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Brasil sobe cinco posições em ranking de IDH e supera patamar pré-Covid pela primeira vez

Foto: Assessoria / Águas de Manaus

O Brasil subiu cinco posições no ranking de desenvolvimento humano da ONU (Organização das Nações Unidas) entre 2022 e 2023, da 89ª para a 84ª posição (o índice passou de 0,760 para 0,786, considerado alto). O país voltou à posição registrada em 2020 e superou pela primeira vez o patamar pré-pandemia de 0,764, alcançado em 2019.

Ainda assim, o Brasil continua abaixo de vizinhos como Peru, Colômbia, Uruguai, Argentina e Chile. Também foi ultrapassado pelo Azerbaijão, com quem havia empatado no levantamento anterior na 89ª posição.

A alta brasileira foi puxada pelo avanço de 73,4 anos na expectativa de vida registrada em 2022 para 75,8, em 2023. Também houve crescimento do PIB per capita considerando paridade de poder de compra para US$ 18.011, contra US$ 14.616 no ano anterior.

Os indicadores educacionais, no entanto, ficaram estagnados. O período que uma pessoa deveria passar na escola em 2023 era de 15,8 anos (eram 15,6 anos em 2022), mas a população teve, em média, só 8,4 anos de ensino formal (8,3 anos no ano anterior).

De acordo com a economista-chefe da Unidade de Desenvolvimento Humano do Pnud Brasil, Betina Ferraz Barbosa, os números de saúde e renda sofrem reflexos diretos da conjuntura, a exemplo do efeito da mortalidade da Covid-19 na expectativa de vida, enquanto uma política pública leva anos para mudar as condições da educação.

No Brasil, diz Barbosa, a diferença entre o tempo de ensino indicado em planos educacionais e o período de fato na escola mostra que o problema da evasão persiste. “Depois de um vácuo de anos, tivemos, nos últimos dois anos, a implementação do programa pé-de-meia [que destina um incentivo financeiro para os alunos concluírem o ensino médio], mas ainda não dá para medir se isso mudou algo.”

Considerando o período desde 1990, a alta foi grande: o índice era de 0,62 naquele ano, uma alta de 26,7%.

“Entre 1990 e 2023, a expectativa de vida ao nascer no Brasil aumentou em 9,99 anos, os anos esperados de escolaridade aumentaram em 1,70 ano e a média de anos de escolaridade aumentou em 4,74 anos. A renda nacional bruta per capita do Brasil aumentou cerca de 47,9% nesse período”, afirma o relatório.

O país mais desenvolvido em 2023 foi a Islândia, que subiu duas posições após registrar avanços na educação, pontuando 0,972 no IDH.

Com um índice de 0,388, o Sudão do Sul acabou na última posição. A nação, independente desde 2011, registra o menor PIB per capita do mundo (US$ 688) e está sob guerra civil desde 2023.

Já em 2024, o crescimento do índice de desenvolvimento humano (IDH) global registrou o nível mais baixo desde 1990, quando a ONU começou a fazer a estimativa.

Caso o baixo avanço registrado em 2022 e 2023 se repita nos próximos anos, o marco de um desenvolvimento “muito elevado”, quando o IDH ultrapassa 0,800, pode acabar atrasado “por décadas”, diz a organização.

“Durante décadas, estivemos no caminho para alcançar um mundo de desenvolvimento humano muito elevado até 2030, mas essa desaceleração representa uma ameaça real ao progresso global,” afirma Achim Steiner, chefe global do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).

Ainda segundo as Nações Unidas, a desigualdade entre os países de IDH baixo (menor do que 0,55) e IDH muito alto (maior do que 0,8) registrou, em 2023, alta pelo quarto ano consecutivo —até 2021, havia uma tendência histórica de redução das disparidades.

Os países menos desenvolvidos sofrem mais do que os desenvolvidos com guerra comercial, piora no nível de endividamento e avanço da industrialização sem geração de emprego.

O relatório deste ano teve foco em tecnologia, citando as oportunidades de desenvolvimentos geradas pelos avanços na inteligência artificial e o risco das disparidades no acesso.

De acordo com as Nações Unidas, a inteligência artificial pode ser a nova mudança estrutural com potencial de retomar o ritmo do avanço da humanidade em termos de saúde, educação e renda, desde que haja políticas públicas adequadas e cooperação internacional.

O Brasil aparece como exemplo na digitalização da frota de caminhoneiros autônomos por meio de aplicativos desenvolvidos por empresas nacionais. “A emergência recente de plataformas digitais desenvolvidas no país levou a ganhos de produtividade nesse setor crucial ao encaixar a demanda de fretes com os trabalhadores disponíveis melhorando a logística.”

*Com informações de Folha de São Paulo

Roberto Cidade destaca Lei de sua autoria que incentiva o ingresso de mães solo no mercado de trabalho

Foto: Herick Pereira

Em um reconhecimento à importância do ingresso das mães solo no mercado de trabalho, o deputado estadual Roberto Cidade (UB), presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), chama a atenção à Lei nº 6.817/2024, de sua autoria, que criou o Programa de Incentivo ao Emprego para Mães Solo. A Lei, já em vigor, visa apoiar a autonomia financeira das mulheres responsáveis pela criação dos filhos.

“Criar e formar um cidadão são tarefas desafiadoras e complexas. E quando é exercida sem auxílio, se torna ainda mais difícil. Nossa Lei tem o intuito de incentivar que essa mãe ganhe autonomia financeira, por meio da inserção no mercado de trabalho e, assim, possa ter mais qualidade de vida e meios de se manter filhos e a si mesma financeiramente. Nesta Semana das Mães, além de parabenizar a todas que exercem essa função, quero reforçar nosso compromisso de criar leis que atendam às suas necessidades”, afirmou Cidade.

Dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) mostram que, em 2023, 4.709 crianças em Manaus nasceram com o nome apenas da mãe na certidão de nascimento, um reflexo da realidade das mães solo que enfrentam desafios ainda maiores para criar seus filhos sozinhas.

O Programa de Incentivo ao Emprego para Mães Solo busca estimular a contratação de mulheres responsáveis integralmente pela criação e educação de uma criança, tanto nas questões financeiras quanto no cuidado e dedicação de tempo. Este é um passo importante para a redução das desigualdades sociais e econômicas enfrentadas por essas mulheres.

A Lei nº 6.817/2024 é direcionada às mulheres que são provedores de famílias monoparentais, registradas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) e com dependentes de até 18 anos de idade. A principal proposta do programa é mobilizar empresas e estabelecimentos comerciais para que ofereçam vagas de emprego ou estabeleçam relações comerciais e de serviços com as mães solo.

Além disso, o programa visa combater a desigualdade salarial entre homens e mulheres, garantindo mais oportunidades para as mães.

11 milhões de mães criam os filhos sozinhas

Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, o Brasil conta com mais de 11 milhões de mães solo. Nos últimos 10 anos, o país ganhou 1,7 milhão de novas mães nessa situação.

A pesquisa também revela que 90% dessas mulheres são negras e que cerca de 15% dos lares brasileiros são chefiados por mães solo, com a proporção sendo maior nas regiões Norte e Nordeste. A maioria dessas mulheres, 72,4%, vive sozinha com seus filhos, sem uma rede de apoio.

Além disso, em 2023, dos 2,5 milhões de nascimentos registrados no Brasil, 172,2 mil crianças nasceram com pais ausentes, representando um aumento de 5% em relação ao ano anterior. Esses dados refletem a crescente necessidade de políticas públicas que apoiem as mães que criam seus filhos sem o apoio dos pais.

Microplásticos ameaçam abelhas e polinização, apontam estudos

Microplásticos ameaçam abelhas e polinização, apontam estudos - Foto: Dmitry Grigoriev / Unsplash

Microplásticos estão prejudicando a capacidade de abelhas e outros polinizadores de reconhecer odores florais, comprometendo a polinização de lavouras e ecossistemas.

Estudos recentes, como um publicado em 2024 por pesquisadores da Universidade de Florença, na Itália, indicam que esses resíduos, originados de embalagens, cosméticos e têxteis, aderem ao corpo dos insetos, entram em seus cérebros e sistemas digestivos, afetando memória, imunidade e sobrevivência.

Em experimentos, abelhas expostas a microplásticos tiveram mortalidade 25% maior e esqueceram aromas associados a alimentos em 24 horas.

Impacto identificado por estudos

Partículas plásticas estão em todos os lugares: no ar, na água, no solo e até em flores. Abelhas as ingerem com o néctar ou as transportam involuntariamente.

Uma pesquisa de 2021, na Dinamarca, identificou 13 tipos de microplásticos presos no corpo de abelhas.

Já na Turquia, cientistas detectaram resíduos em 85% das amostras de mel analisadas.

Na Alemanha, cada colher de mel comercial tinha cerca de cinco fragmentos. “Elas acumulam microplásticos de múltiplas fontes”, explica David Baracchi, ecólogo comportamental da Universidade de Florença, ao Washington Post.

Além de prejudicar os insetos, os microplásticos afetam diretamente as plantas.

Um estudo de 2024 com flores alpinas no Chile mostrou que partículas de polipropileno bloqueiam o estigma floral (estrutura que recebe o pólen), impedindo a fertilização.

Em tomateiros cultivados em solo contaminado, a quantidade de flores diminuiu 28%. “As plantas ficam menores e com folhas reduzidas”, afirma Gastón Carvallo, ecólogo da Pontifícia Universidade Católica de Valparaíso, ao Washington Post.

Um problema que vai além dos oceanos

Segundo a Agência de Proteção Ambiental dos EUA, pesticidas, mudanças climáticas e doenças já ameaçam as colmeias.

Agora, os microplásticos ampliam os riscos. “Se o plástico se soma a todos esses fatores, estamos em uma situação delicada”, alerta Thomas Cherico Wanger-Guerrero, pesquisador do centro agrícola Agroscope (Suíça).

Ele destaca que, em cidades como Xangai, 13% das partículas no ar são plásticas: “Estamos basicamente respirando plástico”.

*Com informações de IG

Blitz TCE inicia fiscalizações em unidades de saúde do município

Foto: Filipe Jazz

Reafirmando o compromisso com a qualidade dos serviços públicos e o cuidado com a população, o Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) iniciou as inspeções do programa Blitz TCE na rede municipal de saúde com uma visita técnica à Maternidade Municipal Dr. Moura Tapajóz — unidade de referência em atendimentos obstétricos de urgência e emergência.

A ação marcou a primeira inspeção do programa na rede municipal de saúde da capital, expandindo as fiscalizações que já vinham sendo realizadas em unidades da esfera estadual. A iniciativa visa acompanhar, de forma preventiva e orientativa, as condições de funcionamento das unidades e fomentar boas práticas na gestão pública da saúde.

Durante a visita, a equipe técnica avaliou aspectos como a infraestrutura do prédio, a organização das acomodações, o controle de medicamentos e insumos hospitalares, além de ouvir pacientes e visitantes sobre a rotina da unidade e possíveis sugestões de melhoria.

Segundo o auditor Luciano Simões de Oliveira, chefe do Departamento de Auditoria em Saúde (DEAS) e coordenador do programa no âmbito da saúde, o trabalho segue o viés orientativo do Tribunal, atuando de forma colaborativa com os gestores públicos.

“Nosso objetivo é auxiliar o gestor, de forma técnica e construtiva, a aprimorar os serviços prestados. Na Moura Tapajóz, além de verificar as condições estruturais e operacionais, ouvimos a população para compreender melhor os desafios enfrentados no dia a dia da unidade”, explicou o auditor.

“A conselheira-presidente do TCE-AM, Yara Amazônia Lins, tem reforçado o caráter pedagógico do programa e o compromisso da Corte de Contas com o fortalecimento das políticas públicas em benefício da população amazonense”, concluiu.

Todo o material coletado — incluindo imagens, documentos e relatos — será analisado pelas equipes técnicas do TCE-AM e posteriormente encaminhado à Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA Manaus), para que sejam adotadas providências em relação aos pontos identificados.

Blitz TCE

Lançado em fevereiro de 2024, o programa Blitz TCE tem como objetivo fiscalizar in loco, de forma técnica e imediata, unidades públicas nas áreas de saúde, educação, infraestrutura e meio ambiente. As ações são desencadeadas a partir de denúncias da população ou de levantamentos técnicos internos.

Cidadãos podem colaborar com o programa denunciando irregularidades por meio do WhatsApp (92) 99199-5518 ou pelo e-mail [email protected].

Eunice Baía, a Tainá dos filmes, hoje prefere trabalhar atrás das câmeras

Eunice Baía foi a protagonista do filme 'Tainá: Uma Aventura na Amazônia' - Foto: Reprodução

A trilogia de filmes “Tainá”, que marcou o início dos anos 2000, está disponível na Netflix. Relembrar os filmes fez muita gente se perguntar: por onde anda a protagonista Eunice Baía?

Eunice foi adotada pela produtora Noêmia Duarte após as filmagens. Na época, com oito anos, ela se mudou para São Paulo, enquanto sua família biológica ficou em Barcarena, no Pará, num sítio comprado com o dinheiro que veio dos filmes.

Com o tempo, ela percebeu que não queria mais ser atriz. Eunice gostava de ter feito um dos filmes mais conhecidos de sua geração, mas era uma criança tímida e não quis fazer aulas de teatro.

Foi o trabalho da mãe adotiva que lhe permitiu descobrir sua vocação. “Ela sempre trabalhou com teatro e cinema, mas o que me encantava mesmo era a parte da moda, do figurino”, disse Eunice, em entrevista ao jornal O Globo, em 2021.

Ela se formou em design de moda. Após se formar na Faculdade Belas Artes, em São Paulo, abriu sua própria marca de acessórios e roupas, a OKA. Na pandemia, precisou suspender o negócio.

Hoje, trabalha na equipe de figurino do Balé da Cidade. Focado em dança contemporânea, o Balé da Cidade é a companhia de dança do Teatro Municipal de São Paulo.

Aos 34 anos, Eunice é mãe de três filhos. São eles: Antonio, de 12 anos, Aruã, de 2, e Ayara, nascida em junho de 2024.

Eunice interpretou Tainá nos dois primeiros filmes da trilogia. No terceiro, “Tainá – A Origem” (2011), a personagem foi interpretada por Wiranu Tembé.

*Com informações de Uol

Raiff Matos cobra ação urgente para recuperar ruas com buracos na Zona Norte de Manaus

Vereador destaca que crateras em bairros como Cidade Nova e Colônia Terra Nova continuam afetando a mobilidade - Foto: Jerônimo Garlott

Após fiscalização nos bairros, o vereador Raiff Matos (PL) reforça a cobrança por ações imediatas da Prefeitura de Manaus para resolver os problemas de infraestrutura que atingem diversas ruas da Zona Norte da capital. Os buracos e as crateras nas vias públicas têm comprometido a mobilidade, a segurança e a dignidade dos moradores, especialmente em bairros como Cidade Nova e Colônia Terra Nova.

Raiff Matos relatou que os relatos da população se repetem por onde passa: ruas intrafegáveis, idosos sem conseguir sair de casa, prejuízos materiais e sensação de abandono. “É a dor mais sentida nos bairros. Sempre que pergunto como está a comunidade, a resposta vem carregada de frustração: buracos e mais buracos. A Prefeitura precisa agir com mais força”, declarou.

Ele destacou um avanço pontual após requerimento apresentado para a recuperação da Rua Parintins, na Colônia Terra Nova, onde uma cratera impedia o trânsito de moradores. No entanto, ressaltou que esse tipo de resposta precisa se tornar regra, e não exceção. “Ali era impossível viver com dignidade. A Prefeitura atendeu e executou a obra, mas outras regiões aguardam há semanas por soluções”, observou.

Entre os pontos críticos, o vereador citou a Rua Aracé, no Conjunto Manoa, e a Rua Solano Sério, no Riacho Doce 2. Nessas áreas, o paliativo de cascalho não foi suficiente para resolver o problema, que voltou a se agravar com as chuvas. “A demora encarece os custos para os cofres públicos e agrava o sofrimento das famílias. É preciso uma resposta mais eficiente e coordenada”, disse.

Raiff Matos defendeu que os distritos de obras e a Secretaria Municipal de Infraestrutura atuem com mais planejamento e intensidade, especialmente com a aproximação do verão amazônico, período ideal para intervenções. O vereador também cobrou isonomia no atendimento às demandas apresentadas pelos parlamentares, destacando que sua função é fiscalizar e representar as comunidades.

“Não queremos ser conhecidos apenas como os vereadores do buraco. Mas enquanto essa for a maior queixa da população, vamos continuar cobrando. O momento exige uma ação firme da Prefeitura em todas as zonas da cidade”, concluiu.

Papa tem salário? Veja quanto novo pontífice receberá

O papa Francisco rezando na Basílica de Santa Maria Maggiore - Foto: Divulgação / Vaticano

Foi escolhido nesta quinta-feira, 8, o novo papa, Leão XIV, após a morte de Francisco. Além de se tornar o nome de maior referência da Igreja Católica, o próximo pontífice terá salário?

O seu antecessor, papa Francisco, não recebia uma remuneração mensal por ter abdicado desses ganhos, seguindo seu voto de pobreza inspirado em São Francisco de Assis, em quem ele inspirou o seu nome de pontífice.

Em uma conversa com adolescentes em 2023, que foi ao ar no streaming Disney +, Francisco disse: “Eles não me pagam. E quando eu preciso de dinheiro para comprar sapatos ou qualquer outra coisa, eu vou e peço. Eu não tenho salário, mas isso não me preocupa, porque eu sei que eles me alimentarão de graça.”

Segundo a agência de notícias italiana Ansa, porém, os papas têm direito a um salário de 2,5 mil euros por mês –cerca de R$ 16,3 mil na conversão atual.

O valor é menor do que o que é pago aos cardeais, que em média recebem 5 mil euros mensais (R$ 32,57 mil).

O papa Francisco sempre foi preocupado com os gastos da Igreja. Em 2021, durante a crise causada pela pandemia de covid-19, o Vaticano anunciou uma redução de 10% nos salários dos cardeais, de 8% nos salários dos chefes de departamento e secretários e de 3% na remuneração de clérigos. A medida foi tomada a pedido de Francisco.

“Um futuro económico sustentável exige hoje, entre outras decisões, a adopção de medidas que digam também respeito aos salários dos trabalhadores”, afirmou o papa na ocasião. Os salários também se mantiveram congelados, sem aumentos, até 2023.

*Com informações de Terra

Papamóvel usado por Francisco vai virar unidade de saúde para crianças de Gaza

Papamóvel em que papa Francisco visitou Belém, em 25/05/2014, será convertido em unidade médica - Foto: DW / Deutsche Welle

Meses antes de morrer, papa Francisco doou para fins humanitários em território palestino o veículo usado em sua viagem à Terra Santa. Porém iniciativa exige criação de um corredor humanitário.Atendendo os últimos desejos de Francisco, um dos papamóveis do sumo-pontífice será remanejado em unidade de saúde móvel para crianças da Faixa de Gaza. Como informou o serviço de imprensa Vatican News, o veículo que ele empregou em sua viagem à Terra Santa, em 2014, será equipado com aparelhos de diagnóstico, exames e tratamento médico.

No Mitsubishi convertido, em exposição e juntando poeira desde então, médicos e enfermeiros terão acesso aos menores necessitados em locais isolados do território palestino sob crescente ocupação israelense. Desde 1930, os líderes máximos da Igreja Católica usam papamóveis em suas visitas internacionais.

Segundo a Vatican News, meses antes de sua morte, em 21 de abril de 2025, o pontífice argentino confiou o projeto à organização católica de assistência humanitária Caritas Jerusalém. Entretanto não está claro quando estará disponível o corredor humanitário essencial à iniciativa. A agência vaticana citou ainda um apelo frequente de Francisco: “Crianças não são números. Elas são rostos. Nomes. Histórias. E cada uma é sagrada.”

“O mundo não esqueceu as crianças de Gaza”

“É uma intervenção concreta, salvadora de vidas, numa época em que o sistema de saúde de Gaza entrou em colapso quase total. Com o veículo, vamos poder atender crianças que hoje não têm acesso aos cuidados de saúde, crianças feridas e subnutridas”, comentou ao serviço de imprensa vaticano o secretário-geral da Caritas Suécia, Peter Brune. “Não é só um veículo, é uma mensagem de que o mundo não esqueceu as crianças de Gaza.”

O do sumo-pontífice foi um defensor eloquente da paz naquele território palestino, sobretudo condenando os bombardeios de áreas com crianças e pedindo o fim das hostilidades. Desde que eclodiu a guerra em escala plena, em seguida aos ataques do Hamas a Israel, em 7 de outubro de 2023, Francisco telefonava regularmente para os palestinos abrigados numa pequena paróquia da Cidade de Gaza.

Especulou-se que por esse apoio aos palestinos, Israel tenha retirado as condolências postadas na plataforma X, em seguida à morte do pontífice, instruindo ainda suas representações diplomáticas em todo o mundo a evitarem postagens elogiosas ao papa. O Ministério de Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, registra 52.535 mortes do lado palestino desde o 7 de Outubro.

*Com informações de Terra

Cavalo Caramelo vira influencer após tragédia no Rio Grande do Sul

Cavalo Caramelo, resgatado em telhado após enchente no Rio Grande do Sul - Foto: Divulgação / Ulbra

Há um ano, o cavalo Caramelo se tornou um dos símbolos da resistência durante as enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul. Preso por cinco dias no telhado de uma casa em Canoas, seu resgate emocionou o país e ganhou repercussão internacional. Hoje, sob os cuidados da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), Caramelo não apenas se recuperou dos traumas do passado, mas também conquistou uma legião de fãs como um inusitado influenciador digital, com mais de 100 mil seguidores no Instagram.

O perfil @CarameloOficial, administrado pela Ulbra, mostra o dia a dia do cavalo, que vai de “selfies” descontraídas a participações em desafios virais, como transformações em estilo anime por inteligência artificial. Sua rotina na fazenda-escola da universidade inclui cuidados veterinários e uma dieta balanceada — tema frequente em suas postagens. Em uma publicação recente, o cavalo até mesmo “avaliou” o cardápio de grama e feno de alfafa, que parece aprovar com entusiasmo.

Um resgate que marcou o Brasil

Em maio de 2024, as imagens de Caramelo isolado no telhado de uma casa inundada chocaram o país. O resgate, realizado pelo Corpo de Bombeiros de São Paulo, foi transmitido ao vivo e celebrado como um momento de esperança em meio à tragédia. Após a recuperação, a Ulbra assumiu oficialmente sua guarda em dezembro do mesmo ano, garantindo que o cavalo tivesse um lar definitivo.

Inundação histórica no Rio Grande do Sul

Entre o final de abril e o início de maio de 2024, o Rio Grande do Sul enfrentou uma das maiores tragédias climáticas já registradas em seu território. O governo estadual declarou que se tratava do pior desastre natural da história gaúcha, com impactos devastadores em centenas de municípios.

Em menos de uma semana, diversas cidades registraram precipitações extremas, variando entre 300 e 700 milímetros. Em algumas localidades, esse volume representou um terço da média anual de chuvas. Segundo análises do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da UFRGS, somente em maio, mais de 14 trilhões de litros de água foram despejados no Lago Guaíba – quantidade próxima à metade da capacidade total do reservatório de Itaipu. Essas chuvas intensas atingiram mais de 60% do estado, provocando alagamentos generalizados.

No dia 5 de maio, o nível do Guaíba atingiu 5,37 metros, ultrapassando os registros históricos de 1941 e 2023. Diante da gravidade da situação, o governo federal decretou estado de calamidade pública. Porto Alegre e Caxias do Sul bateram recordes de precipitação: a capital gaúcha acumulou 540 mm, superando o anterior de 447 mm em setembro de 2023, enquanto Caxias do Sul registrou impressionantes 845 mm.

Até agosto de 2024, a Defesa Civil contabilizou 183 óbitos e 478 cidades afetadas por enchentes, deslizamentos e quedas de barreiras.

Causa das enchentes

Um bloqueio atmosférico, causado por um sistema de alta pressão no Centro-Sul do Brasil, impediu a dispersão de frentes frias e ciclones, o que concentrou as chuvas intensas no Rio Grande do Sul. Esse fenômeno, associado a temperaturas até 10°C acima da média, criou uma frente estacionária que resultou em precipitações prolongadas.

Tragédia no Rio Grande do Sul já soma 176 mortos – Foto: Agência Brasil

Tempestades atingiram o norte do estado a partir do dia 27 de abril do ano passado, evoluindo para chuvas generalizadas nos dias seguintes. A Defesa Civil emitiu alertas sucessivos, advertindo sobre inundações, alagamentos e deslizamentos. Até o dia 2 de maio de 2024, uma frente fria e umidade vinda do norte provocaram acumulados de 300 a 700 mm em diversas cidades – equivalente a um terço da média anual.

Após uma breve pausa, uma nova frente quente e um jato de baixos níveis reiniciaram as chuvas a partir de 10 de maio, principalmente no norte, elevando novamente os níveis dos rios. Dois tornados foram registrados em 11 de maio (Gentil e Cambará do Sul), causando danos materiais, mas sem vítimas.

Um terceiro período de chuvas, entre 23 e 24 de maio, foi impulsionado por uma massa de ar polar e ventos fortes (70–90 km/h), com acumulados de até 200 mm em algumas regiões. Embora os rios do interior tenham subido novamente, o maior impacto ocorreu em Porto Alegre, onde o vento represou a vazão do Guaíba, agravando as enchentes.

*Com informações de IG

Novo papa já havia comprado passagem para o Brasil, afirma CNBB

Dom Ricardo falou sobre o novo papa - Foto: Reprodução / Youtube

O novo papa da Igreja Católica, Leão XIV, havia comprado passagem para viajar ao Brasil antes de sua eleição. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (8) por Dom Ricardo Hoepers, secretário-geral da CNBB(Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

Segundo Hoepers, o então cardeal Robert Prevost, de 69 anos, nascido nos Estados Unidos, viria ao país para participar da assembleia geral da entidade, realizada na semana anterior ao conclave.

Durante pronunciamento na sede da CNBB, Dom Ricardo declarou: “Gostaria de destacar que o então cardeal Prevost já estava com as passagens compradas, porque estaria aqui, na semana passada, na nossa assembleia geral para pregar o retiro a todos os bispos do Brasil. Quando nós o convidamos, ele imediatamente aceitou”.

O convite ocorreu em fevereiro, quando bispos brasileiros o visitaram no Chile. A assembleia aconteceria entre o fim de abril e começo de maio, no entanto, precisou ser adiada por conta da morte do papa Francisco.

“Ele tem um carinho e um amor muito grande pelo Brasil”, completou Dom Ricardo.

Prevost foi eleito papa nesta quinta-feira (8), após dois dias de conclave e quatro rodadas de votação, adotando o nome Leão XIV.

Ele sucede o papa Francisco, falecido no dia 21 de abril. De acordo com as normas do conclave, o novo pontífice é escolhido por maioria qualificada entre os cardeais eleitores. O processo é sigiloso, e os detalhes da votação não são divulgados.

Após anunciar a informação sobre a passagem, Dom Ricardo leu uma mensagem oficial da CNBB endereçada ao novo papa.

Na mensagem, os bispos expressaram apoio institucional ao pontífice: “Com profunda alegria e gratidão a Deus, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil dirige-se a vossa santidade para expressar a nossa saudação, nossa unidade pela sua eleição como bispo de Roma, sucessor de Pedro e pastor universal da Igreja”.

A nota prosseguiu com referências ao período entre a morte de Francisco e a eleição de Leão XIV: “Foram dias intensos e de oração, onde todas as comunidades brasileiras se uniram ao sufrágio da alma de Francisco e, depois, pelo conclave para que o Espírito Santo conduzisse o colégio”.

Ainda no comunicado, a CNBB declarou que “queremos caminhar com o seu ministério para fazer da Igreja uma casa de portas abertas para que todos se sintam acolhidos, amados e valorizados, especialmente os pobres”.

Dom Ricardo finalizou pedindo a bênção do novo papa ao povo brasileiro e declarou que os bispos do país “se colocam à sua disposição”.

*Com informações de IG

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