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Conselho Estadual de Cultura do Amazonas tem novos conselheiros

(Foto: Divulgação/Márcio Leal)

Ao todo, 44 novos conselheiros e suplentes do Conselho Estadual de Cultura tomaram posse para o exercício 2021-2023, nesta sexta-feira (14), no Salão Solimões, na avenida Sete de Setembro, Centro. A reestruturação do Conselho Estadual de Cultura (Conec), que estava há mais de dez anos sem atividades, é uma ação do programa +Cultura e faz parte do plano do Governo Wilson Lima para o setor no Amazonas, que tem como uma das diretrizes a implantação do Sistema Estadual de Cultura.

Presidido pelo secretário de Estado de Cultura e Economia Criativa, Marcos Apolo Muniz, o conselho é uma forma de integração da classe cultural. “É uma orientação do governador Wilson Lima e está no nosso plano de governo, restabelecermos o Sistema Estadual de Cultura. E o Conselho Estadual de Cultura é um importante instrumento para isso. A gente reúne aqui entes que dialogam, trabalhadores e trabalhadoras da cultura não só da capital, mas de todo o Estado”, declarou o secretário.

O processo eleitoral para o mandato 2021-2023 aconteceu de forma virtual, no final de outubro 2021, e elegeu representantes dos segmentos de Teatro, Dança, Circo, Música, Literatura, Artes Visuais e Novas Mídias, Audiovisual, Cultura Popular de Matriz Ibérica, Cultura Indígena, Cultura Afrodescendente, Folclore e Carnaval.

Mais representatividade

Marcos Apolo ainda destacou as atualizações nas cadeiras do conselho. “Fez-se necessário algumas adequações de cadeiras, até para que a gente pudesse atualizar, modernizar o conselho, chegando mais próximo da nossa realidade”, disse.

Entre os avanços está a implementação da cadeira de cultura Afrodescendente e cultura Indígena. “Ser mulher, indígena e ser conselheira, assim, depois de tantos anos sem o conselho, para mim é uma grande honra. É muito importante nós termos uma cadeira para a cultura indígena por uma questão de representatividade, de luta mesmo e por uma questão de identificação”, pontuou a Suzane Costa, representante titular da cadeira da cultura indígena.

Atribuições

Ao Conselho compete aprovar diretrizes gerais do Plano Estadual de Cultura; acompanhar a execução; fiscalizar a aplicação dos recursos do Fundo Estadual de Cultura; apoiar acordos entre os entes estaduais para a implantação do Sistema Estadual de Cultura; além de estabelecer cooperação com os movimentos sociais; organizações não governamentais e o setor empresarial; e incentivar a participação democrática na gestão das políticas e dos investimentos públicos na área cultural.

*Com informações da assessoria

 

Prefeitura de Manaus adota teletrabalho em prevenção à Covid

(Foto: Márcio James/Semcom)

“Nós temos o resultado de testes feitos em todas as secretarias e 28% de todos eles foram positivos. Então, será instituído o regime de teletrabalho a partir de segunda-feira e, se necessário, será estendido por mais 15 dias para as pessoas com comorbidades e com idade igual ou acima de 60 anos”, afirmou David Almeida, nesta manhã, ao visitar o Centro Municipal de Testagem, no Studio 5, no Japiim, zona Sul.

Conforme o decreto, o teletrabalho consistirá no exercício remoto das atividades laborais durante o horário de funcionamento do órgão ou entidade na qual o servidor esteja lotado.

Ainda segundo o texto do decreto, as atividades e metas para o desenvolvimento do teletrabalho serão determinadas pela chefia imediata, respeitadas as atribuições do cargo, emprego ou função, devendo o agente público afastado manter-se disponível ao acesso via internet, telefone e demais mecanismos de comunicação disponíveis.

O teletrabalho, no entanto, não contempla servidores das secretarias municipais de Comunicação (Semcom), Saúde (Semsa), Assistência Social (Semasc), Limpeza Urbana (Semulsp), Infraestrutura (Seminf) e Mobilidade Urbana (IMMU), por serem considerados órgãos com atividades essenciais.

“Neste momento, a nossa maior preocupação é garantir que os principais serviços essenciais continuem sendo executados para a população. Vamos avaliar os boletins epidemiológicos para determinar as futuras ações, porém, é nosso dever resguardar a vida dos nossos colaboradores”, afirmou David Almeida.

*Com informações da assessoria

 

Servidores da UEA são promovidos e terão gratificação concedida

Comissão informa que não houve recursos referentes às candidaturas submetidas. (Foto: Divulgação/Ascom UEA)

Mais de mil servidores da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), entre técnicos administrativos e professores, serão promovidos de acordo com a Lei nº 4.736/2018 e Lei nº 4.061/2014, em cumprimento à determinação do governador, Wilson Lima, de efetivar as promoções verticais e horizontais de docentes e técnicos administrativos. Também será concedida a gratificação de curso para os técnicos administrativos, definida pelo Plano de Cargos, Carreira e Remuneração da UEA (PPCR).

Para o reitor da UEA, Cleinaldo de Almeida Costa, é um momento muito importante de reconhecimento e consolidação da carreira desses servidores.

“Agradecemos ao governador do Estado, Wilson Lima, pela sensibilidade no sentido de atender as nossas técnicas e técnicos, professoras e professores que estavam aguardando pela concretização dessa demanda. Estamos aqui realizando um esforço concentrado para que essas promoções possam ocorrer ainda durante esse mês de janeiro”, enfatizou.

*Com informações da assessoria

 

Prefeitura começa vacinação de crianças na segunda-feira (17)

(Foto: Camila Batista/Semsa)

As primeiras crianças a receberem a vacina serão as que apresentam comorbidades e deficiência permanente, seguidas dos demais grupos, conforme ordem de escalonamento definida pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), com base nas orientações do Ministério da Saúde (MS). A imunização de crianças de 5 a 11 anos acontecerá em quatro locais estratégicos, distribuídos nas diferentes regiões geográficas da cidade.

Os grupos são de indígenas e quilombolas; dos que vivem em instituições de longa permanência (abrigos e orfanatos); e os da população geral na faixa etária recomendada, contemplando uma idade por vez, em ordem decrescente.

A data de início desta nova etapa da campanha foi confirmada pelo prefeito David Almeida, na manhã desta sexta-feira, 13, durante coletiva no Centro Municipal de Testagem para Covid, na zona Sul. De acordo com o chefe do Executivo, o atendimento do público infantil vai ocorrer no Parque Cidade das Crianças (zona Sul), no Clube do Trabalhador – Sesi (zona Leste), no Centro de Convivência Magdalena Arce Daou (zona Oeste), e no shopping Manaus Via Norte (na zona Norte), das 9h às 16h.

A meta da prefeitura é vacinar 90% da população de 5 a 11 anos residente na capital, estimada em 260.721 crianças, de acordo com projeção do MS. O cronograma de atendimento aos grupos prioritários e faixas etárias será definido de acordo com o recebimento de doses.

A titular da Semsa, Shádia Fraxe, informou que uma primeira remessa com 17.250 doses do imunizante pediátrico da Pfizer já foi repassada pela Fundação de Vigilância Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) à Divisão de Imunização da Semsa, garantindo a abertura da campanha na próxima segunda-feira, com o primeiro grupo prioritário, conforme planejado pelo município.

Segurança

A escolha dos pontos de vacinação pela equipe técnica da Semsa levou em conta as medidas de segurança determinadas pela Anvisa e pelo Ministério da Saúde. Esses locais serão exclusivos para vacinar crianças contra a Covid e neles não haverá aplicação de outras vacinas para a mesma faixa etária, nem a oferta da vacina contra a Covid para outros públicos.

Em cada um dos quatro pontos estão sendo destinados espaços de espera pós-vacina, onde as crianças deverão ficar por 20 minutos após serem vacinadas, para observação.

Equipes da Semsa, incluindo chefes de imunização, enfermeiros especialistas em vacina e vacinadores, vêm sendo treinadas desde a sexta-feira passada, 7/1, para reforçar condutas de qualidade em todos os processos, do armazenamento à aplicação das doses.

Documentos

A chefe da Divisão de Imunização da Semsa, Isabel Hernandes, orienta que as crianças sejam levadas aos pontos de vacinação acompanhadas por um dos pais ou outro responsável maior de 18 anos, e que sejam apresentados três documentos do menor: certidão de nascimento ou documento de identificação original com foto; cartão nacional do SUS ou CPF, e a caderneta de vacinação.

Para as crianças com comorbidades, que fazem parte do primeiro grupo contemplado, além dos documentos pessoais, é necessário apresentar laudo médico que comprove condições consideradas pelo MS como prioridade: diabetes mellitus, pneumopatias crônicas graves, hipertensão arterial resistente (HAR), hipertensão arterial estágio 3, hipertensão arterial estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo e/ou comorbidade, doenças cardiovasculares (insuficiência cardíaca-IC, cor-pulmonale e hipertensão pulmonar, cardiopatia hipertensiva, síndromes coronarianas, valvopatias, miocardiopatias e pericardiopatias, doenças da aorta, dos grandes vasos e fístulas arteriovenosas, arritmias cardíacas, cardiopatias congênita, próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados, doença cerebrovascular), doença renal crônica, imunossupressão, anemia falciforme, obesidade mórbida, síndrome de Down e cirrose hepática.

Os menores do grupo de Pessoas com Deficiência (PcD), também incluídos na primeira escala de atendimento, não precisam apresentar laudo.

Isabel Hernandes também orienta que, para receber a vacina contra a Covid, é importante que a criança não tenha tomado nenhuma outra vacina nos 15 dias anteriores e que não apresente nenhuma doença na fase aguda.

*Com informações da assessoria

 

Covid adia retorno às aulas e cancela desfile das escolas de samba

Foto: Diego Peres / Secom

O Comitê Intersetorial de Enfrentamento da Covid-19, em reunião nesta sexta-feira (14/01), decidiu adiar, para o dia 14 de fevereiro, o início presencial do ano letivo de 2022, das escolas da rede pública estadual. O grupo também recomendará que as escolas da rede privada iniciem as aulas presenciais na mesma data. Após a avaliação do cenário epidemiológico, o grupo decidiu, ainda, pelo cancelamento do desfile das escolas de samba no Centro de Convenções.

O Estado deverá realizar uma live para minimizar os prejuízos dos profissionais que reforçam sua renda com o Carnaval.

As medidas foram debatidas com representantes dos poderes legislativo e judiciário e de órgãos de controle. O decreto estadual que trata sobre o início do ano letivo entra em vigor a partir da próxima segunda-feira, dia 17. A validade será por tempo indeterminado.

“Diante do cenário que nós temos, estamos adiando a volta às aulas, que seria no dia 7 para o dia 14. Naturalmente que a gente vai avaliando como é que evoluem os casos de Covid-19 e outras síndromes respiratórias. Tudo isso é para segurança dos profissionais da educação, para os alunos e para os pais, neste momento em que a gente está em alerta”, disse o governador.

Escolas de Samba

Em relação ao Carnaval, o governador Wilson Lima disse que o Estado deve organizar uma live, semelhante às realizadas para o Festival de Parintins dos anos de 2020 e 2021.

“O desfile das escolas de samba está cancelado. Nós estamos cancelando com as escolas de samba para fazermos outra modalidade, lives. Outras alternativas para garantir o repasse de recursos para esses profissionais, aquelas pessoas que dependem da arte e da movimentação desses recursos nessa época do ano, da renda do Carnaval”, declarou o governador.

Em contrapartida, segundo o governador, as escolas cederão as quadras das escolas de samba para servirem de postos de vacinação para o Estado e Prefeitura de Manaus realizarem ações para aumentar a cobertura vacinal contra a Covid-19.

Cumprimento do decreto – As medidas já estabelecidas no decreto anterior continuarão valendo, como a restrição para grandes eventos e autorização apenas para eventos sociais de caráter privado, sem a venda de ingressos, como casamentos, aniversários, formaturas, limitados a 50% da capacidade do local e ao máximo de 200 pessoas.

Em caso de descumprimento do decreto, está prevista multa no valor de R$ 50 mil, podendo chegar até R$ 500 mil. A Central Integrada de Fiscalização (CIF), coordenada pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), intensificou as fiscalizações das medidas estabelecidas em decreto.

O comitê reforçou a necessidade das medidas de prevenção por conta do aumento de casos da Covid-19, aos registros da variante Ômicron e ao período sazonal para síndromes gripais no estado. Cada infectado pela nova variante, por exemplo, transmite o vírus para outras 206 pessoas. É necessário seguir os protocolos de distanciamento, uso de máscara, álcool em gel e regularidade da situação vacinal.

“Nos últimos quatro dias nós tivemos cinco mil casos de Covid-19, é muito importante que você complete seu esquema vacinal. Muito importante nos próximos 15 dias evitar as aglomerações, continuem usando máscara, álcool em gel, mantenham as mãos sempre limpas”, reforçou o secretário de Estado da Saúde, Anoar Samad.

Criança indígena é primeira a ser vacinada contra a Covid no Brasil

(Foto: Divulgação)

A primeira vacina contra a Covid-19 em uma criança foi aplicada nesta sexta-feira (14), no Hospital das Clínicas de São Paulo (HCFMUSP). Davi Seremramiwe, de 8 anos, foi a primeira criança a ser vacinada no país. O garoto indígena é natural de Mato Grosso, mas vem a São Paulo com frequência para realizar tratamento de saúde.

O imunizante da Pfizer recebeu autorização da Agência Nacional de Vigilância de Saúde (Anvisa), em 16 de dezembro, para ser aplicado em crianças de 5 a 11 anos no Brasil. Até o momento, a vacina da farmacêutica norte-americana é a única liberada pela autoridade sanitária para ser aplicada nesta faixa etária.

Em solenidade simbólica, com a presença de profissionais da saúde e o governador de São Paulo, João Doria, mais crianças com comorbidades foram vacinadas contra a Covid-19. A vacinação no estado – para o público de 5 a 11 anos – terá início na segunda-feira (17), onde serão priorizadas as crianças indígenas, quilombolas e com comorbidades.

Davi, o primeiro garoto a ser vacinado contra a Covid-19, nasceu em uma tribo Xavante no estado do Mato Grosso, ele tem uma condição de saúde que afeta as pernas e o faz a andar com ajuda de uma órtese.

Por nove meses, ele e o pai, o cacique Jurandir Siridiwe, fizeram viagens periódicas à capital paulista para que Davi fosse tratado no Instituto da Criança do Hospital das Clínicas. Atualmente, Davi mora com uma tutora na cidade de Piracicaba (SP). Ela o acompanha nas consultas rotineiras que garoto faz no HC com médicos das áreas de reabilitação e neurologia.

Primeiro lote da vacina infantil chega ao Brasil

A primeira remessa de doses da vacina infantil da Pfizer contra a Covid-19 chegou ao Brasil na madrugada desta quinta-feira (13). No lote, vieram 1,2 milhão de vacinas destinadas ao governo brasileiro para distribuição aos estados e municípios, seguindo o critério populacional.

Ao todo, o Brasil deve receber 4,3 milhões de doses em janeiro. Para fevereiro, a expectativa é que a Pfizer entregue mais 7,2 milhões de doses e, em março, mais 8,4 milhões de imunizantes. O esquema vacinal para crianças é composto por duas doses com intervalo de oito semanas.

No estado de São Paulo a expectativa é de vacinar 4,3 milhões de crianças no período de três semanas.

Na quinta-feira (13), o governo paulista afirmou que os pais já podem incluir as crianças de 5 a 11 anos no pré cadastro para vacinação contra a Covid-19.

Segundo o governo, o pré-cadastro é opcional e não é um agendamento, mas agiliza o atendimento nos locais de imunização, evitando filas e aglomerações. Para cadastrar os filhos, os pais ou responsáveis devem acessar o link, clicar no botão “Crianças até 11 anos” e preencher o formulário online.

A página recebeu 303 mil acessos apenas no primeiro dia em que o pré-cadastro foi disponibilizado, número que supera a média de procura no último mês em 1.039%. Em dezembro, a média foi de 26.613 acessos diariamente.

Distribuição de vacinas infantis

Confira o percentual da população de 5 a 11 anos por estado:

Região Centro-Oeste (8,17%)

Distrito Federal – 1,30%
Goiás – 3,55%
Mato Grosso do Sul – 1,47%
Mato Grosso – 1,85%

Região Sudeste (39,18%)

Espírito Santo – 1,93%
Minas Gerais – 9,02%
Rio de Janeiro – 7,49%
São Paulo – 20,73%

Região Sul (13,17%)

Paraná – 5,25%
Rio Grande do Sul – 4,73%
Santa Catarina – 3,19%

Região Nordeste (28,43%)

Alagoas – 1,77%
Bahia – 7,07%
Ceará – 4,42%
Maranhão – 4,02%
Paraíba – 1,89%
Pernambuco – 4,80%
Piauí – 1,62%
Rio Grande do Norte – 1,67%
Sergipe – 1,17%

Região Norte (11,05%)

Acre – 0,57%
Amazonas – 2,77%
Amapá – 0,55%
Pará – 4,99%
Rondônia – 0,93%
Roraima – 0,38%
Tocantins – 0,86%

*Com informações da CNN Brasil

 

Isolados e vacinados, índios são informados sobre covid via radioamador

Foto de indígena da etnia Zo'é carregando o pai para se vacinar contra a covid-19 repercutiu nas redes sociais. (Foto: Erik Jennings Simões)

A foto de Tawy Zo’é, 24, carregando o pai Wahu Zo’é sobre as costas para que o idoso, então com 68 anos, fosse vacinado contra a covid-19 aqueceu o debate sobre a assistência às populações indígenas durante a pandemia. Com uma organização social particular e isolados em áreas de densas florestas no Pará, os Zo’é recebem atendimento médico da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), órgão ligado ao Ministério da Saúde, que tem se comunicado e informado a população por meio de um radioamador.

Ao todo, são mais de 300 indígenas da etnia que habitam a região em diversas aldeias, cujo acesso só é possível com um avião monomotor. Desde o início da pandemia, segundo o Ministério da Saúde, os Zo’é se isolaram em aldeias ainda mais distantes para evitar o contágio.

A fotografia de pai e filho foi registrada em 2021 e publicada neste ano pelo médico da Sesai, Erik Jennings Simões, 52, que atua há mais de duas décadas na região. Segundo ele, o uso do radioamador é um protocolo utilizado pelas equipes médicas antes mesmo da pandemia e tem sido de extrema importância neste período. A comunicação dos profissionais com os Zo’é, reforça ela, é inclusive realizada na língua nativa, já que não falam português.

Foi desta forma que Tawy soube que poderia levar o pai para ser vacinado no dia 22 de janeiro do ano passado, assim que o plano nacional de imunização começou. Foram cerca de seis horas de caminhada pelo interior da floresta, que está localizada entre os rios Cuminapanema e Erepecuru, no norte paraense, até chegar no posto de atendimento da terra indígena.

A TI (Terra Indígena) Zo’é, homologada em 2009, tem uma extensão de 668,5 mil hectares (cerca de 936 mil campos de futebol) em parte dos municípios de Óbidos, Oriximiná e Alenquer. Há somente uma pista de pouso de acesso à região, que não possui estradas, somente trilhas por dentro da floresta. De Óbidos a Belém, são cerca de 800 quilômetros de distância.

Embora pudessem visitar algumas aldeias, como já faziam antes da pandemia em rotinas de visitas, os médicos da Sesai adotaram um planejamento estratégico para a região no contexto pandêmico. Como ir às aldeias era expor ainda os indígenas ao risco de contaminação, o acordado foi que os indígenas passassem a comparecer à base médica para receber o imunizante e atendimentos.

Mesmo para os profissionais que realizam atendimento na unidade de saúde, os protocolos são rigorosos. Para entrar na área indígena é necessário ter, no mínimo, sete dias de quarentena, testes de antígeno negativo, uso de equipamento de proteção individual (EPI) completo, manter distância e realizar alguns procedimentos e exames ao ar livre.

Para chegar à base médica, as trilhas utilizadas por cada membro de uma família Zo’é eram diferentes e organizadas estrategicamente para evitar o contato entre eles. O brasileiro Marcos Cólon, doutor em estudos culturais pela Universidade de Wisconsin-Madison (EUA), explica que, na verdade, esta tática dos Zo’é é milenar e usada para evitar o impacto de pandemias e doenças na população ao longo da história. Segundo ele, a cultura de isolamento da etnia é também uma estratégia de sobrevivência.

No final da década de 1980, por exemplo, vários indígenas da etnia morreram em decorrência de enfermidades de problemas respiratórios e diarreia. Somente a partir disso, explica Cólon, a Funai (Fundação Nacional do Índio) passou a acompanhar e prestar assistência aos Zo’é.

Segundo Leonardo Viana Braga, doutorando do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de São Paulo e assessor do PZ/Iepé (Programa Zo’é do Instituto de Pesquisa e Formação Indígena), o isolamento também é uma questão cultural para os Zo’é, uma vez que, quando as famílias se encontram, elas seguem etiquetas rigorosas de aproximação respeitando os espaços uma das outras.

“É desejável viver afastado, o que faz com que os momentos de encontro tenham mais valor. Dessa forma, não foi difícil para os Zo’é seguirem os protocolos de distanciamento social, se assim podemos dizer”, explica Braga.

Em outubro de 2021, o pai de Tawy faleceu de complicações de doenças pré existentes e pela idade avançada. Segundo Ministério da Saúde e o médico da Sesai, Erik Jennings, até agora, “não se registrou nenhum caso de Covid-19 na população Zo’é”, que também está totalmente imunizada com as primeiras e segundas doses da vacina

A inclusão da população indígena entre os grupos prioritários no enfrentamento à covid-19 foi uma das demandas da Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil) no STF (Supremo Tribunal Federal), por meio da ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) nº 709. A entidade também denunciou a subnotificação de dados sobre a situação de contaminação e óbitos em decorrência da covid-19 entre a população indígena, e iniciou um levantamento próprio para acompanhamento dos casos.

Dois anos após o início da pandemia, nesta terça-feira (11), o Ministério da Justiça e Segurança Pública anunciou a criação do Comitê Gestor dos Planos de Enfrentamento da Covid-19 para os povos indígenas, com representantes da Funai e dos ministérios da Cidadania; da Defesa; da Economia; do Meio Ambiente; de Minas e Energia; da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos; e da Saúde.

A média móvel de casos confirmados pelo país nos últimos sete dias foi superior a 44 mil, a maior registrada desde 29 de julho do ano passado, segundo dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa, nesta terça-feira (11). Em um momento como este, o médico Erick Jennigs da Sesai acredita que a repercussão da foto de Tawy e seu pai manda um recado de incentivo dos Zo’é para que todos no mundo se vacinem.

*Com informações do UOL

 

Corecon-AM elege nova diretoria para a gestão 2022

(Foto: Divulgação/Corecon-AM)

Marcus Evangelista e Judah Torres foram eleitos presidente e vice-presidente, respectivamente, e iniciam a nova gestão com a ação de capacitação dos economistas no interior do Amazonas. A eleição para a nova direção do Conselho Regional de Economia do Amazonas (Corecon- AM) ocorreu na última segunda-feira, dia 10, e contou com os votos dos nove conselheiros titulares, que definiram os gestores para o novo mandato. A posse dos economistas aconteceu após a eleição nesta semana.

À frente do conselho, que é responsável pelo registro e fiscalização da profissão no Estado do Amazonas, o economista Marcus Evangelista disse que pretende fazer uma gestão positiva e afirmou que alguns dos objetivos é renovar e ampliar a sede do conselho, capacitar os jovens economistas, atuar para a reinserção no mercado de trabalho dos profissionais, implantar um clube de benefícios para a classe, além de implementar ações de valorização do profissional de economia na região.

“Na nova gestão de 2022, pela quarta vez, eu estou assumindo a presidência do conselho e o nosso objetivo principal nessa gestão é gerar benefícios para a classe dos economistas. Então, temos aí muitas novidades para serem lançadas durante o ano, mas a principal delas seria um clube de benefícios, onde um registrado, bacharel e até mesmo estudante de economia vão ter uma série de descontos em vários estabelecimentos comerciais do nosso Estado”, declarou, acrescentando que a iniciativa vai incentivar o profissional a ficar mais próximo do Corecon, tornando a classe mais participativa.

“Além de incentivar, o profissional vai se aproximar do conselho e faz também com que a anuidade que ele paga praticamente seja diluída diante dos descontos que ele vai obter no consumo do seu dia a dia”, frisou.
Marcus Evangelista também defende que um profissional de economia é fundamental para que toda empresa obtenha o crescimento e supere dificuldades econômicas, principalmente, em meio à pandemia da Covid-19.

“Nós sabemos que a atividade do economista é ampla, então queremos resgatar isso, onde numa primeira ação do Corecon nós vamos promover uma palestra de orientação técnica para que eles atuem como consultores de captação de recursos, que é uma área que pode sim trazer um retorno financeiro para eles. Nessa palestra, que será dia 20, eu serei o palestrante e nós vamos capacitar os colegas que atuam no interior do Estado. Vamos também orientar o economista a fazer os seus pleitos para as empresas na plataforma da Agência de Fomento do Estado do Amazonas, a Afeam”, declarou.

Atualmente, Marcus também é presidente do Sindicato dos Economistas do Estado do Amazonas (Sindecon-AM) e consultor empresarial. Ele já foi presidente do Corecon nos anos de 2013, 2014 e 2015. Nesse período, o economista criou projetos de duplicação da sede do conselho e realizou o Congresso Brasileiro de Economia, além de 53 cursos profissionais de diversos temas.

Para o vice-presidente eleito do Corecon-AM, Judah Torres, a votação unânime dos conselheiros titulares significa que todos entenderam que o momento é de união para que a nova gestão consiga vencer os desafios que a classe vem enfrentando. Judah também enfatizou que todas as sugestões ouvidas durante a apresentação de projetos na plenária serão consideradas durante a nova gestão.

Segundo ele, o principal desafio da nova gestão é trazer o Corecon-AM para o centro do debate econômico na região e, consequentemente, contribuir para a retomada do crescimento no Estado.

“Existem conselheiros e registrados extremamente competentes que podem propor soluções para a recuperação econômica do Amazonas e que precisam ser ouvidas”, declarou. Judah disse ainda que a nova gestão pretende capacitar os jovens economistas para que eles possam se posicionar no mercado de trabalho, neste momento, e que possam buscar autonomia financeira.

*Com informações da assessoria

 

Prefeitura divulga regras e vencimentos do ISSQN e Alvará

(Foto: Divulgação)

Os contribuintes do ISS profissionais autônomos ou de sociedades uniprofissionais recolherão a cota única (com 10% de desconto) ou a primeira parcela do ISS no próximo dia 31/1. O tributo será lançado em 12 parcelas sucessivas.

Já os prestadores ou tomadores de serviços, que recolhem o imposto com alíquota percentual, deverão recolher o tributo, referente aos serviços prestados no mês de janeiro deste ano, até o dia 10/2.

Em referência às taxas de Alvará, a publicação define os prazos para pagamento da cota única ou primeira parcela da TVF até o dia 5/4. O pagamento em parcela única também terá desconto de 10%. O contribuinte terá a opção de pagar a taxa em até quatro vezes, desde que a parcela não seja inferior a uma Unidade Fiscal do Município (UFM), R$ 127,17.

A TL poderá ser paga em cota única (com 10% de desconto) ou em até quatro parcelas mensais sucessivas, desde que o vencimento de qualquer parcela não ultrapasse o exercício de 2022. Tanto a cota única, quanto a primeira parcela, terão vencimentos programados para o 30º dia após o lançamento.

As regras de lançamento e prazos para vencimento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) deverão ser divulgadas nos próximos dias pela Prefeitura de Manaus, também via DOM.

Lançamento

As informações de lançamento, assim como as guias para pagamento do ISSQN e das taxas de Alvará estarão disponíveis para consulta e impressão dentro dos próximos dias, por meio do portal de serviço Manaus Atende (http://manausatende.manaus.am.gov.br).

Calendários de recolhimento 2022

ISSQN PROFISSIONAIS AUTÔNOMOS / SOCIEDADES UNIPROFISSIONAIS
PARCELAS VENCIMENTO
COTA ÚNICA 31/1/2022
1ª PARCELA 31/1/2022
2ª PARCELA 25/2/2022
3ª PARCELA 31/3/2022
4ª PARCELA 29/4/2022
5ª PARCELA 31/5/2022
6ª PARCELA 30/6/2022
7ª PARCELA 29/7/2022
8ª PARCELA 31/8/2022
9ª PARCELA 30/9/2022
10ª PARCELA 31/10/2022
11ª PARCELA 30/11/2022
12ª PARCELA 29/12/2022
ISSQN PRESTADORES OU TOMADORES

ALÍQUOTA PERCENTUAL (%)

COMPETÊNCIA VENCIMENTO
JANEIRO 10/2/2022
FEVEREIRO 10/3/2022
MARÇO 11/4/2022
ABRIL 10/5/2022
MAIO 10/6/2022
JUNHO 11/7/2022
JULHO 10/8/2022
AGOSTO 12/9/2022
SETEMBRO 10/10/2022
OUTUBRO 10/11/2022
NOVEMBRO 12/12/2022
DEZEMBRO 10/1/2023
ALVARÁ
PARCELAS VENCIMENTO
COTA ÚNICA 5/4/2022
1ª PARCELA 5/4/2022
2ª PARCELA 5/5/2022
3ª PARCELA 6/6/2022
4ª PARCELA 5/7/2022

Entidade consolida ações humanitárias de impacto no Amazonas

(Foto: Divulgação)

No ano de 2021, com os impactos da Covid-19 no interior do Amazonas, centenas de artesãos e artesãs estiveram em condições vulneráveis de saúde, de alimentação e em suas atividades comerciais. Por meio de um trabalho logístico bem estruturado e compromissado em manter equilibrada uma parte da cadeia produtiva artesanal amazonense, a Associação Zagaia Amazônia recebeu de instituições nacionais e internacionais doações para que pudessem atender ao público de artesãos e artesãs em vulnerabilidade.

As ações humanitárias aconteceram em suporte às artesãs da Associação das Mulheres Indígenas do Alto Rio Negro (AMARN) e às famílias das comunidades artesãs da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Amanã, que se encontravam impossibilitadas de trabalhar e prover o sustento de suas famílias, após a cheia histórica dos rios e da situação difícil frente à Pandemia de Covid-19. Ao todo foram mais de 500 doações, entre cestas básicas, cestas de material de limpeza e kits de higiene pessoal, dentro outras ações de suporte a atividade artesanal.

No caso da AMARN as doações aconteceram pela Brazil Foundation que ao todo, ao longo de 2021, doou 372 unidades de cestas básicas atendendo com frequência 81 famílias de artesãs. As cestas eram compostas com mais de 50 itens, cada unidade. Entre os itens foi possível adicionar um frango inteiro e material de limpeza. “Sou muito agradecida a coordenação da AMARN e da equipe da Zagaia porque conseguiram ajudar todas as Associadas em um momento tão delicado, foi um exemplo de amor fraterno conosco”, agradeceu Ema Marinho, artesã.

Para a presidente da Associação Zagaia Amazônia, Rozana Trilha, o ano de 2021 foi marcado pela solidariedade aos artesãos como uma forma de compensar a paralisação das atividades devido as cheias dos rios e dos efeitos da COVID-19 no Amazonas. “Montar uma logística para que essas doações chegassem ao interior de nosso estado, que tem dimensões de continente, é um trabalho para quem conhece a região e nós construímos esse processo junto com uma equipe de pessoas que acima de tudo colocaram o espírito da solidariedade em suas atividades. Com criatividade e bom uso dos recursos conseguimos, no caso das artesãs de Amanã, comprar produtos artesanais para escoar a produção e divulga-los em outros mercados”, destacou Rozana.

AMANÃ

Para apoiar as famílias da Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Amanã, que compreende as comunidades de Ipecaçú, São Paulo de Coracy e Nova Canaã foram entregues, ao longo de 2021, 118 cestas básicas (com mais de 50 itens cada uma, incluindo alimentos e material de limpeza), 35 kits de higiene pessoal para as artesãs e 112 brinquedos para crianças de 0 a 12 anos. Essas comunidades foram algumas das mais afetadas com a subida dos rios, o que inviabilizou a coleta de matéria-prima retirada da floresta para confecção dos artesanatos. As fibras utilizadas por essas famílias, com a cheia, ficaram submersas dificultando o trabalho de coleta dos artesãos e artesãs.

Aproximadamente 50 famílias em Amanã vivem da agricultura e do artesanato. Além do artesanato que é feito com que encontram na natureza, algumas dessas famílias perderam seus pertences com a enchente e suas casas.

Ao todo, em 2021, foram duas doações da Associação Nacional por uma Economia de Comunhão (ANPECOM) e uma doação da Heritage Brazil Foundation. Todas as cestas saíram de barco de Manaus para Tefé, uma distância de 522km. Depois de chegar em Tefé o barco demora mais 8 horas para chegar até a Reserva de Amanã. Na lista de beneficiados, somam 43 Famílias de Ipecaçú (200 pessoas) 11 famílias de São Paulo de Coracy (46 pessoas) 5 Famílias de Nova Canaã (16 pessoas).

“Em nome do grupo Teçume d’Amazônia venho aqui agradecer pelas cestas básicas que doaram, foi muito gratificante da parte de vocês ter nos ajudado nesse momento tão difícil que estamos passando aqui”, disse Sideone Assis Amaral, artesã de Amanã. A artesã Maria Rosenize falou sobre as dificuldades enfrentadas durante esse período e agradeceu a iniciativa da Zagaia Amazônia: “A campanha foi de grande importância para nossas comunidades, porque nós perdemos a matéria-prima de onde tirávamos o nosso sustento e de nossas famílias. Nós agradecemos aos nossos parceiros, que nos ajudaram nesse momento”, agradeceu Maria.

Além da ANPECOM, a ação social promovida pela Zagaia contou com o apoio de outros benfeitores do cenário nacional, pessoas físicas do Amazonas, São Paulo, Distrito Federal, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

A Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã se localiza na região próxima da confluência do Rio Solimões com o Rio Japurá. O nome Amanã significa “caminho da chuva”. A reserva abrange áreas dos municípios de Maraã, Barcelos e Coari.

*Com informações da assessoria

 

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