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Relato de Frei Carvajal ganha tradução definitiva em edição da Valer com lançamento nesta sexta (13)

IMAGEM: DIVULGAÇÃO

A editora Valer tem a honra de anunciar um dos lançamentos mais aguardados dos últimos anos, de uma das mais importantes obras sobre a inserção da Amazônia no mundo Ocidental – Relação do famosíssimo e muito poderoso rio chamado Marañon –, com a tradução do professor doutor Auxiliomar Silva Ugarte, nesta sexta-feira (13), em evento presencial, na Banca do Largo, no Centro Histórico de Manaus, a partir das 18h.

Em dezembro de 1541, o explorador espanhol Francisco de Orellana, famoso como conquistador do Império Inca, juntou 59 homens num bergantim, e partiu de um acampamento militar, para se tornar o descobridor do rio Amazonas. Nesse período, a Amazônia ainda estava longe de ser inventada, mas a história daquela viagem desbravadora correu o mundo, graças aos escritos do frei dominicano Gaspar de Carvajal, encarregado da liturgia na embarcação e de deixar para a posteridade os registros da expedição.

Quase cinco séculos depois, aquele diário de bordo, tantas vezes publicado em vários idiomas, acaba de ganhar uma nova e talvez definitiva versão em língua portuguesa. O que o leitor do século XXI tem disponível, a partir de agora, pela primeira vez, é a versão completa do texto Relación del famosíssimo y muy poderoso rio llamado el Marañon… (Relação do famosíssimo e muito poderoso rio chamado Marañon. Editora Valer, 2021, 368 páginas).

A relação, aqui no sentido clássico, de relato, é apenas uma de três versões, e a menos conhecida, do testemunho constituído por Carvajal (1504-1584) da expedição de que participou, sob as ordens do capitão Francisco de Orellana, entre 26 de dezembro de 1541 e 11 de setembro de 1542. A versão está inserida na obra de outro cronista espanhol do século XVI, Gonzalo Fernández de Oviedo y Valdés (1478-1557), a Historia general y natural de las Indias, islas y tierra firme del Mar Oceano, que chegou a ser publicada parcialmente na Itália, em 1555, mas só foi editada integralmente na década de 1850, na Espanha.

A tradução de Ugarte representa um importante avanço em relação às outras duas versões mais conhecidas do relato de Carvajal em língua portuguesa, a do estudioso Cândido Melo-Leitão (1886-1948), contida no livro Descobrimentos do rio das Amazonas, de 1941, baseado na versão do espanhol José Toribio de Medina, e a tradução do etno-historiador Antonio Porro, publicada em 1993, na coletânea As crônicas do rio Amazonas, com o título Relação do descobrimento do rio Amazonas, de Gaspar de Carvajal, na versão de Oviedo y Valdés.

Embora seja considerada parcial, foi a versão de Antonio Porro que inspirou Auxiliomar Ugarte a apresentar à Universidade Federal do Amazonas, onde leciona, um projeto de pesquisa para uma nova tradução dos relatos de Carvajal. Porro tornou o texto do cronista espanhol quinhentista, segundo Ugarte, mais acessível e esclarecedor, por meio de notas explicativas, contribuindo, inclusive, para a ampliação do conhecimento da história indígena da Amazônia.

As dezenas de notas bibliográficas reunidas no livro tornam a leitura mais instigante e prazerosa. Ali está a maior parte das notas elaboradas por Antonio Porro, e também algumas da versão de Toribio de Medina, esta utilizada por Melo-Leitão, o que dá ao leitor a oportunidade de comparar detalhes importantes de uma versão em relação à outra.

Para Auxiliomar Ugarte, as notas ajudam a esclarecer aspectos da nomenclatura geográfica empregada por frei Gaspar de Carvajal, a nomenclatura botânica, também, para esclarecer sobre determinados frutos que ele observou ou sobre os quais foi pretensamente informado. Com a ajuda das notas, tem-se verdadeiras aulas sobre o uso de pimentas (axi) na culinária indígena, o cultivo do milho (mahiz) ou da mandioca (yuca), em escala doméstica, mas que mostra o estágio de desenvolvimento das nações indígenas, interrompido com a chegada dos europeus.

Além das notas bibliográficas, a nova tradução da Relação de Carvajal vem enriquecida por um anexo documental, contendo cartas, petições e todos os autos de nomeação e tomadas de posse produzidos durante a viagem, e mais um estudo introdutório, no qual Auxiliomar Ugarte prepara o leitor para a viagem que irá empreender no tempo e no espaço, com a dimensão do deslumbramento desses primeiros viajantes, à medida em que a expedição avança rio abaixo. O conceito Amazônia, como o entendemos hoje, começou a se desenhar ali.

No fim da viagem, depois de nove meses de penúria, fome e mortes, resultado dos ataques sistemáticos de vários povos indígenas, principalmente depois de passarem pelo rio Negro, onde hoje está localizada a cidade de Manaus, frei Gaspar de Carvajal ainda se perguntava que nome teria aquele rio com medidas tão extravagantes e uma foz como jamais fora vista. Seria o Huyapari ou ainda o Marañon, questionou, sem saber que ajudaria a cunhar o nome definitivo do rio que, no futuro, seria reconhecido como o maior rio de todo o planeta, com seus 6.992 quilômetros de extensão.

Foi chamado de “Mar Dulce”, por Pinzon, ao passar por seu estuário, em 1500, e “Rio de Orellana”, depois dessa expedição inédita, até receber seu nome definitivo, Amazonas, provavelmente por sugestão do rei Carlos V, após ouvir, do próprio Orellana, o relato sobre os ataques que a expedição sofreu de mulheres guerreiras assemelhadas, na visão de Carvajal, àquelas da mitologia grega.

Auxiliomar Ugarte não espera atrair apenas o leitor especializado, antropólogos, historiadores, arqueólogos e literatos, como disse, mas também os leitores comuns que venham a encontrar no livro um conjunto de informações antes não disponíveis sobre a Amazônia.

*Com informações da assessoria

Sem distritão, Câmara aprova texto-base da PEC da reforma eleitoral

Para o petista Arlindo Chinaglia, tirar bilhões que poderiam ir para Saúde ou Educação, por exemplo, e usar em campanhas é "conquista da Democracia" FOTO: PABLO VALADARES / CÂMARA DOS DEPUTADOS

A Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta quarta-feira (11), por 339 votos a 123, o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 125/11, que prevê mudanças nas regras eleitorais.  Conforme acordo entre a maior parte dos partidos, foi retirado do texto da relatora, deputada Renata Abreu (Podemos-SP), o uso do distritão puro nas eleições de 2022 para deputados. O tema foi votado como destaque, assim como outros pontos do texto. 

O distritão puro prevê a eleição dos candidatos que obtiverem mais votos no pleito, sem levar em conta os votos dados aos partidos, como ocorre no atual sistema proporcional.

Durante a votação, o destaque que retirava o distritão do texto foi aprovado pelos parlamentares por 423 a favor, 35 contra e 4 abstenções. Pelo acordo, haveria a retirada do distritão e a manutenção da volta das coligações partidárias, item que também foi retirado do texto e votado como destaque. Esse item foi aprovado por 333 a favor, 149 contra e 4 abstenções. Para as alterações valerem para as eleições de 2022, a PEC precisa ser aprovada até o início de outubro, ou seja, um ano antes do pleito.

Além do distritão e das coligações partidárias, outros itens da proposta foram votados como destaques, como o artigo que determina que os votos de candidatas mulheres e negras sejam computados em dobro para fins de cálculo da distribuição do Fundo Partidário e do Fundo Eleitoral que ocorrerem entre 2022 e 2030. O destaque foi aprovado pelos parlamentares.

A PEC também prevê, entre outras alterações, o adiamento das eleições em datas próximas a feriados, e a que altera a data de posse do presidente da República que, a partir de 2027, que passaria a ser realizada em 5 de janeiro, e dos governadores e prefeitos, que seriam empossados em 6 de janeiro.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) determinou que a votação de cinco destaques para encerrar o primeiro turno e o segundo turno da PEC ocorrerá nesta quinta-feira (12). A sessão está marcada para as 10h.

Votação de PEC

Por se tratar de Proposta de Emenda à Constituição, o texto precisa ser aprovado por três quintos dos parlamentares, o correspondente a 308 votos favoráveis, em dois turnos de votação. Se aprovado, a matéria segue para o Senado, onde precisa de 49 votos, também em dois turnos.

Para que as novas normas estejam em vigor nas eleições de 2022, as mudanças têm de ser incorporadas à Constituição até o início de outubro. (ABr)

Obras irregulares são demolidas no Parque 10

FOTO: DIVULGAÇÃO / IMPLURB

Três edificações irregulares construídas no meio da rua Rei Artur, no conjunto Nova Friburgo, bairro Parque 10 de Novembro, zona Sul, foram demolidas nesta quarta-feira, 11/8, em ação integrada pela Prefeitura de Manaus, via Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb) e Secretaria do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (Seggim). Foram demolidos dois muros e uma edificação de uma loja de material de construção, todos avançando para a via.

A rua Rei Artur é pública, faz parte do loteamento Jardim Nova Friburgo, aprovado em 1976, estando ainda inserida no loteamento Novo Horizonte, cuja aprovação no Implurb é de 1985.

Além de garantir o ordenamento público e o uso correto de logradouros públicos da capital, a demolição também atende decisão judicial da 5ª Vara da Fazenda Pública, de uma ação cível pública de obrigação de fazer, em tramitação desde 2011.

O Implurb foi notificado a executar a desobstrução por completo do logradouro, no processo 0205566-72-2011.8.4.0001, sob pena de multa de R$ 1 mil, por dia de descumprimento. Na mesma ação foram incluídos os proprietários das construções edificadas no local.

A ação teve a participação da Casa Militar, Secretarias de Infraestrutura (Seminf), e Limpeza Pública (Semuslp), Instituto de Mobilidade Urbana (IMMU) e Guarda Municipal.

Irregulares

Construções ilegais e ocupações irregulares fazem parte da rotina de fiscalização da Prefeitura de Manaus, por meio do Implurb, e nos primeiros sete meses de 2021 a autarquia realizou 18 demolições administrativas para reordenar espaços e dar regularidade urbanística na capital. Em 2020, durante o primeiro ano da pandemia, o órgão fez apenas uma demolição de janeiro a dezembro.

A maioria das demolições administrativas deste ano atendeu demandas da Gerência de Fiscalização de Postura (GFP), somando 11 ocorrências, com mais oito relacionadas a construções irregulares atendidas pela Gerência de Fiscalização de Obras (GFO).

Para garantir o ordenamento público, o instituto usa o Código de Obras e Edificações de Manaus, a lei complementar 003/2014. A demolição administrativa é prevista no artigo 40, parcial ou total, de obra ou edificação, quando a construção apresentar incompatibilidade com a legislação vigente que não admita regularização; risco para a segurança pública que, no caso de sua iminência, implicará o seu cumprimento imediato; obra ou edificação executada em área ou logradouro público.

Notificação

A notificação poderá ser comunicada com antecedência de 24 horas da ação demolitória que é um dos últimos recursos no controle e sanções previstas na legislação para garantir o cumprimento das normas urbanísticas e edilícias.

“Intervenções para o reordenamento são necessárias, buscando a recuperação de estruturas urbanas públicas na capital e para que a população, de modo geral, assim como comerciantes, tenham dimensão das regras de uso de logradouro público para atividades e serviços. Estamos na rua para melhorar o ordenamento e termos uma cidade melhor a todos, como nos determina o prefeito David Almeida”, explica o vice-presidente do Implurb, arquiteto e urbanista Claudemir Andrade.

As ações de demolição têm cunho educativo e punitivo, porque notifica e orienta que se retire de forma voluntária, mas se não for retirado, é feita a demolição administrativa contra o uso indevido.

Denúncias

Em razão do regime de teletrabalho, o instituto reforçou o serviço de agendamento para formalização on-line e por meio de e-mail. Foi montado um serviço de plantão para as fiscalizações em casos mais urgentes. Denúncias sobre obras irregulares e afins são atendidas somente após formalização enviando e-mail para [email protected] ou [email protected].

Internada com Covid-19, paciente cola grau no Hospital Delphina Aziz

No hospital há 16 dias, estudante participou da formatura virtual no curso de Direito, por meio do projeto Chamada do Bem. FOTO: Herick Pereira / Secom

Cinco anos de dedicação aos estudos levaram a estudante universitária Daiana Pimenta, 45, a concluir o curso de Direito em uma instituição privada em Manaus. A realização do sonho, porém, por pouco não se tornou um pesadelo. A apenas 16 dias de conquistar o diploma, ela foi diagnosticada com Covid-19 e precisou ser internada na UTI do Hospital e Pronto-Socorro (HPS) Delphina Aziz. “Quando eu entrei aqui achei que tudo que tinha feito na minha vida tinha se perdido com a doença”, disse Daiana.

Após superar a fase mais crítica da doença e ser transferida para um dos leitos disponíveis na enfermaria do hospital, nesta quarta-feira (11/08) Daiana teve a oportunidade de participar da tão sonhada colação de grau de maneira virtual, graças ao projeto Chamada do Bem, desenvolvido pelo HPS Delphina Aziz com o objetivo de aproximar pacientes isolados de familiares e amigos.

“O programa Chamada do Bem é uma videochamada que a gente faz através do WhatsApp com paciente junto com familiar, para ter mais aquela aproximação do paciente que não tem acompanhante, que tá sem telefone, que vai ser intubado, que foi extubado, paciente que está com crise de ansiedade ou quer fazer evasão também”, explica Dayanne Lacerda, assistente administrativa responsável pelo programa.

O momento de celebração em meio à superação foi compartilhado com os colegas de turma, que fizeram uma corrente de mensagens de apoio e esperança para a estudante ao saberem que conseguiram, todos, colar grau juntos.

“Hoje, quando eu contei pra turma que eu estava internada com Covid, recebi mensagens de positividade, de restabelecimento, de apoio e sobretudo de incentivo. Parece que a ficha não caiu e aí veio o ânimo, veio a convicção de que os problemas podem vir, mas os sonhos continuam”, comemorou a formanda.

Projeto

A dinâmica do projeto Chamada do Bem inicia com a indicação dos médicos e coordenadores de enfermagem de quais pacientes estão aptos a participar do projeto. Essa indicação depende do quadro clínico do paciente, sendo informado à equipe assistencial que, posteriormente, entra em contato com a família. Profissionais multidisciplinares interagem com o paciente, assegurando que ele esteja apto para receber a chamada naquele momento e finalizam a interação com a vídeo chamada.

De acordo com Dayanne, o projeto também gera benefícios aos profissionais da saúde. “Ali você se coloca no lugar do paciente, você vê a sensibilidade que o paciente está e vê a importância que tem essa chamada para um paciente”, define.

A, agora, bacharel em Direito Daiana, agradeceu a toda equipe do HPS Delphina Aziz e também exaltou a iniciativa. “Saber que do outro lado tá a minha família, meus filhos, meu marido, me esperando. Então, esse projeto, não tenho palavras para descrever a gratidão de me aproximar de quem eu amo, mesmo no leito de enfermidade, mesmo hospitalizada em uma enfermaria”, concluiu.

Ator Paulo José morre aos 84 anos

O ator estava afastado das telas por causa de um quadro de doença de Parkinson. IMAGEM: REPRODUÇÃO

O ator Paulo José, um dos principais nomes da história do cinema e da televisão brasileira, morreu nesta quarta-feira aos 84 anos em decorrência de uma pneumonia. A informação foi confirmada pela TV Globo.

O ator, que estava internado havia 20 dias em um hospital no Rio de Janeiro, ficou célebre por protagonizar filmes como “Todas as Mulheres do Mundo”, de Domingos Oliveira, “Macunaíma” e “O Padre e a Moça”, de Joaquim Pedro de Andrade, além de novelas como “Por Amor” e “Explode Coração”.

Paulo José teve uma carreira prolífica que cobriu mais de cinco décadas, mas havia anos estava afastado das telas por causa de um quadro de doença de Parkinson.

Seu último grande papel no cinema foi em “O Palhaço”, dirigido por Selton Mello há dez anos. Na Globo, sua participação de despedida foi na novela “Em Família”, de 2014. Mais recente, o documentário “Todos os Paulos do Mundo”, de 2017, relembrou sua trajetória.

Paulo Guimarães Gómez de Souza, gaúcho de Lavras, era doce, amistoso e sempre disposto a trabalhar. Em 1993 recebeu o diagnóstico de Parkinson, depois de uma maratona de três dias sem dormir -para gravar um especial da Globo- e algumas doses de uísque White Horse.

“Meu reino por um cavalo”, parodiou o artista-diretor após a maratona. “Cavalo branco”, completou, como revelou ele próprio num depoimento. Após beber, teve uma crise, acordou sem movimentos, com dificuldade de falar. Procurou um médico que fez dezenas de exames e, por eliminação, diagnosticou o degenerativo Parkinson.

A notícia da doença se espalhou com muito mais velocidade que a própria, e em pouco tempo os colegas o olhavam com compaixão, evitavam causar estresse ou dar papéis difíceis a ele. Não demorou para a má notícia chegar à cúpula da Globo. A emissora correu em seu auxílio.

José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, o licenciou da produção de novelas e o mandou para consulta nos Estados Unidos, no hospital mais especializado do mundo em Parkinson. O ator passou meses em exames e fora do ar. Poucos anos depois, ainda descobriria ser portador de outra doença crônica, um enfisema pulmonar, provavelmente causado pelo fumo -hábito que reduziu, mas nunca abandonou.

Poucos sabem que, embora seja conhecido por sua imensa obra dramática, primeiro no teatro, depois na TV e então no cinema, Paulo José começou a carreira mesmo é na música. Foi no grupo musical vocal Gauchinhos Destemidos que ele subiu em palcos pela primeira vez. E isso antes dos oito anos de idade.

Depois disso, ainda aluno do primeiro grau na rede de ensino, ele teria contato com peças de teatro, e foi aí que decidiu que queria ser. Ator? Diretor? Roteirista? Tudo isso e mais um pouco.

Vasculhando o minucioso site Memória Globo, é praticamente impossível encontrar qualquer outro artista -homem ou mulher- que tenha uma carreira tão produtiva quanto Paulo José. Respire fundo.

Em seu currículo ele conta com quase 30 novelas, 13 minisséries, alguns programas infantis, juvenis, humorísticos, quase 50 longas e documentários para o cinema e um número incalculável de peças de teatro.

Ganhou três vezes o Candango de melhor ator e um Kikito, no Festival de Gramado. Merecidamente foi homenageado no 5º Festival de Teatro do Rio de Janeiro.

No teatro, fez de tudo sobre o palco e na coxia. Interpretou de Chico de Assis a Brecht, em “O Testamento do Cangaceiro” e “Os Fuzis da Senhora Carrar”; de Molière a Kondoleon, em “A Mandrágora” e “Delicadas Torturas”; de Tiago Santiago a Augusto Boal, em “A Fonte Eterna da Juventude” e “Revolução na América do Sul”. Fora suas próprias obras ou primorosas adaptações.

Não só foi ator, mas carregou o cenário nas costas. Literalmente. Foi ator, produtor, diretor, roteirista, escritor, cenógrafo, iluminador e figurinista. Foi também empresário, dono de teatro, praticamente fundou o Teatro de Equipe e também foi investidor do teatro Arena.

No cinema, a mesma coisa. Só faltou ser lanterninha ou pipoqueiro.

Foi casado várias vezes. Oficialmente, com Dina Sfat, com Zezé Polessa e com Kika Lopes. Teve quatro filhos com espírito também artístico -Ana, Clara e Bel Kutner e Paulo Caruso-, mas teve muitos outros relacionamentos, longos, porém sem “oficialização”. Adorava a família e amava viver junto. “Eu adoro casar. Não canso”, disse.

Além desse “pequeno” legado, todas as semanas também tocava piano, fazia aulas de canto, de técnicas vocais, de terapia corporal, yoga, e centenas de sessões de fonoaudiologia. Deixou inúmeros roteiros prontos, ditou um audiolivro.

E fumava. Vá lá, dois ou três cigarrinhos por dia, mas fumava. Quando alguém se surpreendia com o vício, respondia à la Mario Quintana. “Fumar é uma maneira disfarçada de suspirar.”

Hoje é o Brasil que suspira pela falta não só de Benjamim, mas de Shazam de “O Primeiro Amor” (tão fofo que acabou ganhando série própria com Flávio Migliaccio, o Xerife); do Ivan, de “Vamp”; do Marcelo de “Supermanoela”; do Celso Rezende de “Roda de Fogo”. (FOLHAPRESS)

Trecho da avenida Tefé será interditado para execução de obras do Prosamim

FOTO: ARNAUD ANDRADE / IMMU

A Prefeitura de Manaus, por meio do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), vai interditar um trecho da avenida Tefé, no bairro Cachoeirinha, zona Sul, a partir do próximo sábado, 14/8. A interdição vai acontecer entre as ruas Duque de Caxias e General Glicério, para dar continuidade às obras do Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim), executadas pelo governo do Estado.

Com o fechamento da via, o fluxo de veículos que vem do bairro em direção ao Centro, pela avenida Tefé terá opção de entrar à esquerda ou à direita na avenida Castelo Branco. Caso os condutores optem pela esquerda, podem seguir pela via e entrar à direita na avenida Leonardo Malcher; em seguida, à direita na Duque de Caxias e, então, prosseguir pela Tefé.

Os condutores que converterem à direita na Castelo Branco podem entrar à esquerda na avenida J. Carlos Antony ou na avenida Codajás. A partir dessas duas vias, podem acessar a Duque de Caxias para, em seguida, retornar à avenida Tefé.

Os veículos que se deslocam no sentido Centro em direção ao bairro na avenida Tefé devem converter à esquerda na avenida Duque de Caxias, seguir até a avenida Tarumã e, depois, Castelo Branco para retornar à avenida Tefé.

As vias terão reforço de placas de orientação de obras e de sinalização vertical de trânsito. De acordo com a Secretaria de Estado de Infraestrutura, a estimativa é a de que as obras durem 45 dias.

A interdição do trecho não impedirá o acesso dos moradores às suas casas, pois será mantido exclusivamente o tráfego local nas áreas em obras. Agentes da Gestão de Trânsito e fiscais de Transportes do IMMU estarão nas áreas da intervenção para monitorar a circulação de veículos.

Ônibus

Com a interdição, as linhas de ônibus 535, 542, 611, 612 e 713 que, atualmente, trafegam pela avenida Tarumã, entram à direita na rua Visconde de Porto Alegre, não cumprirão mais esse itinerário durante a interdição. As linhas de transportes urbanos irão seguir pela avenida Tarumã e converter à direita na avenida Castelo Branco, a partir de onde seguem o itinerário normal.

Flordelis é cassada pela Câmara

Foram 437 votos favoráveis para a cassação da deputada.

Quase um ano após o Ministério Público aceitar denúncia contra a deputada Flordelis (PSD-RJ), acusada de mandar assassinar o marido, a Câmara decidiu cassar o mandato da parlamentar, por quebra de decoro, por 437 votos favoráveis. Houve 7 votos contrários à cassação e 12 abstenções. Com a decisão, ela perde a imunidade parlamentar.

Flordelis ainda tentou se segurar no cargo. “Vocês colocarão a cabeça no travesseiro e vão se arrepender por condenar uma pessoa que não foi julgada”, afirmou a deputada no plenário nesta quarta-feira, 11, antes do início da votação. “Ainda dá tempo de fazer justiça. Não me cassem.”

A perda do mandato de Flordelis já tinha sido aprovada pelo Conselho de Ética da Casa, de forma quase unânime, por 16 votos a um. O relator, deputado Alexandre Leite (DEM-SP), determinou que Flordelis violou o Código de Ética e Decoro Parlamentar e se contradisse sobre fatos envolvendo o crime. “As provas coletadas tanto por esse colegiado quanto no curso do processo criminal são aptas a demonstrar que a representada tem um modo de vida inclinado para a prática de condutas não condizentes com aquilo que se espera de um representante do povo”, escreveu o relator.

Flordelis é acusada de ser a mandante do assassinato de seu marido, o pastor Anderson do Carmo, ocorrido em 16 de junho de 2019, na porta da casa onde os dois viviam com os filhos, em Niterói (RJ). O casal havia conquistado notoriedade por ter criado 55 filhos, a maioria adotada.

Ela, que sempre negou ser a mandante do crime, é ré na Justiça e responde por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada. Flordelis não podia ser presa até agora por causa da imunidade parlamentar. Ela tem sido monitorada por tornozeleira eletrônica, desde o ano passado.

Nesta quarta-feira, 11, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidiu levar o caso ao plenário em um formato de “projeto de resolução”, o que permitiu aos parlamentares apresentarem destaques, ou seja, adendos à proposta original. Desta forma, a decisão poderia ser adaptada a uma pena mais branda e não apenas se resumir a sim ou não sobre a cassação, caso fosse essa a vontade do plenário.

“Alterei a regra de discussão de cassação de parlamentar no plenário desta Casa por um entendimento da presidência, no sentido de que o plenário é soberano e órgão maior de decisão na casa Legislativa”, justificou Lira no plenário. “Como projeto de resolução e não como parecer, se 103 parlamentares individualmente acharem que a sua cliente [Flordelis] merece em vez de uma cassação ou absolvição uma suspensão de seis meses”, afirmou o presidente da Câmara aos advogados de defesa de Flordelis. Apesar da nova possibilidade, a deputada foi cassada e não houve apoio suficiente para abrandar a pena.

Durante a votação, que durou mais de duas horas, Flordelis passou a maior parte do tempo sentada sozinha no fundo do plenário da Câmara, na companhia de seus advogados.

Nesta terça-feira, 10, um dia antes de ter seu destino político decidido pelos seus 512 colegas, ela enviou uma carta, pedindo “uma chance”, a todos os parlamentares. “Uma chance para que eu possa me defender de um processo injusto de homicídio do meu próprio marido. Uma chance para que eu possa cumprir o mandato que eu fui legitimamente eleita. Uma chance para que minha dignidade seja, um dia, restabelecida”, escreveu na mensagem encaminhada por e-mail.

Os advogados de Flordelis defenderam no plenário que ela tivesse a mesma pena dada ao deputado Daniel Silveira (PSL-RJ). O parlamentar foi suspenso por seis meses, no caso em que ele é acusado de fazer ataques aos ministros do Supremo, mesmo motivo pelo qual o parlamentar foi preso em flagrante em fevereiro.

Foram mais de 11 meses para o parlamento decidir o destino político da deputada desde que o deputado Léo Motta (PSL-RJ) apresentou um requerimento à Mesa Diretora da Casa pela perda do mandato. O processo começou a tramitar no Conselho de Ética apenas em fevereiro deste ano, depois de um hiato do colegiado que ficou suspenso em decorrência da pandemia.

Antes de Flordelis, a última cassação aprovada pelo plenário da Câmara foi a de Eduardo Cunha, ex-presidente da Casa, com um placar de 450 votos favoráveis e 10 contrários.

Belarmino Lins apela por serviços de manutenção de ramal e recuperação de pontes em Manicoré

Deputado Belarmino Lins (PP)

Em requerimento enviado ao governador Wilson Lima e ao titular da Seinfra, Carlos Henrique Lima, o deputado estadual Belarmino Lins (PP) solicitou a realização urgente de serviços de limpeza e manutenção do Ramal AM-364, que interliga a comunidade Democracia à BR-319, bem como a recuperação de três pontes de madeira no município de Manicoré, situado no Vale do Rio Madeira.

O requerimento do parlamentar contempla reivindicações de lideranças e moradores de Manicoré encaminhadas ao seu gabinete na Aleam, pedindo serviços urgentes de limpeza e manutenção (“patrolada”) no Ramal AM-364, de 84 km, popularmente conhecido como Ramal de Manicoré, importante via de ligação da comunidade Democracia com a BR-319 (Manaus-Porto velho) e as regiões circunvizinhas.

Atendendo aos reclamos, Belarmino Lins também solicitou ao Governo do Estado a recuperação de três estratégicas pontes localizadas, respectivamente, sobre os rios Amapá e Matupiri e sobre o Igarapé do Jatuarana, em Manicoré. “As pontes são consideradas vitais para o escoamento da produção e para o incremento das transações comerciais entre as comunidades da área”, diz o deputado progressista.

Arqueólogos dizem ter achado restos do Cavalo de Troia

Representação do Cavalo de Troia no British Museum. FOTO: Reprodução / Wikimedia Commons

Arqueólogos afirmam ter encontrado o que acreditam ser pedaços do famoso Cavalo de Troia. De acordo com um relatório do “newsit.gr”, os especialistas que escavavam o local da histórica cidade de Troia, nas colinas de Hisarlik (Turquia), desenterraram uma grande estrutura de madeira. Historiadores e arqueólogos acham que o que descobriram são restos do lendário Cavalo de Troia. Os trabalhos são liderados pelos arqueólogos Christine Morris e Chris Wilson, da Universidade de Boston (EUA).

De acordo com a narrativa, o Cavalo de Troia foi tomado pelos troianos como um símbolo da sua vitória no combate, e foi carregado para dentro das muralhas, sem que eles soubessem que em seu interior se ocultava o inimigo. À noite, guerreiros inimigos saíram do cavalo, dominaram as sentinelas e possibilitaram a entrada do exército grego, levando a cidade à ruína.

As escavações trouxeram à luz dezenas de pranchas e vigas de abeto de até 15 metros de comprimento. Os remanescentes foram reunidos de uma forma estranha, o que levou os especialistas a suspeitarem que pertenciam ao Cavalo de Troia, que, segundo se crê, estaria recheado de soldados. A estrutura de madeira ficava dentro das muralhas da antiga cidade de Troia. Imagens do achado ainda não foram disponibilizadas.

O Cavalo de Troia é considerado por muitos como uma estrutura mítica. O cavalo é comumente associado aos poemas épicos de Homero, “Ilíada” e “Odisseia”. As obras clássicas contam a história da Guerra de Troia e da longa jornada de Odisseu de volta a Ítaca, mas, curiosamente, elas não apresentam o icônico cavalo de madeira. Na verdade, a “Ilíada” fecha logo antes do fim da guerra.

A história do Cavalo de Troia chega bem no fim da guerra, pois é usada como estratégia para tomar Troia e vencê-la completamente. A história do cavalo de madeira é apresentada com mais destaque na “Eneida”, de Virgílio, um texto latino da época do governo de Augusto em Roma. Os historiadores sugerem que o escritor antigo estava usando a imagem do cavalo como uma analogia para uma máquina de guerra, ou até mesmo um desastre natural.

A estrutura encontrada se encaixa na descrição de Virgílio, Augusto e Quintus Esmirna. Portanto, os arqueólogos começaram a considerar que a descoberta representa de fato os restos do subterfúgio que os gregos usaram para conquistar a antiga Troia.

Outra descoberta que apoia as afirmações dos arqueólogos é uma placa de bronze danificada com a inscrição “No retorno para casa, os gregos dedicaram esta oferenda a Atenas”. Quintus Esmirna se refere à placa particular em seu poema épico “Posthomerica”. A placa também foi encontrada no local. (PAGE NOT FOUND)

Panasonic vai deixar de produzir TVs no Brasil

Empresa vai demitir 130 funcionários da fábrica de Manaus, que vai continuar a produzir produtos da linha de micro-ondas. FOTO: Buddhika Weerasinghe / Bloomberg

O mercado de televisores vem passando por grandes mudanças em 2021. Depois de a Sony anunciar o fim da produção e venda de seus aparelhos no país em março, hoje foi a vez de a Panasonic confirmar que vai deixar de fabricar suas TVs e produtos de áudio no país até o fim deste ano.

A multinacional japonesa informou que o encerramento da produção de TV e áudio no Brasil é uma decisão que segue uma estratégia global, com foco na sustentabilidade do negócio.

Apesar de os produtos serem produzidos na fábrica de Manaus, a unidade vai manter sua atividade com as linhas de micro-ondas, produtos automotivos e componentes eletrônicos.

Com o fim da área de TVs e áudio, a Panasonic vai demitir 130 funcionários até dezembro. O número representa 5% dos 2.400 colaboradores da empresa no país.

Além de Manaus, a Panasonic tem ainda a fábrica em Extrema, Minas Gerais, onde produz máquinas de lavar e refrigeradores. Em São José dos Campos, no interior de São Paulo, fica a unidade de fabricação de pilhas de zinco e alcalinas.

Decisão surpreende varejistas

A notícia da saída da Panasonic surpreendeu redes de varejo e analistas. Uma fonte do setor lembrou que o mercado de TVs vem passando por uma disputa tecnológica acirrada, o que exige pesados investimentos em software, conectividade e parcerias com empresas de variados setores como os de streaming de vídeos.

Foi essa falta de investimento que fez a japonesa Sony perder a corrida no setor, amargando vendas cada vez menores. O mesmo ocorreu com a Panasonic, ressaltou essa mesma fonte do setor.

Hoje, o segmento é dominado no país pela sul-coreana Samsung, seguida da também coreana LG. Em paralelo, diversas marcas passaram a investir no setor com produtos voltados para a chamada faixa intermediária, com preços a partir de R$ 1.400, parar ocupar o espaço que se abre no mercado. (AGÊNCIA O GLOBO)

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