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Medicamentos podem ficar mais caros a partir de hoje; resolução é publicada no diário oficial

Foto: Agência Brasil

Os preços dos medicamentos terão reajuste a partir desta segunda-feira (31). A mudança foi oficializada após publicação no Diário Oficial da União (DOU).

O valor, estabelecido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), funcionará como um teto de aumento para todo o setor farmacêutico.

Agora, os fornecedores de medicamentos (fabricantes, distribuidores, lojistas) podem ajustar os preços de seus medicamentos, mas para o aumento ter validade, as empresas farmacêuticas devem apresentar o Relatório de Comercialização para CMED.

Por lei, a apresentação do Relatório de Comercialização é obrigatória para todas as empresas que possuem registro de medicamentos.

O documento precisa conter os dados de faturamento e a quantidade vendida. Caso o relatório não seja enviado, esteja incompleto, inconsistente ou fora do prazo, as empresas podem ter punições.

Além disso, as empresas que possuem registro de medicamentos devem divulgar amplamente os preços de seus produtos em mídias especializadas de grande circulação.

Vale lembrar que o setor de comércio varejista deverá manter listas atualizadas dos preços dos medicamentos à disposição dos consumidores e dos órgãos de proteção e defesa do consumidor.

Pelas regras, esses preços não podem ser superiores aos valores publicados pela CMED no Portal da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A divulgação do Preço Máximo ao Consumidor deve incluir os diferentes preços, que são resultados da incidência das cargas tributárias do ICMS, que variam conforme os estados de destino.

Anualmente, com base em uma série de critérios como a inflação, a CMED define níveis máximos de reajuste no valor dos remédios. Porém, o aumento não é automático e leva em conta uma série de fatores.

O fornecedor é responsável por fixar os valores de cada medicamento colocado à venda, respeitados os limites legais e as estratégias diante da concorrência.

A Anvisa afirma que o reajuste anual dos medicamentos funciona como um mecanismo de proteção aos consumidores de “aumentos abusivos”

“Ao mesmo tempo, o cálculo estabelecido na lei, busca compensar eventuais perdas do setor farmacêutico devido à inflação e aos impactos nos custos de produção, possibilitando a continuidade no fornecimento de medicamentos”, diz a agência.

Impacto pode demorar para chegar ao consumidor

O presidente executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini, avalia que o impacto do reajuste pode demorar a chegar ao consumidor.

Segundo ele, a competição entre farmácias e os estoques dos produtos são fatores que contribuem para que o reajuste médio esteja projetado para um patamar abaixo do teto a ser oficializado pela CMED.

“Dependendo da reposição de estoques e das estratégias comerciais dos estabelecimentos, aumentos de preço podem demorar meses ou nem acontecer”, diz Mussolini.

“É importante o consumidor pesquisar nas farmácias e drogarias as melhores ofertas dos medicamentos prescritos pelos profissionais de saúde”, acrescenta.

A Anvisa alerta que o descumprimento do teto de preços pode levar a punições. A agência recebe denúncias por meio de um formulário digital.

Indústria em alerta

O Sindusfarma, responsável por calcular a projeção do índice de reajuste da CMED, avalia que o índice poderá impactar negativamente o setor.

O presidente executivo da entidade afirma que o cenário — com previsão do menor aumento médio desde 2018 — pode levar a redução de investimentos na indústria.

“Será o menor reajuste médio dos últimos sete anos, o que pode impactar negativamente os contínuos e fundamentais investimentos da indústria farmacêutica instalada no país em pesquisa e desenvolvimento (P&D) de novos produtos e na modernização e construção de novas fábricas”, diz o dirigente.

Com informações do g1

 

STF forma maioria contra Bolsonaro em processo sobre propaganda eleitoral

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

O STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria para rejeitar um recurso apresentado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma ação sobre propaganda irregular nas eleições de 2022.

Recurso foi analisado pela Primeira Turma do STF. Na ação, Bolsonaro visava recorrer de uma decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que o considerou culpado pelo impulsionamento de propaganda negativa contra o atual presidente Lula (PT) na disputa.

Apelação não foi aceita por juízes. Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia acompanharam o voto de Flávio Dino e entenderam que a decisão do TSE não violava a liberdade de expressão e de informação nem outros direitos, conforme argumentava a defesa de Bolsonaro.

Cristiano Zanin se declarou impedido. Assim como a maioria da Primeira Turma, o ministro chegou a votar contra o recurso, mas depois mudou seu posicionamento e declarou impedimento. Dessa forma, seu voto não será contabilizado.

Outro membro da Primeira Turma, o ministro Luiz Fux ainda não se manifestou. Entretanto, a menos que outro ministro mude de posição, seu voto não deve fazer diferença no julgamento virtual iniciado na última sexta (28), já que há maioria formada contra o recurso de Bolsonaro.

Fux sinalizou concordância com ponto colocado por Bolsonaro em outra ação. No caso da denúncia por tentativa de golpe de Estado contra o ex-presidente e outros apoiadores, o mesmo ministro disse que concordava com a defesa do Bolsonaro em relação à queixa sobre o julgamento acontecer na Primeira Turma.

Propaganda negativa atingiu 4,4 milhões de pessoas. Anúncios custaram R$ 290 mil e foram exibidos por quase um mês na internet, segundo dados do processo. Pela lei eleitoral, um candidato não pode patrocinar conteúdo com informações negativas sobre seus rivais.

Com informações do Uol

‘Gigantes da Floresta’ se consolida como atração em Manaus com 3 milhões de visitantes em menos de um ano

Foto: Dhyeizo Lemos / Semcom

Celebrando o sucesso de público do maior parque temático da capital, o prefeito de Manaus, David Almeida, anunciou, neste fim de semana, que o parque Gigantes da Floresta alcançou um marco histórico ao ultrapassar 3 milhões de visitantes desde sua inauguração, no dia 5 de julho de 2024.

“O parque Gigantes da Floresta alcançou a expressiva marca de 3 milhões de frequentadores. É isso mesmo, mais de 3 milhões de pessoas já visitaram esse espaço incrível. E você, já conhece? Se não, se programe e venha conhecer o melhor parque temático da cidade de Manaus”, ressaltou o prefeito.

Localizado entre as zonas Norte e Leste, o parque se tornou um dos principais pontos turísticos e de lazer da capital amazonense, oferecendo atrações para todas as idades, com cenários temáticos, esculturas gigantes de animais da fauna amazônica, áreas de recreação e espaços interativos.

Atrações do parque

O parque conta com seis cenários cênicos que representam a fauna amazônica, abrigando mais de 80 esculturas de animais, como onças, macacos, cobras, peixes e sapos. No local, as famílias desfrutam de sete áreas de playgrounds distribuídas pelo parque, incluindo cinco brinquedos inclusivos destinados a Pessoas com Deficiência (PcDs), garantindo diversão para todas as idades.

Dentre as opções de recreação, o destaque vai para a maior atração do parque, uma praça molhada que ocupa uma área de 3.600 metros quadrados, com espelho d’água de 25 centímetros de profundidade, equipada com a “Árvore da Vida”, uma estrutura de 15 metros de altura que proporciona um ambiente refrescante para os visitantes.

Lazer no centro histórico

Além do parque Gigantes da Floresta, o prefeito também destacou as opções de lazer ao percorrer o Centro Histórico de Manaus, com destaque para o mirante Lúcia Almeida, localizado na avenida 7 de Setembro. O espaço, que será palco de mais um evento cultural neste domingo, completará um ano de existência na próxima sexta-feira (4).

“No mirante Lúcia Almeida, temos o Píer 355, um espaço especial para contemplação, e também o skyglass, que proporciona uma vista incrível”, enfatizou David Almeida, reforçando que sua gestão segue investindo na valorização dos espaços públicos e no fomento ao turismo e à cultura local, proporcionando à população e aos visitantes, novas experiências de lazer e entretenimento na capital.

Com informações da Semcom

Trump diz querer terceiro mandato, proibido pela Constituição dos EUA: ‘Não estou brincando’

Presidente Donald Trump (Foto: Rebecca Noble / Getty Images)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sugeriu novamente neste domingo (30) que poderia tentar um terceiro mandato, desafiando a regra constitucional do país.

“Não estou brincando”, respondeu Trump quando solicitado a esclarecer seus comentários sobre a possibilidade de buscar outro mandato presidencial. “Existem métodos pelos quais isso pode ser feito”, disse ele em uma ligação para a emissora de televisão NBC.

A 22ª Emenda, incluída na Constituição em 1951 após o presidente Franklin D. Roosevelt ser eleito quatro vezes consecutivas, diz que “nenhuma pessoa será eleita para o cargo de presidente mais de duas vezes”.

O bilionário de 78 anos afirmou diversas vezes que pode tentar um terceiro mandato, mas suas declarações deste domingo são as mais concretas em relação a um plano para atingir esse objetivo.

Trump iniciou seu segundo mandato com uma onda sem precedentes de decretos e tem utilizado um departamento comandado por Elon Musk, o DOGE, para desmantelar setores do governo federal, enfraquecendo funcionários de carreira. Segundo Trump, seus seguidores querem ainda mais.

“Muita gente quer que eu faça isso”, disse Trump à NBC News. “Mas basicamente digo a eles que temos um longo caminho pela frente, sabem, é muito cedo na administração.”

Reformar a Constituição dos Estados Unidos para permitir um terceiro mandato presidencial necessitaria de uma maioria de dois terços tanto na Câmara dos Representantes quanto no Senado, números que o Partido Republicano não possui.

Trump afirmou que é “muito cedo para pensar nisso”, mas assegurou à NBC que lhe foram apresentados planos que lhe permitiriam buscar a reeleição.

Eleição como vice e renúncia

Quando a NBC perguntou a Trump sobre um possível cenário no qual o vice-presidente J.D. Vance se candidataria à presidência com ele como vice e depois renunciaria para entregar o poder a Trump, o atual mandatário disse que “esse é um método”, e acrescentou que “há outros”, mas não quis dar detalhes.

Se Trump não tentar emendar a Constituição através do Congresso, precisaria do apoio de dois terços dos 50 estados do país para convocar uma convenção constitucional que propusesse mudanças na Carta Magna.

Seja por uma via ou outra, ele precisaria logo em seguida da ratificação de três quartos de todos os estados.

As duas alternativas parecem pouco prováveis, tendo em conta o atual número de estados e congressistas sob controle republicano.

Os Estados Unidos nunca tiveram uma convenção constitucional. Todas as 27 emendas da Constituição existentes foram realizadas por meio da aprovação no Congresso.

Com informações do g1

Projeto de corantes em São Gabriel da Cachoeira é destaque no edital Elos da Amazônia

A tecnologia ManioColor, criada por Sioduhi Paulino de Lima, transforma resíduos da mandioca em corantes naturais para a indústria têxtil (Foto: Reprodução / Instagram)

A quinta edição do edital Elos da Amazônia, iniciativa focada no empreendedorismo científico indígena, premiou duas iniciativas que unem inovação, sustentabilidade e cultura na região amazônica. O edital, que contou com 55 projetos inscritos em cinco estados da Amazônia Legal, destacou duas soluções inovadoras: o ManioColor e o IKABEN.

Esses dois projetos fazem parte de um movimento maior que visa promover o impacto socioambiental positivo por meio da inovação tecnológica. O edital Elos da Amazônia, que investirá R$ 2 milhões nos negócios selecionados, destaca-se por focar em soluções que não só ajudam no desenvolvimento econômico, mas também promovem a preservação da floresta amazônica.

Segundo o gestor de Inovação em Bioeconomia do Idesam, Paulo Simonetti, o incentivo ao empreendedorismo indígena é crucial para fortalecer as comunidades e criar novas oportunidades de geração de renda.

Com 76,4% das iniciativas do edital promovendo impacto direto na conservação da floresta, projetos como o ManioColor e o IKABEN são exemplos de como a inovação pode ser uma aliada da sustentabilidade e da cultura indígena. As iniciativas vencedoras estão estruturadas para atender ao mercado de pagamento por serviços ambientais, com foco em bioeconomia e desenvolvimento sustentável.

Conheça projetos selecionados:

ManioColor: transformando resíduos de mandioca em corante sustentável

O ManioColor, criado por Sioduhi Paulino de Lima, é uma tecnologia que transforma resíduos da mandioca em corantes naturais para a indústria têxtil. A proposta não só ajuda a preservar o meio ambiente, evitando o uso de corantes sintéticos prejudiciais, mas também agrega valor à bioeconomia local. Produzido de forma artesanal em São Gabriel da Cachoeira (AM), o corante é extraído com métodos tradicionais de fogo de lenha, o que reforça a economia circular na região.

A indústria têxtil, responsável por uma grande quantidade de poluição devido ao descarte inadequado de corantes, encontra no ManioColor uma alternativa sustentável. “Queremos mostrar que as ciências e inovações indígenas podem beneficiar toda a sociedade”, afirma Sioduhi. A tecnologia se alinha à preservação ambiental e ao fortalecimento das comunidades locais.

IKABEN: blockchain para proteger a arte indígena

Outro vencedor foi o projeto IKABEN, de Joeliton Vargas Moraes. Com o uso da tecnologia blockchain, o projeto busca garantir a rastreabilidade e a proteção dos grafismos indígenas usados em peças de vestuário. A cada venda, 10% do lucro é destinado diretamente às comunidades indígenas, criando um modelo de negócio transparente e sustentável.

Além de valorizar a arte indígena, o IKABEN promove a autonomia econômica das etnias e diminui a presença de intermediários, permitindo que uma maior parte do valor gerado chegue diretamente às comunidades. “Com a IKABEN, estamos desenvolvendo uma tecnologia que respeita e protege o patrimônio cultural indígena, garantindo que essa essência sobreviva e prospere pelo mundo”, explica Joeliton.

Economia verde

Além da inovação tecnológica, esses projetos também ajudam a colocar a Amazônia no centro do debate global sobre sustentabilidade e economia verde. A valorização dos saberes ancestrais, como a utilização de plantas nativas para corantes naturais e a proteção do patrimônio cultural por meio de blockchain, fortalece a presença indígena em setores emergentes, como a bioeconomia e o mercado de moda sustentável.

Com informações da Exame (Reportagem de Patrícia Ozório)

Quase 220 bilhões de garrafas de Coca-Cola invadem oceanos ao ano, revela relatório

A Coca-Cola é classificada pelo estudo como a maior poluidora de plástico do mundo (Foto: Wikimedia Commons)

Um novo relatório da ONG Oceana, projeta que a Coca-Cola Company, responsável pela produção e distribuição de dezenas de marcas de bebidas por todo o mundo, até 602 mil toneladas do total de embalagens plásticas anuais da Coca-Cola podem nos cursos d’água e oceanos do mundo. Isso equivale a quase 220 bilhões de garrafas, que poderiam encher os estômagos de mais de 18 milhões de baleias azuis, vítimas cada vez mais comuns de objetos desse tipo.

O estudo, publicado nesta semana, pela ONG Oceana, usou dados disponibilizados pela própria empresa, e considera que a Coca-Cola será responsável pela circulação de aproximadamente 4,1 milhões de toneladas de plástico por ano, até 2030.

“A Coca-Cola é, de longe, a maior vendedora de bebidas do mundo”, afirma Matt Littlejohn, que lidera as campanhas da Oceana, ao jornal The Guardian. “Por isso, o seu impacto específico realmente importa quando se trata de problemas enfrentados nos oceanos do planeta”.

De onde vem os resultados

A estimativa da Oceana tem como fundamento os dados de embalagens divulgados publicamente pela Coca-Cola tanto em 2018 quanto 2023, combinados com previsões de crescimento de vendas para criar um cenário de “negócios como de costume”. Os cálculos foram descritos em um artigo publicado na revista Science em abril de 2024.

Pela projeção de 4,1 milhões de toneladas métricas, a emissão de plástico representaria aumentos de quase 40% em relação a 2018 e 20% na comparação com 2023. Vale salientar que a quantidade de garrafas vendidas no ano retrasado já era o suficiente para dar mais de 100 voltas na Terra.

Solução para o problema

Nem tudo está perdido. Para a Oceana, uma solução para o problema está em trazer de volta as embalagens reutilizáveis dos refrigerantes. Calcula-se que, se a Coca-Cola atingisse 26,4% de embalagens reutilizáveis até 2030 (acima dos 10,2% de 2023), a empresa poderia “dobrar sua curva de plástico”, reduzindo seu uso anual de plástico abaixo dos níveis atuais.

Filiais da empresa em países como o Brasil, a Alemanha e a Nigéria já operam sistemas recarregáveis em larga escala. A expansão disso representaria um enorme avanço em direção à sustentabilidade.

Garrafas reutilizáveis podem ser usadas até 25 vezes se forem feitas de plástico e até 50 vezes se forem feitas de vidro. Ou seja, uma garrafa reutilizável basicamente evita a produção e o uso de até 49 garrafas descartáveis adicionais.

A Coca-Cola Company, no entanto, comunicou em dezembro de 2024 que havia abandonado sua meta de aumentar as embalagens reutilizáveis para 25% das vendas da empresa. A medida foi tomada juntamente com o descarte de outros componentes do programa “World Without Waste”.

Mudança nas políticas de reciclagem

Em vez de suas metas anteriores, a Coca-Cola anunciou que está focada em aumentar o uso de conteúdo reciclado e na coleta de suas garrafas plásticas de uso único para reciclagem. A empresa revelou que investiu quase R$ 6 bilhões para comprar plástico reciclado em 2022 no lugar de plástico virgem.

Tal alteração, contudo, é alvo de crítica dos ambientalistas, uma vez que isso não reduzirá a “pegada plástica” geral da empresa.

“Reciclar é ótimo, não me entenda mal. Mas usar plástico reciclado para produzir mais plástico de uso único continua sendo um problema”, explica Littlejohn.

Um porta-voz da Coca-Cola disse à AFP que, por mais que os esforços da empresa atualmente se concentrem no uso de mais materiais reciclados e na melhoria dos sistemas de coleta, eles estão comprometidos em expandir as opções de embalagens recarregáveis.

Com informações de Um Só Planeta

David Almeida entrega duas novas intervenções viárias e anuncia futuras obras para Manaus

Foto: Antonio Pereira / Semcom

O prefeito de Manaus, David Almeida, entregou neste domingo (30), duas importantes intervenções viárias em pontos estratégicos das zonas Centro-Sul e Centro-Oeste da capital. Com a meta de 19 intervenções para este ano, a gestão aposta em tecnologia de ponta e investimentos estruturais para reduzir congestionamentos e melhorar o tráfego na capital amazonense.

No bairro Nossa Senhora das Graças, zona Centro-Sul, a interseção entre as avenidas Maceió e Belém passou por uma reestruturação que permitirá aos motoristas provenientes da avenida Belém realizarem conversões diretas à esquerda, no sentido bairro, ou à direita, no sentido Centro. Essa mudança visa reduzir o entrelaçamento de veículos e os congestionamentos registrados nos horários de pico. Além disso, foi instalada uma nova sinalização semafórica e faixas de pedestres para resguardar a segurança dos cidadãos.

Na ocasião, o prefeito enfatizou a importância dessa intervenção. “A avenida Maceió foi contemplada com a sinalização semafórica e também com faixas de pedestres para resguardar a segurança das pessoas que transitam naquela área”, afirmou Almeida.

No conjunto Campos Elíseos, no bairro Planalto, zona Centro-Oeste, a esquina das avenidas Constantinopla e Dublin recebeu a instalação de um novo conjunto semafórico, facilitando a travessia de pedestres e organizando o fluxo de veículos em direção à rua Goiânia, no bairro Redenção, e demais regiões. Além disso, foi construído um canteiro central com meio-fio e sarjeta para ordenar o tráfego na área, e implantada uma rampa adaptada para Pessoas com Deficiência (PcDs), assegurando inclusão e segurança para todos os cidadãos.

O chefe do Executivo municipal destacou a importância da intervenção nesta zona da cidade que vai beneficiar, por dia, cerca de 40 mil veículos que circulam na localidade.

“Três mil carros transitam nesse perímetro somente em horário de pico. Desses, 700 fazem essa conversão. Então, era uma necessidade. Colocamos aqui a faixa de pedestre, protegida pelo semáforo, e assim melhoramos a fluidez no trânsito, garantindo também a segurança na travessia”, frisou o prefeito.

O presidente do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), Arnaldo Flores, destacou os benefícios dessa intervenção. “Estamos entregando uma intervenção que vai favorecer e facilitar a travessia dos usuários, principalmente. Com o novo semáforo, quem vem da rua Belém por trás do cemitério São João pode dobrar à esquerda sem necessidade de fazer o retorno mais embaixo. Com isso, haverá espaço para o pedestre e também rampas para pessoas com deficiência”, garantiu.

A moradora Marilene Maia expressou sua satisfação com as melhorias. “Estou feliz da vida. Era uma obra que nós, moradores do Planalto, ansiávamos muito, por essa segurança. Todos têm comentado no grupo do bairro no WhatsApp o quanto essa obra vai agilizar o fluxo dos carros. Ficou ótimo, principalmente para os pedestres, que agora têm faixa e um canteirinho para proteção”, comemorou.

Planos futuros e investimentos em infraestrutura

Durante a coletiva, o prefeito David Almeida destacou que as intervenções viárias entregues integram um amplo programa de 19 ações, das quais oito já foram concluídas, e ressaltou que essas ações visam proporcionar qualidade de vida e contribuir com a segurança no trânsito.

“Estamos trabalhando para melhorar a mobilidade urbana de Manaus, garantindo que os cidadãos tenham vias mais seguras e um trânsito mais fluido. Essas intervenções são fundamentais para alcançar esse objetivo”, assegurou.

Entre os destaques, o prefeito apontou o uso de tecnologia de ponta, por meio de um software de fluxo e tráfego de origem alemã, considerado o mais avançado em engenharia de trânsito, para otimizar a operação das vias e desafogar o trânsito; expansão e reestruturação de vias; alargamento da avenida André Araújo; interligação da avenida Max Teixeira com a avenida do Turismo; implantação de uma terceira faixa no trecho que vai do aeroporto até a rotatória dos Cocos, na Ponta Negra; alargamento das avenidas Djalma Batista e Recife.

Novos investimentos com recursos de empréstimo

O chefe do Executivo municipal informou que, durante reunião com os vereadores, realizada, na última sexta-feira (28), reforçou que os recursos aprovados pela Câmara Municipal de Manaus (CMM) serão destinados para viabilizar obras como a construção de um viaduto na avenida Brasil, na região da Coronel Teixeira; implantação de uma ponte sobre na avenida Constantino Nery, facilitando o acesso para quem vem da avenida Doutor Theomário Pinto da Costa; e a realização de intervenções na avenida Torquato Tapajós, no entroncamento da avenida Max Teixeira, para melhorar o fluxo de veículos.

O prefeito enfatizou que, sem esses investimentos e o contínuo alargamento das vias, Manaus poderá enfrentar sérios congestionamentos nos próximos cinco a dez anos e que essas entregas reafirmam seu compromisso em investir em infraestrutura viária, visando uma cidade mais organizada e segura para todos.

Com informações da Semcom

Premiado e galã dos anos 60, Richard Chamberlain morre aos 90 anos no Havaí

Richard Chamberlain morreu no Havai de complicações resultantes de um acidente vascular cerebral (Foto: Reuters)

O ator Richard Chamberlain, indicado ao Emmy e galã dos anos 1960 que ficou famoso com o drama médico “Dr. Kildare” e estrelou a minissérie “Shogun” e “The Thorn Birds”, morreu aos 90 anos, informou o seu assessor, Harlan Boll, neste domingo (30).

Chamberlain morreu no sábado (29) à noite no Havaí devido a complicações de um derrame.

O ator foi um sucesso instantâneo e se tornou um ídolo adolescente, como o belo Dr. James Kildare na série que durou de 1961 a 1966. O jornal The Guardian disse, à época, que o galã de 27 anos “parecia ter sido esculpido por um deus amoroso a partir de manteiga, mel e graça”.

O papel de destaque foi o início de uma carreira de seis décadas que abrangeu teatro, filmes e televisão.

Chamberlain foi apelidado de “rei da minissérie” depois de aparecer em vários dramas de TV na década de 1980 e recebeu aplausos no palco em papéis que vão do Professor Henry Higgins em “My Fair Lady” e Capitão von Trapp em “The Sound of Music” a Hamlet e Ricardo II de Shakespeare.

Ele também foi o Jason Bourne original na minissérie de 1988 “The Bourne Identity”. “O que é fascinante sobre Richard é que seu alcance é enorme. Sua habilidade de ser diferente a cada vez é o que o torna uma propriedade tão valiosa”, disse a produtora Susan Baerwald ao New York Times em 1988.

Fingindo ser outra pessoa

O versátil ator foi indicado a quatro Emmys — como um navegador inglês no Japão do século XVII em “Shogun” (1981), um padre apaixonado em “The Thorn Birds” (1983), o diplomata sueco Raoul Wallenberg em “Wallenberg: A Hero’s Story” (1985) e pelo papel-título no filme para TV de 1975 “The Count of Monte-Cristo”.

A maioria de seus papéis foi como protagonistas românticos, e é por isso que ele não revelou publicamente que era homossexual até os 68 anos. Ele temia que isso arruinasse sua carreira. Durante grande parte de sua vida, ele disse que fingia ser outra pessoa.

“Quando você cresce nos anos 30, 40 e 50 sendo gay, não é apenas difícil, é simplesmente impossível”, ele disse ao New York Times em 2014. “Eu presumi que havia algo terrivelmente errado comigo. E mesmo se tornando famoso e tudo mais, ainda estava lá.”

Chamberlain disse que foi um tremendo alívio depois que ele reconheceu sua sexualidade em sua autobiografia de 2003 “Shattered Love: A Memoir”.

“Eu não tinha mais medo”, ele disse em uma entrevista de 2019. “Foi uma experiência maravilhosa. As pessoas eram abertas, amigáveis e doces.”

Aprimorando suas habilidades de atuação

Nascido George Richard Chamberlain em 31 de março de 1934, em Los Angeles, ele era o mais novo de dois filhos. Ele esperava ser um artista, mas mudou para a atuação depois de frequentar o Pomona College na Califórnia.

Sua carreira de ator foi colocada em espera quando ele foi convocado para o Exército dos EUA em 1956 e serviu na Coreia. Após sua dispensa, Chamberlain retornou a Los Angeles, onde foi cofundador de um grupo de teatro e teve pequenos papéis na TV antes de se tornar Dr. Kildare.

O sucesso do programa de TV levou a uma breve carreira de cantor e papéis no cinema ao lado de Julie Christie em “Petulia” (1968) e “The Madwoman of Chaillot” (1969) com Katherine Hepburn. Ele teve uma breve participação no musical “Breakfast at Tiffany’s” com Mary Tyler Moore. O show fechou após quatro prévias.

No final dos anos 1960, Chamberlain se mudou para a Inglaterra, onde aprimorou suas habilidades de atuação na série da BBC “The Portrait of a Lady” e como Hamlet no Birmingham Repertory Theater.

“Dr. Kildare foi um grande sucesso na Inglaterra, e ouvi dizer que todos os críticos de Londres estavam vindo para despedaçar esse intruso”, disse ele em uma entrevista. “Mas recebemos críticas muito boas.”

Chamberlain retornou à tela grande como Lord Byron no drama “Lady Caroline Lamb” (1972), “The Three Musketeers” (1973) e como um vilão no filme-catástrofe “The Towering Inferno” (1974).

Ao longo de sua carreira, ele misturou papéis em peças da Broadway, incluindo “The Night of the Iguana”, de Tennessee Williams, com musicais, TV e filmes.

Depois de se assumir publicamente, ele interpretou personagens gays e heterossexuais em programas de TV, incluindo “Brothers & Sisters”, “Will & Grace” e “Desperate Housewives”.

O ator lançou um livro de poesia haiku em 2012 e narrou especiais de televisão ambientais da Audubon.

Chamberlain morou no Havaí por muitos anos e teve um relacionamento de três décadas com o ator e escritor Martin Rabbett, seu colega de elenco no filme de aventura de 1986 “Allan Quatermain and the Lost City of Gold”. O casal se separou em 2010, mas continuou amigo próximo.

“Ele está livre e voando para aqueles entes queridos antes de nós. Quão abençoados fomos por ter conhecido uma alma tão incrível e amorosa”, disse Rabbett em uma declaração.

Com informações do g1

Governo divulga edital do RecuperaFone para devolver 1 mil celulares a partir de terça-feira

Foto: Victor Levy/ SSP-AM

O Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), publicou nesta semana, o Edital 001/2025 para restituição de aparelhos celulares do Programa RecuperaFone. A lista completa com todos os nomes pode ser acessada no site da SSP-AM, na aba Edital 001/2025 RecuperaFone https://www.ssp.am.gov.br/wp-content/uploads/2025/03/EDITAL-NIRC-0012025.pdf

A entrega dos aparelhos celulares começa a partir das 9h, da próxima terça-feira (1).

Os objetos foram recuperados a partir de intimações emitidas pelo Programa RecuperaFone, coordenado pelo Núcleo de Investigação e Recuperação de Celulares (NIRC) e operações deflagradas de forma integrada entre as policiais Civil (PC-AM) e Militar (PMAM).

O diretor do Nirc, delegado Bruno Hitotuzi, ressaltou que o cidadão listado deve comparecer à sede do núcleo, localizada no conjunto Celetramazon, para realizar a retirada do seu aparelho.

“É imprescindível que o dono do aparelho compareça à sede do Nirc com um documento original de identificação e também a nota fiscal, a caixa do aparelho ou mesmo o Boletim de Ocorrência que registrou após a perda ou roubo do seu celular”, lembrou o delegado.

O mutirão de entrega inicia na terça-feira (1) e termina na sexta-feira (4). No entanto, o cidadão que não puder comparecer nos dias citados, poderá fazer a retirada do aparelho nos dias posteriores.

Devolução

Essa é a terceira grande devolução de aparelhos realizada pelo Governo do Amazonas. Ao todo, o Programa RecuperaFone, lançado em setembro do ano passado, já restituiu 1.850 aparelhos aos donos, de um total de 4 mil celulares recuperados. As demais unidades encontram-se em processo de identificação dos donos.

Com informações da SSP-AM

Zambelli diz se arrepender de dia da perseguição armada e se vê abandonada por Bolsonaro

Foto: Lula Marques / Agência Brasil

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) diz se arrepender do episódio em que perseguiu um homem com arma em punho na véspera da eleição de 2022 em São Paulo. “Devia ter entrado no carro e ido embora.”

Ela se vê abandonada por Jair Bolsonaro (PL), de quem era uma das principais aliadas, e discorda do ex-presidente, que credita a ela a derrota para Lula (PT) naquele pleito. “Não só eu, como outras pessoas também perderam a amizade do presidente no momento que precisaram”, afirma.

Na última semana, o STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria para condená-la a 5 anos e 3 meses de prisão em regime semiaberto e à perda de mandato por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma. O julgamento está suspenso.

Porta-voz de destaque do discurso bolsonarista contra urnas, ela ainda buscará reverter, no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), uma condenação por desinformação.

Para representar a direita na eleição de 2026, Zambelli defendeu os nomes de Michelle e Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Após a entrevista, a deputada procurou a reportagem e disse ter mudado de ideia sobre a resposta, afirmando ser muito cedo para falar sobre um cenário ainda não definido.

Folha: Como a sra. define seu momento atual?
Zambelli: Estou num momento mais difícil politicamente falando. Nunca imaginei passar por uma situação dessa. Uma possível prisão, por um crime que não cometi. Considero isso uma perseguição política.

Folha: Na última segunda-feira, o ex-presidente Bolsonaro disse ‘a Carla Zambelli tirou o mandato da gente’, sobre o episódio com a arma. Como avalia essa fala?
Zambelli: Eu discordo do presidente Bolsonaro. Eu acho que atrapalhou, sim. Mas não teve vários dias de divulgação dessa imagem. Foi simplesmente meio dia. Não acho que tanta gente tenha mudado de opinião em relação ao voto que daria. É um peso bastante grande ter ouvido aquilo. Pesou bastante nas minhas costas. Na verdade, desde 2022 enfrento depressão por causa desse episódio e tive vários momentos bem ruins. Ter ouvido isso dele me deixou bastante chateada.

Folha: A sra. se vê, de certa forma, abandonada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro?
Zambelli: Sim.

Folha: O que a sra. esperava?
Zambelli: Acho que esperava apoio. Desde 2013 eu apoio o Bolsonaro. Antes como ativista, nas causas dele, ajudei na eleição de 2018. Durante todo o governo. Acho que eu fui uma das pessoas mais linha de frente dentro do Congresso para poder defender o governo, o presidente. Esperava ter algum tipo de retribuição em relação a isso. Ou seja, contar com a amizade dele nesse momento difícil. Mas acho que não só eu, como outras pessoas também perderam a amizade do presidente no momento que precisaram.

Folha: A sra. pretende ir em algum ato a favor de Bolsonaro, como no dia 6 de abril na av. Paulista?
Zambelli: Não, eu não vou no dia 6 de abril, porque é sobre anistia. Se chegar na Câmara para votar, vou votar a favor da anistia, mas não posso agora me colocar em risco no meio do meu julgamento.

Folha: Em 2023, em entrevista à Folha, a sra. disse que Bolsonaro deveria ter sido claro sobre o que pensava, dizendo para as pessoas saírem dos quartéis, e também que ele deveria estar no Brasil para liderar a oposição. Mantém essa avaliação?
Zambelli: Mantenho. Acho que ele tinha que estar no Brasil e tinha que ter falado para as pessoas saírem de frente do quartel. Devia ter esclarecido, ou ter feito a live lá de fora, falado ‘já tô fora do Brasil, agora não tem mais chance de voltar atrás’, e pedir para as pessoas irem embora. Isso evitaria o que aconteceu depois.

Folha: O ex-presidente ainda se coloca como possível candidato, apesar de estar inelegível. Como a sra. vê o cenário para 2026, quem poderia representar a direita?
Zambelli: Tem a Michelle, a esposa do Bolsonaro, que é uma excelente candidata. Eu acho que é uma pessoa boa e que deveria ter o apoio do presidente. O Tarcísio [de Freitas] também é outra opção. Só espero que a gente tenha isso dito com antecedência, que nos digam com antecedência para a gente poder trabalhar. Ele [Tarcísio] hoje é uma pessoa que agrada também a esquerda, agrada o sistema, porque ele tem uma certa entrada pelo STF, tem amizade com alguns ministros. Acho que talvez o Tarcísio seja um bom nome na perspectiva do Bolsonaro.

Folha: E na sua perspectiva?
Zambelli: O Eduardo [Bolsonaro] é um bom nome, mas não sei se ele teria o apoio da população como um todo. E a própria Michelle, eu gosto muito do nome dela. Independente do que o Bolsonaro falou sobre mim.

Folha: O ex-presidente Bolsonaro se tornou réu no caso da trama golpista. Como a sra. vê essas acusações, especialmente envolvendo a minuta de estado de defesa e de sítio?
Zambelli: Acho que é absurdo. Como é que um artifício, uma lei que está dentro da Constituição Federal, pode ser golpe? Acho que não tem nada a ver. Primeiro, porque não foi colocado de fato. Pode ter sido aventado, mas não foi colocado em votação. E segundo que não houve golpe. O Lula teve o poder, pegou o poder e continuou no poder numa boa. O que teve foi uma manifestação com alguns vândalos, com outras pessoas também defendendo bastante os lugares. Não acho que teve nada a ver com o golpe que aconteceu no final de 2022 e início de 2023.

Folha: E sobre as minutas?
Zambelli: Eu recebi uma minuta. Era uma espécie de um decreto, uma coisa assim, e perguntei na época para uma das pessoas do jurídico do presidente Bolsonaro, do Palácio do Planalto, e ele me disse que era fake.
Não acho que o Bolsonaro, algo que está impresso, ou que eventualmente chegou na mão dele… Chegou na minha mão também, e nem por isso eu tinha algum envolvimento com o golpe.

Folha: O relatório da PF em que o ex-presidente foi indiciado afirma que a sra. foi citada no depoimento do ex-comandante da Aeronáutica Baptista Jr. e que teria dito a ele: ‘Brigadeiro, o sr. não pode deixar o presidente na mão’. O que a sra. quis dizer?
Zambelli: Na verdade, eu falei em dar força para o presidente. O presidente tinha perdido as eleições e eu falei para ele dar uma força para o presidente. Ele, na época, não respondeu nada. E ele diz na Polícia Federal que respondeu que não faria nada de ilegal, alguma coisa assim. Ele não respondeu isso. Ele mentiu no depoimento dele.

Folha: Quando a sra. diz dar uma força para o ex-presidente, havia uma expectativa de que houvesse algum caminho para que ele ainda se mantivesse no poder?
Zambelli: Existia, sim. Existia a possibilidade, por exemplo, do artigo 142 colocar não ele no poder, né, mas as Forças Armadas no poder, para depois fazer uma nova eleição e tal com urna impressa. Mas assim eram comentários de algumas pessoas e que a gente não via de fato acontecer isso de verdade, não tinha nenhuma ação para isso acontecer.

Folha: A sra. foi condenada a cassação e inelegibilidade no TRE-SP e tem maioria pela condenação no STF no caso da arma. Acredita que vai conseguir reverter esses casos na Justiça?
Zambelli: No caso da cassação, a gente tem o TSE agora, para recorrer. É lógico que as chances são baixas, mas a gente vai recorrer e vai tentar. [Senão] Não só eu perco o mandato, mas os deputados que foram levados com os meus votos. Em relação à condenação do STF por porte ilegal, ainda tenho sim esperança. Acho que o Gilmar Mendes, o ministro relator, e os outros ministros que já votaram, eles eventualmente podem não ter visto meu porte [de arma] lá na minha defesa, mas eu tinha porte federal. [Gilmar aborda esse argumento em seu voto]

Folha: [No caso das armas] A sra. considera que a situação naquele dia foi proporcional ao que aconteceu?
Zambelli: Foi proporcional porque teve um tiro. E no momento que teve o tiro e que o policial caiu no chão, ele [Luan Araújo, o homem perseguido] estava em flagrante delito, o policial tinha dado voz de prisão para ele. Eram quatro homens que não só me ofenderam, cuspiram em mim, me xingaram, empurraram meu filho e me empurraram também. Aí, quando ele foge e eu escuto o tiro, eu só saco a arma depois do tiro. Então, ela foi proporcional, porque quando tem um tiro, você pode sacar sua arma… Na verdade, até antes do tiro eu poderia sacar a arma, né? Depois a gente ficou sabendo que o tiro tinha sido disparado pelo próprio policial quando caiu. Mas eu, ouvindo um tiro, tenho como pensar que pode ter sido outra pessoa. Então, acho que foi proporcional, sim. Pegando todo o contexto, não acho que eu estava errada.

Folha: No vídeo, depois que ele tinha ofendido a sra, é no momento que ele já está se afastando em que a sra. começa a correr atrás dele.
Zambelli: É o momento que eu caio. Na verdade, ele não está se afastando. O carro dele estava no lado contrário, pelo qual ele tava andando. O que aconteceu foi que ele me chamou de prostituta e na hora a cabeça ferveu e eu queria bater nele. Minha ideia ali nunca era sacar a arma. Era trocar soco com ele, a princípio. E depois que teve o tiro, eu tirei a arma. Aquilo ali foi só uma atitude infeliz que eu tive de ir atrás dele. Infelizmente, ali foi onde eu errei, de querer trocar as tapas, soco, com o homem. Eu jamais ia ganhar um negócio desse.

Como mulher eu deveria ter ido embora, ter cuidado da minha vida, ter aguentado…[Mas] naquele dia eu tinha passado a madrugada recebendo muita ameaça de morte. E aquele alerta que eu estava acabou prejudicando o meu julgamento.

Folha: Caso a sra. não consiga reverter a inelegibilidade, pretende voltar para a política depois?
Zambelli: Pretendo, em 2030. Não vão se livrar tão cedo de mim.

Com informações da Folha de S.Paulo

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