Nova concessão para reflorestar a Amazônia será 20 vezes maior

O governo federal está avançando em seu plano de conceder áreas degradadas da União para que a iniciativa privada faça o reflorestamento. Em meio à consulta pública do edital de estreia, que envolve a recuperação de 15 mil dos 100 mil hectares da Floresta Nacional do Bom Futuro, em Rondônia, o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) já prepara o terreno para um segundo leilão, com uma ambição mais de 20 vezes maior.
Dessa vez, a área total será de quase 7,3 milhões de hectares, divididos em 12 florestas e parques nacionais – dez no Pará, um em Roraima e um no Amazonas. O Parque Nacional dos Campos Amazônicos, no Amazonas, e a Floresta Nacional de Jamanxin e a Reserva Biológica Nascentes Serra do Cachimbo, no Pará, por exemplo, estão na lista.
Assim como no edital inaugural, os vencedores assumirão a responsabilidade por terras que incluem áreas em vários níveis de degradação, outras em que poderão explorar comercialmente madeiras nativas e também porções a ser preservadas.
A principal fonte de receita será a venda de créditos de carbono de remoção de CO2 da atmosfera pelas novas árvores plantadas.
A área estimada de restauração no segundo certame é de 333 mil hectares. O manejo sustentável da madeira poderá ser realizado em 1,4 milhão de hectares. O restante são áreas com finalidades diversas, como uso e manejo comunitário, preservação ou sobreposição com terras indígenas.
“Vimos que existe um apetite no mercado, que conseguimos encontrar um equilíbrio econômico no projeto, e por isso, estamos contratando os próximos junto ao BNDES”, diz Renato Rosenberg, diretor de concessões do SFB.
Com as áreas escolhidas, o passo seguinte é estruturar os projetos, o que é feito em conjunto com o BNDES.
O banco de desenvolvimento deve contratar consultorias para desenvolver a modelagem de cada uma das áreas florestais e desenhar a estrutura da concessão. Depois, vêm a consulta pública e audiências públicas com as populações afetadas, análise do Tribunal de Contas da União e, enfim, o lançamento do edital.

A expectativa é que o processo inteiro leve aproximadamente um ano e meio, diz Rosenberg.
Só ao fim desse trâmite, os editais chegarão ao mercado com modelagens econômicas de referência, o potencial de receita a partir de créditos de carbono e o número de concessões para cada área de conservação, por exemplo.
“Para a restauração, o foco está em empresas novas, que estão capitalizadas e buscando projetos. Já no manejo, são empresas menores, normalmente familiares, com experiência na área e uma forte relação na ponta”, afirma Rosenberg.
Estima-se que o país tenha entre 60 milhões a 135 milhões de hectares degradados ou sob risco de degradação, de acordo com uma análise do MapBiomas de 1986 a 2021. O estudo indica que 64% do território nacional está coberto por vegetação nativa, sendo que de 11% a 25% desta área se mostrou suscetível ao processo de degradação.
Reflorestamento
O Serviço Florestal calcula um investimento de R$ 600 milhões ao longo dos 40 anos dos primeiros contratos, que cobrem 15 mil hectares para reflorestamento, divididos em três lotes.
Recuperar áreas degradadas é uma atividade cara, com valores que variam de R$ 15 mil a R$ 50 mil por hectare, dependendo da região, da tecnologia e da intensidade do trabalho de recuperação. Um hectare corresponde a mais ou menos um campo de futebol.
Além da demanda por sementes e mudas, a atividade exige um acompanhamento cuidadoso na fase inicial, em áreas com infraestrutura deficiente ou não-existente. Além disso, pesquisas de melhoria genética das espécies nativas ainda estão na infância em comparação com exóticas há muito exploradas comercialmente, como pinus e eucalipto.
E as primeiras receitas com a venda de créditos de carbono só vêm depois de anos, quando as primeiras árvores começam a ganhar tamanho. Esse foi um dos motivos que levaram o SFB a permitir exploração sustentável de madeiras como forma de viabilizar o negócio.
Além do potencial de fechar a conta dos empreendimentos, o manejo sustentável tem outra função importante: ajudar na contenção do desmatamento.

“O mercado [para a madeira nativa] existe. Se não for atendido por fontes de manejo sustentável, será por outras formas”, afirmou o diretor do SFB, Garo Batmanian, em um evento realizado em Brasília nesta quarta-feira, 9.
Madeireiros ilegais ampliaram sua área de atuação na Amazônia no ano passado, enquanto a de atividade legal caiu.
As condições permitidas para a exploração nas áreas licitadas são rígidas. Tipicamente, são dadas autorizações para a derrubada de algo como cinco árvores por hectare – a cada 30 anos.
Rosenberg descreve essa operação como “mais que sustentável, é cirúrgica”. A ideia é permitir uma atividade econômica mais atraente que a extração clandestina sem que haja alterações na paisagem.
Edital nº 1
Os detalhes de como o edital de Bom Futuro deve ser construído foram apresentados em julho. Se o cronograma for cumprido, os leilões começarão no primeiro trimestre de 2025.
O contrato está no fim do período de consulta pública, e as questões centrais têm sido o compartilhamento da responsabilidade de segurança e ajustes na projeção de carbono, segundo o diretor.
Além de pagar outorgas, os vencedores terão de arcar com uma inovação batizada de “encargos acessórios”. Parte da receita deverá ser direcionada para investimentos nas comunidades da região onde atuam, em projetos sob responsabilidade dos próprios concessionários.
As florestas nacionais concedidas têm conselhos consultivos, que envolvem representantes das comunidades locais, entidades da sociedade civil e governo. A ideia é que esses órgãos fiquem responsáveis pela definição das iniciativas.
*Com informações de Capital Reset
Outubro Rosa: Joelson alerta sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama

O vereador Joelson Silva (Avante) fez um alerta em suas redes sociais nesta sexta-feira (18/10) sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce do Câncer de Mama. Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o Amazonas deve registrar 5.450 novos casos de câncer ainda em 2024, dados estes que preocupam o parlamentar.
O vereador ressalta que é importante reforçar que as mulheres devem cuidar da saúde para a manutenção da qualidade de vida.
“É importante mantermos estas mulheres informadas em todos os canais de comunicação e ainda reforçar que os exames são indispensáveis para saber como está o corpo. O diagnóstico precoce também é importantíssimo para aumentar as chances de cura e de tratamentos”, alerta.
Segundo o diretor-presidente da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), mastologista Gerson Mourão, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem uma previsão de que, até 2030, o câncer será a principal causa de mortes no mundo, atrás somente das doenças cardiovasculares.
Brasil
O câncer de mama ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres no Brasil, com taxa de mortalidade ajustada por idade, pela população mundial, para 2021, de 11,71/100 mil (18.139 óbitos).
Cuidados
O médico orienta algumas mudanças de hábitos para evitar o câncer: não fumar, evitar o consumo de bebidas alcoólicas, praticar atividades físicas regularmente, ter uma alimentação saudável, evitando comidas processadas e industrializadas e optando por comidas naturais, como frutas, verduras, legumes e opções com fibras.
Cidades com mais registros de queimadas elegem prefeitos com multas ambientais

Cinco cidades entre as dez com mais focos de incêndio em 2024 elegeram, no primeiro turno das eleições municipais, prefeitos com histórico de multas por infrações ambientais. Somados, os valores das multas chegam a, pelo menos, R$ 26,3 milhões.
O levantamento foi divulgado pelo jornal O Globo, e as informações foram confirmadas ao Terra pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). As multas foram aplicadas entre 2005 e 2023 aos prefeitos eleitos das cinco cidades com mais queimadas no Brasil, durante o período de seca deste ano.
No Pará, a cidade de São Félix do Xingu elegeu o pecuarista Fabricio Batista (Podemos), com 15,9 mil votos, no primeiro turno. Dados do Ibama apontam que ele foi multado em R$ 2,2 milhões em 2017 por desmatar 440,76 hectares de floresta nativa da Amazônia Legal.
O município foi o primeiro no ranking de cidades com mais focos de incêndio, com mais de 7 mil registros entre janeiro e outubro de 2024, conforme o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Batista superou o adversário, o candidato à reeleição João Cleber (MDB), que também já foi multado em R$ 9,2 milhões pelo Ibama.
Na cidade de Novo Progresso, também no Pará, Gelson Dill (MDB) foi reeleito. Ele tem uma multa de R$ 445 mil por desmatamento no município de Itaituba.
Um dos casos mais marcantes é o do prefeito eleito em Apuí, Amazonas. Marquinhos Maciel (MDB), é ex-prefeito da cidade e caminhoneiro. Ele tem, ao menos, 30 infrações ambientais que totalizam R$ 23,5 milhões em multas por envolvimento em desmatamento de áreas preservadas e queimadas. A cidade é a quinta do País com maior número de queimadas, sendo 4,5 mil registros só em 2024.
Lábreas, no Amazonas, também elegeu um prefeito com histórico de crimes ambientais com aplicação de multas. O município é o sexto com maior número de queimadas no Brasil. Gerlando Lopes (PL), foi multado em 2023 por desmatar 36,44 hectares de floresta preservada, no valor de R$ 185 mil.
Ao Globo, Gerlando Lopes informou que a área havia sido desmatada pelo antigo proprietário, mas que o trecho integra a área de uso da propriedade reservada para a agricultura. Ele assumiu a responsabilidade pela multa e está recorrendo.
Em Colniza, no Mato Grosso, Milton ‘Miltinho’ de Souza Amorim (União Brasil) foi reeleito no primeiro turno. Ele é dono de uma madeireira, e tem uma infração por declarar dados falsos no sistema de controle ambiental. Por isso, ele foi multado em R$ 11,5 mil em 2019.
Os prefeitos eleitos Fabricio Batista, Gelson Dill, Marquinhos Maciel, Gerlando Lopes e Miltinho foram procurados pelo Terra, mas não responderam até a publicação da reportagem. Em caso de manifestação, a matéria será atualizada.
*Com informações de Terra
Programa Saúde Presente encerra com mais de 18,8 mil atendimentos em Manaus
Após 10 dias de atividades, a 1ª edição do programa Saúde Presente do Governo do Amazonas encerrou nesta sexta-feira (18/10), com 18.810 atendimentos realizados no bairro Jorge Teixeira, zona leste de Manaus. A campanha da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) levou diversos serviços para mais perto da comunidade.
Nesta primeira edição, a caravana aconteceu de 8 a 18 deste mês, no Centro Educacional de Tempo Integral (Ceti) Elisa Bessa Freire. No local, três unidades móveis, sendo duas carretas e o ônibus da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), disponibilizaram mamografia, ultrassonografia e tomografia, além de exames laboratoriais, testes rápidos de HIV, sífilis, hepatite, consultas médicas, entre outros serviços.
De acordo com a secretária de Estado de Saúde, Nayara Maksoud, a procura pelos serviços superou as expectativas. “Este é mais um projeto inovador criado pelo governador Wilson Lima, para ampliar o atendimento e acesso da população aos serviços. Reunimos as nossas unidades móveis para levar atendimento especializado para mais perto da população”, afirmou a secretária.
Foram realizados 1.528 exames de imagem, entre mamografia, tomografias e ultrassonografias. Mais de 3,5 mil exames laboratoriais também foram coletados. “Estamos contentes com o resultado. A aceitação do público foi excelente durante esses 10 dias, o que torna esta realização um sucesso”, destacou Nayara Maksoud.
População aprova iniciativa
A empreendedora Branca Silva aproveitou a oportunidade e fez a mamografia pela primeira vez. “Eu tenho 47 anos e nunca tinha feito uma mamografia na vida. Aqui no Saúde Presente eu consegui passar pelo médico e fazer esse exame que é tão importante para nós, mulheres. Então, para mim, foi ótimo. Espero que fique tendo sempre essas ações”, afirmou.
A dona de casa Dalva Lúcia ficou sabendo do programa por uma amiga e foi ao local em busca de atendimento. Ela aprovou a iniciativa. “Fui muito bem atendida e fiz todos os exames e consultas que precisava. Essa ação é maravilhosa, tem muitas pessoas que precisam de médico e aqui eu resolvi tudo só num dia”, observou.
Parceria
Além da SES-AM, o programa Saúde Presente contou com a parceria da FVS-RCP, da Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade (FUnATI) e das Secretarias de Estado de Educação (Seduc) e de Desporto e Lazer (Sedel).
Pela FVS, foram disponibilizados testes rápidos de HIV, sífilis e hepatites B e C. A Fundação também realizou a distribuição de preservativos internos e externos, de gel lubrificante e materiais informativos sobre prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Já a FUnATI ofereceu atendimentos em fisioterapia e exames de retinografia. Ao todo, mais de 60 profissionais da saúde participaram da ação.
Câmara gastará mais de R$ 2 milhões com troca de carpete e tapete
A Câmara dos Deputados publicou uma licitação para a troca do carpete dourado da Casa e a aquisição de um novo tapete cerimonial. O valor da concorrência, que será aberta oficialmente em 25 de outubro, é de quase R$ 2,3 milhões. A troca do carpete contemplará os auditórios Nereu Ramos e Freitas Nobre, o túnel de ligação do Edifício Anexo II ao Edifício Anexo IV e o 10º andar do Edifício Anexo IV.
A compra será de um carpete de pelo cortado feito por meio de tufting (técnica na qual os fios de lã são costurados em um tecido inteiriço) em cor dourada. Os dois produtos são novos e para primeiro uso. Além disso, a licitação exige assistência técnica de no mínimo um ano para a instalação e de cinco anos para o carpete e o tapete.
Em nota, a Câmara informou que a troca se faz necessária devido aos desgastes do carpete atual. “A última substituição completa do revestimento nos três locais indicados aconteceu no segundo semestre de 2011, de modo que a vida útil do carpete completou-se em 2021, conforme a estimativa do Plano de Manutenção”, disse.
Sobre o tapete, a Casa afirmou que a armazenagem desgastou o item. “Está bastante desgastado, nem tanto pelo tráfego que recebe, mas principalmente pelos incontáveis ciclos de montagem e desmontagem a que foi submetido”, escreveu.
Do valor total, R$ 1.714.412,96 são destinados para o serviço de retirada e instalação do novo produto. Outros R$ 143.398,80 são para a compra de 360 metros quadrados do carpete dourado, e R$ 435.996,00 para a compra de 1,1 mil metros quadrados do tapete para cerimonial do tipo passadeira.
Os tapetes devem ser feitos de náilon tingido e com as bordas com acabamento do tipo debrum (técnica que dobra o tecido e o costura para deixar as margens retas). O contrato exige que os tecidos sejam “previamente protegidos contra proliferação de ácaros e micróbios, desbotamento e impregnação de manchas e sujeiras”. Além disso, que as peças sejam feitas para ter controle de geração de estática.
Como mostrou o Estadão em setembro, por conta da seca em Brasília e o material do tapete, os transeuntes do Congresso estavam se dando choques.
*Com informações de Uol
Sexto voo com repatriados do Líbano pousa em SP com 212 passageiros

O sexto voo da FAB (Força Aérea Brasileira) para repatriar brasileiros do Líbano pousou na manhã deste sábado (19), em São Paulo.
Aeronave trouxe 212 passageiros, sendo 14 crianças, e um gato. O avião pousou às 7h15 (horário de Brasília), na Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos (SP).
Mais de 1.300 pessoas já foram resgatadas. De acordo com a FAB, a operação Raízes do Cedro já repatriou 1.317 passageiros e 15 pets, sendo 11 gatos e quatro cachorros. A prioridade de composição das listas leva em conta mulheres, crianças, idosos e brasileiros não residentes no Líbano. Levando em conta os cinco voos anteriores, chegaram ao Brasil 242 crianças (de dois a 12 anos), 40 bebês (até dois anos), 138 idosos, 12 gestantes, 101 pessoas com problemas de saúde e 12 pessoas com deficiência.
Cerca de 3.000 pessoas que moram no Líbano pediram para serem repatriadas devido à escalada de ataques na região. O país tem a maior comunidade de brasileiros no Oriente Médio, com 21 mil residentes. O Itamaraty, por meio da embaixada do Brasil em Beirute, diz que está em contato com brasileiros e seus familiares próximos para prestar assistência consular e verificar a necessidade de promover novo voo de repatriação, a depender das condições de segurança no terreno.
Capacidade operacional é de trazer 500 brasileiros por semana. Com isso, repatriação dos interessados em deixar o Líbano levará cerca de seis semanas. As informações são do comandante da Aeronáutica, o tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno. “Temos um número mágico de em torno de 500 pessoas por semana, um fluxo que conseguimos manter”, declarou.
Repatriação é feita com a aeronave KC-30 da Força Aérea Brasileira. Após enfrentar problemas durante uma decolagem no início do mês, o VC-1, avião presidencial brasileiro, permanece até hoje no México, passando por manutenção. Diante da falta de alternativas, o presidente Lula anunciou que viajará para a Rússia neste domingo (20) para participar da cúpula dos Brics em outra aeronave da FAB, o KC-30. A FAB informou ao UOL que, mesmo com o presidente Lula tendo que usar um dos aviões KC-30, a operação de repatriação não será interrompida.
Governo tem orientado as pessoas que também tentem deixar o Líbano por meios próprios. Planalto reitera o alerta para que todos sigam as orientações de segurança das autoridades locais e, para os que disponham de recursos para tal, que procurem deixar o território libanês por meios próprios. O aeroporto de Beirute continua em operação, com voos da companhia libanesa Middle East Airlines. Os números de plantão consular do Itamaraty seguem à disposição, em caso de necessidade, ambos com Whatsapp: +55 (61) 98260-0610 e +55 (61) 98313-0146.
O primeiro voo da FAB pousou no Brasil no dia 6 de outubro. O grupo com 229 passageiros e três pets foi recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que reforçou que o país seguirá com os esforços para trazer todos os brasileiros e familiares que necessitarem.
A aeronave também leva a quarta carga de donativos para o país. Além de resgatar os brasileiros e familiares, o deslocamento do KC-30 até o Líbano é usado para o Brasil enviar insumos estratégicos em saúde para o Líbano. Segundo o governo federal, as escalas da operação já entregaram mais de 47 toneladas de donativos, entre insumos hospitalares, cestas de alimentos e outros.
Os ataques aéreos israelenses a várias regiões do Líbano provocaram morte de mais de duas mil pessoas. Os dados são do Ministério da Saúde libanês. Entre as vítimas estão dois adolescentes brasileiros e seus pais, assim como um saldo de milhares de feridos. A situação em Beirute, a capital do país, é descrita como “tensa e terrível” por brasileiros que estão na região, com risco de guerra total.
A região sofre com os contínuos ataques aéreos de Israel contra áreas civis em Beirute, no sul e no Vale do Beqaa. Israel e o grupo Hezbollah do Líbano têm trocado tiros na fronteira desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em 7 de outubro do ano passado, detonada após um ataque do grupo palestino Hamas, aliado do Hezbollah, e que controla Gaza. No último mês, Israel intensificou sua campanha militar no Líbano.
*Com informações de Uol
Ludmilla fecha parque aquático para desfrutar um dia de lazer com a família
Quem não gosta de se divertir um pouco, não é? Na manhã desta sexta-feira (18), a cantora Ludmilla tirou um dia de folga e reservou um parque aquático no Ceará para curtir com a família.
Nas redes sociais , Ludmilla compartilhou diversos vídeos e fotos se divertindo em várias atrações, voltando a ser criança ao descer tobogãs ao lado da esposa, Brunna Gonçalves. Silvana , mãe da cantora, também participou da diversão.
*Com informações de IG
Roberto Cidade é autor de Lei que recomenda melhorias na atenção à saúde de mulheres na menopausa
A rotina intensa de trabalho, as ocupações domésticas e a vida social, via de regra, sofrem alterações quando a mulher entra na menopausa. Incômodos como fogachos (calores), insônia, irritabilidade e dores musculares interferem diretamente na qualidade de vida de grande parte das mulheres no climatério.
Como forma de auxiliar nesse momento delicado do universo feminino, está em vigor a Lei nº 6.535/23, de autoria do presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado estadual Roberto Cidade (UB), que cria o “Programa Estadual de Qualidade de Vida da Mulher durante o Climatério e Pós-climatério”.
“A complexidade dos fatores hormonais, psicológicos, sociais e culturais, além do próprio envelhecimento biológico produzem vários sintomas e consequências para a saúde da mulher a longo prazo, por isso é importante que sejam colocados à disposição mecanismos que amenizem os incômodos dessa transição. Nossa Lei quer proporcionar melhor qualidade de vida para as mulheres no Estado do Amazonas ”, disse.
O objetivo do programa, sob a coordenação da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), é garantir a saúde física e mental das mulheres durante o período do climatério e do pós-climatério. O climatério é o nome científico para o período de transição fisiológica da fase reprodutiva para a não reprodutiva da mulher.
A Lei, que deve ser replicada em todos os municípios amazonenses, estabelece diretrizes com o objetivo de garantir a saúde física e mental das mulheres durante o período do climatério e do pós-climatério por meio da realização de exames considerados obrigatórios, tais como: dosagens do colesterol total, triglicerídios e da glicemia; realização de exames como mamografia, ultrassonografia pélvica e transvaginal com doppler fluxometria, densidade óssea, colposcopia, entre outros.
Propõe também a orientação sobre a dieta alimentar e a prática de exercícios físicos regulares adequados; hormonioterapia individualizada, inclusive com a distribuição gratuita de medicamento; avaliação anual individualizada da relação risco/benefício da terapêutica empregada; acesso a alternativas que combatam os desequilíbrios do climatério e pós-climatério, seus efeitos colaterais e riscos da reposição hormonal clássica.
As diretrizes dispostas nesta Lei promoverão estratégias de atenção integral à saúde da mulher no climatério, que abordem os seguintes temas: aspectos psicossociais da mulher no climatério; sexualidade; abordagem clínica; promoção da saúde e medidas preventivas aplicadas ao climatério; saúde reprodutiva da mulher no climatério; infecções sexualmente transmissíveis no climatério; agravos à saúde mais frequentes durante o climatério; câncer no climatério.
Dia Mundial da Menopausa
O dia 18 de outubro é conhecido como “Dia Mundial da Menopausa”.
A data visa aumentar a conscientização sobre esse período de vida e promover a saúde e bem-estar das mulheres.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2030, mais de 1,2 milhão de mulheres terão 50 anos ou mais. Com um número crescente de mulheres no climatério é importante a adoção de medidas que possam minimizar os impactos negativos sobre a qualidade de vida diária.
Menopausa e climatério
O climatério é uma fase de transição do período reprodutivo para um período não reprodutivo. A mulher climatérica pode apresentar ansiedade e estigmatização pela incapacidade reprodutiva, mudanças metabólicas, alteração do controle da urina, redução importante da libido. E, ainda:
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Fogachos (calores);
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Despertares noturnos;
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Insônia;
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Irritabilidade;
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Dor durante a relação sexual;
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Palpitações;
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Dor nas juntas;
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Dor muscular;
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Tontura;
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Zumbido;
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Cefaleia.
Até o Tucupi 2024: Festival pelo clima anuncia datas e propõe Encontro Amazonense sobre Crise Climática

Entre os dias 20 e 30 de novembro, será realizada, em Manaus, mais uma edição do Festival Até o Tucupi, que em 2024 completa 17 anos de trajetória e vai pautar a crise climática como tema transversal da programação. “Até o Tucupi, Festival pelo Clima” é o nome desta edição que terá na programação ações em escolas, edital de ocupação artística, mostras culturais e sediará o Primeiro Encontro Amazonense sobre Crise Climática.
O evento, conhecido por promover a ocupação dos espaços públicos da cidade com arte e debate político, reafirma seu papel como plataforma de resistência cultural, especialmente neste momento em que as questões climáticas emergem como urgências globais e regionais.O Amazonas é um dos estados mais afetados pela crise climática, na Amazônia, onde a maioria dos municípios depende diretamente dos rios para transporte e sobrevivência.
Os grandes ciclos de seca, que se intensificam com as mudanças climáticas, deixam milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade, comprometendo o abastecimento de água, a mobilidade e a segurança alimentar de comunidades inteiras. Esse cenário de emergência não pode ser ignorado, e o Festival Até o Tucupi se propõe a fortalecer ações que alertam e buscam soluções para essa realidade.
“O que está acontecendo no Amazonas nos atinge em cheio, é impossível ficar de braços cruzados enquanto nossa gente sofre com as consequências dessas crises. O festival quer ser uma voz ativa nesse movimento de transformação”, afirma Elisa Maia, produtora e uma das realizadoras do Festival.
A partir do Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, o festival começa com atividades em escolas públicas, abordando temas fundamentais como o racismo ambiental e o impacto desproporcional da crise climática sobre as populações negras e periféricas. Essa abertura educativa destaca a importância de se combater o racismo e de afirmar a ancestralidade negra como pilares no enfrentamento das crises climáticas.
Entre os dias 21 e 31 de outubro, o Festival Até o Tucupi abrirá um edital para inscrições de propostas de artes integradas, com foco em projetos que dialoguem diretamente com as questões relacionadas à crise climática. Artistas de diversas linguagens poderão submeter trabalhos que serão selecionados para compor a programação do festival.
Essas intervenções artísticas, alinhadas ao debate climático, serão distribuídas por várias áreas de Manaus, reforçando o compromisso do festival em ocupar todas as zonas da cidade, levando arte e discussões essenciais sobre a emergência ambiental para os bairros periféricos e o centro da capital.
Nesta edição, o Festival Até o Tucupi reforça a forte presença indígena em Manaus, reconhecida como a cidade mais indígena do Brasil. O evento será organizado em parceria com a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB) e o coletivo Miriã Marsã, fortalecendo as lutas dos povos indígenas, que são autoridades no enfrentamento da crise climática.
