Governo leva campanha Doe Brinquedo e Ganhe Sorrisos para o Governo Presente deste sábado

Popularidade de Milei patina, e argentino já mira eleições legislativas

Para um governo nanico no Congresso, sem governadores aliados e disposto a virar o sistema econômico de ponta-cabeça, talvez a opinião pública seja seu principal pilar. E nesse sentido Javier Milei começou a ter esperados sinais amarelos em sua popularidade.
Desde agosto, a imagem negativa do presidente da Argentina supera a positiva. A parcela dos que veem mal o economista atingiu o ápice do mandato neste outubro, com 49,2%, segundo pesquisa da Encenarios, uma das principais empresas que trabalham na área. Outros institutos trazem números muito parecidos na série mensal deste ano.
Já a imagem positiva, que atingiu seu ápice em maio, com 53,8%, caiu desde então e neste mês teve leve recuperação, com 44,5%. Se levada em consideração a margem de erro de três pontos percentuais do levantamento, as avaliações negativa e positiva ficam ainda mais próximas. É um cenário de extrema polarização.
Analistas locais não se surpreendem com a flutuação da popularidade de Milei, mas alguns deles se surpreendem pelo recuo nessa imagem positiva não ter sido ainda maior nesses meses.
“Se levada em conta a magnitude do ajuste econômico, a popularidade até que se mantém alta”, diz o analista político Ignacio Labaqui. “Há um desgaste pela ampla recessão; há menos paciência. O sacrifício só é possível se há um horizonte, uma espécie de terra prometida.”
Com Milei, houve queda de 10% do consumo entre janeiro e agosto deste ano; os salários perderam poder de compra; os preços de alimentos, água e energia aumentaram; a pobreza disparou.
Os aposentados argentinos, que tiveram suas pensões corroídas, viram o presidente vetar a recomposição desses valores. E os docentes universitários, em situação semelhante, também tiveram cartão vermelho do governo.
Por outro lado, a inflação, terror dos argentinos, recuou, marcando 3,5% em setembro passado, valor mensal mais baixo em três anos.

Todos os jogadores do xadrez político argentino, o presidente incluso, sabem que é preciso pavimentar o caminho para as eleições legislativas de 2025. Falta um ano para esse pleito de meio de mandato que renova 127 de 257 vagas da Câmara de Deputados e 24 dos 72 assentos do Senado.
Obter mais vagas no Congresso é a chance que o governo tem de fazer seus projetos avançarem mais facilmente e de sustentar sem tanto sacrifício seus vetos a políticas aprovadas pelos legisladores, uma ação que exige apoio de mais de um terço dos parlamentares das duas Casas.
O Liberdade Avança, a força política de Milei que antes dependia de alianças com outros partidos políticos, finalmente reuniu os requisitos necessários para se oficializar como uma legenda própria na Justiça.
Sob a batuta da irmã de Milei e secretária-geral da Presidência, Karina Milei, o novato partido quer ter força nas legislativas e potencialmente andar com as próprias pernas.
Ainda há dúvidas sobre uma possível atuação conjunta da sigla com o Proposta Republicana (PRO), partido do ex-presidente Mauricio Macri e da ministra Patricia Bullrich (Segurança), uma das principais figuras deste governo. O Liberdade Avança depende das negociações com a alta cúpula do PRO para ter apoio em suas ações no Congresso.
Mas o caldo começou a entornar. “Há uma espécie de briga dentro da direita” na Argentina para ver quem comanda esse setor, diz Pablo Touzón, coordenador da Encenarios. “De um lado o velho liberalismo, com Macri; do outro, os chamados ‘novos libertários’, com Milei.”
A disputa é um reflexo da postura de Milei de pregar um antagonismo a toda a antiga classe política na Argentina, esteja ela à esquerda ou à direita, um fator que junto à queda da inflação é visto por Touzón como o amortecedor para que a queda de popularidade do presidente não seja mais intensa.
O presidente argentino não contrasta apenas com o kirchnerismo, a força política que circunda a ex-presidente Cristina Kirchner, mas também com toda a tradição política local, mesmo a mais ao centro.
Nesse sentido, tira vantagem do fenômeno que localmente vem sendo chamado de atomização de todas as forças políticas: as divisões internas de diversos setores, como o próprio PRO, ou então a União Cívica Radical, que integra o setor dialoguista, disposto a às vezes negociar com o governo.

A expectativa na Casa Rosada é reunir o apoio de todos os desgostosos com a política tradicional. Mas há muito em jogo nas legislativas para esses partidos importantes na hora de negociar. Na Câmara, por exemplo, mais de metade das cadeiras do PRO e da União Cívica estarão em jogo nas legislativas.
Os doze meses que correm pela frente até as eleições de meio de mandato parecem muito, mas no governo já se contam os minutos.
*Com informações de Folha de São Paulo
Feira do Tururi reúne artistas consagrados e novos talentos no ‘esquenta’ para o Boi Manaus
A “Feira do Tururi”, tradicional evento da Prefeitura de Manaus que integra as festividades do aniversário da cidade, entra no seu último final de semana. Neste ano, a feira está sendo realizada na alameda Alphaville, bairro Novo Aleixo, zona Norte da capital, e na área de concentração do Centro de Convenções de Manaus, o sambódromo, localizado no bairro Flores, zona Centro-Sul. A programação encerra neste domingo, 20 de outubro.
O evento, que acontece em dois locais com o objetivo de alcançar ainda mais a população da cidade, é um esquenta para o “Boi Manaus”, e reúne artistas locais, intérpretes consagrados e novos talentos da toada, com atividades gratuitas, das 19h às 23h.
Para Clemilton Pinto, diretor de Eventos da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), a feira é um espaço de valorização dos ritmos regionais, além de ser opção de lazer e entretenimento de qualidade para os manauaras.
“A feira na zona Norte é novidade e está fazendo o maior sucesso. E aqui no sambódromo também, inclusive, com estacionamento gratuito. E nós não precisamos fazer alteração no trânsito. É um local de conforto e segurança para a população”, garantiu.
A dona de casa Greyce Freitas aproveitou a noite desta sexta-feira, 18/10, para curtir a programação na alameda Alphaville. Ela celebrou a realização da feira no espaço
“É importante porque agora temos um evento que fica muito mais perto de onde moramos e não é mais preciso sair para outro lugar da cidade. A feira aqui prestigia os moradores da zona Norte e da zona Leste”, celebrou.
Programação “Feira do Tururi”
Sambódromo
Domingo – 20/10
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Ianayra e Bruno Costa – 19h
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Leonardo Castelo e Márcia Siqueira – 20h
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Canto da Mata e Jr. Paulain – 21h
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Sebastião Jr e Batucada do Garantido – 22h
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Patrick Araújo/ Edmundo Oran e Marujada de Guerra – 23h
Alameda Alphaville
Domingo – 20/10
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Toada de Roda – 19h
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Grupo Kboclos – 20h
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Carlos Batata – 21h
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Prince do Caprichoso- 22h
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Israel Paulain e Batucada do Garantido- 23h
Vereador Rodrigo Guedes cobra fiação subterrânea em Manaus

O vereador Rodrigo Guedes (Progressistas) cobrou do Executivo Municipal, o planejamento para implantar fiações subterrâneas nos bairros de Manaus. De acordo com o parlamentar, a mudança é necessária após vários casos de incêndios em fiação de postes elétricos.
O vereador realizou uma fiscalização na Avenida Constantino Nery, onde constatou diversas fiações embaralhadas nos postes.
“Manaus não aguenta mais essa quantidade de fios emporcalhando a cidade e causando diversos incêndios. Centenas de cidades do Brasil já possuem fiação subterrânea e em Manaus não há nenhuma rua”, argumentou.
Solução
Guedes afirmou que na rede subterrânea, os fios e transformadores que geralmente ficam conectados aos postes são instalados em dutos enterrados em valas, não ficam visíveis e estão protegidos dos ventos fortes e possíveis sinistros. A medida traz mais segurança à população, além de contribuir com a estética e limpeza urbana da cidade.
“A Prefeitura de Manaus precisa começar a solucionar os problemas das fiações na capital, é necessário implantar um projeto piloto no bairro de Manaus e ir ampliando aos poucos até que todos os bairros sejam contemplados, mas não podemos parar no tempo e nada ser feito”, explicou.
Guedes apresentou uma indicação para que todas as fiações sejam enterradas em um prazo máximo de dez anos em Manaus. Entretanto, o parlamentar afirmou que a Prefeitura de Manaus não apresentou nenhum projeto.
Furacões estão ficando mais fortes e o tempo faz deles mais devastadores

A temporada de tempestades tropicais parece estar piorando em todo o mundo. Somente nos Estados Unidos, dois grandes furacões atingiram o estado da Flórida no espaço de um mês – um deles descrito pelo presidente dos EUA, Joe Biden, como a “tempestade do século”.
O furacão Milton chegou à costa da Flórida como uma tempestade de categoria 3 às 20h30 (horário local) de 9 de outubro, com ventos de cerca de 136 quilômetros por hora. Milton também provocou pelo menos 19 tornados, destruiu casas e cortou a energia de mais de 3 milhões de residências.
Apenas algumas semanas antes, a Flórida e os estados da Geórgia, Carolina do Norte e Carolina do Sul foram devastados pelo furacão Helene. Em maio, o furacão Beryl atingiu a Jamaica, sendo descrito como um “início explosivo” da temporada anual de tempestades, pois chuvas fortes são normalmente esperadas de 1º de junho a 30 de novembro nos oceanos Atlântico e Pacífico.
“Frequentemente, pequenas áreas de baixa pressão se deslocam da costa oeste da África com a corrente de monções [ventos sazonais], através do Atlântico, até chegar a essas águas quentes”, prossegue Friedrich. Um furacão só pode se formar quando não há grandes diferenças de vento perto da superfície do mar ou em altitudes mais elevadas, o que dispersaria a tempestade.
Combinação explosiva
Se tudo isso acontecer, uma área de baixa pressão pode se transformar num furacão: o ar quente e úmido do mar sobe para se condensar em altitudes mais elevadas e frias, formando nuvens e pressão negativa na superfície do mar. Grandes volumes de ar são atraídos para a tempestade a partir da área circundante.
Em seguida, essas massas de ar são puxadas para cima como numa chaminé, gerando ventos de até 350 quilômetros por hora. A força inercial de Coriolis, que está relacionada ao giro da Terra, coloca as massas em rotação.
“No centro desse vórtice, forma-se o típico ‘olho’ de um furacão, onde a calmaria é total e não há nuvens, enquanto as nuvens na borda do olho se acumulam cada vez mais alto”, relata Friedrich.
Tempestades de movimento lento são mais devastadoras
Quanto mais tempo as condições favoráveis aos furacões persistirem, mais destrutiva será a tempestade. “Os furacões são propelidos por correntes de ar a uma altitude de 5 a 8 quilômetros. Elas determinam para onde o furacão vai.”

Quando o furacão atinge a costa, em geral perde força rapidamente. As correntes de ar que correm a maior altitude logo levam a tempestade para o interior, separando-a de sua principal fonte de energia, o ar quente e úmido do oceano. Lá, elas se enfraquecem e se transformam em sistemas de baixa pressão, perdendo seu poder destrutivo.
Entretanto, se um ciclone tropical se mover muito lentamente e continuar sendo alimentado pelo ar úmido do oceano próximo à costa, ele poderá causar danos graves.
Intempéries mais fortes devido à mudança climática
Mesmo que não estejam aumentando a frequência dos furacões e ciclones, especialistas de condições meteorológicas extremas creem que as mudanças climáticas agravam a intensidade deles.
Os ciclones tropicais obtêm a maior parte de sua energia do calor do vapor de água que captam no oceano. Com o aumento da temperatura da superfície, os furacões estão absorvendo volumes de vapor de água maiores, de acordo com uma análise dos ciclones tropicais do Atlântico Norte publicada na revista Scientific Reports em 2023.
Além de aumentar a intensidade dos furacões, a tendência está tornando mais difícil para os meteorologistas prever de forma confiável quando e onde os furacões ocorrerão. “Quanto maiores forem as áreas oceânicas com temperaturas acima de 26°C, maiores serão as regiões onde os furacões poderão se formar”, conclui Friedrich.
A análise da Scientific Reports parece corroborar essa afirmativa, estimando que os furacões atuais têm duas vezes mais chances de evoluir de um furacão fraco (categoria 1) para um forte (categoria 3 ou mais) num prazo de 24 horas.
Além disso, as regiões do Atlântico e do Caribe onde ocorrem os ciclones tropicais também mudaram em reação ao aquecimento do oceano durante o período do estudo.
*Com informações de Uol
Sinésio comemora aprovação de PL que incentiva a cadeia produtiva do babaçu no Amazonas
Os deputados estaduais aprovaram por unanimidade o Projeto de Lei nº 359/24, que institui a Política Estadual para o Manejo Sustentável da Palmeira do Babaçu. O projeto é de autoria do deputado estadual Sinésio Campos (PT) e agora segue para a sanção do Poder Executivo.
O PL pretende criar parâmetros para que o poder público possa incentivar a cadeia produtiva do babaçu, que possui grande potencial de geração de emprego e renda no interior do Estado. Do babaçu podem ser extraídos até 60 subprodutos diferentes, como o óleo, a farinha e biocombustíveis, produtos com alto valor agregado.
“A palmeira do babaçu é encontrada naturalmente no bioma amazônico. São aproximadamente 10 milhões de árvores no nosso Estado. O manejo do babaçu é uma alternativa de desenvolvimento totalmente sustentável, já que não é preciso derrubar nenhuma árvore para explorar a atividade”, afirmou Sinésio Campos, autor da proposta.
Um grupo de trabalho liderado por Sinésio foi instituído na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) para discutir a potencialidade do babaçu. Três municípios foram escolhidos para receber projetos-pilotos devido ao alto potencial para a instalação de agroindústrias: Barreirinha, Boa Vista do Ramos e Canutama.
Aproximadamente 1.200 famílias estão envolvidas na atividade extrativista nesses municípios.
‘Dieta da sopa’ e mamão: Ana Maria Braga tem segredo simples para manter o corpo aos 75 anos

Ana Maria Braga , atualmente com 75 anos, impressiona muita gente com sua vitalidade. Frente ao ‘Mais Você ‘, da TV Globo , a veterana comandará um novo reality show culinário na emissora em 2025 e, para estar ‘inteira’ em sua carreira e vida pessoal, segue uma dieta balanceada.
Como mostra em seu programa matinal de sucesso na TV, Ana Maria Braga não dispensa nenhum tipo de comida ou receita, logo não realiza dietas restritivas, como outras famosas. Mesmo cercada de tantas delícias diariamente, o seu segredo é manter a quantidade ideal para os alimentos, mesmo aqueles hiper calóricos.
Porém, quando acaba extrapolando em algumas viagens ou até no seu dia a dia, Ana Maria Braga desincha seu corpo com uma receita de um sopão que emagrece muito. Já apresentado no ‘Mais Você’ em algumas ocasiões, a ‘dieta da sopa’ da apresentadora é muito seguida por seus fãs.
Como o próprio nome indica, esta dieta se resume a uma alimentação a base de sopa durante 7 dias. Porém, a rotina também pode ser incrementada com alguns legumes, vegetais, frutas e proteínas, em quantidades certas, que ajudam a compor os nutrientes necessários para o corpo.
Passados, os sete dias, o ideal é que se volte à rotina normal de alimentação. Se for seguir a dieta da sopa, é importante que seja acompanhado de um(a) profissional adequado, como nutricionista ou nutrólogo.
Ana Maria Braga não dispensa mamão na dieta
Apesar de nunca ter revelado sua dieta completa, Ana Maria Braga tem alguns alimentos favoritos que não vive sem, e um deles é o mamão – que fez parte de uma dieta super polêmica de Deborah Secco, que a levou ao hospital.
Na alimentação da apresentadora, a fruta é crucial no café da manhã. Ana Maria Braga revelou, durante uma participação no ‘Globo Rural’ há alguns anos, que o mamão ajuda na sua saúde intestinal e, por isso, faz parte do seu cardápio diário.
“Eu adoro comer mamão todos os dias, mamão com semente e tudo. Me faz bem, sem ela [a semente] não vou ao banheiro, é simples”, confessou Ana Maria Braga, que atualmente tem 75 anos e coleciona mudanças icônicas em seus cabelos.
*Com informações de Purepeople
Representantes do Amazonas no UFC declaram apoio à candidatura de David Almeida
José Aldo e Ketlen Vieira, dois grandes representantes do Amazonas no Ultimate Fighting Championship (UFC), declararam apoio ao candidato David Almeida (Avante), atual prefeito de Manaus que disputa a reeleição. O anúncio foi feito pelos atletas neste sábado (19/10), por meio de um vídeo.
Os atletas reconhecem David Almeida como um grande incentivador do esporte local.
“Ele é aquele que acredita e incentiva o esporte. Meu candidato é David Almeida, 70. É o cara que acredita no esporte, que investe no esporte, que acredita no esporte como mudança no estilo de vida, como inclusão social. Então, dia 27 de outubro, vote certo, vote em quem acredita no esporte, vote em quem é gente como a gente”, disse a lutadora Ketlen Vieira.
Em sua gestão, David Almeida tem investido em diversas iniciativas que visam não apenas promover a prática esportiva, mas também oferecer oportunidades para crianças e jovens de Manaus.
“Está chegando o segundo turno das eleições e meu candidato é o David Almeida, na mesa, o número dele é 70, nosso prefeito”, declarou José Aldo.
Investimento no esporte
David Almeida reformou 14 quadras, campos de futebol e complexos esportivos em todas as zonas de Manaus.
Por meio do “Esporte na Comunidade”, mais de 200 projetos sociais foram implementados e 22 mil crianças e jovens foram beneficiados com equipamentos esportivos.
Com o programa “Manaus Esportiva”, David beneficiou crianças e jovens de 17 núcleos da cidade com aulas gratuitas em diversas mobilidades esportivas e atividades físicas.
Mais de 250 atletas de Manaus foram beneficiados com o programa “Manaus Olímpica”, com passagens aéreas para participar de competições nacionais e internacionais de alto rendimento.
Nova concessão para reflorestar a Amazônia será 20 vezes maior

O governo federal está avançando em seu plano de conceder áreas degradadas da União para que a iniciativa privada faça o reflorestamento. Em meio à consulta pública do edital de estreia, que envolve a recuperação de 15 mil dos 100 mil hectares da Floresta Nacional do Bom Futuro, em Rondônia, o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) já prepara o terreno para um segundo leilão, com uma ambição mais de 20 vezes maior.
Dessa vez, a área total será de quase 7,3 milhões de hectares, divididos em 12 florestas e parques nacionais – dez no Pará, um em Roraima e um no Amazonas. O Parque Nacional dos Campos Amazônicos, no Amazonas, e a Floresta Nacional de Jamanxin e a Reserva Biológica Nascentes Serra do Cachimbo, no Pará, por exemplo, estão na lista.
Assim como no edital inaugural, os vencedores assumirão a responsabilidade por terras que incluem áreas em vários níveis de degradação, outras em que poderão explorar comercialmente madeiras nativas e também porções a ser preservadas.
A principal fonte de receita será a venda de créditos de carbono de remoção de CO2 da atmosfera pelas novas árvores plantadas.
A área estimada de restauração no segundo certame é de 333 mil hectares. O manejo sustentável da madeira poderá ser realizado em 1,4 milhão de hectares. O restante são áreas com finalidades diversas, como uso e manejo comunitário, preservação ou sobreposição com terras indígenas.
“Vimos que existe um apetite no mercado, que conseguimos encontrar um equilíbrio econômico no projeto, e por isso, estamos contratando os próximos junto ao BNDES”, diz Renato Rosenberg, diretor de concessões do SFB.
Com as áreas escolhidas, o passo seguinte é estruturar os projetos, o que é feito em conjunto com o BNDES.
O banco de desenvolvimento deve contratar consultorias para desenvolver a modelagem de cada uma das áreas florestais e desenhar a estrutura da concessão. Depois, vêm a consulta pública e audiências públicas com as populações afetadas, análise do Tribunal de Contas da União e, enfim, o lançamento do edital.

A expectativa é que o processo inteiro leve aproximadamente um ano e meio, diz Rosenberg.
Só ao fim desse trâmite, os editais chegarão ao mercado com modelagens econômicas de referência, o potencial de receita a partir de créditos de carbono e o número de concessões para cada área de conservação, por exemplo.
“Para a restauração, o foco está em empresas novas, que estão capitalizadas e buscando projetos. Já no manejo, são empresas menores, normalmente familiares, com experiência na área e uma forte relação na ponta”, afirma Rosenberg.
Estima-se que o país tenha entre 60 milhões a 135 milhões de hectares degradados ou sob risco de degradação, de acordo com uma análise do MapBiomas de 1986 a 2021. O estudo indica que 64% do território nacional está coberto por vegetação nativa, sendo que de 11% a 25% desta área se mostrou suscetível ao processo de degradação.
Reflorestamento
O Serviço Florestal calcula um investimento de R$ 600 milhões ao longo dos 40 anos dos primeiros contratos, que cobrem 15 mil hectares para reflorestamento, divididos em três lotes.
Recuperar áreas degradadas é uma atividade cara, com valores que variam de R$ 15 mil a R$ 50 mil por hectare, dependendo da região, da tecnologia e da intensidade do trabalho de recuperação. Um hectare corresponde a mais ou menos um campo de futebol.
Além da demanda por sementes e mudas, a atividade exige um acompanhamento cuidadoso na fase inicial, em áreas com infraestrutura deficiente ou não-existente. Além disso, pesquisas de melhoria genética das espécies nativas ainda estão na infância em comparação com exóticas há muito exploradas comercialmente, como pinus e eucalipto.
E as primeiras receitas com a venda de créditos de carbono só vêm depois de anos, quando as primeiras árvores começam a ganhar tamanho. Esse foi um dos motivos que levaram o SFB a permitir exploração sustentável de madeiras como forma de viabilizar o negócio.
Além do potencial de fechar a conta dos empreendimentos, o manejo sustentável tem outra função importante: ajudar na contenção do desmatamento.

“O mercado [para a madeira nativa] existe. Se não for atendido por fontes de manejo sustentável, será por outras formas”, afirmou o diretor do SFB, Garo Batmanian, em um evento realizado em Brasília nesta quarta-feira, 9.
Madeireiros ilegais ampliaram sua área de atuação na Amazônia no ano passado, enquanto a de atividade legal caiu.
As condições permitidas para a exploração nas áreas licitadas são rígidas. Tipicamente, são dadas autorizações para a derrubada de algo como cinco árvores por hectare – a cada 30 anos.
Rosenberg descreve essa operação como “mais que sustentável, é cirúrgica”. A ideia é permitir uma atividade econômica mais atraente que a extração clandestina sem que haja alterações na paisagem.
Edital nº 1
Os detalhes de como o edital de Bom Futuro deve ser construído foram apresentados em julho. Se o cronograma for cumprido, os leilões começarão no primeiro trimestre de 2025.
O contrato está no fim do período de consulta pública, e as questões centrais têm sido o compartilhamento da responsabilidade de segurança e ajustes na projeção de carbono, segundo o diretor.
Além de pagar outorgas, os vencedores terão de arcar com uma inovação batizada de “encargos acessórios”. Parte da receita deverá ser direcionada para investimentos nas comunidades da região onde atuam, em projetos sob responsabilidade dos próprios concessionários.
As florestas nacionais concedidas têm conselhos consultivos, que envolvem representantes das comunidades locais, entidades da sociedade civil e governo. A ideia é que esses órgãos fiquem responsáveis pela definição das iniciativas.
*Com informações de Capital Reset
Outubro Rosa: Joelson alerta sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama
