(Climatempo)
Toque de recolher, e agora?
DA REDAÇÃO – Ontem (14), o Governo do Estado do Amazonas publicou um decreto que restringe a circulação na rua das 19h às 6h. Dado os níveis alarmantes de óbitos registrados nos últimos dias uma medida mais drástica precisava ser tomada.
Apesar de um descontentamento por parte dos cidadãos amazonenses com a maneira como o Governo do Estado tem gerido a crise do corona vírus, situação agravada pela falta de oxigênio nos hospitais públicos, a culpa sobre a grave crise em que o Amazonas se encontra não é somente do governo estadual.
Parte da população tem uma parcela considerável de culpa em tudo isso, pois não se atentou para as medidas de segurança que deveriam ser tomadas para impedir o avanço da crise, imaginando que isso é um problema pertencente única e exclusivamente ao poder público.
Não existe um grupo especifico de pessoas que possam ser apontadas como os detentores de tal irresponsabilidade. Os indivíduos que têm sistematicamente demonstrado não se importar com o estado caótico em que o Amazonas se encontra estão presentes em todas as classes econômicas, grupos sociais e orientação religiosa.
Tanto aqueles religiosos que praticam as suas crenças semanalmente, mas se esquecem de coisas também tão importantes quanto, como são a justiça, a misericórdia e a fé. A justiça de fazer o que é certo pensando nos outros; a misericórdia com aqueles mais necessitados e com dificuldades para se proteger; e a fé de que tempos melhores virão.
Como também aquela parcela mais carente emocional e afetivamente da população que são viciados em festas e que nem a situação caótica que nós estamos vivendo é capaz de fazer perder a próxima balada.
Será que essas pessoas se tornarão minimamente conscientes mediante esse novo decreto que escancarou a triste realidade em que vivemos?
Certamente a resposta virá nos próximos capítulos dessa série que nós estamos sendo obrigados a maratonar e que narra a paixão incessante do jovem corona pela indomável população amazonense.
Reportagem: Luciano Lima
Eduardo Braga encaminha a Bolsonaro pedido de intervenção federal no AM
O senador Eduardo Braga (MDB/AM) formalizou, nesta sexta-feira (15/01), o pedido ao presidente Jair Bolsonaro de intervenção federal no Amazonas em virtude do colapso no enfrentamento da pandemia de Covid-19. Ontem, em vídeo publicado nas redes sociais, o parlamentar fez um apelo ao presidente e ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, nesse mesmo sentido.
No ofício, Eduardo alerta para a caótica desorganização e calamidade que comprometem os direitos fundamentais dos amazonenses, especialmente entre os que residem na capital Manaus (AM). Ele salienta que a situação atual, acompanhada por toda a nação brasileira, requer medidas diferenciadas. “Para que dessa vez resultados diferentes sejam alcançados”, argumenta o senador, numa referência à chamada primeira onda de Covid-19 no Amazonas, em foram registrados enterros em valas coletivas e pacientes em corredores de hospitais.
Nesse período, destaca o senador no pedido, o Estado atingiu a marca de aproximadamente 67 óbitos para cada 100 mil habitantes. “Enquanto esse número era de 29 óbitos por 100 mil habitantes no Brasil como um todo. Em outros estados bastantes atingidos pela covid-19, como São Paulo e Rio de Janeiro, esse indicador apontava os valores de 32 e 59 óbitos por cem mil habitantes, respectivamente.”
Essa desastrosa experiência, acrescenta o senador no documento, não contribuiu para que houvesse melhorias na administração da saúde pública no Estado, exigindo agora ação imediata do Governo Federal. “Cabe pontuar que a União possui maior capacidade financeira e também recursos logísticos de alcance nacional, como os aviões cargueiros da Força Aérea Brasileira, para ter agilidade na busca de insumos e no transporte de pacientes”, justifica Eduardo.
O parlamentar chama atenção, ainda, para as competências do Ministério da Saúde. “Possui expertise para atuar na cooperação interestadual do SUS, além de deter a competência de editar atos normativos, em caráter excepcional, que determinem a reserva de bens e produtos, em qualquer parte do território brasileiro, para serem utilizados em situações de emergência ou de calamidade públicas”, completa.
Apelo – Em vídeo publicado nas redes sociais, na quinta-feira (14/01), Eduardo sugeriu intervenção federal no Amazonas. No recado, endereçado especialmente ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro Eduardo Pazuello, o parlamentar disse que seria recomendável o Governo Federal assumir o controle da Saúde e montar uma “operação de guerra” para combater a Covid-19 no Estado.
Na ocasião, o senador do MDB apontou duas soluções básicas para minimizar a situação na capital: estruturar os Serviços de Pronto Atendimentos (SPA´s) e as Unidades Básicas de Saúde (UBS´s) funcionando 24hs por dia, de domingo a domingo. “Com essas duas medidas, além da ação de levar oxigênio aos hospitais e remover pacientes mais graves através de aeronaves para outras cidades, criamos mecanismos práticos e objetivos para enfrentar a Covid”, disse.
Confira abaixo a íntegra do ofício que pede intervenção federal:
Ofício 001_2021.Presidencia da República
*Com informações da assessoria
Polícia Federal publica edital de concurso com 1,5 mil vagas
O Diário Oficial da União (DOU) publicou nesta sexta-feira (15) o edital do concurso para a Polícia Federal (PF). No total, serão ofertadas 1.500 vagas para os cargos de agente, escrivão, papiloscopista e delegado. Os interessados deverão se inscrever no site.Os salários iniciais variam de R$ 12 mil a R$ 23 mil. As inscrições terão início em 22 de janeiro e terminam no dia 9 de fevereiro.
Os valores da inscrição variam conforme a carreira: R$ 180 para os cargos de agente, escrivão e papiloscopista e R$ 250,00 para delegado. O pagamento deverá ser efetuado até 3 de março.
Candidatos que desejam solicitar a isenção da taxa de inscrição poderão fazê-lo em link específico no site da banca organizadora, no período das inscrições.
Além das 1.500 vagas, o certame ainda vai reservar 500 vagas para a formação de cadastro de reserva.
O concurso será composto por provas objetiva e discursiva, além de demais etapas: teste de aptidão física, avaliação médica, avaliação psicológica e outras.
As provas objetiva e discursiva estão previstas para 21 de março de 2021. (ABr)
Itamaraty confirma que Índia atrasará entrega de vacinas
Haverá atraso na entrega dos dois milhões de doses da vacina da AstraZeneca/Oxford contra a covid-19 que o Ministério da Saúde afirma ter adquirido do laboratório indiano Serum Institute. A informação foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) na manhã desta sexta-feira (15).
Segundo a pasta, o ministro Ernesto Araújo telefonou para o chanceler indiano Subrahmanyam Jaishankar nessa quinta-feira (14), dia em que o site Hindustan Times publicou uma notícia informando que, segundo fontes do governo indiano não identificadas na matéria, ainda não há previsão de quando a Índia autorizará o fornecimento dos imunizantes a outros países.
De acordo com o Itamaraty, Jaishankar manifestou a intenção de atender ao pedido brasileiro “nos próximos dias”, mas não indicou uma data para que as doses da vacina sejam liberadas.
O chanceler indiano atribuiu o atraso na liberação a “problemas logísticos” decorrentes das dificuldades de conciliar o início da campanha de vacinação no país, que tem mais de 1,3 bilhão de habitantes, ao fornecimento de imunizantes para outras nações.
Mas, conforme lembrou o Hindustan Times na reportagem, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Índia, Anurag Srivastava, disse nesta semana que, devido ao início da vacinação nacional neste sábado (16), era cedo para falar em fornecimento a outros países.
“Você deve se lembrar que o primeiro-ministro [Jaishankar] já disse que a produção e a capacidade de entrega da Índia serão usados para o benefício de toda a humanidade para combater a esta crise, mas o processo de vacinação na Índia está apenas começando. É muito cedo para dar uma resposta específica sobre a destinação para outros países enquanto estivermos analisando nossos cronogramas de produção e entrega. Tomaremos essa decisão no tempo devido”, declarou o porta-voz, segundo o site indiano.
Nessa quinta-feira (14), em videoconferência com prefeitos de todo o Brasil, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, condicionou o começo da vacinação contra a covid-19 no Brasil na próxima quarta-feira (20) à chegada dos 2 milhões de doses da vacina indiana e à aprovação, ainda no próximo domingo (17), dos pedidos de uso emergencial dos imunizantes do Instituto Butantan e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). (ABr)
Hapvida Manaus abre mais de 200 vagas temporárias de emprego

O Sistema Hapvida amplia diversos serviços para melhor atender os clientes e combater a Covid-19. Em Manaus, a empresa abre mais de 200 vagas temporárias em seus hospitais na capital.
As vagas disponíveis são para os cargos de técnicos de enfermagem e enfermeiros com perfil de UTI e Enfermaria.
Para participar da seleção, basta enviar o currículo para o e-mail: [email protected], e na descrição do e-mail, informar o nome da vaga para qual deseja concorrer. Os currículos devem ser enviados até o dia 20/2021.
*Com informações da assessoria
Terremoto deixa pelo menos 34 mortos e 600 feridos na Indonésia

Pelo menos 34 pessoas morreram e 637 ficaram feridas após o terremoto de magnitude 6,2 na escala Richter, ocorrido nesta sexta-feira (15) na ilha de Sulawesi, na região central da Indonésia, de acordo com informações das autoridades locais.
O terremoto, ocorrido a partir das 2h (hora local), surpreendeu os moradores que dormiam no momento e causou grandes estragos em várias cidades da região com o desabamento de edifícios e pontes; e cerca de 15 mil deslocados.
Uma menina, que dizia se chamar Angel, aparece presa e viva entre os escombros de um prédio que desabou, com apenas o rosto para fora, em um dos vídeos publicados pela Agência Nacional de Gestão de Desastres (BNPB, sigla em indonésio).
No vídeo, aparece a menina falando com os socorristas que, além dela, há mais pessoas presas nos escombros, algumas com dificuldade para respirar.
A operação de resgate é lenta e enfrenta enormes dificuldades devido à falta de maquinaria pesada e fornecimento de energia elétrica para procurar possíveis vítimas entre as mais de 300 casas que desabaram, além de um hotel, um hospital e o gabinete do governador regional, afirma o comunicado da BNPB.
A cidade de Mamuju, 36,1 quilômetros ao norte do epicentro, é a mais afetada e onde foram registradas 26 mortes até o momento, embora não tenham especificado o número de feridos nesta região de mais de 100 mil habitantes.
Outras oito mortes correspondem à cidade de Majene, 59,5 quilômetros ao sul do epicentro, e onde pelo menos 637 pessoas ficaram feridas.
O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, sigla em inglês), que registra a atividade sísmica global, localizou o hipocentro a 18 quilômetros de profundidade.
Dwikorita Karnawati, diretora do Departamento de Climatologia e Geofísica, destacou que, pelas análises que estão sendo realizadas, são possíveis tremores secundários, por isso pede à população que evite prédios altos que podem desabar diante de novos terremotos.
O forte terremoto, que durou entre 5 e 7 segundos e foi precedido por outro tremor de magnitude 5,9 mais de 12 horas antes, também causou pelo menos três deslizamentos de terra que dificultam as tarefas de resgate e distribuição de ajuda.
Força Aérea começa a transportar pacientes de Manaus para outras capitais

A Força Aérea Brasileira (FAB) iniciou, nesta sexta-feira (15), o transporte de pacientes, acompanhados de equipes de saúde, de Manaus (AM) para outros estados do País. Duas aeronaves C-99 do Primeiro Esquadrão do Segundo Grupo de Transporte (1º/2º GT) – Esquadrão Condor, acionadas pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), cumprem as missões que têm como objetivo minimizar os impactos no sistema de saúde da capital amazonense.
O Transporte Aéreo Logístico da FAB integra as ações da Operação COVID-19, acionada pelo Ministério da Defesa, em atendimento às demandas do Ministério da Saúde.
O planejamento é de que partirão voos de Manaus (AM) com destino a São Luís (MA), Teresina (PI), Natal (RN), João Pessoa (PB), Brasília (DF) e Goiânia (GO), transportando pacientes e profissionais de saúde.
O Comando da Aeronáutica está dedicando permanentemente o esforço do seu efetivo e de suas aeronaves, 24 horas por dia e 7 dias por semana, em atendimento às necessidades da sociedade brasileira no enfrentamento à pandemia da COVID-19. A FAB tem atuado na Operação COVID-19, realizando missões de transporte em todo o território nacional, as quais foram intensificadas recentemente.
*Com informações da assessoria
AGU recorre de decisão que barrou Enem em Manaus

A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com recurso nesta quinta-feira, 14, no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) para derrubar a decisão que suspendeu a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no Estado de Amazonas por causa da pandemia do novo coronavírus. Mais de 160 mil estudantes amazonenses estão inscritos no Enem.
No recurso, a AGU – responsável por defender os interesses do Palácio do Planalto – aponta “grave lesão à ordem pública” e alega que a organização do Enem no Amazonas já estava sendo feita “com a adoção de todas as medidas de biossegurança legais necessárias à garantia da saúde dos inscritos no exame em face do atual quadro de pandemia”.
Ao Estadão/Broadcast, o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, afirmou que o exame está confirmado para o próximo domingo, 17, e para o seguinte, dia 24 de janeiro. O órgão, ligado ao Ministério da Educação, é responsável pela aplicação das provas.
No caso de Manaus, que sofre com a explosão de casos de covid-19 nos últimos dias, o presidente do Inep afirmou que tem conversado com autoridades locais para monitorar a situação. Segundo ele, se por algum motivo a prova não puder ser aplicada em algum local do País, o caso será analisado para avaliar se os estudantes daquela cidade poderão fazer em outra data. Segundo o edital do Enem, o Inep já prevê a reaplicação de provas nos dias 23 e 24 de fevereiro, mesma data em que está previsto o exame para pessoas privadas de liberdade.
Ao acionar o TRF-1, a AGU reconheceu que a “gravidade da emergência de saúde pública causada pela pandemia do coronavírus tem demonstrado os desafios às autoridades das três esferas federativas na concretização da política pública de saúde”. “Porém, não se pode adotar um entendimento excludente que oponha o acesso à educação superior e a proteção à saúde como políticas públicas inconciliáveis. Por isso, o Poder Executivo, que entre as funções de poder do Estado tem as melhores condições para estabelecer – com segurança, as condições de aplicação do Enem, precisa ter preservada a sua autonomia”, frisou o órgão.
A AGU também alega que os estudantes do Amazonas ficariam impedidos de participar de programas do Ministério da Educação (MEC), como o Prouni (que concede bolsas de estudo em instituições privadas de ensino superior), e o sistema de Seleção Unificada (Sisu), pelo qual os estudantes buscam vagas em cursos de graduação ofertadas por instituições públicas de ensino superior.
Na manhã desta quinta-feira, 14, o presidente Jair Bolsonaro se reuniu com o ministro da Educação, Milton Ribeiro, e reafirmou a realização da prova em todo o País. (Estadão Conteúdo)