fronteira.
Representantes de Etnias Tikunas e kokamas presentes apreciaram as propostas e mostraram interesse em participar, assim como os demais participantes.
Biden cobra que Netanyahu pare de elevar tensão no Oriente Médio

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, teria cobrado o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a interromper as crescentes tensões no Oriente Médio , além de acelerar um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Segundo informações do site americano Axios, o democrata afirmou em uma conversa por telefone com o premiê que está “muito preocupado” com o atual momento na região.
O mandatário de 81 anos também analisou que o assassinato de Ismail Haniyeh , líder político do grupo fundamentalista islâmico Hamas, “não ajudou” a melhorar a situação.
Biden ainda ordenou firmemente que Netanyahu trabalhe para “cessar as tensões crescentes” e “avançar imediatamente rumo a um acordo para os reféns e o cessar-fogo” no enclave palestino.
A guerra entre Israel e Hamas em Gaza tem envolvido outros atores, e a preocupação atual é a crescente tensão entre o país judeu, de um lado, e o Irã e a milícia xiita Hezbollah, de outro.
Na última quarta-feira (31), um ataque atribuído a Israel matou Haniyeh, que liderava o grupo apoiado por Irã e Hezbollah, em Teerã. No dia anterior, o Exército israelense já havia bombardeado um reduto da milícia xiita em Beirute, em retaliação por um ataque nas Colinas de Golã.
*Com informações de IG
Fogo no pantanal se espalha por fazendas de Corumbá (MS) após acidente de caminhão

Incêndios de grandes proporções se alastram no pantanal sul-mato-grossense, de Aquidauana (MS) até a fronteira com a Bolívia. Em uma das áreas mais atingidas, no distrito de Nhecolândia, em Corumbá (MS), um caminhão pegou fogo após atolar em uma área de lama e mata seca. O incidente foi registrado em vídeo (assista abaixo).
Há uma semana, as chamas oriundas do veículo se espalham pela vegetação, invadem fazendas e queimaram até agora cerca de 80 mil hectares (área maior que o Distrito Federal), segundo o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul. A causa do incêndio no caminhão está em investigação.
O coronel Adriano Noleto Rampazo, subcomandante geral do Corpo de Bombeiros, afirma que o incêndio logo tomou grandes proporções, devido à seca somada à força dos ventos na região, que chegam a ter rajadas de 60 km/h, o que tem impossibilitado o combate direto desde então.
“Tivemos mais focos de calor antes do início da temporada. Mas, na medida do possível, estamos controlando. Temos sete aeronaves contratadas, mais a nossa aeronave, todas de combate a incêndio. Helicóptero também. Além de viaturas, caminhões, caminhonetes e embarcações, estamos com uma estrutura grande”, diz o militar.
Um santuário de onças-pintadas e a Estância Caiman, na Reserva Natural Santa Sofia, são algumas das propriedades atingidas pelo fogo nos últimos dias. Também foram alvos as fazendas Paraíso, Tupaceretã e Porto do Ciríaco, na região da Nhecolândia, entre outras. Nesta quinta (1º) e sexta-feira (2), a Folha percorreu áreas críticas próximas a esses locais.
De acordo com a ONG SOS Pantanal, o fogo voltou forte em algumas regiões do bioma após a recente e efêmera frente fria que passou pelo Brasil. A alta temperatura reacendeu focos extintos, assim como trouxe outros novos.
“Desde o primeiro dia desse incidente [com o caminhão], estamos operando em nove frentes. Esse fogo atingiu sete fazendas da região da Nhecolândia e continua se propagando em algumas regiões sem controle”, diz Leonardo Gomes, diretor-executivo da SOS Pantanal, em vídeo publicado nas redes sociais da organização.
A temporada de seca ainda não chegou no seu auge, ressalta a ONG, por isso a situação crítica pode se manter no próximos meses. Tradicionalmente, o pico das queimadas no pantanal ocorre em setembro, mas, em 2024, a temporada de fogo está antecipada.

Na área mais crítica da Nhecolândia, onde há uma concentração maior de pessoal e maquinário neste momento, o acesso aos locais em chamas é o principal desafio, conta Gustavo Figueiroa, biólogo e porta-voz da SOS Pantanal, que atua nas ações da força-tarefa.
“A percepção é que o fogo está espalhando muito rápido. Mesmo com várias equipes em campo aqui, é difícil controlar todas as frentes porque espalham várias frentes novas. Os principais desafios são o calor e a logística. É muito complicado chegar na linha do fogo. São muitas horas de carro, um terreno muito difícil de acessar. Os carros atolam, é bem complicado”, relata à Folha.
A integração de combate aos incêndios conta com PrevFogo do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Exército, Corpo de Bombeiros Militar (de MS, GO e PR), brigadas voluntárias e ONGs, além da colaboração de moradores.
Maquinários abrem aceiros para tentar bloquear as chamas. Aeronaves despejam água pelo ar. Os veículos terrestres e as embarcações transportam os grupos para a linha de frente.
De janeiro até esta quinta-feira (1º), o pantanal contabilizou 4.997 focos de calor, o que representa um aumento de 1.593% em comparação ao ano passado, que teve 295 no mesmo período, segundo o programa BDQueimadas, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). O índice é o maior desde 1998, quando foi iniciada a série histórica do sistema.
A quantidade de focos de calor já supera, portanto, a de 2020, quando foram registrados 4.331 até a mesma data. Naquele ano, a destruição foi recorde: cerca de 30% do bioma foi consumido pelas chamas.
De acordo com relatório do MMA (Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima), até 28 de julho, a área queimada neste ano está na faixa de 635.005 hectares a 907.150 hectares (cerca de 4,2% a 6,01% do pantanal).
Na última quarta-feira (31), o presidente Lula (PT) sobrevoou as áreas atingidas por incêndios na região de Corumbá (MS), que concentra dois terços (67,3%) do total do fogo registrado neste ano no pantanal, conforme o boletim mais recente da pasta ambiental.
No local, Lula também sancionou a lei que institui a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo. O texto reúne ações que podem guiar a prevenção a incêndios no país.

A visita do presidente foi acompanhada pela chefe da pasta do Meio Ambiente, Marina Silva. Ela também deu destaque à força-tarefa para o combate aos incêndios, mas voltou a ressaltar que a maioria deles é causada pela ação humana.
“Eu faço um apelo: se não parar de colocar fogo, não tem quantidade de pessoas e equipamento que o vença”, afirmou a ministra.
Em reação à nova onda de fogo no pantanal, a ONG WWF-Brasil, em nota nesta sexta-feira, ressalta que desde abril especialistas já alertavam que o bioma poderia passar neste ano por uma de suas piores secas, já que, mesmo em plena temporada de cheias, o bioma enfrentou estiagem.
“As queimadas no pantanal não afetam apenas a biodiversidade e a população local, mas o país e o mundo perdem a maior área úmida do planeta. É preciso ações efetivas, pois já estamos com áreas maiores que as queimadas registradas em 2020”, disse Cyntia Santos, analista de conservação do WWF-Brasil.
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