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Inscrições para a 1ª etapa do Revalida começam hoje (17)

Aplicado pelo Inep desde 2011, o Revalida busca subsidiar a revalidação, no Brasil, do diploma de graduação em medicina expedido no exterior. (Foto: Marcelo Camargo/ABr)

As inscrições para a primeira etapa do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) 2022/1 começam nesta segunda-feira (17), no Sistema Revalida, e vão até sexta-feira (21). O exame será aplicado no dia 6 de março, em oito cidades: Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio Branco (AC), Salvador (BA) e São Paulo (SP).

Ao fazer a inscrição, o participante deve indicar a cidade onde deseja realizar a prova, anexar o diploma de graduação em medicina expedido por Instituição de Educação Superior Estrangeira, reconhecida no país de origem pelo Ministério da Educação ou órgão equivalente, autenticado pela autoridade consular brasileira ou pelo processo da Convenção sobre a Eliminação da Exigência de Legalização de Documentos Públicos Estrangeiros, promulgado pelo Decreto nº 8.660 de 29 de janeiro de 2016.

O resultado da análise do documento será divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) no dia 28 de janeiro. Caso o diploma enviado não esteja em conformidade com o previsto em edital, o participante não terá sua inscrição confirmada, mesmo que tenha realizado o pagamento da taxa de inscrição.

O valor da taxa de inscrição é R$ 410. O pagamento deve ser feito por meio de Guia de Recolhimento da União (GRU Cobrança) até o dia 26 de janeiro, em qualquer agência bancária, casa lotérica ou agência dos correios, obedecendo aos critérios estabelecidos por esses correspondentes bancários, assim como respeitando os horários de compensação bancária.

Atendimento especial

O participante que precisar de atendimento especializado deverá, no período da inscrição, informar a condição, como: baixa visão, cegueira, visão monocular, deficiência física, deficiência auditiva, surdez, deficiência intelectual (mental), surdocegueira, dislexia, déficit de atenção, autismo, discalculia, gestante, lactante, idoso e/ou pessoa com outra condição específica.

Também é necessário anexar, no Sistema Revalida, documento legível que comprove a condição que motiva a solicitação de atendimento. Para ser considerado válido para análise, o documento deve informar o nome completo do participante; o diagnóstico com a descrição da condição que motivou a solicitação e o código correspondente à Classificação Internacional de Doença (CID 10); assinatura e identificação do profissional competente, com respectivo registro do Conselho Regional de Medicina (CRM), do Ministério da Saúde (RMS) ou de órgão competente.

Além disso, o participante que solicitar atendimento para cegueira, surdocegueira, baixa visão, visão monocular e/ou outra condição específica e tiver sua solicitação confirmada pelo Instituto poderá ser acompanhado por cão-guia e utilizar material próprio: máquina de escrever em braile, lâmina overlay, reglete, punção, sorobã ou cubaritmo, caneta de ponta grossa, tiposcópio, assinador, óculos especiais, lupa, telelupa, luminária, tábuas de apoio, multiplano e plano inclinado. Os recursos serão vistoriados pelo aplicador, exceto o cão-guia.

Já o participante que conseguir atendimento para deficiência auditiva, surdez ou surdocegueira poderá indicar, na inscrição, o uso do aparelho auditivo ou implante coclear. Nesses casos, os aparelhos não serão vistoriados pelo aplicador.

No caso de quem solicitar atendimento para autismo e tiver o pedido confirmado pelo Inep, será permitido o uso de caneta transparente com tinta colorida para proceder as marcações, exclusivamente, em seu Caderno de Questões. O Cartão-Resposta deverá, obrigatoriamente, ser preenchido com caneta transparente de tinta preta.

Nome social

A solicitação do tratamento pelo nome social também deve ser realizada no momento da inscrição, no Sistema Revalida, pelo participante que se identifica e quer ser reconhecido socialmente por sua identidade de gênero (participante transexual ou travesti).

Para a solicitação, é necessária a apresentação dos seguintes documentos que comprovem a condição: foto atual, nítida, individual, colorida, com fundo branco que enquadre desde a cabeça até os ombros, de rosto inteiro, sem uso de óculos escuros e artigos de chapelaria (boné, chapéu, viseira, gorro ou similares); cópia digitalizada, frente e verso, de um dos documentos de identificação oficiais com foto, válido, conforme previsto em edital.

Edital

O Inep publicou o Edital nº 3/2022, que trata das diretrizes, dos procedimentos e prazos da primeira etapa do Revalida 2022/1, nessa quinta-feira, 6 de janeiro, no Diário Oficial da União.

Aplicado pelo Inep desde 2011, o Revalida busca subsidiar a revalidação, no Brasil, do diploma de graduação em medicina expedido no exterior. As referências do exame são os atendimentos no contexto de atenção primária, ambulatorial, hospitalar, de urgência, de emergência e comunitária, com base na Diretriz Curricular Nacional do Curso de Medicina, nas normativas associadas e na legislação profissional.

*Com informações do Inep

 

Temporal causa interrupção de energia e compromete abastecimento de água em Manaus

O abastecimento de água nessa área será normalizado ao longo da quarta-feira (26).

A Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Município de Manaus (Ageman) informa que em virtude das ocorrências de interrupção de energia registradas em vários pontos da cidade, ocasionadas pelo temporal da manhã desta segunda-feira, 17/1, o abastecimento de água tratada está sendo afetado em várias zonas da cidade.

Equipes da Ageman e da concessionária Águas de Manaus estão monitorando o restabelecimento do serviço.

A Ageman informa que as ocorrências de falta d´água deverão ser comunicadas à empresa Águas de Manaus por meio do 0800-092-0195 e também na Ouvidoria da Ageman no número 0800-092-3511 ou pelo WhatsApp 98842-5821.

*Com informações da assessoria

 

Nova resolução fortalece cadeia produtiva do mel no Amazonas

Legislação publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) reconhece abelhas nativas para criação e manejo. (Foto: Divulgação/Ipaam)

A partir deste ano, abelhas nativas passam a ser reconhecidas para criação e manejo no estado do Amazonas. Esta é uma das principais novidades que a Resolução nº 34/2021 do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Cemaam), recém publicada no Diário Oficial do Estado (DOE), traz para os criadores de abelhas no estado.

A antiga resolução que dispunha sobre o assunto determinava que só era permitida a criação de colônias procedentes de criadouros autorizados. A nova normativa reconhece abelhas de outras origens, permitindo a utilização de ninhos-isca dentro das zonas rurais e urbanas, para captura de abelhas e colônias destinadas a meliponários (criação de abelhas sem ferrão).

A nova resolução foi publicada no DOE no dia 27 de dezembro de 2021, atendendo a aprovação de minuta pelo colegiado do Cemaam, durante sua 73ª Reunião Extraordinária.

“Essa nova normativa vem para ampliar e fortalecer a cadeia produtiva do mel no Amazonas. O objetivo principal das alterações é facilitar o processo de legalização para criadores de abelhas e atender a uma determinação do governador Wilson Lima, que é ampliar o potencial bioeconômico do nosso estado, contribuindo para a diversificação da nossa economia”, disse Eduardo Taveira, secretário de Estado do Meio Ambiente.

Gabinete itinerante

A publicação da normativa é resultado de articulação da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) junto ao Cemaam, com o objetivo de atender a demanda apresentada por criadores de abelhas durante as atividades do Gabinete Itinerante Ambiental (Giam) da pasta.

A iniciativa da Sema esteve em Presidente Figueiredo (a 107 quilômetros de Manaus), entre os dias 31 de março a 1º de abril de 2021. Na ocasião, os produtores de mel apresentaram proposta de resolução para reconhecimento da origem de abelhas nativas no Amazonas, tendo em vista a dificuldade de aquisição de matrizes pelos criadores locais.

“Os produtores relataram que existiam poucos criadores legalizados. Com essa nova resolução, todos os criadores poderão se legalizar, pois há reconhecimento de espécies nativas e resgatadas em zonas rurais e urbanas”, aponta o secretário Eduardo Taveira.

Outras medidas

A nova normativa que determina parâmetros para criação, manejo, transporte e comercialização de abelhas sem ferrão (meliponíneos), bem como de seus produtos e subprodutos no estado do Amazonas, e determina que a comercialização de colônias, ou parte delas, seja feita apenas por criadores comerciais cadastrados no órgão ambiental competente. Antes, a legislação não exigia cadastro.

Para comprovar a origem dos meliponíneos, os criadores deverão apresentar, na requisição de Cadastro de Criador de Abelhas Sem Ferrão ou Licença Ambiental Única (LAU), documentos como nota fiscal da aquisição de espécimes ou documentos comprobatórios de doação.

Os que não tiverem esses documentos deverão apresentar um Termo de Declaração de Plantel Pré-existente, assinado pelo criador, informando o nome científico e comum da espécie e a quantidade de colônias existentes de cada. O prazo limite para essa regularização é até o dia 31 de dezembro de 2023.

Veja a publicação

PUBLICAÇÃO NO DOE RESOLUÇÃO CEMAAM 34 27 12 2021

*Com informações da assessoria

 

Lira reage a governadores que não ajudam a reduzir o preço do combustível

Presidente da Câmara ficou indignado com lorota do governador do Piauí. (Imagem: Reprodução)

O presidente da Câmara dos Deputados, Arhur Lira (PP-AL), criticou neste domingo (16) governadores que cobraram soluções do Congresso para segurar a alta do preço dos combustíveis.

Ele lembrou que a Câmara aprovou, no ano passado, um projeto que estabelece valor fixo para a cobrança de ICMS sobre combustível.

Na prática, a proposta torna o imposto invariável frente a reajustes do preço do combustível na refinaria ou a mudanças do câmbio.

Atualmente, o ICMS incidente sobre os combustíveis é devido por substituição tributária para frente (as distribuidoras pagam o tributo dos postos); e a base de cálculo é estimada a partir dos preços médios ponderados ao consumidor final, apurados quinzenalmente pelos governos estaduais. As alíquotas de ICMS para gasolina, por exemplo, variam entre 25% e 34%, de acordo com o estado.

Por meio de suas redes sociais, Lira disse que, na época, muitos consideraram a proposta “intervencionista e eleitoreira”. “Agora, no início de um ano eleitoral, governadores, com Wellington Dias [governador do Piauí, do PT] à frente, cobram soluções do Congresso. Com os cofres dos estados abarrotados de tanta arrecadação e mirando em outubro, decidiram que é hora de reduzir o preço”, tuitou o presidente da Câmara.

“Podiam ter pressionado ainda ano passado. Por isso, lembro aqui a resistência dos governadores em reduzir o ICMS na ocasião. Registro também que fizemos nossa parte. Cobranças, dirijam-se ao Senado”, disse Arthur.

Na última sexta-feira (14), os secretários estaduais da Fazenda decidiram descongelar o valor do ICMS cobrado nas vendas dos combustíveis. O imposto estava congelado desde novembro.

*Com informações do Diário do Poder

 

Espécies de pássaros cantam a mesma música há um milhão de anos

Foto: Keith Barnes

Assim como os seres humanos, que aprendem a falar ouvindo outras pessoas, os pássaros têm um processo de aprendizagem parecido quando se trata do canto. As “músicas” de determinada espécie são passadas de uma geração a outra, enquanto os mais novos observam pássaros adultos.

Tudo isso já era conhecido por cientistas há tempos. O que eles ainda não sabiam é que algumas espécies foram capazes de conservar exatamente o mesmo canto por milhares de anos, sem nenhuma variação. A descoberta foi registrada por pesquisadores das universidades da Califórnia e do Missouri, ambas nos Estados Unidos.

Essas aves que cantam a mesma canção há provavelmente um milhão de anos são os chamados “pássaros-do-sol”, que vivem na África Oriental. Durante a pesquisa, Rauri Bowie, professor de biologia integrativa da Universidade da Califórnia e autor sênior do estudo, descobriu que, diferente do que se imaginava, esses pássaros dividem-se em muitas espécies, cerca de cinco ou seis. Todas elas conservaram o mesmo canto de seus ancestrais por milênios.

A descoberta vai na contramão de outros estudos anteriores, que afirmavam que o canto dos pássaros, assim como os idiomas falados pelos humanos, passavam por alterações ao longo do tempo. Pesquisas feitas com pássaros originários do hemisfério Norte ajudaram a consolidar essa tese.

A hipótese elaborada pelos cientistas que estudaram os pássaros-do-sol é que espécies que vivem em ambientes sujeitos a mais mudanças – climáticas ou geológicas – tendem também a mudar mais, em diversos aspectos. A plumagem, o comportamento e o canto ficam mais sujeitos a alterações. O mesmo não acontece com os pássaros que vivem em regiões mais estáveis.

Entre 2007 e 2011, o biólogo Rauri Bowie visitou as regiões africanas onde vivem os pássaros-do-sol e gravou o canto e 123 deles. Seus habitats são florestas montanhosas, tão altas e isoladas que recebem o nome de “ilhas do céu”. Nelas, os pássaros-do-sol têm pouco contato com outras espécies e observam exatamente a mesma paisagem por gerações a fio. Para os cientistas, isso explicaria o fato de suas canções manterem-se inalteradas.

O canto dos pássaros é um elemento crucial para compreender as espécies, inclusive a forma como elas se perpetuam. Existe, para a biologia, duas barreiras relacionadas ao acasalamento das aves. A primeira delas é o canto, que faz com que os pássaros de uma mesma espécie se reconheçam como possíveis parceiros. A segunda acaba sendo uma barreira “mecânica”, que é a incapacidade biológica de gerar descendentes mesmo que ocorra o acasalamento.

“A música é considerada uma das barreiras de isolamento pré-acasalamento mais importantes, uma das principais maneiras pelas quais os pássaros se diferenciam”, afirmou em nota o autor sênior do estudo. “Que uma característica aprendida possa permanecer estática por centenas a milhares de anos é simplesmente notável, uma descoberta que reflete o quanto o estudo de campo de sistemas tropicais tem a oferecer à comunidade científica e ao observador curioso.”

*Com informações de Revista Galileu

Kassab não vê chance de Alckmin ser vice do Lula pelo PSD

Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD - Foto: Reprodução / Redes Sociais

Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD e ex-prefeito de São Paulo, afirmou não ver “a menor chance” da sua sigla apoiar o ex-governador Geraldo Alkcmin (sem partido) como vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Nós não vamos deixar uma pessoa do gabarito de Geraldo Alckmin se filiar sonhando com algo que possa não acontecer. Ele é muito qualificado, mas não vejo a menor chance dele ser vice do Lula pelo PSD”, disse Kassab em entrevista ao Correio Braziliense. Desde que se desfiliou do PSDB, após 33 anos no partido, Alckmin negocia sua filiação com foco nas eleições de 2022.

Ao analisar a possível chapa Lula-Alckmin, o presidente do PSD se posicionou contra as coligações nas eleições majoritárias. “Eu sou contra a coligação nas eleições. Trabalhei para que a gente acabasse com as coligações nas eleições proporcionais. E se a gente tivesse acabado com as coligações nas eleições majoritárias, a gente não estaria vivendo esse processo. Nós estaríamos discutindo propostas de governo, compromisso com a nação”, disse.

Para Kassab, o foco das discussões agora deveria ser o aumento do distanciamento social causado pela pandemia. “É isso que a gente precisava ficar discutindo, não discutindo se vão apoiar fulano ou ciclano. Não é isso que o brasileiro quer saber, ele quer saber quando nós vamos melhorar o Brasil”, complementou.

Tanto o partido quanto Kassab esperam a confirmação do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD), sobre sua candidatura à Presidência da República pelo partido. Na última pesquisa Ipespe, divulgada em 14 de janeiro, Pacheco aparece com 1% das intenções de voto, ao lado de Simone Tebet (MDB) e Luiz Felipe d’Ávila (Novo), com as mesmas porcentagens. A pesquisa aponta Lula com 44%, seguido por Jair Bolsonaro (24%), Sérgio Moro (9%), Ciro Gomes (7%) e João Doria (2%). A margem de erro é de 3,2 pontos porcentuais para mais ou para menos.

Kassab diz não ver o resultado da pesquisa como um problema. “Na minha campanha para eleição para prefeito de São Paulo, no mês de junho, eu tinha 3%, e eu ganhei as eleições do Geraldo Alckmin e da Marta Suplicy. Hoje, com os meios de comunicação ágeis, com as redes sociais, nós conseguimos mandar uma mensagem,uma proposta a todo o Brasil em um espaço muito curto de tempo”, disse.

Futuro

Para a próxima legislatura, o presidente afirmou que será contrário à permanência das emendas do relator, que deram origem ao esquema Orçamento Secreto, divulgado pelo Estadão.

“Como é que pode você, como brasileiro, aceitar que o Congresso invista, gaste, mais de R$ 16 bilhões, no tal do orçamento secreto, que não tem nenhuma vinculação com o planejamento, o desenvolvimento do país? Alguma coisa está errada”, disse. Além do orçamento secreto, o presidente do PSD disse que trabalhará pelo fim da coligação majoritária.

*Com informações de Terra

O que esperar da sexta extinção em massa de espécies?

Nas próximas décadas, pelo menos um milhão de espécies correm risco de desaparecer para sempre, de acordo com uma estimativa da ONU.

Há cerca de 65 milhões de anos aconteceu a última extinção em massa e que marcou o fim dos dinossauros. Os cientistas advertem que estamos agora nos estágios iniciais de um desaparecimento semelhante. Só que, diferentemente das outras, esta sexta extinção em massa − ou extinção antropocênica − é causada pelo homem, através de mudanças climáticas, destruição do habitat, poluição e agricultura industrial.

Nas extinções em massa, pelo menos três quartos de todas as espécies desaparecem em cerca de três milhões de anos. Ao nosso ritmo atual, estamos no caminho para que isso aconteça dentro de alguns séculos. Somente nas próximas décadas, pelo menos um milhão de espécies correm risco de desaparecer para sempre, de acordo com uma estimativa de um relatório da ONU publicado em 2019.

Tentar prever o resultado de um colapso completo da biodiversidade é difícil, pois os ecossistemas são incrivelmente complexos. No entanto, os cientistas concordam que as previsões são claras se as extinções continuarem neste ritmo. E todos os efeitos estão ligados uns aos outros.

Ameaça à segurança alimentar

“A primeira coisa que veremos é que nossas reservas de comida começarão a diminuir bastante porque grande parte de nossos alimentos depende da polinização”, disse Corey Bradshaw, professor de Ecologia Global da Universidade de Flinders, na Austrália, que usa modelos matemáticos para mostrar a interação entre os seres humanos e os ecossistemas.

Cerca de um terço da oferta mundial de alimentos depende de polinizadores como as abelhas. Se elas se extinguirem, o rendimento agrícola pode cair, acrescentou.

Por outro lado, pragas agrícolas podem ficar mais fortes à medida que diminuem seus predadores, impactando ainda mais nossas monoculturas.

Milhões de pessoas também dependem de animais selvagens para a alimentação, especialmente da pesca nas regiões costeiras. Mas as reservas pesqueiras estão ameaçadas e, com elas, uma importante fonte de nutrição.

Esta falta de segurança alimentar, também associada ao aumento de estiagens e inundações, atingirá mais duramente as regiões mais pobres, particularmente a África Subsaariana e partes do Sudeste Asiático, de acordo com Bradshaw.

Solos menos férteis

Espera-se também que a qualidade do solo se deteriore à medida que certos microrganismos morrerem. Embora sub-representados nos dados, alguns pesquisadores acreditam que os microrganismos possam desaparecer mais rapidamente do que outras espécies. Seu desaparecimento poderia levar a um agravamento da erosão do solo. Isto, por sua vez, levaria a mais inundações, bem como a uma menor fertilidade do solo, o que afetaria o crescimento das plantas.

Colman O’Criodain, da organização de conservação WWF International, considera a morte de microrganismos particularmente perigosa.

“De certa forma, a matéria orgânica é como a cola que mantém tudo junto. Se você comparar com um pudim de Natal, tem alguns ingredientes secos como migalhas de pão, farinha e frutas secas, mas são os ovos e o amido que o mantêm unido, tornam o pudim macio e mole, e lhe dão sua forma”, explicou O’Criodain.

Fome por escassez de água

Grande parte da água doce vem de zonas úmidas, onde a água é purificada e distribuída. Um exemplo é a água do Himalaia, que é alimentada por zonas úmidas e fornece água para cerca de dois bilhões de pessoas. Se estas áreas colapsarem devido ao declínio da vegetação ou pelo florescimento de algas, por exemplo, a humanidade poderá perder muita água para beber e para uso agrícola.

É também provável que o desmatamento altere os padrões de precipitação, já que menos umidade é evaporada devido à perda de árvores. Assim, paisagens inteiras poderiam secar, um processo atualmente observado na Amazônia.

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) estima que cerca de 10 milhões de hectares de floresta foram cortados anualmente desde 2015. Isto é equivalente à área da França e da Espanha juntas. E com a perda de árvores e vegetação – reguladores fundamentais do CO2 na atmosfera − a mudança climática vai se agravar e haverá eventos climáticos mais extremos. As secas e florestas insalubres também aumentam o risco de incêndios florestais.

Enquanto isso, as falhas nas colheitas e outras ameaças ecológicas provavelmente desencadearão migrações em massa à medida que as pessoas tentarão escapar de fome e conflitos causados pela diminuição dos recursos.

Perda de resiliência e mais pandemias

“O que temos feito como humanos é simplificar todo o planeta, especialmente os ecossistemas de produção, a tal ponto que eles se tornaram vulneráveis”, disse o cientista ambiental sueco Carl Folke.

“A resiliência é frequentemente chamada a ciência da surpresa. Se você vive em condições muito estáveis e tudo é previsível, você não precisa desta proteção da biodiversidade.

Mas se você vive em tempos mais turbulentos, com situações mais imprevisíveis, esse tipo de portfólio de opções é extremamente importante”, disse Folke, fundador do Centro de Resiliência de Estocolmo para pesquisa em ciência da sustentabilidade.

Os pesquisadores também alertam que a perda da biodiversidade pode levar a um risco maior de pandemias à medida que a vida selvagem e os seres humanos entram em contato mais próximo uns com os outros através da fragmentação do habitat e da ruptura dos sistemas naturais. O exemplo mais citado é o surto de ébola em 2014 na África Ocidental, que se acredita ter sido causado porque crianças brincaram em uma árvore oca cheia de morcegos. Embora a origem da covid-19 ainda não esteja clara, alguns estudos também ligam este patógeno a morcegos selvagens.

Perda de nosso patrimônio

Muitos conservacionistas e cientistas comparam permitir irresponsavelmente a extinção de espécies ao vandalismo. Mesmo que sobrevivamos e evitemos consequências catastróficas, a extinção em massa deixaria o mundo severa e irrevogavelmente mais pobre. As perdas mais trágicas podem ser aquelas que não podemos sequer ver.

“Imagine as consequências da extinção como se fosse a queima de uma galeria de arte”. Portanto, você não está nem pensando em um valor potencial direto, mas está pensando na perda intangível do patrimônio mundial”,

diz Thomas Brooks, cientista chefe Unidade de Ciência e Conhecimento da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, do inglês).

“Lembre-se de que cada espécie é o produto de milhões de anos de evolução. Você está olhando para a perda do que torna a humanidade parte do planeta. É tudo o que nos torna uma unidade”, disse Brooks.

A extinção de espécies ainda pode ser revertida?

Apesar destas previsões catastróficas: há razões para otimismo se a humanidade fizer algo. “Há dificuldades aparentemente intransponíveis para preservar a vida na Terra. Mas, por outro lado, há também muitas histórias de sucesso inspiradoras e exemplos em que as pessoas conseguiram inverter a maré. Aja para que a curva vá na direção certa, as tendências estão apontando na direção certa”, diz Brooks.

Brooks está bem familiarizado com os desafios. A IUCN compila a lista sobre a perda global de espécies, a chamada Lista Vermelha, e as pesquisas mostraram que os esforços de conservação funcionam. Um estudo recente constatou que as perdas desde 1993 teriam sido três a quatro vezes maiores sem ações de conservação.

Sem biodiversidade não há vida

Espalhar histórias de sucesso de conservação − como a reintrodução de castores na Europa − parece importante na luta contra a perda da biodiversidade. Elizabeth L. Bennett, vice-presidente da Wildlife Conservation Society (WCS), destaca a importância das grandes reservas naturais para a conservação da biodiversidade.

“Se estiverem nos lugares certos, forem muito bem planejadas e gerenciadas, certamente serão muito úteis”.

Como um primeiro passo em direção a este objetivo, a WCS está pressionando para a adoção do acordo “30 por 30” na Convenção de Kunming sobre Diversidade Biológica (COP15). O acordo exige que 30% da área global terrestre e oceânica seja protegida até 2030, aproximadamente o dobro do nível atual.

Conseguir isto seria um bom começo, mas qualquer acordo alcançado na COP15 seria apenas o início de uma longa jornada, adverte O’Criodain da WWF.

*Com informações da Deutsche Welle

 

Casa das Artes mostra registro histórico da cheia recorde do Rio Negro

Cristóvão Coutinho - Foto: Arthur Castro / Secom

Fotografias, pinturas com diversas técnicas, vídeos e poesia integram a mostra “Cheia das Artes”, que abriu a temporada de exposições da Casa das Artes neste sábado (15/01) e fica em cartaz até o dia 6 de março, de terça-feira a domingo, das 15h às 20h. A mais nova opção de cultura e lazer ofertada ao público pela Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa tem entrada gratuita e eterniza a cheia histórica do rio Negro registrada em 2021.

Localizada no Largo de São Sebastião, no Centro da cidade, a Casa das Artes recebe visitantes sem a necessidade de agendamento, mas com entrada controlada, evitando aglomerações.

A exposição, com curadoria de José Carlos Pinheiro, reúne obras em diferentes técnicas, estilos e linguagens visuais, como pintura, desenho, fotografia, grafite, arte digital, vídeo e poesia. Entre os artistas estão Alfredo Araújo, Eli Bacelar, Elizabeth Grubinger, Edson Queiroz, Francimar Barbosa, Francisco Barbosa, Fernando Júnior, Gisele Alfaia, Homero Amazonas, Hebe Sol, José Stênio, Mariana Rebouças, Nailson Novato, Raiz, Selma Carvalho, Sebastião Cândido e Zeca Nazaré, além de Clínio Roosevelt, de Tefé; Evanil Silva, de Parintins; e Téo Braga, de Itacoatiara.

O projeto mostra, por meio do olhar dos artistas, a maior cheia do rio Negro desde o início dos registros em 1902, quando alcançou a cota de 30,02 metros de cheia na capital. De acordo com o curador da mostra, José Carlos Pinheiro, ao vivenciar momentos grandiosos, os artistas se veem na obrigação de deixar um resgate histórico para as gerações futuras.

“A nossa contribuição é fundamental. Um dia, quem sabe, seremos lembrados por um trabalho que foi feito e um dia vai estar em livros, vai estar na Pinacoteca. Boa parte desse acervo vai fazer parte da história da nossa terra, e essa é a minha contribuição”, disse José Carlos durante a abertura da exposição.

Nailson Novato, artista nascido em Autazes, retratou de forma realista não somente a cheia, como o sentimento da população ribeirinha frente ao evento climático.

“Fui desenvolvendo, pegando os pontos mais críticos na questão da enchente e fui elaborando dentro do meu estilo de óleo sobre tela, realista. A vida ribeirinha é a mais afetada com a enchente e é algo bastante latente nas minhas obras, nas dos demais colegas do grafite, da fotografia e da poesia que também estão na exposição”, explicou Novato.

Para a fotografia, Selma Carvalho conta que acompanhou por vários dias, na capital e no interior, o movimento da cheia. O grande destaque das obras da fotógrafa na Casa das Artes está na iluminação que transmite emoção por meio das lentes da artista.

“Fiz essa experiência, fui em diversos horários, em diversos dias, exatamente para pegar a diferença de luz que nós trabalhamos (fotógrafos) para ter essa diversidade de imagens”, explicou.

Imperdível

As pessoas que visitam o Largo de São Sebastião, localizado no Centro Histórico de Manaus, não podem deixar de apreciar a mostra, segundo o pernambucano Juliano Sales, 36.

“Eu acho que é uma experiência muito boa porque envolve tanto um evento histórico, que está relacionado a um tema muito atual no debate sobre essa questão ambiental e, ao mesmo tempo, é de uma qualidade técnica muito alta. Peças de arte muito bonitas, então está todo mundo mais do que convidado”, disse o visitante.

Protocolos

Nos espaços administrados pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa são exigidas a apresentação da carteira de vacinação na entrada, uso de máscara, medição da temperatura e distanciamento entre pessoas de 1,5 metro.

Os equipamentos passam pelo processo de sanitização e tem totens de álcool em gel em pontos estratégicos. As equipes também são treinadas para garantir o cumprimento dos protocolos de segurança e evitar qualquer tipo de aglomeração.

“Por ser um evento sem necessidade de agendamento nós fazemos o controle da entrada de pessoas, sendo 30 por vez. O espaço é arejado e seguimos todos os procedimentos de prevenção a Covid”, explicou Cristóvão Coutinho, curador da Casa das Artes.

Covid-19: Áustria terá vacinação obrigatória a partir de fevereiro

País tem 71,5% das pessoas com o esquema vacinal completo. (Imagem: Reprodução)

A Áustria será o primeiro país europeu a determinar vacinação obrigatória contra Covid-19. Quem desrespeitar a medida, que passará a valer em fevereiro, estará sujeito a multas pesadas, comunicou o chanceler austríaco, Karl Nehammer.

A medida dividiu a sociedade austríaca. Atualmente, 71,5% da população elegível tem o ciclo de vacinação completo, número baixo se comparado com o de outros países europeus.

“É um projeto sensível, mas de acordo com a Constituição”, sublinhou o Nehammer.

O chanceler explicou, ainda, que haverá “uma fase de adaptação” até meados de março para que os não vacinados possam mudar de ideia.

A infração a quem desrespeitar a medida varia entre 600 e 3.600 euros.

*Com informações do iG

 

Pontos turísticos vão ganhar letreiros com nova assinatura de Manaus

Foto: Ruan Souza / Semcom

O primeiro letreiro turístico da Prefeitura de Manaus, sua assinatura oficial, já está iluminando a cidade, tendo sido inaugurado pelo prefeito David Almeida e secretários, no Complexo Turístico Ponta Negra, zona Oeste da capital, na noite de sábado, 15/1. Neste domingo, 16/1, o chefe do Executivo municipal voltou ao novo ponto instagramável, após uma corrida no parque.

“Teremos mais três letreiros como esse espalhados pela cidade, reforçando nosso investimento na autoestima da população e no turismo. É uma obra que não custou nenhum recurso para os cofres da prefeitura, foi uma medida compensatória”, comentou o prefeito.

David Almeida disse que essas são intervenções que estão sendo entregues e que as grandes virão agora a partir de 2022. “Quero agradecer a toda a prefeitura, a partir da equipe do Implurb”, ressaltou.

Para o diretor-presidente do Implurb, engenheiro Carlos Valente, esse mobiliário passa a ser a assinatura oficial da capital. “Estará em outros monumentos turísticos, como no Centro, na praça da Matriz, no futuro parque Encontro das Águas e outros pontos. Sinônimo de integração entre a gestão David Almeida e Manaus”, ressaltou Valente.

Identidade

O letreiro da capital tem 10,50 metros de comprimento, 2,80 metros de altura e elementos vazados, além das letras da palavra “Manaus”, como corações e árvores.

As árvores têm 4,50 metros de altura. Todo o corpo do mobiliário foi construído usando chapas metálicas, estruturas em uma base de concreto para fixação segura.

Para a professora Mauryellen Costa, é uma felicidade fazer um passeio com as crianças e se deparar com o mobiliário que já viu em outros lugares em viagens. “Para mim é um orgulho chegar e ter um letreiro aqui onde posso fazer fotos, na Manaus do meu coração. Estamos superfelizes, muito obrigada. Toda a população vai ficar feliz”, comentou.

Atração

A grande atração está instalada nas proximidades do Centro de Atendimento ao Turista (CAT), em uma área de gramado que tem como fundo a vista para o rio e a ponte jornalista Phelippe Daou.

A iluminação cênica vai proporcionar interatividade com o público, além de acompanhar as campanhas de saúde que usa as cores como referência.

A prefeitura tem programada a instalação de quatro letreiros turísticos em pontos distintos da capital, todos construídos com recursos de fonte de medida compensatória do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb).

Os recursos de medidas compensatórias são decorrentes de licenciamento urbano, previsto no Plano Diretor, e a prefeitura não teve custo na construção dos mobiliários.

Olhares

Os letreiros atraem olhares, câmeras e corações por onde são instalados e um dos objetivos do prefeito David Almeida é tornar Manaus ainda mais famosa e querida, ampliando a autoestima da população.

POLÍTICA

David Almeida esclarece gratuidade do Passe Livre e garante benefício para...

O prefeito de Manaus, David Almeida, realizou, nesta segunda-feira, 23/6, uma coletiva de imprensa no Centro de Cooperação da Cidade (CCC), localizado no Adrianópolis,...

ECOLÓGICAS

Parintins: Espaço Sustentável Recicla, Galera inaugura com troca de resíduos por...

A maior ação de sustentabilidade do Festival de Parintins começou oficialmente nesta segunda-feira (23/06). A quarta edição do Recicla, Galera deu a largada com...