Roberto Cidade cobra que Prefeitura apresente cronograma de ações de prevenção a desastres naturais
Após as reiteradas cobranças quanto à implementação de um Comitê Municipal Permanente de Crise, por parte do Executivo Municipal, cujo objetivo é monitorar e atuar, de forma antecipada diante de situações emergenciais, o presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado estadual Roberto Cidade (UB), voltou a questionar a Prefeitura de Manaus quanto às ações de prevenção e reação a desastres naturais na capital.
“Estamos encaminhando à Prefeitura de Manaus um requerimento solicitando informações a respeito do programa de trabalho planejado e executado pelo município para a prevenção e reação a desastres naturais na capital. Pelo que temos visto nos últimos dias, a gestão municipal não tem se preparado com a eficácia e eficiência que os problemas requerem. Caso contrário, não teríamos a repetição de tantas situações que nos causam indignação. Já é a segunda vez, somente neste ano, que fazemos essa solicitação à prefeitura”, afirmou o deputado presidente.
A solicitação tem como base os dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), que coloca Manaus como a capital do Brasil com o maior número de alertas de desastres emitidos em 2024.
“Infelizmente, na última chuva tivemos a morte da Sammya Maciel, de 45 anos, outras pessoas soterradas e dezenas de outras prejudicadas pela forte chuva desta quarta-feira. Precisamos saber, de fato, quais medidas foram ou estão sendo implantadas para dirimir os efeitos dos desastres naturais. Conforme a prefeitura, Manaus possui, aproximadamente, 1.650 áreas de risco, classificadas em níveis 1,2,3 e 4. Destas, 644 são consideradas como de alto e muito alto risco. Diante desses números, o que o Executivo Municipal tem feito? A população precisa de ações efetivas”, declarou.
Proposta de Cidade
Outra medida defendida pelo deputado presidente é a Lei nº 6.528/2023, que estabelece diretrizes gerais para elaboração de planos de adaptação às mudanças climáticas.
A legislação tem como objetivo a implantação de iniciativas e medidas para reduzir a vulnerabilidade dos sistemas ambiental, social e econômico, diante dos efeitos dos períodos de chuvas, cheia e vazante dos rios amazônicos.
“O Governo do Estado já deu início, desde o ano passado, à elaboração do plano estadual. Precisamos saber se a prefeitura da capital também terá essa iniciativa e quando isso vai acontecer”, destacou o parlamentar.
Txai Suruí e mais 23 ativistas são candidatos a ‘jovem campeão’ da COP30
A presidência da COP30 deve definir até o final da semana quem vai representar a conferência junto à juventude. Após analisar 154 inscrições, a Secretaria Nacional de Juventude, parte da Secretaria-Geral da Presidência da República, divulgou a lista de 24 candidaturas habilitadas para o posto, com idades entre 18 e 35 anos. Com maioria feminina (82%), a lista inclui algumas das principais lideranças do ativismo climático no Brasil, como Txai Suruí, Paloma Costa, Beatriz Azevedo de Araújo e Marcele de Oliveira.
Txai Suruí foi a primeira indígena a discursar na abertura de uma COP do Clima, em 2021, quando se tornou conhecida pelo Brasil e pelo mundo, acumulando milhares de seguidores nas mídias sociais — e também passando a sofrer mais ataques e ameaças. Filha de duas lideranças indígenas, o cacique Almir Suruí e a indigenista Neidinha Suruí, Txai atua em Rondônia na organização Kanindé e coordena o Movimento da Juventude Indígena.
Outra candidata de expressão junto à ONU é a advogada Paloma Costa. Em 2019, ela discursou ao lado de Greta Thunberg para chefes de Estado na sede da ONU, em Nova York. No ano seguinte, foi escolhida, junto a outros seis jovens de todo o mundo, para o conselho consultivo do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.
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Já a cearense Beatriz Azevedo de Araújo foi premiada pela ONU pelo seu trabalho no combate à desertificação. No ano passado, recebeu o prêmio UNCCD Land Heroes – que significa “heróis da terra” em inglês. Advogada e ativista, fundou o instituto Verdeluz, que trabalha pela conservação da Caatinga.
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Também da região Nordeste, a candidata Mikaelle Farias mora em João Pessoa e despertou para o ativismo ambiental por conta do vazamento de óleo no litoral nordestino em 2019. Ela fundou o Palmares Lab-Ação, que desenvolve tecnologias para a justiça climática.
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Para a ativista Marcele de Oliveira, a participação da juventude nas negociações do clima é uma prioridade. Ela cobrou diretamente do presidente Lula, durante uma reunião com as ONGs na COP28 do Clima, em Dubai, a necessidade de criação de um conselho da juventude para o clima e também questionou os planos de expansão da exploração petrolífera — o que levou Lula a se posicionar sobre a adesão do Brasil ao fórum da Opep+, que reúne grandes produtores de petróleo.
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A lista conta ainda com lideranças como Mahryan Sampaio Rodrigues, embaixadora da juventude da ONU, e Catarina Lorenzo, que apresentou, junto a Greta Thunberg e outros quinze jovens, uma queixa ao Comitê dos Direitos da Criança das Nações Unidas para protestar contra a falta de ação governamental sobre a crise climática. A relação completa das 24 candidaturas está disponível aqui.
Sem remuneração, o posto de ‘jovem campeão’ (tradução livre do termo em inglês youth champion) prevê a promoção da participação da juventude na COP30, o que também deve implicar uma mediação junto à presidência da COP sobre demandas da juventude para as negociações climáticas.
A decisão de eleger uma liderança jovem para a COP foi assinada em 2023, na COP28, em Dubai, com a intenção de aumentar o engajamento da juventude nos processos de negociação climática.
Jovens brasileiros têm marcado presença nas COPs do Clima na última década, com delegações encabeçadas por organizações como Engajamundo e Fridays for Future Brasil. Esses grupos se dividem entre a atuação nos bastidores, junto a diplomatas, e os protestos públicos, com marchas e cartazes.
Após três edições consecutivas em países sob regimes autoritários – Egito (2022), Emirados Árabes Unidos (2023) e Azerbaijão (2024) – a preparação para a 30ª edição da COP acontece sob a expectativa de maior participação pública de ativistas climáticos de todo o mundo.
No Brasil, a aposta de boa parte das ONGs e movimentos sociais é influenciar a agenda da presidência da COP ao longo do ano. Por isso, a escolha de uma figura que represente fielmente um setor pode definir o nível de alinhamento da sociedade com a COP30, ainda durante o preparo da conferência.
Além do jovem campeão, a presidência da COP30 deve escolher ainda uma figura mais antiga e tradicional das COPs do Clima: o High-Level Champion, responsável pela mediação com o setor privado.
Sem edital de chamamento, a nomeação deve ser feita a partir de indicações de lideranças de setores econômicos relevantes para o clima, como o agronegócio e o setor energético. Um dos favoritos para o cargo é Marcello Brito, que foi presidente da Abag (Associação Brasileira do Agronegócio) e secretário-executivo do Consórcio da Amazônia. Até o momento, a presidência da COP30 não sinalizou um prazo para a escolha, tradicionalmente feita no início do ano de cada COP.
*Com informações de Uol
Presidente do STJ reconhece pioneirismo do TCE-AM na fiscalização ambiental
O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Antonio Herman Benjamin, destacou o Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) como pioneiro no Brasil na atuação ambiental no controle externo. A declaração foi feita nesta quinta-feira (20), durante a abertura do ano letivo da Escola de Contas Públicas (ECP) e do Ouvidoria Day, promovidos pelo TCE-AM.
“O Tribunal de Contas do Amazonas foi o primeiro no país a atuar na fiscalização da questão ambiental em sentido amplo, abrangendo tanto a natureza quanto o ser humano. Quando um Tribunal de Contas age nessas áreas, seu impacto preventivo é imenso, muitas vezes superior ao do próprio Poder Judiciário, pois evita que problemas ambientais se agravem ao ponto de se tornarem irreversíveis”, afirmou o ministro Herman Benjamin lembrando que esteve presente nas primeiras atividades sobre o tema ainda na gestão do conselheiro Júlio Pinheiro.
Ele ressaltou que o trabalho iniciado no Amazonas serviu de referência para todo o país. “Esse pioneirismo se consolidou e foi levado adiante, posteriormente, pelo ministro Benjamin Zymler no Tribunal de Contas da União (TCU). Mas foi aqui, no TCE-AM, que essa atuação começou”, frisou.
O conselheiro Júlio Pinheiro, coordenador-geral da ECP, celebrou a presença dos ministros e destacou a importância do reconhecimento recebido. “É extremamente significativo receber aqui os ministros Herman Benjamin e Benjamin Zymler, dois grandes mestres que têm contribuído para o aprimoramento da atuação do nosso Tribunal. O reconhecimento do STJ reforça o compromisso do TCE-AM com uma fiscalização inovadora e de impacto real para a sociedade”, disse.
A fala do presidente do STJ ocorreu durante a cerimônia de abertura do ano letivo da Escola de Contas Públicas e o Ouvidoria Day, eventos que reuniram autoridades nacionais e internacionais no TCE-AM.
Dorival vai cair? Qual o tamanho da pressão sobre o técnico da seleção

Dorival Júnior tem diante de si uma dobradinha de jogos que encorpou o clima para a saída de Fernando Diniz da seleção: Colômbia e Argentina.
No discurso, o chefe dele — o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues — repete a cada data Fifa:
“Queremos duas vitórias.”
Mas até que ponto essa pressão é efetiva e real sobre o treinador e o futuro?
O trabalho do treinador não é unanimidade e passa por questionamentos na CBF. A pressão é real. Nas manifestações recentes, Ednaldo não prometeu um trabalho de longo prazo. Mas espera evolução.
A questão é se essa evolução virá contra os colombianos, hoje, em Brasília, e, sobretudo, diante dos argentinos, em Buenos Aires.
No primeiro jogo, um adversário que deu trabalho ao Brasil na Copa América (empate em 1 a 1). No segundo, apesar da ausência de Messi, a atual campeã do mundo chega cheia de confiança. E, dependendo dos resultados da rodada, poderá se classificar à Copa do Mundo diante do Brasil.
Se as duas vitórias desejadas por Ednaldo não vierem?
“Só posso falar depois. Eu acredito que teremos duas vitórias. Só posso pensar assim. Nenhum brasileiro vai ficar contente com empate. Como torcedor, só posso esperar duas vitórias”, disse o presidente da CBF, após a convocação.
À época, ainda havia a expectativa de contar com Neymar. Agora, o craque foi cortado. A responsabilidade de Dorival é fazer emplacar um time com três destaques de Real Madrid e Barcelona (Vini Jr, Rodrygo e Raphinha), mas que precisa ainda de coesão coletiva.
O jogo contra a Argentina, inclusive, será o primeiro ato após a reeleição de Ednaldo na CBF. No pleito de segunda-feira, ele será candidato único.
Uma esperança de longevidade para Dorival vem da seleção sub-20. Ramon Menezes é um exemplo de resistência no cargo. No hiato entre os títulos do Sul-Americano de 2023 e 2025, ele teve campanhas frustradas no Mundial e, sobretudo, no Pré-Olímpico. Mas não foi demitido.
Melhora é suficiente?
Na tabela das Eliminatórias, o Brasil até melhorou com Dorival Júnior, na comparação com Fernando Diniz.
Mas precisa de mais um salto para ficar nas cabeças e ter uma vida mais tranquila rumo à classificação à Copa — embora a diferença para a Venezuela, primeira seleção após a zona de repescagem, seja de seis pontos, faltando seis rodadas para acabar.
