26.3 C
Manaus
Início Site Página 133

Ana Maria Braga vai se casar pela quinta vez e terá lista de padrinhos e convidados famosos

Foto: Reprodução / Redes sociais

Ana Maria Braga e Fábio Arruda vão se casar, segundo a coluna ‘Veja Gente’. A festa já tem data e será para 200 pessoas, incluindo famosos convidados como Xuxa.

A apresentadora prepara o casamento com o produtor e ex-diretor Fábio Arruda e a cerimônia já tem data, local e alguns padrinhos famosos escolhidos. Aos 75 anos, a apresentadora do “Mais Você” se relaciona com Fábio desde março de 2022. A relação só veio à tona em julho daquele ano e em janeiro de 2023, o casal assumiu o relacionamento durante viagem de férias pela África do Sul.

Ana Maria Braga e Fábio Arruda vão se casar no sítio da comunicadora em Atibaia, no interior de São Paulo, em 4 de julho de 2025 e esse será o quinto casamento da global. Um time de apresentadores já passou a receber o convite para a cerimônia.

No total, aproximadamente duas centenas de pessoas serão chamadas. “Ela quer que seja no final de tarde, com cerca de duzentas pessoas e muita música ao vivo”, detalhou para a coluna “Veja Gente” uma pessoa bem próxima a Ana Maria, que neste ano ganha um novo programa na Globo, sem se desligar do “Mais Você”.

Angélica e Xuxa estão entre convidados

Quem recebe o convite é orientado a manter o “sigilo máximo”. De acordo com a publicação, Luciano Huck, Angélica, Sabrina Sato, Faustão, Xuxa e Ivete Sangalo são alguns dos convidados de Ana Maria Braga, protagonista de uma gafe ao mandar beijo para cantora morta há mais de 20 anos.

No final de 2024, a apresentadora começou a comparecer em eventos públicos com Fábio Arruda. Primeiro, em um evento beneficente promovido pelo ex-jogador Ronaldo Fenômeno. Depois, na premiação “Men Of The Year”.

Com informações do Purepeople / Terra

 

Temporada dos Ensaios dos Bumbás estreia com mais de 10 mil pessoas no Sambódromo

Foto: Arthur Castro

As torcidas dos bumbás Caprichoso e Garantido lotaram o Sambódromo para a abertura oficial dos Ensaios dos Bumbás. Mais de 10 mil pessoas circularam na pista e nas arquibancadas na noite de estreia da temporada 2025.

A programação começou com a bateria da Grêmio Recreativo Escola de Samba Reino Unido da Liberdade, campeã do Carnaval na Floresta deste ano, que passou o bastão para os Ensaios dos Bumbás, que integram a programação de eventos pré-festival em Manaus e seguem até o final de junho, período da festa na Ilha Tupinambarana.

“É o primeiro dia, o pontapé inicial para o Festival de Parintins, e a gente está vendo essa massa vindo abraçar os dois bois e dizer que esse ano nós teremos o maior festival de todos os tempos”, afirmou o secretário de Cultura e Economia Criativa, Caio André Oliveira.

O boi azul e branco levou para as apresentações todos os itens oficiais e contou com Márcio do Boi, Klinger Júnior, Jr. Paulain, Arlindo Neto, Patrick Araújo, Edmundo Oran, Marujada de Guerra, Raça Azul e Corpo de Dança do Caprichoso (CDC).

“Primeiro dia muito nervoso, o público superou a nossa expectativa, tem muita gente, as arquibancadas lotadas desde cedo e isso já mostra o termômetro do que vai ser essa temporada”, comentou o presidente do Movimento Marujada, Beto Vital. “Está todo mundo com muita sede de boi-bumbá esse ano, o boi-bumbá está em alta de novo e isso aqui é bom que a gente sente como vai ser Parintins”.

A temporada de ensaios aos sábados também é preparação para as torcidas dos bumbás. Até o festival, a Raça Azul, torcida oficial do Caprichoso, não vai ter descanso.

“A Raça Azul vem se preparando a todo momento. Nós, Raça Azul Manaus, não temos férias, não paramos para nada, porque nosso momento é o espetáculo do festival”, reforçou o coordenador da Raça Azul, Elias Albuquerque.

Do lado vermelho e branco, teve shows de Israel Paulain e Luciano Araújo, enquanto David Assayag recebeu Márcia Siqueira, Leonardo Castelo, com participação da Batucada do Boi Garantido, Comando Garantido e Garantido Show.

“A gente tem preparado essa festa de uma forma muito bonita, maravilhosa, e desde das 21h está lotado o curral, então a gente está muito feliz com o evento, está sendo um sucesso, nosso boi veio muito bonito, as torcidas estão muito animadas e mais importante que tudo, nosso público, nossa nação vermelha e branca presente aqui em peso”, destacou a vice-presidente do Movimento Amigos do Garantido, Ana Holanda.

Desde dezembro, o Comando Garantido vem afinando as coreografias para mais uma edição do Festival de Parintins. “O Comando Garantido, como sempre, tem o papel de animar os eventos, então a gente vem muito animado, mais bem preparado que os outros anos. A nossa preparação começa seis meses antes, em dezembro, quando a gente começa a ensaiar e captar recursos para ir para o festival”, contou o coordenador do Comando Garantido, Diogo Santana.

Programação Ensaios dos Bumbás

5 de abril – Bar do Boi Caprichoso

12 de abril – Curral do Boi Garantido

19 de abril – Curral do Boi Garantido

26 de abril – Bar do Boi Caprichoso

3 de maio – Bar do Boi Caprichoso

17 de maio – Bar do Boi Caprichoso

24 de maio – Curral do Boi Garantido

31 de maio – Bar do Boi Caprichoso

7 de junho – Curral do Boi Garantido

21 de junho – Curral do Boi Garantido

5 de julho – Festa da Vitória

Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

Daniel Alves pode receber indenização da Espanha por ‘prisão indevida’; veja valores

Foto: Reprodução / Instagram

Depois de ter anulada a sentença que o havia condenado a 4 anos e 6 meses de prisão por agressão sexual, Daniel Alves pode voltar aos tribunais por um outro motivo: reclamar uma indenização do Estado espanhol por ter passado 437 dias preso, entre janeiro de 2023 e março de 2024.

A legislação espanhola prevê o pagamento de uma indenização por “prisão indevida”. Está no artigo 294 da Lei Orgânica do Poder Judicial.

O texto afirma que “terão direito à indenização aqueles que, após terem sofrido prisão preventiva, forem absolvidos por inexistência do fato imputado ou quando, pelo mesmo motivo, tenha sido proferida decisão de arquivamento definitivo, desde que tenham sofrido prejuízos”.

Valores incertos

O artigo não cita valores de indenização, mas casos recentes mostram que as quantias estão distantes dos salários milionários que Daniel recebeu durante a carreira de jogador de futebol.

Em dezembro de 2024, um homem que ficou 184 dias preso recebeu uma indenização de cerca de 5 mil euros (pouco mais de R$ 30 mil), o equivalente a 27 euros (R$ 168) por dia que passou detido.

O caso mais emblemático é de outro personagem do futebol: Sandro Rosell, ex-presidente do Barcelona, que passou 645 dias em prisão preventiva por lavagem de dinheiro — o processo foi arquivado por falta de provas.

Rosell processou o governo espanhol e pediu 29 milhões de euros (181 milhões de reais) de indenização, incluindo contratos perdidos, danos morais e rendimentos que deixaram de existir. A resposta do governo foi oferecer 18 mil euros (R$ 112 mil), o equivalente a 27,90 euros (R$ 173) por dia de cadeia.

Caso a Justiça espanhola aplique o mesmo critério, a indenização de Daniel Alves estaria em torno de 11.800 euros (R$ 73 mil).

Advogada aguarda desfecho

A advogada de Daniel Alves, Inês Guardiola, foi questionada a respeito de um pedido de indenização pela rádio catalã RAC1. Ela afirmou que ainda não é o momento de pensar no tema, já que a sentença não é definitiva.

Depois do julgamento em primeira instância e da Seção de Apelações do Superior Tribunal de Justiça da Catalunha, que anulou a sentença condenatória, o caso ainda deve ir ao Tribunal Supremo da Espanha.

Ao UOL, a advogada da denunciante, Ester García, afirmou que “juridicamente, o caminho correto seria apresentar um recurso”. Ela ainda aguarda o aval de sua cliente para recorrer da decisão do STJC.

Além de pedir a indenização ao Estado espanhol, Daniel Alves teria a possibilidade de processar a denunciante, alegando que houve falso testemunho de crime.

No entanto, fontes ouvidas pelo UOL veem uma barreira importante para tal: na sentença da Seção de Apelações do STJC, em nenhum momento há a acusação de que houve falso testemunho da denunciante.

Os juízes afirmam, na decisão final, que o relato da mulher continha inconsistências e que as provas científicas não confirmaram na totalidade o depoimento de nenhuma das partes. “O relato de agressão sexual fica apoiado unicamente no relato da vítima, evidenciando a escassa e insuficiente força da hipótese acusatória”, diz a sentença.

O documento assinado pelos quatro juízes do STJC também afirma que a decisão não é, de nenhuma forma, um endosso da versão apresentada por Daniel Alves para os fatos. “A única hipótese relevante que está em julgamento é a acusatória. Portanto, não afirmamos que a hipótese sustentada pela defesa do acusado seja verdadeira”, diz a sentença publicada na sexta-feira (28).

Com informações do Terra

 

 

Limpeza do igarapé do Mindu é intensificada pela Prefeitura para evitar alagamento

Foto: Gabriel Smith / Semulsp

A Prefeitura de Manaus concluiu mais uma semana de trabalho intenso no igarapé do Mindu, localizado na avenida Alphaville, na divisa entre as zonas Norte e Leste. As equipes de garis realizaram os serviços de capinação, poda, remoção de resíduos, desassoreamento e alargamento das margens, e seguem atuando para melhorar as condições do igarapé e prevenir alagamentos, especialmente no período de chuvas fortes, comuns na região. A execução do trabalho é coordenada pela Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp).

As equipes mecanizadas, responsáveis pela dragagem, aprofundamento do leito e desobstrução das galerias pluviais, têm um papel essencial para garantir o escoamento adequado da água, evitando transbordamentos que causam alagamentos e danos às comunidades ribeirinhas e áreas próximas, como o parque Gigantes da Floresta.

O secretário da Semulsp, Sabá Reis, ressaltou a importância dessas ações para a segurança da população e a preservação ambiental, especialmente com o aumento do volume de água nos períodos de chuvas. A colaboração entre as equipes de capinação e os serviços mecanizados tem sido essencial para a realização do trabalho.

“O trabalho contínuo da Semulsp, que inclui tanto os garis quanto as equipes mecanizadas, tem sido fundamental para garantir a segurança da população e a preservação do meio ambiente. Com o aumento do volume das águas no período de chuvas, nossas equipes atuam diariamente para evitar danos, melhorar o escoamento e proteger as famílias que vivem nas proximidades”, explicou o secretário.

Além da limpeza e manutenção regular, as ações de desobstrução das galerias e do leito do igarapé, como o desassoreamento e o alargamento das margens, são essenciais para aumentar a capacidade do igarapé de lidar com o volume de água das chuvas, prevenindo alagamentos e danos às famílias da região.

Comunidade

Maria Alves, moradora da área próxima ao parque Gigantes da Floresta, comentou sobre a importância dos serviços. “Já vi várias vezes o igarapé transbordando e alagando as ruas, principalmente nas chuvas mais fortes. Ver esse trabalho de limpeza e manutenção é um alívio, porque sabemos que as coisas estão melhorando. Isso faz muita diferença na nossa segurança e no nosso dia a dia”, relatou.

Outro morador da área, José Silvano de lima, também destacou os benefícios da ação. “As obras de desassoreamento são muito importantes para a gente. Aqui, quando chove forte, o risco de alagamento é muito grande. Quando vejo as equipes trabalhando, fico mais tranquilo, pois sei que a prefeitura está fazendo a sua parte”, disse.

Além disso, a capinação e a poda das margens do igarapé são fundamentais para a manutenção da segurança e o bom funcionamento da drenagem. Carlos Almeida, morador das imediações e pescador local, falou sobre a relevância dessas ações.

“A capinação e a poda ajudam a manter as margens do igarapé limpas e sem obstruções. Isso evita que a vegetação acumule lixo e dificulte a passagem da água, especialmente em períodos de chuva forte. É bom ver que estão cuidando de ambos os lados, garantindo que o igarapé funcione bem e não cause problemas para quem mora aqui”, pontuou Carlos.

Essas ações fazem parte do compromisso da Prefeitura de Manaus em garantir uma cidade mais segura e preparada para os desafios ambientais, proporcionando qualidade de vida à população e cuidando da preservação do meio ambiente.

Com informações da Semulsp

PGR faz acordo com 546 réus do 8/1 e outros 237 são condenados a 1 ano sem aceitar proposta

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Ao menos 546 pessoas que se tornaram rés por incitação aos ataques golpistas de 8 de janeiro firmaram acordos com a PGR (Procuradoria-Geral da República) para escapar de condenações. Outros 237 rejeitaram a proposta e foram condenados nos últimos meses, com pena de um ano de reclusão.

Essa pena de prisão aplicada aos réus que recusaram os acordos foi substituída por medidas alternativas, como a prestação de serviços comunitários e a proibição de usar redes sociais. São obrigações similares àquelas que foram impostas às pessoas que aceitaram a proposta.

A diferença principal entre os dois grupos é que os acusados que rejeitaram o acordo passarão a ter uma condenação criminal como antecedente.

O Código Penal prevê que esse tipo de acordo seja oferecido para crimes com penas mínimas de até quatro anos e para réus sem antecedentes criminais, entre outros critérios.

As pessoas que fizeram os acordos, chamados ANPPs (acordos de não persecução penal), tiveram que confessar os crimes e se comprometer a pagar multas e a cumprir obrigações. Essas multas variam de R$ 5 mil a R$ 50 mil. Em alguns casos, não houve aplicação de multas.

Em troca, as ações penais ficam suspensas e só são retomadas em caso de descumprimento dos termos acordados.

Já os réus que não aceitaram a proposta também terão que pagar uma multa e, ainda, uma indenização de R$ 5 milhões que será dividida entre todos os outros condenados pelo 8 de janeiro.

Os acusados de crimes leves são aqueles que não participaram diretamente dos ataques aos prédios públicos, mas estavam, por exemplo, acampados em frente ao quartel-general do Exército em Brasília, pedindo intervenção militar.

Os réus que fecharam acordos tiveram que cumprir um tempo de serviço comunitário menor do que aqueles que rejeitaram a proposta e foram condenados. Além dessa exigência e da proibição de acesso às redes sociais, foi aplicada aos dois grupos a obrigação de assistir a um curso sobre democracia elaborado pela PGR.

Intitulado “Democracia, Estado de Direito e Golpe de Estado”, é exibido em vídeo e tem duração de 12 horas, dividido em quatro módulos. Os réus assistem às aulas em ambiente oficial, com controle de frequência e fiscalização realizada por um agente do Poder Judiciário, com proibição da utilização de celular durante a projeção.

Aqueles que rejeitaram acordos e foram condenados não podem deixar seus locais de residência até a extinção da pena, têm o passaporte suspenso e perdem o registro ou porte de arma de fogo, caso o tenham.

Nessas ações, que foram julgadas no formato do plenário virtual do STF (Supremo Tribunal Federal), normalmente a maioria dos ministros acompanha o voto do relator, Alexandre de Moraes, que propôs essa pena de um ano.

Os ministros André Mendonça e Kassio Nunes Marques, que foram indicados à corte pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), têm votado em diversos casos pela absolvição.

Além dos 237 condenados a um ano de reclusão, há outras 11 pessoas que pegaram penas de dois anos e meio ou três anos.

Ao votar pela condenação, Moraes tem dito que “mesmo após os atos de 8 de janeiro de 2023, o réu permaneceu no acampamento, resultando em sua prisão em flagrante em 9 de janeiro de 2023, o que reforça a demonstração de sua adesão à finalidade golpista e antidemocrática, que visava à abolição do Estado de Direito”.

Levantamento do STF

No levantamento do STF, há 1.589 ações que tratam do 8 de janeiro, com um total de 500 condenações. Até o mês de março, o Supremo tem o registro dos 546 réus que firmaram os acordos de colaboração penal.

No fim do ano passado, o presidente do Supremo, ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que foram oferecidos acordos a mais de 1.200 pessoas, e mais da metade recusou. Procurada pela reportagem e questionada sobre quantos acordos foram propostos e seus desdobramentos, a PGR não se manifestou.

Os ANPPs não cabem para acusados por crimes mais graves e com pena maior, como os que tiveram condenações de 14 ou 17 anos de prisão. Essas penas têm sido aplicadas a réus acusados de participar da depredação das sedes dos três Poderes e de seus arredores.

Nos processos, essas pessoas têm sido condenadas por crimes como associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça com substância inflamável contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

Esse é caso do processo de Débora Rodrigues dos Santos, que foi acusada por participar dos atos do 8/1 e que pichou a estátua “A Justiça” na ocasião.

Criminalistas consultados pela reportagem afirmam que a proposição de acordos pela PGR apenas para as pessoas que cometeram crimes menos graves está de acordo com a legislação vigente.

Os acordos só podem ser oferecidos “se a infração penal imputada não envolver violência ou grave ameaça, e desde que a pena mínima prevista em abstrato seja inferior a quatro anos”, diz Fernando Hideo, professor da Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo.

“No contexto do 8 de janeiro, muitos réus respondem por incitação ao crime, cuja pena mínima em abstrato é inferior a 4 anos e não envolve violência direta. Nesses casos, havendo confissão e ausentes os impedimentos legais, é possível e juridicamente coerente, que o Ministério Público proponha o ANPP”, afirma.

“Já nos casos mais graves, como os de abolição violenta do Estado democrático de Direito ou golpe de Estado, com penas elevadas e violência direta ou grave ameaça, o acordo é legalmente inviável.”

Números do 8 de janeiro

Réus nas ações penais: 1604

Réus que fizeram acordos: 546

Total de condenados: 500

Condenados a um ano de prisão: 237

*Fonte: Supremo Tribunal Federal

Com informações da folha de S.Paulo

 

Trump tenta redesenhar América Latina como ‘quintal’ dos EUA e interfere em países

Foto: Reprodução

Um país transformado em uma prisão para deportados dos EUA. Outro chantageado para romper compromissos com a China e um governo pressionado a fechar um pacto de defesa para assegurar a operação de uma petroleira americana. Isso sem contar com a decisão de rebatizar o Golfo do México, nome que designa uma região há mais de 300 anos.

Em apenas dois meses no governo, Donald Trump lançou uma verdadeira ofensiva para redesenhar a América Latina como “quintal” dos EUA e frear a ofensiva da China na região.

Abandonado por diversas administrações americanas, o continente passou a ser um foco da expansão chinesa. Em dez anos, o presidente Xi Jinping fez dez viagens pela região e transformou grande parte do hemisfério Sul em um aliado comercial.

Não por acaso, num gesto pouco comum na diplomacia americana, o secretário de Estado, Marco Rubio, fez duas viagens para a região latino-americana em apenas dois meses no cargo. Filho de cubanos exilados nos EUA, Rubio admitiu que nem sempre os americanos tiveram o que oferecer para a região. Mas prometeu que, desta vez, será diferente.

A questão da falta de uma estratégia americana para a América Latina foi alvo de uma conversa de enviados do Itamaraty aos EUA, antes mesmo da eleição de Donald Trump. Os diplomatas brasileiros ouviram da equipe do republicano que a meta era impedir a expansão chinesa na região. Mas tiveram de reconhecer que o avanço de Pequim ocorre, acima de tudo, por conta da ausência de uma agenda positiva por parte dos americanos.

Trump, ao assumir, decidiu que era o momento justamente de adotar essa estratégia, ainda que com variações importantes. Quem estiver ao lado dos EUA terá algum benefício. Mas aqueles que optarem por não se alinhar, principalmente os países menores, sofrerão consequências.

EUA alinhados com Argentina, Paraguai e outros

Em alguns casos, o realinhamento da América Latina deu resultados pontuais. Com a Argentina de Javier Milei, conversas foram iniciadas para um acordo comercial, o que abalaria o Mercosul, além de um diálogo sobre a cooperação espacial.

Com o Paraguai, o governo em Assunção não disfarçou a satisfação quando foi citado como “exemplo” por parte da Casa Branca ao não ceder às pressões da China e manter sua relação diplomática com Taiwan.

“Acho que é importante reconhecer os aliados na região, como o Paraguai, que não cederam” para a China, disse Rubio, ao ser alvo de questionamentos em sua sabatina no Senado americano.

Em sua primeira viagem para a América Central, semanas depois de tomar posse, Rubio adotou o mesmo tom com a Costa Rica diante da disposição do governo local em frear a influência da China na região.

Num comunicado, o chanceler do país centro-americano, Arnoldo André, ressaltou o status da Costa Rica como um importante aliado dos EUA, afirmando: “Os Estados Unidos consideram a Costa Rica uma nação amiga e um parceiro estratégico”. Ele acrescentou que o país não prevê nenhuma consequência negativa do governo Trump.

A declaração não vem sem um cheque. A Costa Rica quer se posicionar como um centro de semicondutores e um elo confiável na cadeia de suprimentos global. Hoje, mais de 400 empresas internacionais operam no país, sendo que cerca de 70% são provenientes dos Estados Unidos.

O país também adotou uma lei que limita os fornecedores de equipamentos de telecomunicações a empresas sediadas em nações signatárias da Convenção de Budapeste sobre Crimes Cibernéticos. Essa medida efetivamente impede a participação de empresas chinesas — uma decisão que está alinhada com os esforços de Trump para restringir os principais investimentos chineses na região e foi bem recebida pelo novo governo dos EUA.

Na parada na Guatemala, Rubio conseguiu convencer o governo local a ampliar sua capacidade de receber não apenas guatemaltecos deportados dos EUA, mas também migrantes de outros países que serão repatriados para seus locais de origem. “No entanto, a resposta permanente à imigração é trazer desenvolvimento para que ninguém tenha que deixar o país”, disse o presidente Bernardo Arévalo.

El Salvador se torna prisão para criminosos

Mas nada se compara ao acordo obtido por Trump com El Salvador. O presidente Nayib Bukele aceitou transformar suas prisões em destinos para criminosos que o americano não queira nos EUA.

Na semana passada, a chefe de segurança interna dos EUA, Kristi Noem, visitou a mega-prisão em El Salvador para onde centenas de migrantes venezuelanos foram deportados. Para envia-los para o país centro-americano, Trump invocou uma legislação dos EUA raramente usada em tempos de guerra para contornar os procedimentos legais de deportação. Washington ainda pagou ao governo Bukele cerca de US$ 6 milhões por receber os prisioneiros.

Num vídeo gravado diante de uma cela com detentos que foram despidos até a cintura, Kristi Noem gravou um alerta. “Não venham para o nosso país ilegalmente. Vocês serão removidos e processados”, disse ela no Centro de Confinamento de Terrorismo, a prisão de segurança máxima. “Saibam que esta instalação é uma das ferramentas do nosso kit que usaremos se vocês cometerem crimes contra o povo americano”, disse.

Durante a viagem, Noem assinou um acordo de compartilhamento de informações com o ministro da Justiça e Segurança de El Salvador, Gustavo Villatoro. “Esse acordo fortalece o compromisso de ambos os países na luta contra o crime transnacional”, disse a embaixada americana, sem explicar o que envolveria a troca.

O grupo de direitos humanos Anistia Internacional disse que a expulsão em massa “representa não apenas um flagrante desrespeito às obrigações de direitos humanos dos Estados Unidos, mas também um passo perigoso em direção a práticas autoritárias”.

O grupo disse que havia “uma conexão clara e preocupante” entre os métodos de Bukele e as ações recentes dos EUA, já que “ambos se baseiam na falta de um processo justo e na criminalização de indivíduos com base em critérios discriminatórios”.

Com informações da coluna de Jamil Chade / Uol

Em Coari, Omar Aziz reforça compromisso com aporte de recursos para a educação

Foto: Pablo Brandão

O município de Coari celebrou, neste sábado (29), a entrega da revitalização de 11 escolas da zona urbana, marcando a abertura do ano letivo de 2025. A cerimônia contou com a presença dos senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Eduardo Braga (MDB-AM), além do prefeito Adail Pinheiro (Republicanos) e do deputado federal Adail Filho. A iniciativa incluiu melhorias estruturais, novos equipamentos e o reforço no transporte e no fornecimento de material escolar para os alunos da rede pública.

As escolas foram equipadas com novos móveis, eletrodomésticos e acesso à internet via Starlink. Além disso, 14 novos ônibus escolares foram entregues, e mais de 10 mil estudantes receberão kits escolares completos. Durante o evento, foram distribuídos 11 mil fardamentos e materiais escolares.

Para o senador Omar Aziz, a iniciativa reforça o compromisso com a educação como pilar do desenvolvimento. “Hoje é um dia simbólico, pois não há desenvolvimento sem educação. Para adquirirmos conhecimento, é preciso qualidade no ensino. Coari só vai crescer por meio da educação”, afirmou. O parlamentar também destacou a importância de valorizar os professores e melhorar as condições de trabalho da categoria.

A aluna Ana Isabela Gomes comemorou a entrega dos kits escolares. “Estou muito feliz de estar aqui hoje. Receber esse kit com tudo o que precisamos faz toda a diferença para estudarmos com mais dedicação”, disse.

O prefeito Adail Pinheiro ressaltou que a revitalização faz parte de um amplo projeto de transformação da educação municipal. “Estamos promovendo uma revolução, entregando escolas equipadas, kits e fardamento, além de garantir internet de qualidade para alunos e professores. Também vamos oferecer ensino de língua inglesa desde a educação infantil até o ensino fundamental”, destacou.

O gestor municipal enfatizou ainda a importância da parceria com a bancada federal para garantir recursos para a educação. “Temos uma boa relação com senadores e deputados, e essa união tem sido fundamental para viabilizar investimentos como esse”, afirmou.

Com informações da assessoria

Pesquisador da Amazônia é o primeiro sul-americano a conquistar Nobel do meio ambiente

O antropólogo e professor da Unicamp, Eduardo Brondízio (Foto: Unicamp)

O antropólogo e professor Eduardo Brondízio, que leciona a disciplina de antropologia ambiental na Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, e é associado no Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Sociedade da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), receberá o Prêmio Tyler 2025, um dos mais importantes na área ambiental, em nível mundial, conhecido como o Nobel do meio ambiente. A honraria será compartilhada com a ecologista argentina Sandra Díaz.

Brondízio realiza pesquisas sobre a Amazônia há 35 anos e atua como uma voz internacional sobre a importância da valorização das comunidades ribeirinhas e dos povos tradicionais na conservação ambiental e nas políticas de sustentabilidade. Díaz e Brondízio são reconhecidos ainda pela sua atuação na promoção de políticas e ações que integrem a justiça socioambiental.

A cerimônia de premiação está marcada para o dia 10 de abril de 2025, em Los Angeles. O brasileiro e a argentina são os primeiros sul-americanos reconhecidos com o prêmio.

Em entrevista exclusiva à Agência Brasil, Eduardo Brondízio destaca a importância da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) para a definição de ações concretas para a redução de emissões de gases de efeito estufa. O encontro será realizado em novembro, em Belém.

“As últimas duas COPs não deram o avanço esperado, e os impactos climáticos estão ficando mais aparentes e inegáveis. Internacionalmente, há uma expectativa muito grande nessa COP em poder gerar um acordo mais efetivo para mudar o cenário atual de emissões de gases de efeito estufa, mas, também, de constituir um plano mais amplo para investimentos em adaptações às mudanças climáticas, priorizando as populações mais afetadas”, disse.

Confira a íntegra da entrevista:

Agência Brasil: Professor, quais os aspectos de sua pesquisa que têm maior relação com a premiação recente no Prêmio Tyler?
Eduardo Brondízio: Por um lado, a interação entre desenvolvimento regional, mercados e mudanças ambientais e comunidades rurais na Amazônia, focado em respostas das ações coletivas e locais e como elas influenciam a realidade regional, incluindo a urbanização regional, e, por outro lado, abordo esses temas em nível global – como as mudanças globais afetam a qualidade de vida de sociedades humanas, a contribuição de populações indígenas e rurais para produção de alimentos e a conservação da biodiversidade a urbanização no sul global.

Agência Brasil: Quais os aspectos mais importantes, hoje, desta relação entre comunidades e a Amazônia?
Brondízio: Por exemplo, como as comunidades rurais e indígenas trazem soluções para conciliar conservação e desenvolvimento econômico. Também procuro entender como as pressões de expansão agrícola, urbanização e mudanças ambientais afetam essas populações, e como influenciam as migrações dessas populações rural e indígena para as cidades, como isso transforma as cidades, e a relação entre cidade, pessoas e ambiente.

Agência Brasil: Este ano é importante para essa temática, com discussões como as da COP30, não?
Brondízio: Este ano, a COP30 é um tema catalisador a dois níveis. Global, no sentido de que as últimas duas COPs não deram o avanço esperado, e os impactos climáticos estão ficando mais aparentes e inegáveis. Internacionalmente, há uma expectativa muito grande nessa COP em poder gerar um acordo mais efetivo para mudar o cenário atual de emissões de gases de efeito estufa, mas, também, de constituir um plano mais amplo para investimentos em adaptações às mudanças climáticas, priorizando as populações mais afetadas.

Também é um momento de fragmentação na cooperação internacional, então há expectativa de oferecer um espaço para buscar convergências entre vários setores da sociedade em torno de ações mais concretas. Há um outro nível onde a COP30 já vem tendo um papel catalisador, o da Amazônia e do Brasil. Existe esperança de mobilizar energia, colaborações e financiamento para reverter o quadro de deterioração social e ambiental da região. Os problemas ambientais e sociais da Amazônia oferecem um espelho da situação global onde mudanças climáticas, degradação da biodiversidade e desigualdades sociais se autorreforçam.

Agência Brasil: Por que esse momento é importante para a Amazônia?
Brondízio: A Amazônia, o Brasil e países vizinhos foram palco de avanços importantes nos últimos 30 anos, como a criação de áreas protegidas, demarcação de terras indígenas e criação de áreas de uso sustentável, que englobam, no Brasil, cerca de 45% da região. Esse avanço conseguiu garantir direitos para as comunidades e tem sido fundamental em bloquear, pelo menos parcialmente, a expansão do desmatamento e das queimadas. Um outro avanço importante nesse período foi o da expansão e as inovações da sociobioeconomia, que vêm garantindo ganhos ambientais e a valorização do conhecimento local e da biodiversidade. Essa é uma economia gigante, apesar de invisível, que vem das populações, das florestas e rios da região.

Agência Brasil: E qual o contexto em que esses avanços ocorrem?
Brondízio: Esses grandes avanços vêm acontecendo lado a lado com a transformação da região pela expansão do desmatamento, mineração, infraestrutura e urbanização. Progressivamente, essas transformações estão criando uma sinuca para áreas indígenas e protegidas. Hoje, a expansão desordenada dessas atividades, além da expansão do crime organizado, representa uma ameaça à sustentabilidade desses territórios. As áreas que são protegidas estão sitiadas e viraram “ilhas”. São efetivos para garantir governança ambiental dentro dos seus limites, mas não para impedir os impactos do que vem de fora. É uma prioridade hoje salvaguardar esses territórios e dar condições às comunidades de avançar nos ganhos da sociobioeconomia.

Outro elemento é a urbanização da região, só na Amazônia legal são 770 cidades. Anteriormente desarticuladas e pouco conectadas fisicamente, hoje as conexões interurbanas estão criando uma grade que irá definir a governança ambiental do território pelas próximas décadas. Hoje, as realidades urbana, rural e indígena se entrelaçam na região. Boa parte das áreas urbanas da Amazônia é das mais precárias do Brasil e também está sofrendo com as questões climáticas como seca, inundação e temperaturas extremas com muita intensidade, além de altos níveis de poluição de mercúrio, pesticidas e poluição do ar.

Agência Brasil: Quais as condições destas cidades hoje, principalmente das capitais?
Brondízio: Os dados do IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística], de 2022, mostram, por exemplo, que as ocupações subnormais dominam nas principais capitais da Amazônia, chegando a mais de 55% das ocupações em Belém e Manaus. Isso não pode ser esquecido, pois a maior parte da população da Amazônia Brasileira, quase 80%, vive nessas áreas. Além disso, as áreas urbanas têm influência direta nas áreas rurais e indígenas e na saúde da floresta e dos rios da região. A precariedade das áreas urbanas e rurais vem levando a um crescimento acelerado das economias ilegais e do crime organizado na região. Além da violência urbana na região, alta em relação ao resto do Brasil, cenário que tem colocado uma pressão enorme nas comunidades indígenas e rurais, além de estar aliciando jovens para a economia ilegal e para o crime organizado, ambos cada vez mais próximos do tráfico internacional de drogas.

Agência Brasil: Nesse contexto, qual a importância do surgimento de lideranças jovens na região?
Brondízio: É muito grande. Os avanços na proteção e sociobioeconomia na Amazônia vêm da luta de uma geração de líderes que enfrentou esses desafios dos anos 1970 a 1990, conseguindo oferecer um modelo de governança territorial e alternativas econômicas baseadas na biodiversidade regional. A geração nova precisa carregar essas vitórias para a frente. É muito gratificante ver uma nova geração de jovens indígenas e rurais continuando esses avanços e buscando novas alternativas e narrativas para o futuro da região compatíveis com seus valores culturais, mas também integradas e tendo acesso a serviços e oportunidades para melhorar as condições de vida onde vivem.

A tendência global e nacional nos últimos 50 anos vem sendo de uma diminuição da população rural e indígena muito forte, e isso é resultado de uma série de pressões sociais, econômicas e ambientais. A falta de priorização de investimentos nessas áreas, falta de opções econômicas e de acesso a serviços e oportunidades de educação desincentivam a vitalidade de comunidades rurais e indígenas. Essas condições também levam muitos jovens a serem empregados nas economias ilegais e no crime organizado. Em áreas onde oportunidades estão presentes, a gente vê essas lideranças se engajando nas discussões nacionais e internacionais, tendo protagonismo em acordos nacionais e internacionais de biodiversidade e clima e também trazendo novas visões e resposta para demandas atuais.

Temos visto a constituição de redes de jovens da região. Porém, para manter os jovens em suas comunidades é fundamental assegurar a viabilidade econômica da sociobioeconomia, dar acesso à educação compatível às realidades locais e também acesso às tecnologias de comunicação. Por fim, essa questão passa pela valorização social e cultural do papel dessas comunidades na economia, conservação e enfrentamento dos problemas sociais da região. Aquele jovem que vê a sociedade valorizar as populações da Amazônia e seus papéis no desenvolvimento sustentável regional fica orgulhoso das suas contribuições e digno do seu papel no futuro da região. Precisamos valorizá-los, eles são o futuro da Amazônia.

Com informações da Agência Brasil

 

TCE-AM reforça suporte e monitoramento do sistema de prestação de contas na reta final do prazo para gestores

Foto: Filipe Jazz

Com o prazo final para a entrega da Prestação de Contas Anual (PCA) referente ao exercício de 2024 se aproximando – na próxima segunda-feira, 31 de março –, o Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) colocou em prática, pela primeira vez, um monitoramento contínuo e aprimorado do sistema utilizado para os envios, o Domicílio Eletrônico de Contas (DEC). A ação é fruto de uma força-tarefa envolvendo a Secretaria de Tecnologia da Informação (Setin), a Secretaria de Controle Externo (Secex) e o Departamento de Auditoria e Análise de Prestação de Contas (Deap), que estão em regime de plantão nestes três dias para o fim do prazo.

De acordo com a atualização do painel de monitoramento, realizada nesta sexta-feira (28), às 14h, 232 órgãos jurisdicionados já concluíram a entrega da PCA, enquanto 129 iniciaram o envio da documentação, mas ainda não finalizaram o processo. Outros 33 órgãos ainda não iniciaram a prestação de contas.

Monitoramento

O diretor de Projetos da Setin, Saulo Coelho, destacou que o monitoramento contínuo foi intensificado nesta reta final devido ao aumento histórico de tráfego no sistema nos últimos dias de prazo. “Historicamente, cerca de 60% dos gestores entregam suas prestações de contas nos três dias finais. Por isso, montamos um esquema de monitoramento em tempo real e suporte técnico pra lidar com este aumento no tráfego de envio para identificar e resolver rapidamente qualquer problema técnico, garantindo que todos consigam cumprir seus deveres dentro do prazo legal”, explicou.

Saulo usou uma analogia para destacar a importância da ação: “A internet é como um cano com uma capacidade máxima. Quando muitas pessoas tentam enviar dados ao mesmo tempo, pode ocorrer sobrecarga. Nosso objetivo é monitorar isso e agir rapidamente para evitar lentidão, travamentos ou indisponibilidades no sistema”.

Além do reforço no monitoramento, ajustes foram realizados no DEC para lidar com o envio de arquivos maiores, que demandam maior processamento. Segundo Adria Oliveira, chefe de Infraestrutura de TI do Tribunal, as ferramentas de análise foram otimizadas para identificar rapidamente qualquer incidente, como instabilidades ou atrasos. “Nosso foco é garantir um tempo de reação ágil para evitar que os gestores sejam prejudicados. Estamos acompanhando cada detalhe do desempenho do sistema para que ele esteja sempre disponível”, afirmou.

Soluções

O monitoramento contínuo é uma das determinações da conselheira-presidente Yara Amazônia Lins, como parte do compromisso do TCE-AM de buscar soluções que otimizem a participação dos gestores públicos e garantam o cumprimento das obrigações legais dos órgãos públicos jurisdicionados. “A estratégia inclui um painel de monitoramento em tempo real que permite analisar conexões, recursos do sistema e largura de banda, promovendo maior segurança e agilidade nos envios”, acrescentou Adria.

A Corte de Contas alerta que a não entrega da PCA até o dia 31 de março pode resultar em sanções administrativas aos gestores responsáveis, incluindo a instauração de Tomada de Contas Especial. Além disso, o TCE-AM reforça que o sistema DEC continuará sendo monitorado até o último minuto para garantir que todos os órgãos públicos possam realizar o envio sem contratempos.

Suporte

Para dar suporte aos gestores, o TCE-AM disponibiliza a Central de Ajuda do DEC, que está preparada para atender dúvidas técnicas relacionadas ao sistema. Também está disponível o painel público, acessível em https://pca2025.tce.am.gov.br/, que permite o acompanhamento em tempo real do progresso das entregas, oferecendo transparência ao processo.

‘É o fim da minha vida, estou com 70 anos’, diz Bolsonaro sobre possibilidade de prisão

Foto: Agência Brasil

Depois de se tornar réu acusado de liderar uma trama que poderia culminar em um golpe de estado, ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) admitiu ter conversado com aliados sobre estado de sítio, estado de defesa e intervenção federal em 2022, mas afirmou que todas as possibilidades foram descartadas “logo de cara”. Bolsonaro é acusado de cinco crimes, cujas penas somadas ultrapassam 40 anos.

Questionado se uma eventual prisão por todos esses crimes significaria o fim de sua carreira política, ele afirmou que, na realidade, “é o fim da minha vida. Eu já estou com 70 anos”. “Completamente injusta uma possível prisão. Cadê meu crime? Onde eu quebrei alguma coisa? Cadê a prova de um possível golpe? A não ser discutir dispositivos constitucionais que não saíram do âmbito de palavras”, continuou, em entrevista à Folha de S. Paulo divulgada neste sábado, 29.

Nesta semana, ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitaram, por unanimidade, a denúncia contra ex-presidente e mais sete aliados por tentativa de golpe. Eles são investigados por integrar o núcleo central de uma trama golpista arquitetada após a derrota nas eleições de 2022.

Ele também comentou a delação de seu ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid e negou ter feito “um pedido desse (para fraude no cartão de vacina) para alguém, me desmoralizaria politicamente, porque sempre fui contra a vacina, que até hoje é experimento”.

Bolsonaro afirmou que isso deveria ser um sinal para os demais processos. “Mais que uma sinalização, uma luz vermelha contra o processo. Porque você não pode investigar o cartão de vacina, olhar do lado ali e ah, apareceu presentes, apareceu estado de sítio, não pode fazer isso aí”.

Ao ser questionado sobre as alternativas que discutiu com seus auxiliares após as eleições de 2022, Bolsonaro disse que “não esperava o resultado”.

“Nós entramos com a petição e, no dia seguinte, o senhor Alexandre Moraes mandou arquivar e nos deu uma multa de R$ 22 milhões. Se eu não vou recorrer à Justiça Eleitoral, pode ir para onde? Eu conversei com as pessoas, dentro das quatro linhas, o que a gente pode fazer? Daí foi olhado lá, (estado de) sítio, (estado de) defesa, (artigo) 142, intervenção…”.

Segundo Bolsonaro, ele discutiu essas possibilidades com militares, mas não chegou a qualquer decisão. Ele contou à Folha ter se reunido duas vezes com comandantes. “Nada com muita profundidade, porque quando você perde a eleição, você fica um peixe fora d’água (…) Pergunta para o (comandante do Exército) Freire Gomes se, em algum momento, eu falei golpe. Vai responder que não”.

“Golpe não tem Constituição. Um golpe, a história nos mostra, você não resolve em meses. Anos. E, para você dar um golpe, ao arrepio das leis, você tem que buscar como é que está a imprensa, quem vai ser nosso porta-voz, empresarial, núcleos religiosos, Parlamento, fora do Brasil. O ‘after day’, como é que fica? Então foi descartado logo de cara”, continuou.

Bolsonaro também negou arrependimento de não ter reconhecido firmemente o resultado das urnas. “Não me arrependo. Eu tinha meus questionamentos. Todo candidato faz isso quando ele vislumbra qualquer possibilidade. E eu jamais passaria faixa para ele [Lula] também, mesmo que tivesse dúvidas de nada”, disse à Folha.

“É uma história contada por aquela parte da Polícia Federal vinculada ao senhor (ministro do STF) Alexandre de Moraes. Aqui (Constituição) é a minha Bíblia. Tenho um problema, recorro a isso aqui. Agora, se não se pode falar estado defesa, de sítio, se revoga isso aqui. Pronto”, concluiu.

*Com informações de Terra

POLÍTICA

Pauderney apresenta requerimento para AGU esclarecer suspensão de processos de vítimas...

Parlamentar do AM quer que a Advocacia-Geral da União explique as fundamentações para solicitação, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), para paralisação imediata de...

ECOLÓGICAS

Parintins: Espaço Sustentável Recicla, Galera inaugura com troca de resíduos por...

A maior ação de sustentabilidade do Festival de Parintins começou oficialmente nesta segunda-feira (23/06). A quarta edição do Recicla, Galera deu a largada com...