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Qual animal tem mais dentes na boca? Não é o jacaré nem o hipopótamo

Foto: Getty Images

Quando fazemos essa pergunta, é comum tentarmos associar o número de dentes de um bicho ao tamanho de sua boca. Se fosse assim, poderíamos arriscar o hipopótamo, com uma das maiores bocas entre os animais terrestres, como o animal com mais dentes. Mas, acredite: o tamanho da boca ou até mesmo o porte do animal nada tem a ver com número de dentes que ele possui.

Em números, são os moluscos como caramujos, lesmas e caracóis, os animais (invertebrados) que mais possuem dentes na boca: são entre 2.000 e 15 mil microdentes. Eles são constituídos por quitina, substância que forma o esqueleto externo dos artrópodes (insetos e crustáceos), dando aquela aparência cascuda. Já os microdentes apresentam um tecido mais duro, mineralizado, como no caso do dente humano.

Esses microdentes ficam localizados na rádula, órgão parecido com a língua, e são usados para raspar rochas (em busca de microalgas), plantas ou até outros animais de onde eles retiram o alimento. Ou seja, para esses bichos, os dentes não são usados para mastigar como no caso dos humanos ou para agarrar presas, como para bichos predadores, mas sim para efetuar uma raspagem.

De acordo com uma pesquisa feita pela Escola de Engenharia da Universidade de Portsmouth, na Grã-Bretanha, esses dentes têm uma resistência quase semelhante aos mais fortes materiais produzidos pelo homem.

Foto: iStock

A descoberta sugere que o segredo da força do material é o fato de suas fibras minerais estarem prensadas em uma estrutura muito fina. Os cientistas calculam que a força dos dentes é de, em média, cerca de 5 gigapascais (GPa), força semelhante à pressão usada para transformar carbono em diamante sob a crosta terrestre.

E quanto ao número de dentes entre os vertebrados?

Quando o assunto são os vertebrados, tubarões e golfinhos saem na frente quanto ao número de dentes. Há tubarões com 60 dentes incluindo os dispostos no maxilar superior e no inferior. No ser humano, o número varia de 28 a 32 dentes.

Se pensarmos no tubarão-branco, o número aumenta 50 vezes: são até 3.000 dentes triangulares, serrilhados e muito afiados, com 7,5 centímetros, inseridos nas maxilas em fileiras um pouco inclinadas para dentro. Esse conjunto pode exercer a força de três toneladas por centímetro quadrado numa mordida.

Um tubarão pode perder até 30 mil dentes ao longo de sua vida. Sempre que um cai, nasce outro no lugar. Como se trata de um animal predador, com choque muito violento entre ele e sua presa, não é surpresa que um dos itens mais comuns de se encontrar no fundo do mar seja dentes de tubarão.

Foto: Alessandro De Maddalena / Getty Images / iStockphoto

Os golfinhos também apresentam grande quantidade de dentes, entre 80 a 100. Embora tenhamos uma imagem mais dócil desses animais, eles são predadores assim como os tubarões e usam os dentes para apreender a presa e devorá-la.

Quanto mais dentes, mais forte a mordida?

A resposta para a pergunta acima é não. O fato de um animal ter uma mordida forte não está ligado ao número de dentes que ele.

Por exemplo, a mordida de uma onça-pintada com até 115 kg e 30 dentes pode ter força equivalente a de um tubarão-branco com cerca de 3.000 dentes e um porte de 2.250 kg.

Apenas para se ter ideia da força desses animais, no caso do homem, a força da mordida de uma pessoa que pesa 70 kg e com até 32 dentes é de um quinto a desses animais. Ou seja, não dá para entrarmos nessa disputa.

*Com informações de Uol

Partidos veem eleição com avanço de caixa 2, compra de votos e infiltração de facções

Apreensão de R$ 500 mil feita pela Polícia Federal em Juazeiro do Norte, no Ceará - Foto: Divulgação / PF

Dirigentes partidários e políticos da esquerda à direita afirmam que as eleições municipais de 2024 registraram, na percepção deles, um volume inédito de caixa dois, de compra de votos e de tentativa de infiltração do crime organizado na política.

Indicativos dessas ilegalidades aparecem em registros da Polícia Federal e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), foram abordados em discursos na Câmara e no Senado e têm como pano de fundo as bilionárias verbas públicas envolvidas tanto nas campanhas —R$ 6,2 bilhões— como nas emendas parlamentares que abastecem estados e municípios —mais de R$ 50 bilhões em 2024.

“Aproveito o momento para denunciar desta tribuna a maior derrama de dinheiro no processo eleitoral do Brasil. Nunca houve no nosso país uma eleição com tanta compra de votos, malas de dinheiro em todos os estados da federação”, discursou no plenário da Câmara o deputado federal José Nelto (União Brasil-GO) dois dias após o primeiro turno das eleições.

“Caros colegas, eu subo a esta tribuna para falar do show de horror que vimos nas eleições. Compra de voto, bandidagem. (…) É vergonhoso o uso de dinheiro público com essa bandidagem. É vergonhoso vermos pessoas que, além de venderem emenda parlamentar aqui, ali, nesta instituição e na outra, ainda vão cobrar a fatura”, afirmou a deputada Adriana Ventura (Novo-SP), na mesma sessão.

Secretário nacional de comunicação do PT, o também deputado federal Jilmar Tatto (SP) vai na mesma linha.

“Tivemos relatos, principalmente de cidades do interior que não estavam acostumadas a esse tipo de comportamento, muitos relatos de distribuição de dinheiro vivo. No dia da eleição, um dia antes”, diz o parlamentar.

“A Polícia Federal apreendeu dinheiro vivo, isso é fato, em várias campanhas pelo Brasil. Você tem casos concretos revelados de que o PCC está entranhado em contrato público. Eu suponho que eles estão em campanha eleitoral também”, diz o deputado federal Kiko Celeguim, presidente estadual do PT de São Paulo.

Nenhum dos parlamentares citou nomes ou casos específicos, mas dirigentes partidários ouvidos pela reportagem fazem relatos similares, em caráter reservado ou publicamente.

Urna eletrônica – Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

Em entrevista à Folha, o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), já havia falado do caixa dois registrado em campanhas, afirmando que o dinheiro de empresas “corre livre” nas eleições.

O caixa dois eleitoral consiste no uso de dinheiro pelos candidatos e partidos sem declaração à Justiça Eleitoral.

De acordo com a Polícia Federal, em 2024 foram apreendidos R$ 50,4 milhões relacionados a crimes eleitorais, sendo R$ 21,8 milhões em dinheiro vivo.

Esses valores superam tanto os registrados nas eleições gerais de 2022 (R$ 10 milhões, sendo R$ 5,5 milhões em espécie) como os das de 2020, ano das últimas eleições municipais (R$ 6 milhões, sendo R$ 1,5 milhão em espécie).

Como mostrou a Folha, áudios sugerem ter havido uso de caixa dois cobrado de empresários em troca da oferta de contratos futuros nas eleições de Camboriú e Balneário Camboriú, em Santa Catarina.

Já em relação à infiltração de grupos criminosos com o processo eleitoral, o senador Davi Alcolumbre (AP) disse na quarta-feira (16), em sessão da Comissão de Constituição e Justiça, que há envolvimento direto “das facções criminosas em partidos políticos no Brasil, em candidaturas no Brasil, sejam de vereadores, de vice-prefeito ou de prefeitos”.

Alcolumbre é favorito para voltar a comandar o Senado a partir de fevereiro do ano que vem.

“As facções criminosas estão imperando nos rincões do Brasil e, infelizmente, também nos grandes centros. Isso é uma constatação. (…) Estamos vivendo no Brasil a permanente infiltração das facções criminosas no Estado brasileiro. Seja participando de procedimentos licitatórios com empresas laranjas para lavar dinheiro, seja participando de episódios na política diretamente com candidaturas.”

A presidente do TSE, Cármen Lúcia, já havia manifestado preocupação com o tema. Em entrevista ao jornal O Globo, disse avaliar a situação como “bastante grave”.

Foto: Nelson Júnior / STF

“Especialmente considerando a ousadia do crime de querer ser o formulador de leis. Há um risco real de que esse comportamento se estenda às instâncias estaduais e até nacionais. É grave esse atrevimento criminoso.”

Atualmente, as eleições são financiadas majoritariamente com dinheiro público. Neste ano, foram R$ 5 bilhões do Fundo Eleitoral e R$ 1,2 bilhão do Fundo Partidário.

Já as emendas parlamentares são recursos do Orçamento federal enviados pelos congressistas para estados e municípios. Totalizando mais de R$ 50 bilhões, são alvos frequentes de suspeita de desvios, em especial as chamadas “emendas Pix”, que entram nos caixas de governador e prefeito sem necessidade de projeto ou destinação específica.

Alguns políticos têm usado o argumento de descontrole sobre o caixa dois eleitoral como argumento para a defesa da volta do financiamento empresarial das campanhas, proibido pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em 2015, na esteira da Operação Lava Jato.

As investigações apontaram que algumas dessas contribuições eram feitas pelas empresas a partidos e candidatos com o objetivo de obter vantagens em contratos públicos.

Randolfe e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, foram alguns dos que defenderam publicamente o retorno do modelo. O líder do governo Lula no Congresso afirmou que apresentará uma Proposta de Emenda à Constituição para retomar o modelo.

Apesar do apoio em parte do mundo político e também de ministros do próprio STF, esse ponto encontra resistência em setores do Congresso e dos partidos, mediante a avaliação de que ele tem potencial muito maior de estar na raiz de casos de corrupção e de relações espúrias entre políticos e empresários.

Cabe ressaltar ainda que brechas na legislação mantêm o financiamento das empresas até hoje, embora em menor volume, por meio da pessoa física de seus executivos.

Suspeitas sob investigação

Reportagem do Fantástico exibida no domingo (20) mostrou suspeita de que, no município paraense de Ourilândia do Norte, eleitores tenham vendido o voto e ido às urnas com óculos com câmera embutida a fim de filmar a votação na urna.

Fachada do prédio do TSE, em Brasília (Foto: Antônio Augusto / TSE)

Segundo a reportagem, o candidato a vereador Irmão Edivaldo, do MDB, foi preso em flagrante depois de uma mesária abordar uma eleitora adolescente que estava com o dispositivo. Ele foi solto mediante pagamento de fiança.

O Ministério Público do Pará afirmou que acompanha o caso. O candidato, que foi reeleito, disse em sessão na Câmara Municipal que vai provar sua inocência.

No Maranhão, também de acordo com o Fantástico, o Ministério Público abrirá procedimento investigativo sobre uma das disputas mais acirradas para prefeito do país. O candidato Ary Menezes (PP) foi eleito em Nova Olinda do Maranhão com apenas dois votos de vantagem sobre sua adversária.

Eleitores da localidade relataram, após o pleito, que venderam o voto em troca, por exemplo, de materiais de construção. O candidato negou as acusações.

*Com informações de Folha de São Paulo

Cabo Maciel apresenta requerimento para apoiar famílias afetadas pela seca em Barreirinha

Foto: Paulo Ferraz

O deputado estadual Cabo Maciel (PL), sensibilizado pela situação crítica que atinge o município de Barreirinha devido à seca severa, apresentou um requerimento na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) solicitando a atuação emergencial da Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas). O documento pede o envio de serviços humanitários para amparar as famílias que enfrentam condições de extrema vulnerabilidade.

A cidade de Barreirinha, localizada a aproximadamente 331 quilômetros de Manaus, enfrenta uma das piores estiagens de sua história, impactando profundamente a vida dos moradores nos aspectos econômico, social e de saúde.

Diante desse cenário, Cabo Maciel destacou a necessidade urgente de apoio governamental para mitigar os impactos e garantir condições mínimas de dignidade às famílias atingidas.

“A seca em Barreirinha trouxe inúmeros desafios para a população local, que enfrenta dificuldades extremas. Nosso pedido é para que o Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Assistência Social, realize ações de suporte e assistência, oferecendo um alívio necessário para esses amazonenses em situação de risco”, afirmou o deputado.

A iniciativa reforça o compromisso do parlamentar com o bem-estar das comunidades do interior do Amazonas e a necessidade de medidas rápidas para enfrentar os desafios causados pela estiagem.

‘Projeto para anistia do 8/1 terá solução no meu mandato’, diz Lira

Foto: Lula Marques / Agência Câmara / Estadão

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), diz que ainda neste ano dará uma solução ao projeto de lei que prevê anistia aos condenados pelos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023.

“Um tema sensível como esse, por tudo que aconteceu, por tudo que está acontecendo, estava inapropriadamente sendo usado. Conversei tanto com um partido quanto com outro. Nós vamos dar a solução para isso dentro do meu mandato [até fevereiro de 2025]”, afirma Lira em entrevista à Folha.

Na segunda (28), Lira decidiu criar uma comissão especial para analisar o projeto de lei. Ele retirou a proposta de tramitação da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa —o texto seria votado na tarde desta terça-feira (29).

A medida, que adia a tramitação do projeto, tinha o objetivo de angariar apoio dos dois maiores partidos da Câmara, os antagônicos PL e PT, a Hugo Motta (Republicanos-PB), nome que Lira escolheu para sucedê-lo e cujo anúncio oficial ocorreu na terça (29). Ela contou com o aval de Jair Bolsonaro (PL) e de uma ala do partido de Lula (PT).

Lira diz que o projeto “estava sendo inapropriadamente usado” para interferir na eleição da presidência da Câmara, no ano que vem. Isso porque o PL era favorável à medida, e o PT, contrário, e o tema vinha sendo lembrado nas negociações das siglas com os postulantes ao cargo.

Ao ser questionado sobre como pretende resolver o imbróglio ainda neste ano, o parlamentar respondeu: “Como sempre eu faço, conversando e ouvindo muito”.

Lira reconhece que a proposta pode ser levada à votação em plenário até o fim de seu mandato, mas diz que “pode ser que se encontre outra solução”. O parlamentar afirmou que a comissão terá o “rito normal e regimental”.

A comissão foi criada por despacho de Lira na noite de segunda. Agora, os líderes partidários devem indicar seus representantes que irão integrar o colegiado, antes que ela seja instalada pelo presidente da Casa —não há prazo para que isso ocorra. Ela será formada por 34 membros titulares e 34 suplentes e tem prazo de até 40 sessões do plenário (podendo terminar antes). Após isso, fica pronta para votação em plenário.

Em 8 de janeiro de 2023, radicais tentaram dar um golpe de estado – Foto: Agência Brasil

“Ela tem prazo regimental. Uma comissão especial tem de 10 a 40 sessões. A Casa é quem diz o que vota, o que não vota, como vota e do jeito que vota. Não entro na análise de mérito disso”, diz o presidente da Câmara.

Lira afirma que não sabe qual seria o resultado do painel de votações hoje se o projeto fosse levado ao plenário da Casa e diz que a discussão sobre a proposta na comissão irá aprofundar mais do que na CCJ, porque “ali estava um ambiente muito conturbado”.

A CCJ é formada majoritariamente por parlamentares da oposição ao Executivo. Em setembro, a discussão do projeto de lei no âmbito da comissão teve como pano de fundo a sucessão de Lira, colocando o grupo de Elmar Nascimento (União Brasil-BA) e Antonio Brito (PSD-BA) em lado oposto ao de Hugo Motta —os primeiros tentaram inviabilizar sua votação com o apoio de petistas, e o segundo, aliado aos bolsonaristas, trabalhou para aprovar a medida.

O relator na CCJ, Rodrigo Valadares (União Brasil-CE), ampliou o escopo da proposta em seu parecer e sugeriu perdão a todos os atos pretéritos e futuros relacionados aos ataques às sedes dos três Poderes. Agora, na comissão especial, poderá ser designado um novo relator, além do presidente do colegiado.

“Tínhamos uma posição de cuidado com esse assunto porque ninguém pode esquecer o que aconteceu e há muita gente que reclama de penalidades injustas, de gente que não participou daquele movimento com penas muito sérias. Tem dor para todo lado: dor institucional, dor da democracia, dor de pessoas que em tese podem estar sendo penalizadas”, diz Lira.

Ao oficializar sua candidatura, também na terça, Hugo Motta defendeu a criação da comissão e falou em “injustiças” cometidas eventualmente com penas elevadas, numa indireta ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

“Nós tivemos um episódio triste, que foi o 8 de janeiro, mas também não podemos permitir que injustiças sejam cometidas com pessoas que têm levado condenações acima daquilo que seria o justo para com a participação ou não dessas pessoas no ato”, afirmou.

Em visita de surpresa ao Senado horas após Lira oficializar o apoio a Hugo, Bolsonaro afirmou que a criação da comissão traz nas entrelinhas a forte possibilidade de, nesse colegiado, ser acrescentada emenda para que o ex-presidente se livre de sua inelegibilidade e possa disputar a Presidência da República em 2026.

O presidente da Câmara, por sua vez, nega que exista qualquer tipo de acordo acerca do mérito da proposta e diz que não tratou disso. “Não fiz essa discussão nem com o STF nem com os partidos.”

Invasão aos prédios dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro de 2023 – Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Ao ser questionado sobre as declarações de Bolsonaro, Lira afirmou que o ex-presidente lhe disse que a aprovação do projeto “não seria” condicionante ao apoio do PL em torno de Hugo Motta. “O que eu tenho é que não seria. Comigo ele disse que não seria.”

*Com informações de Folha de São Paulo

Por que a caçula Renata foi escolhida por Silvio Santos para gerir o império bilionário

Renata Abravanel - Foto: Reprodução

Em 22 de outubro de 2017, o Brasil se encantou com Renata Abravanel. Ela surgiu no ‘Programa Silvio Santos’ para disputar o ‘Jogo das 3 Pistas’ com a irmã, Rebeca.

Mesmo tímida, exalou carisma. O sorriso fácil a fez ganhar a torcida das colegas de auditório de seu pai. “Renata, o que você faz na vida?”, perguntou Silvio. “Eu trabalho aqui, administro a empresa”, respondeu a filha número 6. “No SBT?”, insistiu o apresentador. “Na holding”, explicou a caçula do clã.

Holding é a gestora que concentra os negócios de um grupo ou família. No caso dos Abravanel, além da rede de TV fundada em 1981, existe a Liderança Capitalização (TeleSena e Tele Prêmios da Sorte), a companhia de cosméticos e perfumaria Jequiti, o Hotel Jequitimar, no Guarujá (SP), e a Sisan Empreendimentos Imobiliários.

Renata Abravanel, de 39 anos, é a executiva no controle do patrimônio familiar, avaliado em R$ 1,6 bilhão. Graduada em Administração pela Universidade Liberty, nos Estados Unidos, ela possui especialização em gestão, com curso na respeitada Universidade Harvard.

Apesar de visível talento para a comunicação (a simpatia parece característica inerente a todo Abravanel), ela preferiu atuar atrás das câmeras. Silvio Santos percebeu logo cedo que seria a sucessora perfeita para comandar seu império, enquanto a filha número 3, Daniela Beyruti, 48 anos, assumiu a gestão artística do SBT.

A primogênita, Cíntia Abravanel, 61 anos, esteve à frente do Teatro Imprensa, pertencente ao grupo, mas depois optou pela carreira nas artes plásticas e não exerce função na emissora. A número 2, Silvia, 53, foi produtora e diretora de programas. Hoje apresenta o ‘Sábado Animado’.

Número 4, Patrícia é o ‘Silvio Santos de saia’. Conseguiu rápida evolução como artista, calando vários críticos. Substituiu o pai no tradicional programa dele aos domingos. Atualmente, chega a derrotar a Globo no Ibope com a reedição do ‘Show do Milhão’. A filha número 5, Rebeca, 43, também se destaca como apresentadora no ‘Roda a Roda Jequiti’.

Apoiada pelas irmãs e por sua mãe, a autora de novelas Isis Abravanel, Renata carrega o desafio de manter a saúde financeira das empresas a fim de evitar uma situação traumática, como ocorreu com o Banco Panamericano, vendido por Silvio Santos em 2011 após escândalo de fraude contábil para ocultar prejuízos recorrentes.

Silvio Santos – Foto: Divulgação / SBT

No caso do SBT, aconteceram dezenas de demissões ao longo deste ano para reduzir as despesas fixas e, assim, tentar evitar balanço financeiro no vermelho. Uma administração firme é imprescindível para garantir o futuro da companhia. De preferência, sem perder conexão com a demanda humana do negócio –diferencial que fez Silvio Santos ganhar fama de ótimo patrão.

De volta ao ‘Jogo das 3 Pistas’: Renata venceu Rebeca. “Eba!”, comemorou. Levou R$ 530,00 para casa. A mais jovem das poderosas Abravanel é casada e tem dois filhos.

*Com informações de Terra

Concentração de CO2 na atmosfera bate recorde em 2023

Manaus amanhece de baixo de muita fumaça por diversas vezes esse ano - Foto: Artur Gomes / Gabinete do Amom

A concentração de dióxido de carbono (CO2) , um dos gases causadores do efeito estufa , na atmosfera da Terra atingiu em 2023 o já medido na história da humanidade, com 420 partes por milhão (ppm), o que significa um aumento de 151% em relação à era pré-industrial.

Os dados foram divulgados pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) nesta segunda-feira (28), a menos de 15 dias do início da COP29, em Baku, e mostram que, apesar das promessas de redução feitas pela maioria dos países, as emissões de carbono continuam crescendo.

De acordo com a OMM, entre as principais causas do aumento estão incêndios florestais, as elevadas emissões de CO2 por atividades humanas e a redução da absorção de dióxido de carbono em florestas.

A última vez que a Terra teve uma concentração tão alta de CO2 foi entre 2 milhões e 5 milhões de anos atrás, quando a temperatura média global era entre 2º e 3ºC superior aos patamares atuais, e o nível dos mares era de 10 a 20 metros mais elevado.

Em 2022, a concentração de dióxido de carbono era de 417,9 ppm; em 2021, de 415,7 ppm.

Nos últimos 20 anos, segundo a organização, o nível de dióxido de carbono aumentou 11,4%, ritmo de crescimento mais elevado na história da humanidade.

Ainda de acordo com a OMM, a concentração do metano, outro gás causador do efeito estufa, atingiu 1934 partes por bilhão (ppb) em 2023, alta de 265% em relação aos níveis pré-industriais, enquanto a de dióxido de nitrogênio chegou a 336,9 ppb (+125%).

“Outro ano, outro recorde. Isso deveria ligar o alarme em todas as instâncias decisórias. Não há dúvidas de que estamos muito longe de cumprir o objetivo do Acordo de Paris de manter o aquecimento global muito abaixo de 2ºC em relação aos níveis pré-industriais”, disse a secretária-geral da OMM, Celeste Saulo.

“Não são meras estatísticas. Cada parte por milhão e cada fração de grau de incremento da temperatura comportam consequências reais para nossas vidas e nosso planeta”, acrescentou.

*Com informações de IG

Voa Brasil: com 16 mil passagens vendidas, programa atinge apenas 1% da meta anual

O governo fornece uma plataforma digital para o acesso aos bilhetes - Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O programa Voa Brasil , lançado pelo governo federal em julho de 2024, registrou a venda de 16 mil passagens aéreas para aposentados do INSS em seus primeiros três meses, o que representa 1% da meta anual estipulada.

Segundo o Ministério de Portos e Aeroportos, o objetivo do programa é alcançar a marca de 3 milhões de bilhetes comercializados em doze meses, com uma meta inicial de atender até 23 milhões de brasileiros.

O Voa Brasil oferece passagens aéreas a até R$ 200 por trecho para aposentados do INSS que não tenham viajado de avião nos últimos doze meses. Os bilhetes são disponibilizados por meio de parcerias com companhias aéreas, sem a utilização de recursos públicos.

O governo fornece uma plataforma digital para o acesso aos bilhetes, permitindo que os aposentados encontrem passagens nos assentos ociosos de voos das empresas participantes.

Até o momento, mais de 100 mil aposentados cadastraram seus CPFs na plataforma. O índice de compra de passagens dentro do programa é de 15%, comparado à taxa de 3% registrada nos sites das companhias aéreas, segundo dados do ministério.

Os destinos mais procurados estão nas regiões Sudeste e Nordeste, com 44% e 40% das reservas, respectivamente. São Paulo lidera com 4.559 reservas, seguido por Rio de Janeiro (1.464) e Fortaleza (1.290).

Como participar do programa?

Para participar do programa, é necessário que o aposentado do INSS acesse a plataforma oficial e siga as etapas para cadastro e busca das passagens. Cada aposentado tem direito a duas passagens (dois trechos) por ano, sem limite de renda.

Ao encontrar um bilhete, o usuário é direcionado ao site da companhia aérea para a finalização da compra, como medida de segurança para evitar golpes.

*Com informações de IG

Participante da 7ª temporada do “The Taste Brasil” participa de evento gastronômico em Manaus

A amazonense radicada em São Paulo Maria Carla Dias passou na seletiva do reality show gastronômico “The Taste Brasil”, exibido pelo canal GNT - Foto: Divulgação

Diretamente de São Paulo, para participar do “Coworking Silva Ramos convida: Chef Maria Carla Dias”, que será realizado nos dias 07 e 08 de novembro, às 19h, no Restaurante Silva Ramos, localizado na Rua Silva Ramos, nº 120, Centro de Manaus.

“Há tempos não venho na minha cidade e ser convidada para estar à frente da cozinha, neste evento, misturando os sabores do oriente com o ocidente, com os nossos sabores amazônicos que são únicos, para mim é uma honra”, disse a Chef Maria Carla Dias.

O cardápio será composto de pratos exclusivos da cozinheira amazonense, para sobremesa ela buscou na infância o sabor do Bacuri.

Como a cozinha aconteceu para Maria Carla Dias

Um sonho de infância fez a amazonense Maria Carla Dias buscar se especializar fora do solo amazonense ainda muito cedo. E há quase 20 anos a manauara da Praça 14 vem se consagrando no âmbito gastronômico, com um currículo vasto e trabalhando em cidades como: Brasília e São Paulo. O contemporâneo e o regional se encontram em um balanço de requinte e explosão de sabores em seus pratos para lá de inusitados e deliciosos.

Na época da juventude, onde jovens buscam um curso na faculdade, não havia graduação em Manaus em Gastronomia, por isso mudou para Brasília em busca do sonho e depois fez especialização na Argentina.

“Eu lembro que com 9 ou 10 anos já ajudava a minha tia a fazer bolos. Sempre me interessava em estar na cozinha. Na época de escola, aprendi a fazer empadas e ‘Carolina’. Ao levar para a escola, para o meu lanche, as minhas colegas pediam para dividir comigo e passei a levar tudo em um refratário e uma outra amiga vendia, pois eu sou muito tímida. A ida para a faculdade de gastronomia foi natural, apesar da preocupação dos meus pais com a escolha, por amor e zelo. E hoje sou muito feliz por seguir o que brilha os meus olhos e por estar participando de programas e projetos gastronômicos”, explicou Dias.

Após a especialização em cozinha clássica e contemporânea, na Argentina, retornou a Brasília e pode cozinhar e ser treinada pelo Chef Mikel Sorazu, renomado chef basco, membro da equipe Arzak Instrution, posteriormente, no Senac, permaneceu por vários anos nas unidades escola do Senado Federal, com participações em eventos no Congresso Nacional, CNC e outros órgãos federais. Em São Paulo, trabalhou no premiado Fitó, um restaurante comandado apenas por mulheres.

Além da cozinha, Maria Carla investe em palestras e consultorias para todo Brasil sobre “Boas Práticas e Gestão de Alimentos e Bebidas”, tanto para novos restaurantes quanto para cursos de manutenção.

A amazonense estará no evento “Coworking Silva Ramos convida: Chef Maria Carla Dias”, promovido em Manaus nos dias 07 e 08 de novembro – Foto: Divulgação

“A qualidade não pode estar só na cozinha, se o garçom não souber sobre o prato, se ele não souber explicar que muitas vezes aquele molho passou horas cozinhando a baixa temperatura e reduzindo para concentrar seu sabor ou se aquele peixe é da região amazônica ou de como é extraído o tucupi, não adiantou nada o nosso esforço na cozinha e se isso não for repassado para o público. Os treinamentos que desenvolvo é justamente para isso, despertar em todos os colaboradores do restaurante que eles têm o diferencial para levar ao cliente e que o cliente não busca somente um prato, ele busca uma experiência gastronômica, a história, o aprender um pouco mais e, lógico, o atendimento com excelência”, complementou.

Serviço:

  • O que é: Evento “Coworking Silva Ramos convida: Chef Maria Carla Dias”

  • Quando: 07 e 08 de novembro

  • Horário: 19h

  • Onde: Restaurante Coworking ( Rua Silva Ramos, 120, Centro)

  • Reservas e compra antecipada por meio do telefone: 92 – 981471267

Estado palestino faria Israel repartir meio trilhão em petróleo e gás

Um estado reconhecido da Palestina implicaria em complicações econômicas na região - Foto: Beata Zawrzel / Agência Brasil

Caso o Estado palestino independente fosse criado, Israel teria que repartir receitas de petróleo e gás estimadas em mais de meio trilhão de dólares. Atualmente, a exploração de ricos campos de gás natural no Mar Mediterrâneo , em frente à Faixa de Gaza , tem sido feito exclusivamente por Israel.

A Agência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento (Unctad) estimou que as reservas de gás natural na Bacia do Levante , em frente à Faixa de Gaza, possuem 122 trilhões de pés cúbicos de gás natural a um valor líquido de US$ 453 bilhões (a preços de 2017) e 1,7 bilhão de barris de petróleo recuperável a um valor líquido de cerca de US$ 71 bilhões. Ao todo, são US$ 524 bilhões em combustíveis que deveriam ser compartilhados com os palestinos.

Bacia do Levante no Mar Mediterrâneo

“Isso significa que esta bacia é um dos recursos de gás natural mais importantes do mundo. Elas são recursos comuns compartilhados, cuja exploração por qualquer parte diminui a participação das partes vizinhas. A ocupação continua a impedir os palestinos de desenvolver seus campos de energia para explorar e se beneficiar de tais ativos”, afirmou a Unctad.

Para especialistas consultados pela Agência Brasil, a disputa entre Israel e um possível futuro Estado palestino por essas riquezas influência a guerra no Oriente Médio. Afinal, o partido do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu – o Likud, que governou Tel-Aviv em 19 dos últimos 23 anos – tem apostado na expansão econômica do país pela via da produção de energia.

“Israel silenciosamente se tornou um produtor e exportador significativo de gás nos últimos 3 a 4 anos, dobrando o tamanho de sua cadeia de valor de gás com o combustível produzido offshore fluindo para o mercado interno israelense e exportações para a Jordânia e o Egito”, informou pesquisa do Instituto da Oxford para Estudos sobre Energia (OIES, em sigla em inglês), publicada em novembro de 2023.

De acordo com o estudo da OIES, Israel passou de uma condição completamente dependente de combustíveis importados para produzir quase 50% da energia que necessita, chegando a 21,9 bilhões de metros cúbicos (bmc) em 2022. “Isso é substancialmente maior do que qualquer produtor da União Europeia (EU)”, afirma a pesquisa.

Pax Israelense

O professor de história contemporânea da Universidade Federal Fluminense (UFF) Bernardo Kocher avalia que as ações militares na Faixa de Gaza buscam viabilizar uma economia à base do gás. “A exploração de gás tem correlação com o ocorre em Gaza”, comentou.

Para o especialista, o projeto político de Israel, e seus aliados, é o de criar uma Pax Israelense para liderar todo o Oriente Médio, do Egito até o Irã, assim como a Pax Romana deu a Roma o controle de boa parte do mundo na Antiguidade.

Benjamin Netanyahu serviu-se de dois mapas para contrastar a “bênção” de Israel e a “maldição” do Irão no Médio Oriente – Foto: Sarah Yenesel / EPA

“Porque aí tem energia e é o caminho que leva a Europa até o extremo oriente. É uma zona de turbulência e os países que têm petróleo, tem poder”, comenta Kocher, que avalia que apenas Líbano, Síria e Irã estão fora da influência ocidental e israelense na região, além de serem nações contestadoras.

“Israel aproveitou o 7 de outubro e está atuando para resolver todos esses impasses, várias frentes de batalha com apoio ocidental, não é uma coisa só interna de Israel. O mais difícil é alcançar o Irã pela distância e pelo poderio militar que o Irã tem”, explica.

Novo Oriente Médio

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tem defendido a criação de um “Novo Oriente Médio” livre da influência do Irã e de organizações como o Hezbollah, do Líbano, e o Hamas, da Palestina. Benjamin Netanyahu na Assembléia Geral da ONU apresentando o mapa do “Novo Oriente Médio” sem incluir Gaza e a Cisjordânia.

A pesquisadora do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (USP), Karina Stange Caladrin, que também é assessora do Instituto Brasil-Israel, ressalta que o projeto do Novo Oriente Médio busca fortalecer as lideranças sunitas em oposição às xiitas. Karina Stange Caladrin explica que o projeto do Novo Oriente Médio busca fortalecer as lideranças sunitas em oposição às xiitas.

Em especial, a Arábia Saudita, que é uma grande aliada dos Estados Unidos e rival histórica do Irã, que é uma nação de maioria xiita. O projeto criaria uma plataforma para exportação de petróleo e gás passando por Israel. “Ainda mais a partir dos portos de Israel e do relacionamento que Israel tem com as potências ocidentais”, avaliou Karina.

Israel assume gás

De acordo com o relatório da Agência da ONU para o Comércio e Desenvolvimento, o período em que as descobertas de gás natural foram feitas no mar da Faixa de Gaza coincidiu com crises políticas, indo da 2ª intifada – revolta palestina contra a ocupação israelense iniciada em 2000 – até o isolamento e o bloqueio de Gaza a partir de 2007.

Em 1999, a companhia BG Group (BBG) assinou um contrato de 25 anos de exploração de gás com a Autoridade Nacional Palestina (ANP), que atualmente controla apenas 18% da Cisjordânia, mas na época controlava também Gaza. No entanto, em 2003, Israel proibiu que os recursos fossem para a ANP afirmando que eles poderiam ser usados ​​para apoiar o terrorismo.

“A BGG tem lidado com o governo de Israel efetivamente ignorando a autoridade governante em Gaza com relação aos direitos de exploração e desenvolvimento sobre os campos de gás natural”, afirma o relatório da Unctad, acrescentando que “os campos de gás natural de Gaza foram, em violação ao direito internacional, de fato integrados às instalações offshore de Israel, que são contíguas às da Faixa de Gaza”.

A agência da ONU destaca também o controle que Israel assumiu sobre o campo de petróleo e gás natural de Meged, localizado dentro da Cisjordânia na área administrada por Israel. “Meged foi descoberto na década de 1980 e começou a produção em 2010. Suas reservas são estimadas em cerca de 1,5 bilhão de barris de petróleo, bem como algum gás natural”, afirmou.

Um homem corre entre os escombros de edifícios destruídos após uma operação israelense no campo de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza – Foto: Eyad Baba / AFP

7 de outubro e Europa

O ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 teve efeitos imediatos na exploração de gás offshore na região, com Tel-Aviv fechando o campo de Tamar, que produziu, em 2022, 47% do gás de Israel. Com isso, a exportação para o Egito foi suspensa, embora parte dela tenha sido redirecionada para a Jordânia.

De acordo com a pesquisa do centro de estudos da Oxford, essa mudança põe dúvidas sobre a proposta de a União Europeia substituir o gás russo cortado após Moscou invadir a Ucrânia por produção do Mediterrâneo Oriental. De acordo com os pesquisadores, o “clima geral de investimentos” na exploração de gás em Israel pode ser comprometido.

Os pesquisadores da Oxford citam acordo firmado em junho de 2022 entre Egito, Israel e União Europeia afirmando que as “partes se esforçarão para trabalhar coletivamente para possibilitar uma entrega estável de gás natural para a União Europeia”.

Apesar das incertezas após o 7 de outubro, o fornecimento de gás para o mercado interno de Israel não foi prejudicado com o fechamento do campo de Tamar. “principalmente por causa do aumento do campo de Karish, mas os volumes de exportação serão afetados”, concluíram.

Grande Israel

Para a pesquisadora da USP Karina Stange Caladrin, a questão econômica do petróleo e gás é importante para entender o conflito atual no Oriente Médio, mas a especialista avalia que posições religiosas dos partidos de extrema-direita israelenses, que querem tomar terras árabes, têm um peso ainda mais importante no conflito.

“Há interesse em expandir essa exploração de gás porque isso ajudaria economicamente o país, mas acho que há outras questões mais importantes. Hoje, dentro da coalizão que governa Israel, tem os partidos religiosos e de extrema direita que veem a ocupação de Gaza, ou até mesmo do sul do Líbano, como uma justificativa religiosa, da Grande Israel e da terra bíblica de Israel”, afirma.

Algumas correntes dentro do governo israelense têm defendido a proposta da Grande Israel, que prevê a expansão do território controlado por Tel-Aviv do Rio Nilo ao Rio Eufrates, tomando partes do Egito, Iraque, Jordânia, Líbano e até Arábia Saudita. A proposta da Grande Israel existe desde o início do movimento sionista, que deu origem ao Estado de Israel.

O pesquisador Roberto Kocher cita que já está sendo anunciada a venda de terras no Lìbano e em Gaza exclusivamente para judeus. “O processo de incorporação de terras está em marcha. Agora mais intensamente em Gaza, em segundo lugar, na Cisjordânia e, em terceiro lugar, no Líbano”, afirma.

Atualmente, existem cerca de 700 mil colonos ocupando terras na Cisjordânia. Esses assentamentos são considerados ilegais pelo direito internacional, segundo declarou em julho deste ano a Corte Internacional de Justiça (CIJ), ligada à ONU. Em resposta, o governo de Israel voltou a afirmar que as terras são do Estado judeu.

Bombardeio de Israel em Rafah, ao sul da Faixa de Gaza, causou incêndios e deixou ao menos 45 mortos – Foto: Reprodução / Reuters TV

Água

A autonomia do povo palestino também exigiria uma nova divisão das águas da região, já que os israelenses consomem, por ano, quase oito vezes mais recursos hídricos que os palestinos. Enquanto o consumo médio per capita de água de um israelense é de 1,9 mil metros cúbicos (m³) por ano, o do palestino é de 238 m³ por ano.

Em 2004, mais de 85% da água palestina da Cisjordânia havia sido tomada por Israel, servindo para cobrir 25% da necessidade de água dos israelenses, segundo dados da Agência da ONU para Comércio e Desenvolvimento.

Segundo a agência da ONU, a ocupação da Palestina por Israel limita o acesso à água dos palestinos. “Os palestinos também têm negado seu direito de utilizar recursos hídricos do Rio Jordão e do Rio Yarmouk.

Os fazendeiros da Cisjordânia historicamente usaram as águas do Rio Jordão para irrigar seus campos, mas essa fonte foi poluída, com Israel desviando os fluxos de água ao redor do Lago Tiberíades para o baixo Jordão”, destacou a organização.

*Com informações de IG

Após a entrega de quadra, moradores do Presidente Vargas usufruem do espaço reformado

Foto: Divulgação / Seminf

Três meses após a inauguração, a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf), realizou uma visita à quadra Socorro Cabo Verde, localizada entre as ruas Barcelos e Santa Quitéria, no bairro Presidente Vargas, conhecido como Matinha, na zona Sul da cidade. A comunidade criou uma agenda de atividades e tem aproveitado intensamente o espaço, praticando diversas modalidades esportivas.

“Essa quadra foi entregue em agosto deste ano, dentro das ações voltadas as práticas esportivas da nossa capital. O prefeito David Almeida determinou a reforma, pois aqui há um grande público que utiliza o espaço. Incluindo equipes e alunos das escolas próximas que praticam diferentes modalidades. À noite, o local é destinado a projetos sociais”, explicou o vice-prefeito e secretário de Obras, Renato Junior.

A quadra passou por uma ampla reforma, incluindo a instalação de uma nova estrutura metálica, finalização das laterais para a cobertura, alambrados, pintura, arquibancada, dois banheiros, um escritório, uma copa, rampa de acessibilidade, suporte para basquete e dois portões de entrada. O espaço é adequado para futsal, voleibol, mini vôlei, basquetebol e badminton.

“A quadra está muito melhor. Agora, a comunidade pode desenvolver atividades físicas com mais conforto e segurança, especialmente devido à cobertura reformada, que evita que nos molhemos em dias de chuva. Durante o dia, grupos praticam várias modalidades, enquanto à noite o espaço é utilizado para lazer e saúde, por meio de projetos sociais”, relatou Tárik Nina, professor de Educação Física.

Desde o início da atual gestão municipal, a prefeitura, por meio da Seminf, reformou e entregou mais de 20 complexos esportivos em diversas zonas da cidade e continua trabalhando na reforma de novos espaços.

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