William Alemão propõe audiência pública para discutir desafios culturais em Manaus

Atores de Harry Potter dizem ter dificuldade de ver filmes ‘do jeito certo’

“Harry Potter: Bruxos da Confeitaria” é o mais novo conteúdo envolvendo a famosa saga de filmes, com episódios já disponíveis na Max. Apresentado pelos gêmeos James e Oliver Phelps, conhecidos mundialmente por viverem Fred e George Weasley, o reality show leva o universo mágico para a cozinha, transportando os competidores aos cenários originais usados nos oito filmes.
Para a dupla de atores, esta é uma oportunidade de voltar ao mundo da magia que viveram por tantos anos, uma vez que, segundo contaram, não conseguem assistir aos longas da “maneira correta”.
“Não consegui assistir aos filmes como deveria. Desde o primeiro, quando tento, paro de prestar atenção porque me lembro do que estávamos fazendo enquanto filmávamos. Quando eles passam na TV, eu paro para ver, mas depois de um tempo, acabo me perdendo nas lembranças.” afirmou Jaime Phelps
Oliver compartilha da sensação do irmão, e diz assistir às suas próprias cenas para logo em seguida começar a lembrar dos bons momentos. “Até hoje, 20 anos depois, ainda me lembro do que estávamos fazendo. Por exemplo: tem uma sequência que acontece no Salão Principal que, logo depois, fomos assistir a um jogo importante da Inglaterra que acontecia no estádio de Wembley. Me lembro de estarmos todos muito animados para terminar as gravações e irmos acompanhar a partida. Então, não assisto em ordem, da maneira correta. Para mim, é mais um salto para reviver boas lembranças.”
Quem não deixa a memória sumir também são os fãs da saga que, mesmo após duas décadas, reconhecem os intérpretes dos irmãos Wesley. “Mesmo ontem, eu estava andando na rua e uns caras que estavam almoçando nos reconheceram”, conta Oliver. “Ainda é muito especial que as pessoas nos associem aos personagens. Mas existe aquele amor por todas as coisas que envolvem Harry Potter.”
Para o ator de George, “Harry Potter: Bruxos da Confeitaria” é uma maneira de sanar a falta de conteúdos sobre a saga. “Como pudemos ver com este reality show, a demanda existe, e há muitas reações a tudo o que foi lançado.”
De volta ao mundo mágico
Oliver Phelps contou ter sido rapidamente convencido a aceitar o convite para apresentar o programa ao lado do irmão. “O conceito em si já era muito atraente para nós, pois somos fãs de programas gastronômicos de qualquer maneira, mas também sabemos muito sobre o mundo mágico.”
“Estávamos muito entusiasmados por poder fazer parte disso e ver esses especialistas em suas áreas fazerem o que fazem de melhor. A parte mais difícil, porém, foi conseguir não comer tudo o que preparavam.” disse Oliver Phelps.

A cada semana, os participantes de “Harry Potter: Bruxos da Confeitaria” enfrentam novos desafios inspiradas em temas do mundo mágico. Tudo observado por um poderoso time de jurados, incluindo Carla Hall e Jozef Youssef, além de contar com participações especiais de astros da saga, como Evanna Lynch (Luna Lovegood) e Bonnie Wright (Gina Weasley).
Os bruxos confeiteiros precisam impressionar no sabor e encantar com toques de pura magia, para descobrir quem ganhará a Wizards of Baking Cup e o destaque no livro de receitas do mundo mágico.
Os competidores também eram grandes fãs de Harry Potter e seus conhecimentos chocavam até mesmo Oliver e Jaime. “Eles sabiam de detalhes que eu não fazia ideia”, revela Jaime. “Houve uma equipe que desenhou um pomo de ouro [artefato usado nos jogos de Quadribol] e, literalmente, penso em todos os detalhes, como tamanho, peso e cores. Foi impressionante”, diz o ator.
Os episódios de “Harry Potter: Bruxos da Confeitaria” chegam semanalmente à Max. Ao todo são seis capítulos.
*Com informações de Uol
Ato público da prefeitura contra o feminicídio reúne mulheres no CSU do Parque 10
A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), realizou, na tarde desta quarta-feira, 20/11, no Centro Social Urbano (CSU) do Parque 10, um ato público com o tema “Feminicídio Zero”, em alusão aos 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher.
Promovido no Dia Nacional da Consciência Negra, o evento reuniu autoridades, movimentos sociais e a comunidade para reforçar o compromisso no combate à violência contra a mulher, com foco na prevenção do feminicídio.
A primeira-dama da cidade de Manaus, Izabelle Fontenelle, esteve presente no ato e ressaltou a necessidade acerca da discussão em volta dos diferentes contextos que levam milhares de mulheres à morte todos os dias.
“O violentador começa a matar uma mulher por meio de atos vistos como menores, com uma violência que muitas vezes é psicológica. O maior dever da sociedade, em conjunto, é proteger a mulher e fazer com que ela saiba que não está sozinha, não apenas por ter amigos e familiares que a apoiam, mas por haver público que se une à sociedade em prol dela”, destacou.
O tema “Feminicídio Zero” reafirma o objetivo de erradicar esse crime brutal por meio da conscientização da sociedade, fortalecimento da rede de proteção e incentivo à denúncia por meio dos canais municipais, como os números 0800 092 1407 / 0800 092 6644 ou Disque 180.
Para a secretária Dermi Rayol, da Semasc, a programação da campanha é um dos diversos exemplos do “olhar diferenciado” que a gestão municipal tem tido ao trabalhar a garantia de direito das mulheres manauaras.
“É um dia muito importante para nós, já que mais uma vez nos colocamos na linha de frente da luta por qualidade de vida para meninas e mulheres em Manaus. Nesta gestão, inauguramos a primeira casa de acolhimento municipal para mulheres vítimas de violência e pretendemos ampliar ainda o enfrentamento a esse problema por meio de campanhas como essa”, explicou.
As atividades dos 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra mulheres, iniciadas oficialmente nesta quarta, seguem até o dia 10 de dezembro, data em que se comemora o Dia Internacional dos Direitos Humanos. De acordo com a subsecretária de Políticas Afirmativas para Mulheres e Direitos Humanos da Semasc, Graça Prola, um dos intuitos é desenvolver um processo de conscientização que atinja, principalmente, os homens da capital.

“Um de nossos maiores objetivos é ocupar esses espaços de maioria masculina para levar a mensagem do ‘Feminicídio Zero’, levar o combate à violência contra a mulher, levar informação e conscientização para o público masculino também é garantir vida plena para as mulheres de nossa cidade”, detalhou a subsecretária.
Empreendedorismo
Paralelamente ao ato, a 3ª Edição da Feira do Empreendedorismo Preto, também realizada com a parceria da prefeitura, no CSU, levou diversos empreendedores para apresentarem seus produtos à comunidade, como artesanato, vestuário, gastronômico, entre outros. Para o organizador do evento, o babalorixá José Manoel Leite, o empreendedorismo negro e o enfrentamento à violência contra a mulher são dois temas que andam lado a lado.
“Entendemos que o empreendedorismo pode salvar vidas, principalmente a vida de mulheres pretas que muitas das vezes dependem de seus agressores. Hoje é um dia muito importante para nós e estamos imensamente satisfeitos em poder receber o lançamento de uma campanha tão necessária”, afirmou Leite.
De acordo com dados da Central de Atendimento à Mulher, responsável pelo Disque 180, mais de 61% das denúncias referentes à violência doméstica tem como vítimas mulheres negras ou pardas.
O evento no CSU do Parque 10 demonstrou que, com parcerias e a união da comunidade, é possível avançar na luta contra o feminicídio e outras formas de violência.
Negociações sobre financiamento climático enfrentam fase “mais difícil” na COP29
Os países presentes na cúpula climática COP29 foram avisados nesta quarta-feira que a “parte mais difícil” estava prestes a começar nas negociações sobre quanto dinheiro deve ser fornecido aos países em desenvolvimento para ajudá-los a lidar com as mudanças climáticas.
Definir a forma desse financiamento — quem paga e quanto — é a principal tarefa das negociações climáticas anuais da ONU deste ano. Com o prazo final de sexta-feira se aproximando, a frustração com a falta de progresso começava a transparecer nas salas de negociação.
Yalchin Rafiyev, negociador-chefe do anfitrião da cúpula, o Azerbaijão, disse que “agora começa a parte mais difícil”, antes de um novo texto que deve ser apresentado à meia-noite (horário local) na capital Baku.
O progresso na cúpula anual normalmente é marcado por documentos preliminares regulares, que são reduzidos a um acordo final.
Países ricos e em desenvolvimento estão bastante divididos quanto ao tamanho da nova meta. Ela substituirá uma promessa feita pelos países desenvolvidos em 2020 — entregue com dois anos de atraso — de fornecer 100 bilhões de dólares por ano em financiamento climático.
Adonia Ayebare, de Uganda, que preside o grupo G77 e China de mais de 130 países em desenvolvimento, disse que sua demanda era que as nações ricas fornecessem 1,3 trilhão de dólares em financiamento público para o clima por ano.
“A frustração é que o outro lado não nos deu uma contraproposta”, disse Ayebare à Reuters.
“Estamos ouvindo falar de 300 bilhões de dólares. Mas se isso for verdade, é realmente inaceitável. É embaraçoso”, disse.
Outro negociador de um país em desenvolvimento disse à Reuters que a União Europeia havia proposto 200 bilhões de dólares ou 300 bilhões de dólares em conversas informais. Mas a UE afirmou nesta quarta-feira que não tinha uma posição oficial sobre o montante.
O comissário climático da UE, Wopke Hoekstra, disse que o bloco não está disposto a falar sobre o valor até que tenha mais detalhes estruturais, acrescentando: “Caso contrário, você terá uma cesta de compras com um preço, mas não saberá exatamente o que está lá dentro”.
*Com informações de Terra
Projeto de Lei do deputado Cristiano D’Angelo busca impulsionar eventos literários no Amazonas
Reconhecendo a importância da leitura e da cultura literária na formação do indivíduo, o deputado estadual Cristiano D’Angelo (MDB) apresentou o Projeto de Lei (PL) n° 332/ 2024, que institui diretrizes de “Fomento às Feiras Literárias e Festivais do Livro no Amazonas”. A proposta foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) e segue para sanção governamental.
Para o deputado, o PL representa um grande avanço para a cultura do Estado. Ao criar eventos literários e a formação de novos leitores, o projeto promete enriquecer a vida cultural da população e promover o desenvolvimento intelectual, valorizando a identidade local.
“Esse projeto é um passo importante para nossa cultura, promovendo não apenas novos leitores, mas também a valorização do hábito de leitura e da preservação da nossa história. Ao apoiar eventos literários e iniciativas educacionais, reforçamos a identidade cultural do Amazonas e incentivamos o desenvolvimento intelectual de nossa população.”, declara Cristiano D’Angelo.
A Lei Federal n° 13.696/2018 consagrou a leitura e a escrita como direitos fundamentais do cidadão brasileiro, abrindo caminho para uma vida mais plena e participativa. A Lei instituiu uma Política Nacional de Leitura e Escrita, com o objetivo de democratizar o acesso a livros e bibliotecas, fortalecer a rede de bibliotecas públicas e estimular a prática da leitura em todo o país.
Dentre as feiras mais conhecidas do Brasil está a Bienal Internacional do Livro, que acontece nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Esse tipo de evento não se limita às exposições de exemplares para venda, eles estão cada vez mais ricos em programações.
Com a aprovação do projeto do deputado, o estímulo e a difusão do hábito de leitura serão promovidos entre a população. “Existe uma demanda regional pelos eventos literários. É necessário promover palestras, oficinas, leituras compartilhadas e até bate-papos com autores”, conclui o parlamentar.
Contra grilagem, projeto quer lei para proteger Amazônia; veja como ajudar

Em entrevista à Mongabay, Ângela Mendes, coordenadora do Comitê Chico Mendes, disse: “O Brasil não conhece a Amazônia”. Foi a partir dessa necessidade, de despertar o país para as questões que impactam a floresta, que nasceu a campanha Amazônia de Pé.
Criada pela ONG Nossas, mas com o apoio de 250 organizações espalhadas pelo país, incluindo o Comitê Chico Mendes, ela tem por objetivo reunir um milhão e meio de assinaturas físicas para um Projeto de Lei de Iniciativa Popular (Plip) que vai no cerne da questão no que se refere à Amazônia: a destinação de terras públicas cobertas por florestas.
“São 57 milhões de hectares de florestas públicas na Amazônia Legal, áreas que sofrem com os índices mais altos de queimada, as maiores taxas de violência dentro do campo, muito em função da grilagem.” A fala é de Renata Ilha, coordenadora de parcerias da campanha e que esteve diretamente envolvida na criação do Plip.
Ela se refere às Florestas Públicas Não Destinadas (FPND), áreas florestais pertencentes aos governos estaduais ou federal que ainda não tiveram seu uso decretado.
Na Amazônia, correspondem a 14% da extensão do bioma — o equivalente à soma dos territórios de Espanha e Portugal. Segundo nota técnica do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) de fevereiro de 2022, um terço do desmatamento da Amazônia nos últimos três anos ocorreu nessas áreas.
Grilagem é um termo de longa data, nasceu há centenas de anos, e diz respeito à obtenção ilícita de terras públicas sem autorização do órgão competente e em desacordo com a legislação. Antigamente, havia a prática comum de forjar escrituras e colocá-las em caixas com grilos. As fezes dos animais tornavam o papel amarelado, dando uma aparência de documento antigo – o que parecia “legitimar” a posse da propriedade.
Para a grilagem acontecer hoje, conta Renata, é ainda mais simples. Basta um computador com internet: “No governo Bolsonaro, as pessoas entram em um site e registram o Cadastro Ambiental Rural (CAR) em áreas enormes, muitas vezes com mais de quinze hectares – deixando claro o perfil de quem está por trás disso. Não se trata de população tradicional ou família produtora”.
É importante dizer que a destinação de florestas públicas já havia sido prevista enquanto legislação anteriormente no Brasil em 2006, com a Lei de Florestas Públicas, mas – segundo Renata – a lei não “pegou” porque não especificava do que se tratava o termo “fins de conservação” nem estabelecia prazos para a destinação.

“No Plip Amazônia de Pé, a gente avança nesses dois pontos. Estamos dizendo que ‘fins de conservação’ compreende: Unidades de Conservação, territórios indígenas, territórios quilombolas, e pequenos produtores rurais que ocupam, de forma sustentável e há pelo menos quatro gerações – na chamada posse pacífica -, pequenas áreas”, explica Renata.
O outro aspecto fundamental desse projeto é o estabelecimento de prazos: “Ele prevê, por exemplo, que, em florestas públicas onde já existe demanda de populações indígenas e quilombolas, o reconhecimento delas seja feito até 2026”.
Dando visibilidade à Amazônia
“Com a campanha, a gente conseguiu trazer, em nível nacional, a pauta Amazônia. E em um momento muito importante, um ano eleitoral, puxando mais para perto deputados federais e estaduais que apoiam a causa”, diz Leila Borari, mobilizadora da Amazônia de Pé e ativista ambiental indígena — alguém que, como ela mesma diz, está “no olho do furacão”.
De Alter do Chão, no Pará, Leila vê, diariamente, abusos e violências acontecerem a todo tempo: “Há quinze dias, bateram na minha porta. Era um homem falando que uma pessoa havia aparecido no terreno dele se dizendo dona da propriedade, com o CAR nas mãos. Eu o orientei a fazer o que é possível para o momento: contatar o setor agrário do Ministério Público Estadual para registrar uma denúncia. Enfim, são terras, inclusive indígenas, ocupadas de forma indevida… Temos um rio aqui, que é o rio onde a gente se banhava na infância, todo contaminado pelo mercúrio que vem da mineração ilegal em Terra Indígena”, lamenta.
Para além das horrores pontuais que afetam quem vive no território amazônico, é sabido que a floresta tem papel fundamental na regulação climática e no regime de chuvas, e que, inclusive, interfere na produção agrícola – atingindo milhões de pessoas.
A todo momento, as árvores amazônicas bombeiam as águas do solo de volta para a atmosfera, em um fenômeno chamado evapotranspiração.
Essa umidade, transportada pelo vento, alcança a Cordilheira dos Andes e seu imenso paredão faz com que parte dela precipite ali mesmo, alimentando nascentes de rios. A outra parte segue para o interior do continente, espraiando-se sobre as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.
Diminuindo o número de árvores, há menos umidade e chuva para banhar as plantações, que são prejudicadas. Isso resulta na escassez de alimentos por conta do clima seco e faz com que aqueles que cheguem ao mercado tenham preços acima da média. O desmatamento não favorece, inclusive, o agronegócio.
Levar essas informações, aproximando a floresta de quem não a vê como parte da sua realidade diária, é um dos objetivos e conquistas da campanha Amazônia de Pé.

Até o momento, com a grande mobilização em todos os cantos do Brasil, já foram coletadas em torno de 60 mil assinaturas. “Eu acompanho a campanha com muita verdade, ânimo e esperança”, diz Leila Borari.
A coleta de assinaturas
Para que o Projeto de Lei possa dar entrada no Congresso Nacional, em Brasília, é necessário que haja o número mínimo de um milhão e meio de assinaturas físicas de pessoas (votantes) de cinco estados diferentes da Federação, algo que corresponda a 3% do eleitorado de cada um deles.
Karina Penha, coordenadora de mobilização da campanha, falou de algumas ações de comunicação que vêm sendo feitas a fim de atingir a abrangência e o volume de assinaturas necessários: “Quando a gente construiu o projeto, desenhamos várias táticas. Pensamos que, para descentralizar a pauta, seria necessário ter núcleos de voluntários em várias cidades, mobilizar ativistas digitais, organizar a Virada Cultural Amazônia de Pé, o que aconteceu no começo de setembro [em várias cidades simultaneamente], e, também, participar de outros eventos, como o Rock in Rio”.
Rayandra Nunes, de 23 anos, é manauara e esteve como voluntária no evento na capital fluminense. Ela nos contou da experiência: “Eu era uma das poucas pessoas do Norte e foi muito importante para mim ver essa mobilização em forma nacional. A gente, que está no coração da Amazônia, às vezes fica se perguntando se as pessoas fora dali conseguem entender a importância da floresta para todo mundo, mas a receptividade foi incrível. Em um único dia de festival, coletamos três mil assinaturas”.
Amazônia de Pé nas Escolas foi uma outra ação implementada e da qual Karina participou ativamente: “O nosso objetivo era conseguir que muitas escolas do Brasil falassem sobre a Amazônia e fizessem alguma ação. Criamos um programa em que ofertamos material, oficina e mentoria para facilitar esse processo”.
O colégio Carandá, em São Paulo, foi uma das escolas inscritas. Lá, eles coletaram 262 assinaturas e ficaram em terceiro lugar na lista de instituições que integraram o programa de formação, considerando a quantidade de participantes envolvidos na campanha e de assinaturas adquiridas.
“Fizemos três pontos de coleta, que funcionaram por 15 dias. A ideia é continuar: em outubro haverá um evento que envolve toda a comunidade escolar, onde teremos essa ação também”, diz Juliana Chinellato, professora de Ciências envolvida na ação.
Para ajudar na campanha Amazônia de Pé, clique aqui.
*Com informações de Uol
Unidade Móvel de Atendimento à Mulher da prefeitura leva serviços a diferentes bairros a partir desta quinta-feira, 21/11
Como parte dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra Mulheres e Meninas em Manaus”, a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), promove, a partir desta quinta-feira, 21/11, atendimentos itinerantes por meio da Unidade Móvel de Atendimento à Mulher.
A unidade levará, entre 8h e 13h30, atendimento psicossocial, orientação jurídica, emissão da 2ª via da Certidão de Nascimento e encaminhamentos para outros serviços para as zonas Leste e Norte da cidade, começando pelo bairro Cidade de Deus, na zona Norte.
“É importante entender que mulheres em situação de vulnerabilidade precisam ter acesso a serviços sociais públicos e outros programas, pois entendemos que é por meio deste acesso, da oportunização de emprego e do desenvolvimento de sua autonomia que elas poderão dar fim ao ciclo de violência que possam estar vivendo”, destacou a subsecretária de Políticas Afirmativas para Mulheres e Direitos Humanos da Semasc, Graça Prola.
A campanha “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra Mulheres e Meninas em Manaus” é fruto de uma articulação entre a Prefeitura de Manaus, o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM) e Organizações da Sociedade Civil (OSCs) da capital. O objetivo é promover e intensificar ações efetivas entre os meses de novembro e dezembro para combater as várias formas de violência praticadas contra mulheres no município.
Cronograma de paradas da Unidade Móvel de Atendimento à Mulher
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21/11 (quinta-feira) – Comunidade Wotchimaucu, rua São Salvador, nº 115, bairro Cidade de Deus;
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25/11 (segunda-feira) – Associação Sumaúma Vermelha, avenida Getúlio Vargas, nº 1750, bairro Colônia Antônio Aleixo;
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27/11 (quarta-feira) – Cras Alfredo Nascimento, rua 8, nº 326, bairro Cidade Nova;
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28/11 (quinta-feira) – Aldeia Karuara, rua Diana, s/nº, bairro Jorge Teixeira;
Bolsonaro deu aval a golpe até 31 de dezembro de 2022, aponta relatório da PF
Um relatório da Polícia Federal ( PF ) revelou que o ex-presidente Jair Bolsonaro teria autorizado ações golpistas até o último dia de seu mandato, 31 de dezembro de 2022.
A informação surge em meio à investigação sobre um plano que visava o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) , do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
O que dizem as investigações
Segundo a PF, a informação sobre o aval de Bolsonaro foi repassada pelo general Mario Fernandes ao então ajudante de ordens da Presidência, Mauro Cid. Em mensagens obtidas pela polícia, Fernandes afirmou:
“Durante a conversa que tive com o presidente, ele citou que o dia 12, pela diplomação do vagabundo [Lula], não seria uma restrição, que isso pode, que qualquer ação nossa pode acontecer até 31 de dezembro e tudo”.
Nesta terça-feira (19), a PF prendeu quatro militares das Forças Especiais e um policial federal suspeitos de planejar os assassinatos de Lula, Alckmin e Moraes. Além disso, eles também teriam discutido a execução de um golpe de Estado após a vitória de Lula nas eleições de 2022.
Um documento da PF também mostrou conversas entre o ex-ajudante de ordens da Presidência e o ex-comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, nas quais Cid afirma que Bolsonaro ajudava a escrever a minuta golpista.
Uso de veneno e explosivos
De acordo com o relatório, os envolvidos chegaram a considerar o uso de veneno e explosivos nos ataques. Um documento apreendido com Mario Fernandes descrevia “danos colaterais passíveis e aceitáveis”, o que incluiria até mesmo a morte da equipe de segurança de Moraes.
Em mensagens trocadas com Mauro Cid no dia 8 de dezembro de 2022, Fernandes reforçou que o grupo não poderia “perder oportunidades”, lamentando que já haviam perdido outras. Ele também mencionou que as manifestações contrárias à vitória de Lula poderiam “esmaecer ou recrudescer”, dependendo das ações do grupo.
*Com informações de IG
Sema amplia diálogo com lideranças comunitárias sobre projetos de REDD+ em Unidades de Conservação

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) esteve reunida, nesta terça-feira (19/11), com 37 lideranças de três Unidades de Conservação (UC) do baixo Rio Negro, para estreitar o diálogo a respeito de Projetos de Carbono nas áreas protegidas. O encontro marca o início das consultas públicas às comunidades, para a construção participativa das iniciativas.
O encontro na sede da Sema, em Manaus, reuniu lideranças das Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro e da Puranga Conquista, além do Parque Estadual Rio Negro Setor Norte. A reunião faz parte dos processos de Consentimento Livre, Prévio e Informado (CLPI), que antecedem a implementação efetiva das iniciativas nos territórios protegidos.
“Talvez essa seja a etapa mais importante, porque é a fase de consulta às comunidades. É a partir dessas consultas que o Governo contrata, ou não, os projetos que foram previamente selecionados em edital”, explicou o secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira.
Este é o primeiro momento de conversa com as lideranças, acrescentou o secretário da Sema. “Depois, essas conversas vão para dentro das comunidades, com apoio da Secretaria do Meio Ambiente e das lideranças, porque, acima de tudo, esses projetos de carbono só fazem sentido se estiverem na medida das necessidades de cada comunidade”, ressaltou Eduardo Taveira.
Este encontro é o primeiro de uma série de outros encontros marcados com as lideranças das 21 Unidades de Conservação, que tiveram propostas pré-aprovadas de projetos de REDD+, voltados para gerar créditos de carbono a partir de iniciativas que impulsionem a Redução de Emissões do Desmatamento e da Degradação Florestal.
Após as reuniões com as lideranças, a Sema dará início a um cronograma de reuniões presenciais dentro das Unidades de Conservação, a partir de fevereiro de 2025, para garantir que as decisões sobre os projetos considerem as necessidades e a participação ativa dos moradores. Apenas depois desta etapa, com a anuência dos comunitários, o Estado poderá assinar contrato com a instituição habilitada, para então iniciar a construção participativa dos projetos e a sua efetiva implementação.
“A consulta às comunidades é papel essencial para que haja, efetivamente, um diálogo social e institucional que vai garantir toda a comunicação, todo direito de informação e transparência, que é essencial de um projeto de REDD. O Estado do Amazonas, por meio da Sema, vem cumprindo esse papel, dando ênfase à participação comunitária”, ressaltou o Procurador do Meio Ambiente da Procuradoria Geral do Estado do Amazonas (PGE-AM), José Gebran, que participou do encontro.
Repartição de benefícios
Durante mais de seis horas, Sema e lideranças estiveram juntas para esclarecer as principais dúvidas sobre créditos de carbono, que ganhou maior destaque a partir de 2019, com a construção dos instrumentos legais necessários para possibilitar a remuneração por resultados positivos de REDD+ no Estado.

Em sua fala inicial, o secretário da Sema ressaltou que os projetos de REDD+ são mecanismos de Pagamento por Serviços Ambientais. E que é direito das comunidades o recebimento de recompensa, pela realização de atividades que ajudam a reduzir pressões ambientais e a conservar o meio ambiente, como é o turismo comunitário, o manejo sustentável e a agricultura familiar.
“Esse Pagamento por Serviço Ambiental é previsto em Lei (nº 4.266, de 1º de dezembro de 2015) e todo serviço ambiental é prestado pelas comunidades, que precisam ser remuneradas por ele, por isso a urgência do Governo em estabelecer, priorizar e tirar do papel, para que a gente pudesse ter a articulação e a execução dos projetos de REDD+ nas Unidades de Conservação”, pontuou Taveira.
Com a proposta de promoção de alto impacto social, os recursos captados pela venda de créditos de carbono têm garantia de benefício direto nas comunidades. Dos recursos captados, os Agentes Executores com propostas habilitadas poderão reter até 15% de taxa administrativa, conforme o Edital nº002/2023. Do restante, 50% serão obrigatoriamente investidos na UC onde os créditos foram gerados, à critério das prioridades estabelecidas pelas próprias comunidades.
Os outros 50% serão destinados ao Fundo Estadual de Mudanças Climáticas (Femucs), para melhorar as estruturas da gestão ambiental e, sobretudo, garantir a sustentabilidade financeira do Programa “Guardiões da Floresta” (antigo Bolsa Floresta).
Impacto social
Para os comunitários, a reunião foi importante para estreitar a comunicação entre as partes envolvidas e entender como a venda dos créditos de carbono poderá ser convertida em qualidade de vida para os moradores das Unidades de Conservação. É o que ressaltou o presidente da Associação-Mãe da RDS Rio Negro, Viceli Costa. Segundo ele, o encontro representa um avanço na agenda, que é aguardada com grande expectativa pelos moradores.
“A expectativa é muito boa, porque a gente tem toda uma linha de tempo para a gente planejar junto, ou seja, discutir junto à comunidade, Associação-Mãe e Governo, as prioridades das comunidades. É uma expectativa muito grande de que vai mudar muito as vidas das famílias”, destacou Viceli Costa.
O presidente da Associação-Mãe da RDS Puranga Conquista, Raimundo Leite, parabenizou o encontro. “Foi importante para que a gente consiga entender quais são esses mecanismos se tratando de REDD+. O esclarecimento do secretário Eduardo Taveira foi essencial para que a gente consiga, daqui para frente, ter um diálogo e uma discussão com as comunidades para um nível de entendimento, saber o que é isso, e como aconteceu para chegar a esse momento para nós trabalharmos o desenvolvimento do projeto da melhor forma possível”, completou.
Clientes do Shopping Ponta Negra podem realizar desejos de Natal de crianças do abrigo Moacyr Alves
