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Zezé Di Camargo e Luciano ficam em camarins separados e não se falam em bastidores de show

Foto: Divulgação / Rafael Strabelli

Zezé Di Camargo e Luciano realizaram uma apresentação em uma casa de shows no Rio de Janeiro no último sábado, 10, e chamaram a atenção pelo clima nos bastidores. Segundo informações do jornal Extra, os irmãos não interagiram antes de subirem ao palco.

Luciano foi o primeiro a chegar ao local do show e atendeu a imprensa sozinho. Em seguida, retirou-se para seu camarim, separado do de Zezé. Já Zezé, que veio em seu próprio jatinho acompanhado da esposa Graciele Lacerda, grávida, falou com a imprensa apenas no fim do show, também sozinho.

Apesar da falta de interação antes de se apresentarem, quando estavam no palco, Zezé e Luciano deram as mãos, se abraçaram e cantaram juntos.

A falta de conexão entre os irmãos fora dos shows não é novidade para os fãs. Luciano tem se dedicado a projetos solos, mantendo distância das recentes notícias envolvendo Zezé, Graciele, Zilu e seus sobrinhos, Wanessa e Igor.

Na semana passada, por exemplo, Luciano chamou a atenção por sua ausência no aniversário de 80 anos de Dona Helena, sua mãe, em São Paulo. Ele não compareceu à festa, nem interagiu com a foto postada por Zezé com os outros irmãos e a matriarca.

Em declarações à imprensa, Luciano garantiu que continuará cantando com Zezé, além de seguir com seus projetos solos, incluindo seu trabalho gospel. Zezé, por sua vez, em entrevista recente, revelou que começou a pensar em projetos paralelos quando soube, por terceiros, que Luciano lançaria um álbum solo.

“Eu já tinha começado a montar um projeto em comemoração aos 30 anos da dupla, mas aí alguém veio me dizer que o Luciano estava fazendo um disco sozinho, gospel, que era o sonho dele, aquela história toda… Liguei o pisca alerta e pensei: ‘também vou fazer um produto meu sozinho porque a gente não sabe o dia de amanhã’. Vai que meu irmão vire um evangélico super fiel, que queira só cantar música evangélica… Tenho que estar preparado para não ficar desavisado. Assim nasceu o ‘Rústico’, um caminho sem volta. Precisei me precaver”, afirmou Zezé em entrevista a André Piunti no YouTube.

*Com informações de Terra

Justiça determina que Município conceda auxílio-aluguel a vítima de violência doméstica em Manaus

Decisão proferida pela juíza Elza Vitória de Mello tem amparo em dispositivo recentemente inserido na “Lei Maria da Penha - Foto: Arquivo CNJ e Raphael Alves / TJAM

A Justiça do Estado do Amazonas, por meio do 6.º Juizado Especializado no Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (“6.º Maria da Penha”) da Comarca de Manaus, determinou que a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos conceda o pagamento de auxílio-aluguel a uma vítima de violência doméstica, que teve a medida protetiva violada pelo ex-companheiro.

Proferida pela juíza Elza Vitória de Sá Peixoto Pereira de Mello, titular do 6.º Juizado Maria da Penha, a determinação tem como base inciso VI do artigo 23 da Lei n.º 11.340/2006 (“Lei Maria da Penha”). O dispositivo foi recentemente incluído na lei, por meio da Lei n.º 14.674, de 14 de setembro de 2023.

No caso analisado pelo 6.º Juizado Maria da Penha, a vítima já estava amparada por medida protetiva, mas foi surpreendida pelo agressor que retornou à casa em que ela estava e novamente voltou a insultá-la e posteriormente a agredi-la fisicamente. A mulher, então, buscou uma delegacia e relatou que o ex-companheiro, inclusive, quebrou o celular dela impedindo-a de se comunicar com outras pessoas.

A vítima foi recebida em um abrigo, todavia, em razão da temporalidade do período de permanência no abrigo, do temor em retornar ao lar – que se encontra ocupado pelo requerido, bem como pelo fato de estar desempregada e não dispor de recursos financeiros para custear o aluguel, ela solicitou, por meio da Defensoria Pública do Estado (DPE), o deferimento da medida agora prevista na “Lei Maria da Penha”.

Em sua decisão, a juíza Elza Vitória de Mello considerou que o pedido da requerente está instruído com elementos que indicam situação de grave vulnerabilidade social e econômica, tendo sido anexado aos autos procedimento policial “corroborando integralmente o relato da requerente, de que o requerido insiste em não cumprir as medidas protetivas ao promover novos atos de violência, forçando a vítima a deixar a residência.

Em trecho da decisão, a juíza titular do 6.º Juizado Maria da Penha registra ser “salutar registrar que, nesta espécie de procedimento, medidas como essa se revestem de especial importância, porque auxiliam na redução da vulnerabilidade das vítimas, garantindo que recomecem suas vidas em um ambiente seguro e não voltem ao convívio com o agressor em razão de dependência financeira ou patrimonial, logrando, ao final, o rompimento do ciclo da violência”

Após a decisão, a juíza encaminhou os autos ao Ministério Público, para que se manifeste a respeito de possível descumprimento de medida protetiva por parte do ex-companheiro da vítima, nos termos do art. 24-A da Lei 11.340/2006, devendo o órgão ministerial requerer o que entender de direito.

Cientistas descobrem ‘novo El Niño’; fenômeno pode mudar clima da Terra

El nino - Foto: Getty Images

Fenômeno denominado pelos especialistas como “novo El Niño” tem início do outro lado do mundo, na região da Austrália e da Nova Zelândia. Pesquisadores dizem ter encontrado “um novo interruptor no clima da Terra”.

Pode desencadear mudanças climáticas. Cientistas descobriram que uma pequena área do sudoeste do Oceano Pacífico, próxima à Nova Zelândia e à Austrália, pode desencadear mudanças climáticas que afetam todo o Hemisfério Sul.

É parecido com o El Niño. O novo padrão climático observado compartilha algumas características com o já conhecido El Niño e foi chamado de “Onda Número 4 do Padrão Circumpolar do Hemisfério Sul”, ou SST-W4. As descobertas foram publicadas na revista científica Journal of Geophysical Research: Oceans no dia 6 de julho.

Cientistas simularam 300 anos de condições climáticas. De acordo com comunicado oficial, o estudo combinou componentes atmosféricos, oceânicos e de gelo marinho para criar uma representação ampla do sistema climático da Terra. A partir dos dados gerados na simulação, os especialistas identificaram um padrão recorrente de variações da temperatura da superfície do mar no Hemisfério Sul.

Esta descoberta é como encontrar um novo interruptor no clima da Terra. [O estudo] mostra que uma área relativamente pequena do oceano pode ter efeitos de amplo alcance no clima global e nos padrões climáticos. Balaji Senapati, da Universidade de Reading, na Inglaterra, autor da pesquisa

Como funciona o “novo El Niño”

Tudo começa na Austrália e na Nova Zelândia. Segundo Senapati, o padrão climático funciona como uma reação em cadeia, criando quatro áreas alternadamente quentes e frias nos oceanos e formando um círculo completo no Hemisfério Sul. “Quando a temperatura do oceano muda nesta pequena área, desencadeia um efeito cascata na atmosfera. Isso cria um padrão que viaja por todo o Hemisfério Sul, carregado por fortes ventos do oeste”, diz o pesquisador.

Diferença entre o novo padrão e o El Niño. Ao contrário do El Niño, que começa nos trópicos, o fenômeno descoberto no estudo tem início nas latitudes médias, mais ao Sul da região do Equador.

Mudança no padrão dos ventos. A alteração na temperatura dos oceanos causa mudanças também na temperatura da atmosfera e no padrão dos ventos. “Quando a onda atmosférica muda os padrões do vento, ela afeta a forma como o calor se move entre o oceano e o ar. Isso altera a profundidade da camada superior de água mais quente do oceano, o que pode tornar as mudanças de temperatura mais fortes ou mais fracas”, explica o estudo.

População local sofreu quando o Rio de Janeiro registrou sensação térmica de 60,1ºC, em março deste ano – Foto: Reprodução / Agência Brasil / Fernando Frazão

Fenômeno acontece independentemente de outros sistemas meteorológicos conhecidos. De acordo com o estudo, o novo padrão descoberto no Hemisfério Sul ocorre mesmo com a atuação do El Niño (fase de aquecimento das correntes e dos ventos dos trópicos em direção ao Equador) e da La Niña (fase de esfriamento das águas na região). “Isso sugere que [o fenômeno descoberto] sempre fez parte do clima da Terra, mas só foi notado recentemente”, diz Senapati.

Descoberta pode ajudar os cientistas a entenderem melhor eventos climáticos no Hemisfério Sul. De acordo com Senapati, entender esse novo padrão no Pacífico pode melhorar não só a previsão do tempo e do clima, mas também auxiliar os especialistas na explicação de mudanças climáticas que atingem toda a região e compreender a gravidade crescente dos eventos extremos nesses locais.

El Niño e La Niña afetam clima do planeta. Ambos os fenômenos são estudados por especialistas há décadas e são considerados um conjunto de mudanças que acontece periodicamente no sistema de ventos e correntes no Oceano Pacífico tropical. As consequências dos fenômenos, que ocorrem geralmente entre dois e sete anos, afetam o clima em todo o planeta, que sofre com inundações, secas e outros desequilíbrios climáticos.

*Com informações de Uol

Quatro meses antes do término do mandato, prefeitos cumpriram 39% das promessas de campanha

As eleições acontecem no dia 6 de outubro e no dia 27 do mesmo mês, em caso de segundo turno - Foto: Nelson Jr / Ascom / TSE

A pouco mais de quatro meses do fim dos mandatos, os prefeitos das 26 capitais cumpriram 39,1% das promessas que fizeram durante a campanha eleitoral de 2020. Pesquisa aponta que 426 dos 1.090 compromissos assumidos pelos então candidatos eleitos foram cumpridos.

O levantamento foi feito pelo g1 e mostra ainda que, 23,2% das promessas foram cumpridas parcialmente durante 3,5 anos de gestão.

Dados mostram também que os prefeitos ainda não cumpriram 37,6% daquilo que prometeram.

As eleições municipais acontecem neste ano no dia 6 de outubro (primeiro turno) e no dia 27 do mesmo mês (em caso de segundo turno).

Na análise após um ano de mandato, em 2022, os governantes haviam cumprido apenas 15% dos compromissos assumidos.

Inicialmente, foram considerados 1.091 compromissos, porém um deles foi excluído após revisão da reportagem. Ainda, uma promessa não pôde ser avaliada devido à falta de dados ou informações, enquanto outra precisou ser revisado após um erro detectado na apuração da informação.

Para avaliar o terceiro ano e meio do mandato dos prefeitos, foram analisadas as respostas recebidas das administrações até 30 de junho.

Em termos numéricos, o resultado da avaliação das promessas é o seguinte:

  • Total de promessas: 1.090

  • Cumpridas integralmente: 426

  • Cumpridas parcialmente: 253

  • Não cumpridas ainda: 410

  • Não avaliadas: 1

  • Excluídas: 1

Quanto à divisão por temas, as promessas relacionadas ao turismo e esporte lideram em termos percentuais de não cumprimento, representando respectivamente 3,1% e 3,2% do total de 1.090 promessas.

Por outro lado, os temas com os maiores percentuais de compromissos cumpridos incluem economia (7,9% do total), administração pública (4,1% do total) e transparência (0,9% do total).

Considerando que a análise se refere ao terceiro ano e meio do mandato dos prefeitos, é possível que o número de promessas cumpridas ainda aumente até o término de seus mandatos.

Metodologia

Os critérios para avaliar as promessas são os seguintes:

  • Não cumprido ainda : quando o compromisso prometido não foi realizado e não está em funcionamento.

  • Em parte: quando a promessa foi cumprida parcialmente, mas ainda há pendências a serem completadas.

  • Cumprido: quando a promessa foi totalmente realizada e não há pendências.

Por exemplo, se a promessa é inaugurar uma obra, ela só será marcada como “cumprida” se a obra já tiver sido inaugurada. Caso contrário, será marcada como “não cumprida”. Se a promessa é construir 10 hospitais e apenas 5 foram inaugurados, o status será “em parte”. Da mesma forma, se a promessa é inaugurar 10 km de uma rodovia e apenas 5 km foram entregues à população, o status será “em parte”.

*Com informações de IG

Enquanto açaí vira moda global, cresce preocupação com acidentes na coleta

Coleta de açaí - Foto: Fernando Martinho / Repórter Brasil

O açaí é considerado um superalimento pelos seus benefícios nutricionais e ganhou projeção no mercado internacional, mas quem está na ponta da cadeia enfrenta problemas de saúde e segurança na coleta do fruto. Quedas de árvores, picadas de cobra e dores na coluna fazem parte do cotidiano dos apanhadores de açaí na região amazônica, a principal origem do alimento consumido mundo afora.

“É arriscado, mas vale a pena”, conta Abimael Guimarães. Ele faz parte de um contingente de 12 mil coletores de açaí em Codajás, o município campeão na produção no estado do Amazonas.

O Brasil é o maior produtor de açaí no mundo. Seu cultivo já atingiu a marca de 1,7 milhão de toneladas em 2022, gerando um valor superior a R$ 6,1 bilhões – 125% a mais do que em 2018.

De botina, camiseta de manga comprida e um facão na bainha do calção, Gabriel Freire, 23, sobe no açaizeiro de 15 metros e a árvore estala com seu peso para apanhar um cacho de 20 quilos apoiado no braço. Ele vive na comunidade ribeirinha Nova Esperança e começou a apanhar açaí com 14 anos de idade. No auge da safra Freire chega a subir em 40 árvores por dia para encher até dez sacas de 50 quilos cada. “É um pouco arriscado e dá medo, mas deixa o medo de lado e vai”, conta.

“Às vezes acontece uma fatalidade”, relata o apanhador Francisco Silva de Oliveira, que vive na comunidade vizinha, Terra Preta. Ele já se acidentou quando coletava um cacho: “eu percebi que a árvore ia quebrar, fechei os olhos e esperei a porrada”. Por sorte, caiu na água e não se machucou.

A Repórter Brasil foi até Codajás e conversou com dezenas de apanhadores de açaí, como são conhecidos os coletores do fruto no Amazonas. É consenso que a coleta é uma atividade perigosa, mas que vale a pena pelo valor do produto.

Se há cerca de 2o anos os ribeirinhos deixavam o açaí apodrecer nas árvores pela falta de demanda – fora o consumo interno e vendas ocasionais – hoje existe uma corrida para apanhar o fruto. Além de abastecer o mercado amazonense, o açaí já chegou na região sudeste do país e mais longe: Estados Unidos e até Singapura.

“A pressão de mercado vai fazer com que a extração passe a ser predatória. Isso faz com que as relações de trabalho se tornem cada vez mais vulneráveis”, alerta ressalta Paulo Simonetti, gerente de inovação em bioeconomia do Idesam, o Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia.

Foto: Divulgação / Sepror

Na última safra, as fábricas de açaí pagaram um valor médio de R$ 140 pela saca de açaí. O apanhador Francisco comemora e lembra que chegou a receber R$ 5 pelo produto anos atrás, quando não havia compradores.

O aumento das vendas anima os produtores, mas também gera preocupação em entidades públicas, como o Ministério Público do Trabalho (MPT). “A popularização do açaí a nível mundial tem pressionado as comunidades tradicionais. A extração se intensificou e os coletores tiveram que trabalhar de uma forma muito mais intensa, agravando o risco de acidentes e de sequelas”, avalia a procuradora Gabriela Menezes Zacareli, que vê com preocupação a mudança da produção familiar para uma “escala industrial” nos últimos dez anos.

“Quando essa escala maior envolve grandes empregadores, que lucram bastante com o produto desse trabalho, ao lado desse lucro, essas empresas atraem também a responsabilidade social”, avalia Emerson Costa, auditor fiscal do trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.

Waldivan dos Santos Cardoso coleta açaí desde os 10 anos. Seus braços e peito têm marcas de queimadura, que ele atribui a coleta do fruto: “a árvore queima por cima da camisa, engrossa o couro”. Coletor experiente, ele sofreu um acidente quando a peconha (instrumento utilizado para apoiar os pés e subir na árvore) quebrou: “deixei o couro no açaizeiro mas não soltei o cacho”, lembra.

Açaí: cultura e perigos

A extração do açaí é uma atividade de povos tradicionais da Amazônia. Mais do que um produto que ganha espaço no mercado, ele é um elemento fundamental da cultura e segurança alimentar das comunidades. Os coletores aprendem a técnica da coleta observando os mais velhos.

“Isso faz com que a discussão sobre o açaí se torne muito mais complexa. Porque não é simplesmente olhar para uma produção para atender uma demanda internacional ou nacional. Estamos falando de uma cultura, de um modo de subsistência”, ressalta Simonetti, do Idesam.

O açaí é cultivado em roças e fazendas, mas também é coletado pelos ribeirinhos em árvores nativas dentro da floresta. De acordo com o relatório sobre a extração de açaí no Pará feito em 2016 pelo Tribunal Regional do Trabalho e pelo Instituto Peabiru, a “atividade é uma das mais perigosas do Brasil”. Antes de subir, o coletor tem que verificar o estado da árvore: se as raízes estão firmes no chão e a condição do tronco, que pode estar “fraco” por conta de pragas. Quando está fraco, o risco de rompimento e acidentes é alto.

“Não tem quase nada de segurança lá em cima, soltou a mão [do tronco] e já era”, afirma Abimael Guimarães, da comunidade Nova Esperança, também na região próxima de Codajás. Ele conseguiu segurar em um galho de outra árvore quando a peconha estourou na descida do açaizal de quase 20 metros. “Se eu tivesse caído poderia ter morrido”.

Outro perigo é o ataque de cobras, escorpiões e insetos. Esse tipo de acidente é mais comum nas áreas de açaí nativo na floresta. Em áreas remotas uma picada pode ser fatal. Elizeldo do Rosário Pereira, assistente de saúde da comunidade Nova Esperança, já teve que navegar por horas durante a noite para levar um paciente: “já levei um que levou picada de cobra e cheguei à 1h em Codajás [município que tinha socorro]”.

Foto: Getty Images

Dores da coleta

Depois de cortar os cachos, os ribeirinhos debulham os frutos com as mãos e carregam o saco de açaí até o local de venda. “A meninada já cresce carregando peso. Com 30, 35 anos já tem problemas de coluna, quadril, dor nas pernas e joelhos”, explica Pereira. “A maioria usa remédios para aliviar a dor que é para no outro dia estar inteiro pra batalha”, comenta.

Na comunidade Monte Sião, localizada na zona rural de Codajás, “tem pelo menos três pessoas com hérnia de disco”, estima Judenir Carvalho de Oliveira, apanhador de açaí desde os 12 anos. Com apenas 33 anos, ele passou dois meses na cidade para tratar a dor na coluna. “Foi finalizando a safra e fui ficando doente. A maioria das pessoas que trabalham com o açaí tem dor”, destaca.

Mercado do açaí

O Pará concentra 96% da produção do açaí cultivado no Brasil. Logo atrás do ranking vem o Amazonas, com 2,9%. Em 2022, a região de Codajás gerou uma renda de R$ 140 milhões do açaí cultivado.

“Tem gente parando o plantio de roça e até pecuária para colocar o açaí”, aponta Hilário Cesário, produtor da comunidade Monte Sião.

O comércio ganhou tração em 2008, quando a empresa Bellamazon se instalou em Codajás, e mais ainda a partir de 2018, com a inauguração de uma fábrica da Frooty Brasil, uma das principais empresas do setor, em Manacapuru, município no trajeto até a capital Manaus.

A Frooty afirma ser “a marca líder em vendas de açaí no mundo”. Em sua política de fornecimento da matéria prima destaca a “preocupação com o devido uso de ferramentas e processos de segurança do trabalho, saúde do fornecedor e condições de vida do trabalhador”.

Bellamazon e a Frooty foram procuradas para saber se as empresas possuem diretrizes de segurança do trabalho durante a coleta.

A Frooty afirmou que faz treinamento nas comunidades sobre o uso de EPIs e que entrega uma cartilha sobre Saúde e Segurança do Trabalho. A empresa disse também que faz três visitas anuais aos locais de coleta e que envia um auditor externo, além de promover ações de conscientização para evitar acidentes. Segundo a companhia, são fornecidos óculos de proteção, bainha para facão, perneira, luva pigmentada e bota de PVC ou botina cano curto.

A Bellamazon não respondeu até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para futuras manifestações.

Foto: iStock

Avanços

Em 2024, o açaí de Codajás conquistou o registro de Indicação Geográfica (IG), concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial —órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Além da garantia de procedência e qualidade, o IG determina que o produtor deve se comprometer com as leis trabalhistas e ambientais vigentes.

Hoje a Cooperativa Agropecuária de Codajás, mentora do projeto de identificação geográfica, conta com 30 integrantes, e tem atuado na implementação de boas práticas sobre qualidade do produto, saúde e segurança.

Francisco Dantas, presidente da cooperativa, reconhece que o trabalho de coleta é duro. Ele avalia que houve um avanço nos últimos anos em relação aos índices de acidentes no setor. “Quem sabe, futuramente a gente tenha uma categoria dos coletores regularizada.”

*Com informações de Uol

Adepam e Fiocruz Amazônia discutem defesa dos direitos de pessoas em situação de rua

Foto: Assessoria

A presidente da Associação das Defensoras Públicas e dos Defensores Públicos do Estado do Amazonas (Adepam), Defensora Pública Melissa Credie e o pesquisador do Laboratório de História, Políticas Públicas e Saúde na Amazônia (LAHPSA), da Fiocruz Amazônia se reuniram nesta semana para debater os problemas e possíveis soluções sobre a população em situação de rua em Manaus. A equipe de Tobias está conduzindo um estudo que visa identificar e mapear essas pessoas, com o objetivo de assegurar que seus direitos sejam efetivamente garantidos.

O encontro foi considerado muito produtivo por Melissa Credie e deve ser aprofundado na próxima semana, quando outras instituições também serão convidadas a participar das discussões. A união de esforços entre a Adepam, Fiocruz e outras entidades reforça o compromisso com a proteção dos direitos de uma das populações mais vulneráveis da sociedade.

“Vamos ao trabalho!”, enfatizou a presidente da Adepam, destacando a importância de iniciativas como essa para transformar a realidade de quem mais precisa.

Com informações da assessoria

 

Botânicos mudam nome de planta com referência racista

Erythrina affra, que antes era Erythrina caffra; 'caffra' é uma versão latinizada de 'Kaffir', palavra que, no sul da África, é considerada um insulto racial extremamente ofensivo - Foto: Wikimedia Commons

Em julho, cientistas de plantas no Congresso Botânico Internacional em Madrid alteraram um nome científico compartilhado por cerca de 200 espécies de plantas diferentes. Ao mudarem “caffra” para “affra”, eles afirmaram que estavam votando para corrigir um erro de grafia. Mas quase todos que votaram sabiam que “caffra” não era um erro de grafia.

Por séculos, a palavra “caffra” foi usada nos nomes científicos de muitas plantas para denotar que cresciam na África. O termo, porém, também é uma versão latinizada de “Kaffir”, uma palavra que, no sul do continente, é agora considerada um insulto racial extremamente ofensivo contra os africanos negros. Botânicos da região se opuseram ao uso do termo para se referir a plantas africanas. Na África do Sul, o uso da palavra pode resultar em multa ou até mesmo prisão.

“Devemos a nós mesmos fazer as pazes reconhecendo os erros que nossas gerações anteriores cometeram”, disse Nigel Barker, botânico da Universidade de Pretória que foi criado na África do Sul durante o apartheid. Ele observou que os sul-africanos abandonaram muitos nomes oficiais ligados àquela era.

Os debates sobre nomes têm se tornado cada vez mais frequentes na ciência. Cientistas de insetos têm abandonado os nomes comuns “mariposa cigana” e “formiga cigana” porque são pejorativos para o povo romani.

Alguns pesquisadores argumentaram que nomes que homenageiam racistas e colonizadores são ofensivos. Isso levou à decisão da Sociedade Ornitológica Americana no ano passado de mudar os nomes comuns de espécies de pássaros nomeadas em homenagem a pessoas e ao recente reposicionamento da NYC Audubon para NYC Bird Alliance.

No entanto, a mudança para “affra” foi um momento diferente, já que os nomes científicos oficiais de centenas de espécies serão alterados. Os cientistas geralmente são avessos a mudanças na nomenclatura científica porque uma nomenclatura estável é importante para a comunicação inequívoca entre pesquisadores ao redor do mundo. Eles normalmente alteram um nome só quando evidências genéticas provam que uma espécie foi nomeada erroneamente.

Quando preocupações semelhantes surgiram no ano passado sobre espécies animais nomeadas em homenagem a Adolf Hitler (Rochlingia hitleri, um besouro) e Benito Mussolini (Hypopta mussolinii, uma mariposa), entre outros, a Comissão Internacional de Nomenclatura Zoológica se recusou a mudar seus nomes científicos.

A decisão de renomear todas as espécies “caffra” significa “a primeira vez que a comunidade botânica rejeitou um nome não por motivos científicos, mas por razões políticas”, disse Dirk Albach, editor-chefe da revista científica Taxon.

Foto: João Viana / Semcom

A proposta “caffra” foi aprovada com uma votação de 351-205. Críticos da votação dizem, entretanto, que isso poderia estabelecer um precedente desestabilizador.

O presidente da Sociedade Botânica Ucraniana, Sergei Mosyakin, disse que existem milhares de nomes de espécies de plantas com palavras que são ou podem ser consideradas ofensivas para alguns grupos de pessoas. Ele citou exemplos como “niger” (que significa preto em latim) e nomes derivados de Hottentot (um termo ofensivo para o povo Khoekhoe da África do Sul).

“Já há apelos para se livrar de qualquer nome com Hottentot, e isso é apenas o começo”, disse Mosyakin.

O botânico Fred Barrie, do Museu Field em Chicago e membro do comitê editorial do Código Internacional de Nomenclatura para algas, fungos e plantas, concorda que a estabilidade é importante na nomenclatura botânica e adverte que mudar os nomes de milhares de espécies se tornará “um pesadelo impraticável”. Mas ele diz acreditar que o caso “caffra” foi provavelmente um caso isolado e que os botânicos não correrão para mudar outros nomes em breve.

Mas o botânico Timothy Hammer, da Universidade de Adelaide, na Austrália, que foi coautor de uma proposta que buscava rejeitar todos os nomes ofensivos de plantas, planeja pressionar o caso no próximo congresso botânico em seis anos. Após o resultado deste ano, ele está confiante de que outros nomes de espécies que alguns cientistas consideram ofensivos serão alterados no futuro.

Um exemplo é Hibbertia, um gênero de plantas com flores nomeado em homenagem a George Hibbert, um comerciante inglês que escravizou pessoas. Hammer considera que continuar a homenagear pessoas como Hibbert é insensível. “Por que é aceitável manter esses nomes históricos pejorativos?”, questionou.

Hammer também disse que as preocupações sobre confusão na nomenclatura foram exageradas. Muitos nomes foram e serão alterados por motivos científicos, ele disse, e o número de mudanças para remover nomes culturalmente insensíveis —e a consequente disrupção gerada— seria pequeno em comparação.

Para Barker, o botânico da Universidade de Pretória, o movimento para eliminar nomes científicos ofensivos ganhará mais adesão entre cientistas de países afetados pelo colonialismo. “É uma questão real para muitos que têm uma história de repressão.”

Embora os nomes de plantas existentes possam ou não ser alterados após o próximo congresso botânico, uma clara maioria de votantes na reunião deste ano concordou que nomes científicos dados a espécies de plantas no futuro poderiam ser rejeitados se fossem pejorativos para um grupo de pessoas. Mas somente após 2025.

*Com informações de Folha de São Paulo

Galã dos anos 90 celebra vida de luxo nos EUA: ‘Minha casa vale R$ 12 milhões’

Flávio Mendonça nos EUA - Foto: @instagram | reprodução

Gustavo e Flávio Mendonça, gêmeos de 45 anos, fizeram sucesso nos anos 1990 e 2000. Eles eram assistentes de palco no programa O+, apresentado por Otávio Mesquita na Band, e chamavam atenção pelo físico. Hoje, eles são corretores de imóveis de alto padrão, e Flávio, pelo menos, não se vê mais nas telas.

“Não mexe mais com a minha vaidade. Não vou cuspir no prato que comi, mas só voltaria se fizesse sentido. Da última vez que me chamaram para a televisão, era para colocar uma roupa de tigre, há uns 15 anos. Isso não condiz mais. Mas se me chamarem para falar de empreendimentos, de alguma pauta motivacional, sobre amor ou família, eu participaria com o maior carinho. Mas não faz mais o coração bater como batia antes”, disse Flávio Mendonça, em entrevista à jornalista Anna Luiza Santiago, da coluna Play.

De acordo com o ex-modelo, o mercado imobiliário lhe deu a oportunidade de desfrutar de uma vida confortável. Uma vida que ele não acreditava ser possível no período que se dedicava ao ofício na TV.

“É muito legal, porque me tornar corretor de imóveis mudou minha vida. Hoje eu moro num apartamento de R$ 12 milhões, ando em um carro de R$ 1 milhão. Eu me reinventei. Eu e meu irmão poderíamos ser vistos ainda só como dois caras bonitos. Não somos velhos, mas estaríamos concorrendo com a moçada toda que está chegando. Hoje, eu sou um tiozão [risos], mas me vejo como um homem bem-sucedido. Me sinto o mesmo de 20 anos, mas agora tenho uma posição no mercado de luxo e faço negócios milionários”.

Vendendo imóveis que vão de R$ 15 milhões a R$ 50 milhões, ele afirma que se acostumou com bons ganhos financeiros, algo que nunca teve durante toda sua carreira artística, o que considera uma pena.

“Se você tiver um produto muito bom e juntar com as suas conexões, a probabilidade de você ganhar uma grana alta é muito grande. Eu já ganhei R$ 1 milhão de comissão em apenas uma venda. É uma grana que para você fazer de outra forma, sem ter feito um curso superior, é complicado. Bem difícil. Às vezes até médicos e engenheiros, se não forem muito reconhecidos, não conseguem. Na época da TV, eu ganhava R$ 7 mil para fazer um desfile. É difícil alguém falar: ‘Ganhei um milhão de reais esse ano’. O mercado imobiliário pode mudar a sua vida do dia para a noite. Se fizer a venda certa, você vira milionário”.

Casado com a modelo Annelyse Schoenberger, com quem tem três filhos, seu maior sonho atualmente e manter seu alto padrão de vida. De acordo com ele, ‘paladar não retrocede’ e após experimentar a vida de luxo, ele não se vê tendo que contar moedas para fechar o orçamento do mês como fazia antigamente.

Com mais dinheiro, aumenta o número de problemas. Já tive Ferrari e Porsche quando morava nos Estados Unidos. Aqui no Brasil, até por questões de segurança, estou com uma Land Rover. Nunca me faltou nada, meus pais sempre me deram educação, carinho, amor. Mas meu sonho é não passar dificuldade. Paladar não retrocede. Depois que você experimentou algo, é difícil ter que baixar de nível… Espero poder manter, quero continuar na crescente e bem próximo da minha família. Esse é o meu maior sonho”.

Flávio Mendonça e Rodrigo Faro – Foto: @instagram | reprodução

Gustavo e Flávio Mendonça são guias dos famosos nos EUA

Consolidados no mercado imobiliário norte-americano, os irmãos se tornaram referência para famosos brasileiros que decidem arranjar uma moradia nos Estados Unidos. Eles já fecharam negócio com Gugu Liberato, Carlos Massa (Ratinho), Anitta, Tiago Abravanel, Neymar, Daniel Alves e Adriano Imperador.

Gustavo mora na Flórida há mais de uma década e fica responsável por guiar os famosos e oficializar os contratos. Morando no Brasil, Flávio dá início às conversas, cativa o cliente ainda em solo brasileiro e prepara a papelada para que os famosos e o irmão passem pelo mínimo de burocracia na decisão final.

*Com informações de Terra

Com imersão sobre empreendedorismo, ‘A Trinca’ chega a Manaus em setembro

Criador do Geração de Valor, jurado do Shark Tank e autor de Best-Seller fazem parte da turnê

A turnê A Trinca – Jornada da Liberdade vem para a capital amazonense com insights, mudanças e conexões para ajudar pessoas a alcançarem realização individual. O evento acontece no dia 02 de setembro, a partir das 20h, no Studio 5 Centro de Convenções.

A Trinca é composta pelos empreendedores Flávio Augusto, criador da Geração de Valor e fundador da Wise Up, Caio Carneiro, sócio da Wiser Educação, e Joel Jota, fundador da Mentoring League Society. Juntos, eles somam mais de 20 milhões de seguidores em suas redes sociais. A terceira temporada da turnê iniciará por Manaus e rodará em mais cinco capitais para levar uma mensagem de esperança e de prosperidade, com um circuito de palestras que abordarão os princípios de sucesso do empreendedorismo.

O segundo lote de ingressos está à venda no link https://pay.kiwify.com.br/AY1sxjk, no valor de R$ 220, que pode ser parcelado em até 12x no cartão de crédito. Mais informações podem ser obtidas no telefone (92) 98216-3787. A turnê de palestras é uma realização da Non Stop Produções com produção local da MB Eventos.

Conheça A Trinca

Flávio Augusto é fundador da Wise Up, empresa líder no ensino de inglês para adultos. O empresário também fundou a plataforma Meu Sucesso e possui parte da Conquer, além de outros empreendimentos voltados para a área dos negócios.

Caio Carneiro é expert em vendas diretas há mais de uma década, somando mais de 2.5 bilhões em vendas e eleito um dos líderes mais influentes do mundo no segmento pela Business From Home. Além disso, foi indicado ao prêmio de influenciador do ano na categoria “Negócios e Empreendedorismo”. Ele é o autor dos best-sellers “Seja Foda!” e “Enfodere-se!”.

Joel Jota é um influenciador digital e empresário brasileiro, expert em produtividade e vida equilibrada. Ex-nadador da Seleção Brasileira, ficou conhecido no meio digital com as suas palestras e treinamentos sobre desenvolvimento pessoal e de alta performance. Recentemente participou do Shark Tank, um reality show de empreendedorismo, onde foi jurado fixo do programa.

Atrás de EUA e China, à frente da França: como Brasil entra no jogo da IA

Foto: FreePik

O governo brasileiro lançou o Plano Brasil de Inteligência Artificial no fim de julho. A iniciativa para lançar de vez o país na corrida tecnológica que tem movido o mundo chega mais de um ano e meio após o ChatGPT ter assustado o mundo no fim de 2022, mas com previsão de investimentos da ordem de R$ 23 bilhões.

Luciana Santos, ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, participou do “Deu Tilt!, o podcast do UOL para humanos por trás das máquinas, apresentado por Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes. Na conversa para explicar o plano do Brasil para IA do governo Lula, ela admite que o Brasil saiu atrás.

“Temos um investimento que mostra que estamos chegando, é verdade, um pouco atrás. Mas eu já fui atleta e, no atletismo, às vezes a gente começa uma corrida atrás e daqui a pouco está disputando o pódio” afirmou Luciana Santos, ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Ela afirma, no entanto, que o país reservou mais dinheiro que outras potências e vai apostar em ações que virem legado para além da tecnologia do momento. Isso inclui o incentivo a data centers sustentados por energia renovável e a transferência tecnológica para garantir soberania digital.

“O Brasil entra no jogo, de uma forma que não seremos meros consumidores ou fornecedor de dados para os gigantes tecnológicos globais. Estamos apostando em ter uma infraestrutura robusta que permita criar programas próprios de IA, soberania na produção, armazenamento e produção de dados. Vamos garantir um investimento de R$ 23 bilhões para os próximos cinco anos, mostrando que a gente chegou chegando. Para você ter ideia, no Reino Unido, essa cifra chega a R$ 18 bilhões em 10 anos. Na França, R$ 14 bilhões até 2030. Ou seja, a gente se compara com os investimentos que a União Europeia está fazendo. A gente não se compara só com EUA e China” disse Luciana Santos

Segundo as estimativas compiladas pelo governo brasileiro, o investimento privado dos EUA foi de R$ 380 bilhões em 2023 e os aportes públicos da China este ano em data center serão de R$ 306 bilhões.

Para a ministra, as oportunidades geradas pelo plano criarão uma necessidade por trabalhadores mais capacitados, que saibam desenvolver tecnologia de ponta.

“Vamos precisar de muitos doutores, de uma cadeia de profissionais, não necessariamente só da ciência da computação. Ou seja, vamos gerar uma demanda de ocupação e de profissionalização, a que precisaremos dar respostas” afirmou Luciana Santos.

Foto: Ricardo Stuckert / Presidência da República

O plano de IA pretende ainda fortalecer a infraestrutura tecnológica brasileira por meio de um supercomputador robusto e de um sistema de computação em nuvem dedicado ao serviço público, chamado de “nuvem soberada”.

“Estaremos nos próximos cinco anos numa situação de top 5 de computador de alto desempenho, o que nos possibilitará produzir soluções de IA, de armazenamento e de integrar dados, na velocidade e escala que o assunto exige. Vamos estar aí no pódio da corrida tecnológica” disse Luciana Santos.

O objetivo do Brasil é tão ambicioso quanto distante. O supercomputador perseguido pelo governo ficará no LNCC (Laboratório Nacional de Computação Científica), em Petrópolis (RJ). A ideia é turbinar o Santos Dumont, máquina com 5,1 petaflops/s (5,1 quatrilhões de operações matemáticas por segundo).

Na dianteira do Top500, projeto científico internacional que mapeia os mais potentes supercomputadores do mundo, a lista compreende do primeiro, o norte-americano Frontier e seus 1.206 petaflops/s, ao quinto, o finlandês Lumi e seus 379,7 petaflops/s.

A ministra, porém, classifica o objetivo como “ousado e ao mesmo tempo factível”.

Se cuida, ChatGPT: Como Brasil criará chatbot nacional

Uma das linhas de ação mais celebradas pela comunidade tecnológica brasileira é a que incentivará a criaçao de um LLM (grande modelo de linguagem, na sigla em inglês) brasileiro. Esta tecnologia é o “coração” por trás de chatbots como o ChatGPT. A ideia é que ele seja treinado com dados nacionais e compreenda português como primeira língua. O investimento será de R$ 1,1 e tem prazo curto, de 12 meses.

Juntamente com o supercomputador e a “nuvem soberana”, essa iniciativa visa ampliar a soberania digital do Brasil. Ainda assim, não desconsidera a participação das grandes empresas multinacionais, desde que transfiram tecnologia para o país.

“No processo de montagem do plano, as grandes empresas participaram. Fui muito clara: queremos uma troca, um aprendizado mútuo. E queremos, claro, ter o domínio tecnológico. (…) Há uma cobiça pelos nossos dados. Não vamos com isso abrir mão, mas haverá algum tipo de interseção (…) Mas vamos caminhar com aqueles que queiram caminhar conosco. A nossa vontade política é essa, e percebo que não há resistência por parte dessas grandes empresas, também pelo interesse do objetivo que tem em partilhar desse novo momento que estamos vivendo nessa revolução tecnológica” concluiu Luciana Santos.

*Com informações de Uol

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