25.3 C
Manaus
Início Site Página 2072

Novo presidente da Fiesp diz que Brasil não deve temer eleições

Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp - Foto: Reprodução / Universidade Vanderbilt

O novo presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes, afirmou que não existem riscos para o país por conta do resultado das eleições presidenciais deste ano.

“Qualquer temor deveria deixar de existir. Não existem riscos para o país. O país não vai acabar nem retroceder (independentemente de quem ganhe). O Brasil não precisa temer quem quer que ganhe a eleição”, afirmou ao ser questionado pelo GLOBO sobre eventuais riscos de fuga de capital em caso de uma vitória petista.

A declaração foi dada em encontro com jornalistas na sede da entidade na manhã desta quinta-feira, ao responder uma pergunta sobre eventuais receios no mercado financeiro quanto a uma possível vitória de um candidato da esquerda.

“O país pode continuar de maneira mais rápida e mais célere, dando dignidade a seu povo, ou não, mas não vai acabar. As instituições no Brasil são fortes. Estão sob ataque constantemente, mas são fortes”, afirmou.

O executivo disse, ainda, que a urna eletrônica é confiável, em contraposição à posição do presidente Jair Bolsonaro, que por reiteradas vezes criticou a confiabilidade do voto eletrônico.

Ao comentar a recente declaração do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre a diminuição de temores no mercado quanto a uma mudança de governo, Josué concordou e disse que Campos Neto “está dizendo o óbvio”.

Reforma tributária

Gomes admitiu que não existe consenso no setor privado sobre que projeto de reforma tributária deve ser aprovado no Congresso, mas afirmou que vai defender a simplificação dos tributos e uma redução de carga tributária para a indústria de transformação.

O novo presidente da Fiesp disse ser contrário a concessões de subsídios verticais a setores da economia, salvo em situações de segmentos industriais inovadores e por um período de tempo definido. Para ele, a redução de carga tributária na indústria não pode acarretar aumento de impostos em outros segmentos, como o agronegócio e os serviços.

Mesmo com uma eventual redução na carga tributária, Gomes disse acreditar que a arrecadação não seria prejudicada.

“A gente não pode querer diminuir a carga tributária da indústria aumentando a carga de outros segmentos. (…) Vários estados tiveram a coragem de reduzir alíquotas e não tiveram impacto na arrecadação”, ressaltou.

Gomes afirmou que a Fiesp contratou a consultora Vanessa Rahal, especialista em sistemas tributários, para ajudar a formar um consenso no setor privado em torno de um único projeto de reforma tributária.

“Vamos continuar pedindo redução de impostos de maneira horizontal para a indústria de transformação. (…) Não adianta ser (uma reforma) tecnicamente perfeita se não aprovada nunca. Vanessa vai estar a partir de março nos ajudando a trabalhar por um consenso de reforma tributária”, salientou.

Gomes afirmou não ver problemas ou conflitos de interesse com o fato de Rahal compor a equipe econômica do pré-candidato à Presidência João Doria (PASDB).

O novo presidente da Fiesp ainda criticou a falta de empenho do governo Bolsonaro para a aprovação de uma reforma administrativa. Segundo ele, o projeto encaminhado pelo Ministério da Economia “não está caminhando porque o governo não quer”.

Relação com Lula e avaliação do governo Bolsonaro

Questionado sobre sua proximidade com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Josué disse que sua gestão na entidade será apartidária.

Ele diz que vai cumprir seus quatro anos de mandato à frente da Fiesp e que não concorrerá à eleição. Também refutou qualquer possibilidade de disputar cargos políticos nesse período. Seu antecessor, Paulo Skaf, comandou a entidade de 2004 até o mês passado em sucessivos mandatos e foi candidato a governador de São Paulo em três ocasiões (2010, 2014 e 2018).

“Não tenho partido político e nem posição política. Minha posição política é a indústria”, ressaltou Gomes.

O dirigente da Fiesp não quis dizer qual é sua preferência política. Gomes é filho de José Alencar, que foi vice de Lula em seus dois mandatos presidenciais.

“O governo (Lula) deve ter acertado mais do que errado, dada a aprovação que teve. Minha proximidade do governo (à época) existiu, mas era distante, nos 12 anos em que meu pai passou em Brasília (como senador e vice-presidente), fui dez vezes para lá, mas como dirigente classista”, afirmou.

Gomes disse que o primeiro governo de Jair Bolsonaro deve passar para a história como uma gestão que atacou instituições e disse esperar uma mudança em caso de reeleição.

“Provavelmente a nota histórica (sobre o governo Bolsonaro) vai ser de um governo que produziu muitos ataques às instituições, às vacinas, à Anvisa, à urna eletrônica, ao TSE, à imprensa, aos jornalistas. (…) Eu torço para que ele faça diferente se ele se reeleger”, ressaltou.

*Com informações de IG

Vacina Sputnik Light contra a Covid será feita no Brasil para exportação

A empresa farmacêutica brasileira União Química disse nesta quinta-feira que uma transferência de tecnologia permitiria fazer a vacina Sputnik Light Covid-19 para exportação para países latino-americanos em uma parceria promovida pelo presidente russo, Vladimir Putin.

A vacina, uma versão de dose única da vacina Sputnik V de duas doses lançada no ano passado, é usada como reforço no México e na Nicarágua e foi aprovada para uso na Argentina, de acordo com o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF).

A empresa privada brasileira União Química disse que produziu milhões de doses de Sputnik V para venda em outros países pela RDIF, uma vez que a vacina não é aprovada para uso no Brasil.

“Já temos o Sputnik Light e estamos prontos para produzi-lo comercialmente” , disse Miguel Giudicissi, diretor de ciências da União Química, em entrevista à Reuters.

Durante uma visita do presidente brasileiro Jair Bolsonaro a Moscou, Putin disse na quarta-feira que a cooperação farmacêutica russo-brasileira “ganhou impulso” recentemente com a produção local da vacina Sputnik V.

O RDIF, fundo soberano que comercializa a vacina desenvolvida pelo Instituto Gamaleya de Moscou, disse que a transferência da tecnologia Sputnik Light para a União Química no Brasil está em andamento.

“A capacidade potencial de produção será de até 5 milhões de doses de vacina por mês” , disse um porta-voz do RDIF.

Giudicissi, da União Química, disse que sua produção é definida pela RDIF com base na demanda do mercado.

Ele disse que o Sputnik Light foi feito usando os mesmos biorreatores de uso único fabricados pela General Electric que a União Química usa para produzir as vacinas Sputnik V, que forneceu para as vizinhas Argentina e Bolívia.

“O mercado de vacinas existe e tudo o que você produz pode ser vendido porque a demanda é grande” , disse Giudicissi.

*Com informações de IG

Petrópolis já tem 110 mortos e novo deslizamento gera evacuação de área

Homem é visto em meio a escombros após tragédia em Petrópolis — Foto: Marcos Serra Lima / g1

O número de mortos em Petrópolis após a tempestade de terça (15) chegou a 110 até as 13h desta quinta-feira (17). Dos 101 corpos que estão no Instituto Médico Legal (IML), 65 são de mulheres e 36 de homens. Desses, 13 são menores. Ao todo, 33 corpos foram identificados. Veja quem são algumas das vítimas já reconhecidas.

Uma chuva rápida voltou a atingir a cidade por volta das 13h30. Vinte minutos depois, o tempo reabriu.

Também nesta tarde, um novo deslizamento provocou a evacuação do bairro 24 de Maio. Uma moradora contou que uma barreira passou a um palmo da casa dela.

Segundo a Polícia Civil, foram feitos 134 registros de desaparecimentos, mas não se sabe quantos desses já foram encontrados. Cerca de 500 bombeiros trabalham nas buscas aos desaparecidos.

Segundo a Secretaria Estadual de Defesa Civil, 24 pessoas foram resgatadas com vida e 705 pessoas foram encaminhadas para os 33 pontos de apoio montados na cidade em escolas da rede público municipal.

Entre os sobreviventes, os rodoviários que trabalhavam nos dois ônibus que foram arrastados para dentro do rio Quitandinha conseguiram sair dos veículos com vida. A informação foi divulgada pelo Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Petrópolis (Setranspetro) nesta quinta-feira (17).

Segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta, permanece muito alta a possibilidade de ocorrência de eventos de movimentos de massa na Região Serrana do Rio, especialmente em Petrópolis.

Ainda de acordo com o Cemaden, estes fatores indicam um elevado nível de umidade do solo que pode favorecer a ocorrência de deslizamentos de terra mesmo na ausência de chuva.

Na manhã desta quinta, foram publicadas duas medidas no Diário Oficial do Rio de Janeiro para ajudar o município. O pagamento do IPVA e do ICMS foram prorrogados para o segundo semestre e a Alerj vai repassar R$ 30 milhões para a prefeitura de Petrópolis.

O governador Cláudio Castro (PL) está na cidade da Região Serrana, onde concedeu uma coletiva ao lado do prefeito Rubens Bomtempo e do secretário de Estado de Defesa Civil, Leandro Monteiro.

“Foi a pior chuva desde 1932. Realmente, foram 240 milímetros em coisa de duas horas. Foi uma chuva altamente extraordinária”, atualizou o governador.

Segundo Castro, o temporal em Petrópolis uniu ‘tragédia histórica’ e ‘déficit que realmente existe’.

A Prefeitura decretou estado de calamidade pública e informou que as equipes dos hospitais foram reforçadas para o atendimento às vítimas. Quem tiver parentes desaparecidos deve procurar a delegacia.

A Defesa Civil informou que ainda há previsão de chuva moderada a qualquer momento no município nesta quarta. Em caso de emergência, o telefone 199 está disponível.

Cidade sob a lama

Logo cedo nesta quarta-feira, era possível ver o tamanho da devastação — embora, em muitos locais, fosse difícil distinguir o que era casa, o que era terra ou o que era rua.

Morros vieram abaixo, carregando pedras do tamanho de carros; veículos ficaram empilhados com a força da correnteza; vias importantes foram bloqueadas, dificultando o acesso aos desabrigados.

O Alto da Serra foi uma das localidades mais devastadas. A prefeitura estima que pelo menos 80 casas foram atingidas pela barreira que caiu no Morro da Oficina. Um vídeo mostrou o momento da queda.

Outras regiões também foram atingidas, como 24 de Maio, Caxambu, Sargento Boening, Moinho Preto, Vila Felipe, Vila Militar e as ruas Uruguai, Washington Luiz e Coronel Veiga.

Agentes das secretarias de Obras, de Serviço, Segurança e Ordem Pública, Saúde, Educação, além da Comdep e CPTrans também atuavam no atendimento da população e recuperação da cidade.

“Orientamos a população que ao sinal de qualquer instabilidade nas áreas em que residem, que procure o ponto de apoio e nos acionem”, destacou o secretário de Defesa Civil, o tenente-coronel Gil Kempers.

*Com informações de G1

Biden volta a sinalizar risco de invasão russa à Ucrânia nos próximos dias

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, voltou a dizer nesta quinta-feira, 17, que o risco de invasão da Rússia na Ucrânia “continua muito elevado” e que pode haver um ataque “nos próximos dias”.

Falando aos repórteres quando saía da Casa Branca, Biden explicou que havia “todas as indicações de que eles [russos] estão preparados para entrar na Ucrânia”.

Ainda de acordo com o presidente norte-americano, ainda não há nenhum plano para que ele telefonasse para o presidente russo, Vladimir Putin.

*Com informações de Terra

David Almeida se reúne com Igreja Católica e anuncia entrega de Mausoléu

Foto: Dhyeizo Lemos / Semcom

Durante reunião realizada na manhã desta quinta-feira, 17/2, na sede da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), na Compensa, zona Oeste, o prefeito de Manaus, David Almeida, anunciou a entrega do Mausoléu da Igreja Católica, localizado no cemitério Parque Tarumã, também na zona Oeste da capital, para o próximo dia 18 de março. O encontro contou com a presença do Arcebispo Dom Leonardo Steiner.

“O Mausoléu já está pronto e viemos acertar os últimos detalhes dessa entrega como forma de reconhecimento aos serviços missionários dos padres que, muitas vezes, deixam suas famílias e passam a vida toda dedicados aqui em Manaus. Esse espaço atenderá uma antiga solicitação da Arquidiocese e servirá de homenagem aos religiosos que foram responsáveis pelo desenvolvimento da capital”, enfatizou Almeida.

Na ocasião, o gestor municipal também deu início a uma parceria para transformar a antiga penitenciária Raimundo Vidal Pessoa, localizada na avenida 7 de Setembro, Centro, em um Centro de Acolhimento à população em vulnerabilidade social.

“Conversamos também sobre a parceria que vamos fazer junto à Arquidiocese de Manaus e o Governo do Amazonas para transformar essa área em uma local de abrigo. A pandemia da Covid-19 colocou muita gente em situação de rua. As pessoas que trabalhavam na informalidade não conseguem mais se sustentar, e temos que amparar a nossa população”, afirmou o prefeito.

O encontro contou também com a presença do titular da Semulsp, Sabá Reis, que salientou a abertura que a atual gestão municipal tem com a liderança da Igreja Católica do Amazonas.

“O nosso prefeito tem uma aproximação muito grande com a Igreja Católica e é muito querido pelo segmento dos católicos da cidade de Manaus. Na atual gestão municipal, depois de muito tempo, a Igreja Católica passou a ter um Mausoléu no cemitério mais importante do Amazonas. Uma obra digna e decente”, disse Sabá.

No total, serão construídas oito sepulturas e 31 gavetas para ossuário. O local será mais um ponto de visitação e homenagem às vítimas da Covid-19.

 

Amazonastur e Faar alinham parceria para visita guiada na Arena da Amazônia

Arena da Amazônia - Foto: Janailton Falcão / Amazonastur

A Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur) e a Fundação Amazonas de Alto Rendimento (Faar) estão alinhando parceria para viabilizar visitação turística pelo interior da Arena da Amazônia Vivaldo Lima, palco de jogos da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016.

Nesta semana, a Amazonastur encaminhou documentação para formalizar a parceria que sugere um período teste de visitas guiadas durante três meses. Ao longo desses 90 dias, a equipe técnica, da Amazonastur e Faar, vai avaliar o roteiro de visitação para finalizar a formatação do atrativo turístico, além de coletar informações sobre a opinião do público local e dos turistas.

A proposta é que o estádio também faça parte do roteiro do Amazon Bus, o qual passa por atrativos como o Teatro Amazonas e Complexo Turístico da Ponta Negra. O presidente da Amazonastur, Sérgio Litaiff Filho, afirmou que a articulação cumpre determinação do governador Wilson Lima de impulsionar o turismo no Amazonas por meio da formatação de novos roteiros e produtos turísticos.

“Nós estamos trabalhando para que a Arena entre no city tour do Amazon Bus, organizando também uma programação prévia para que essas visitas sejam guiadas em doze pontos considerados de grande relevância para o turismo do nosso destino. Com o turismo e esporte de mãos dadas temos a certeza de que teremos mais desenvolvimento e geração de emprego e renda para a nossa população”, disse Litaiff.

O diretor-presidente da Faar, Jorge Oliveira, ressaltou que um dos objetivos da atual gestão do Estado é transformar a arena como um ponto sustentável e o turismo pode contribuir para que esse plano seja concretizado. “A Arena da Amazônia entra em um outro nível oficializando-se como um dos atrativos turísticos de Manaus. Todo o comunitário, todos os nossos irmãos do interior e todo o amazonense quer conhecer a arena da Amazônia. Assim, nós vamos dar essa possibilidade não só para o estado do Amazonas, mas para todo o Brasil, colocando a arena como rota internacional”, acrescentou Oliveira.

Arena

Inaugurada em março de 2014 e com capacidade para receber 45 mil pessoas, a arena possui diversos atrativos como os Aros Olímpicos, Museu Internacional do Esporte e o Salão Bossa Nova, onde é possível ter uma visão panorâmica de toda a Arena. A estrutura do estádio representa um cesto de palha, objeto usado na cultura indígena.

Deputados vão ao TCU contra empréstimo do BNDES a desmatadores da Amazônia

Foto: Carl de Souza / AFP

Deputados do PT protocolaram hoje no TCU (Tribunal de Contas da União) uma representação em que pedem a adoção de medidas cautelares para que sejam suspensos repasses financeiros pelo BNDES a pessoas ou entidades condenadas ou investigadas por infrações ambientais.

A ação ocorre horas depois de o senador da Rede Sustentabilidade Randolfe Rodrigues também ter acionado o tribunal.

Os dois pedidos têm como base reportagem da Repórter Brasil, veiculada no UOL no início desta semana, que mostrou que fazendeiros , com o histórico de infrações ambientais na Amazônia conseguiram empréstimos com dinheiro público para comprar máquinas agrícolas.

“De acordo com as informações trazidas pela reportagem, há indícios de ilegalidade na concessão de empréstimo de dinheiro público a juros subsidiados a fazendeiros que, ou foram embargados pelo Ibama por desmatamento, ou devem multas àquele órgão, razão pela qual faz-se necessária a devida apuração e averiguação”, destacam os deputados.

Os empréstimos teriam sido concedidos pelo BNDES e operados pelo banco John Deere, que é o braço financeiro da fabricante de máquinas que o controla e que vendeu os tratores.

Ao todo, BNDES e John Deere teriam financiado R$ 28,6 milhões em maquinário para cinco produtores com embargos em seu nome emitidos pelo Ibama por desmatamento.

Brecha permitiu compra por infratores ambientais

Uma resolução do Banco Central proíbe a concessão de crédito rural para propriedades na Amazônia sobre as quais recaem embargos, mas não impõe restrições para que os donos dessas áreas obtenham empréstimos para outras fazendas. Porém, entre os casos levantados pela reportagem, há empréstimos destinados a locais onde o produtor possui apenas uma propriedade —e embargada.

Mercado agrícola e relação com Bill Gates

A política de crédito agrário e a importância do agronegócio no país (em 2020, o setor respondeu por 26,6% do PIB) transformaram o Brasil no segundo mercado mais importante para o banco norte-americano.

A John Deere tem entre seus investidores o fundador da Microsoft, Bill Gates, que detém 9,3% das ações da companhia.

Ao todo, 11 fazendeiros que compraram máquinas John Deere acumulam cerca de R$ 30 milhões em multas ambientais nunca pagas —o montante total dos empréstimos do BNDES, R$ 40 milhões, daria para quitar as dívidas com sobra.

O que dizem BNDES e John Deere

O BNDES afirmou hoje que não é conivente com irregularidades e “possui hoje uma das políticas socioambientais mais avançadas do sistema financeiro para o setor agropecuário”. Leia a íntegra do posicionamento do órgão em resposta à reportagem do UOL.

“Todos os financiamentos citados na reportagem começaram a ser contratadas em 2014 e tiveram as suas documentações e certidões emitidas pelos órgãos públicos verificadas pela instituição financeira credenciada, que é responsável por cumprir com as condicionantes impostas pelo BNDES, sendo passível de multa por eventual descumprimento, além de o banco poder requerer vencimento antecipado das operações.”

Em nota ao UOL, o Banco John Deere ressaltou que as concessões de crédito rural somente são liberadas a partir da validação do Cadastro Ambiental Rural, de acordo com o Manual do Crédito Rural, bem como com as diretrizes do Banco Central e demais órgãos fiscalizadores.

“A Instituição dispõe de um Comitê de Responsabilidade Socioambiental, controlado pela área interna de Compliance, que avalia as operações que não estejam em conformidades com os órgãos de controle, impedindo imediatamente o prosseguimento das operações.

O Banco John Deere informa que não concede financiamento para operação em áreas embargadas, independentemente da região e/ou Bioma onde se localize, não se restringindo ao Bioma Amazônico o qual a lei delimita.”

*Com informações de Uol

Mario Frias deve deixar Secretaria da Cultura, afirmam servidores

Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

A saída de Mario Frias do comando da Secretaria Especial da Cultura já é dada como certa nos corredores do Ministério do Turismo, ao qual a pasta que ele comanda é subordinada, de acordo com quatro servidores de diferentes órgãos do governo que falaram sob anonimato com a reportagem e mais uma fonte externa ligada à pasta.

Larissa Peixoto Dutra, atual presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan, é cotada para assumir o cargo no início de março.

A Secretaria Especial de Cultura não confirma.

Frias está passando por um processo de fritura junto ao Palácio do Planalto, desde que a informação que ele e seu secretário-adjunto, Hélio Ferraz, gastaram R$ 78 mil numa viagem a Nova York para tratar de um projeto com o lutador de jiu-jítsu Renzo Gracie. Há mais de uma ação na Justiça pedindo o afastamento de Frias e Ferraz.

O deslocamento da atual presidente do Iphan seria estratégico, nesse contexto, dado que em dezembro o Ministério Público chegou a pedir na Justiça o afastamento dela.

A ação ocorreu após a divulgação de um discurso do presidente Jair Bolsonaro na Fiesp, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, na qual ele afirma que demitiu diretores do Iphan após o órgão ter interditado uma obra do empresário bolsonarista Luciano Hang.

A Justiça rejeitou a liminar pelo afastamento de Dutra, que permanece no Iphan. Nesta terça-feira, Dutra se reuniu com o ministro do Turismo, Gilson Machado.

O governo Bolsonaro também estuda trocar André Porciuncula, o ex-PM que hoje controla a Lei Rouanet, por Roger Alves Vieira na Secretaria Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura, a Sefic.

Atualmente, Vieira chefia o departamento de patrimônio imaterial do Iphan, que tombou o forró como bem nacional. O ministro do Turismo, apelidado de “sanfoneiro de Bolsonaro”, já foi membro de uma banda de forró chamada Brucelose.

*Com informações da Folha de São Paulo

Prefeitura incentiva oficina de resgate da identidade do povo apurinã

Foto: Cristóvão Nonato / Semcom

As oficinas de confecção de brinquedos e vivências de brincadeiras tradicionais para crianças e adolescentes indígenas da comunidade Inemanãta Apurinã, do conjunto Cidadão XII, zona Norte, serão realizadas no período de 16 a 25/2, no centro municipal de educação escolar indígena Wainhamary, com turmas pela tarde no contraturno escolar. As atividades integram o projeto “Brinquedos e Brincadeiras do Povo Apurinã”, contemplado pela Prefeitura de Manaus por meio do edital “Manaus faz Cultura”, do Conselho Municipal de Cultura (Concultura) e apoio da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult).

O vice-presidente do Concultura, Neilo Batista, participou da abertura das oficinas e destacou a atenção dada pelo prefeito David Almeida, às populações indígenas que muito contribuíram para a formação antropológica da população manauense.

“Desde o início desta gestão o prefeito tem reconhecido e apoiado importantes ações que contemplam os povos indígenas”, destacou Batista, chamando a atenção para a criação do Memorial Aldeia da Memória Indígena, a mostra de Arte e várias outras oficinas e cursos voltados às comunidades indígenas de Manaus.

O projeto Brinquedos e Brincadeiras do Povo Apurinã é de autoria da professora indígena Jeane Menandes, descendente de índios apuriñas. Segundo ela, o objetivo do projeto é fortalecer a identidade do povo apurinã, por meio dos costumes e tradições que serão ensinados nas vivências com as crianças e adolescentes, permitindo a prática da língua materna.

“Precisamos trabalhar a identidade do nosso povo, tornando assim a comunidade mais forte, revivendo a nossa cultura, vencendo o desinteresse da comunidade pela nossa história, fazendo-os perceber a riqueza que nos foi deixada pelos kiomãnetxy (anciões), resgatando o orgulho daquilo que nos pertence, nosso modo de vida, nossas histórias tradicionais, nossa língua materna”, comentou.

Além das oficinas, o projeto também irá promover a elaboração de um glossário nas duas línguas faladas na comunidade (língua portuguesa e apurinã) para ser utilizado nos cantos e danças das brincadeiras tradicionais e também uma roda de conversa com pais e responsáveis dos participantes sobre a importância da preservação do uso da língua apurinã com as crianças e adolescentes.

“Como a língua indígena apurinã não é mais praticada pelas crianças no contexto familiar, passando a ser aprendida na escola, ela deixa de ser ensinada como idioma materno e passa a ser ensinada como língua adicional. Nesse sentido, a metodologia que será utilizada é o método comunicativo, por meio de jogos didáticos e lúdicos, para melhor compreensão das crianças”, informou Jeane.

A estudante Adrícia Tavares dos Santos, 15 anos, é filha de pais apurinãs não aldeados e que não falam mais a língua materna. “Estou adorando conhecer mais a língua do nosso povo e as brincadeiras de nossos avós”, disse a adolescente, que convidou os amigos a participarem das atividades que resgatam a cultura de seus ascendentes.

Ricardo Nicolau denuncia Governo do Estado por “propaganda enganosa” no IPVA

Deputado Ricardo Nicolau

“O governo do Amazonas está enganando 490 mil proprietários de veículos com um falso desconto de 20% no valor do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) de 2022”, afirmou ontem (16) o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado estadual Ricardo Nicolau (PSD), após obter informações em audiência pública com a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) nesta semana.

Na semana passada, o governador anunciou um decreto com a concessão de 20% de desconto no IPVA deste ano. Porém, conforme nota técnica divulgada pela Sefaz no ano passado, o Estado aumentou o IPVA em 22,49%, utilizando como base de cálculo a tabela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), que elevou os preços de carros novos e usados em todo o país.

Para Ricardo Nicolau, a medida anunciada não gera benefícios aos motoristas. O deputado explica que, como o governo já oferecia anteriormente descontos de até 10% no recolhimento antecipado do imposto, a redução de 20% não é suficiente para cobrir o acréscimo de 22,49% no valor do IPVA. Portanto, na prática, o suposto abatimento não gera impacto real no bolso dos condutores.

“Esse desconto de 20% não faz diferença alguma para o contribuinte. Os cidadãos amazonenses não vão pagar menos no IPVA de 2022. Se o governo realmente quisesse dar desconto, manteria o imposto no patamar de 2021. A Sefaz tem autonomia para desvincular essa cobrança da tabela Fipe e poderia ter optado pela mesma base de cálculo de exercícios anteriores ou de acordo com a inflação”, explica o presidente da CAE.

Antes do anúncio do novo decreto, a Sefaz havia publicado a Resolução nº 29/2021, em dezembro do ano passado, a tabela de base de cálculo do IPVA deste ano. No documento, o governo deixa claro que a base escolhida é “o valor de mercado dos veículos, obtido com base no levantamento de preços pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – Fipe”, já considerando o aumento de 22,49%.

“A verdade é que se trata de um pseudodesconto. É uma medida eleitoreira, feita para enganar a população. Um marketing de um governo sem bons resultados para mostrar”, conclui Ricardo Nicolau. “Um desconto real não traria prejuízo algum ao Estado, que acumula recordes de arrecadação e que obteve R$ 2,7 bilhões a mais em caixa no ano passado.”

POLÍTICA

Bolsonaro escancara plano por ‘poder paralelo’ no Congresso mesmo com direita...

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) quer ter a maioria do Congresso Nacional em 2027 como forma de criar uma espécie de poder paralelo para...

ECOLÓGICAS

David Almeida reforça monitoramento e ações da Defesa Civil diante da...

Nesta terça-feira, 1º/7, o prefeito de Manaus, David Almeida, acompanhou de perto o nível do rio Negro diretamente do Skyglass do mirante Lúcia Almeida,...