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Foram selecionadas sete iniciativas que incentivam o desenvolvimento sustentável da floresta amazônica e de comunidades indígenas; os projetos sustentáveis receberão apoio financeiro

O Fundo JBS pela Amazônia (FJBSA) selecionou sete projetos que criam iniciativas sustentáveis para preservar a floresta amazônica, incentivar o desenvolvimento científico e tecnológico do bioma e melhorar a qualidade de vida das comunidades tradicionais e indígenas. Eles receberão apoio financeiro da instituição para fomentar suas propostas.

Entre mais de cem propostas, os selecionados passaram por critérios como atender as demandas das comunidades de forma inclusiva e participativa. Os projetos escolhidos incluem pesquisas científicas que incentivam a bioeconomia, por exemplo, o estímulo à produção de artesanatos e castanha-do-pará em terras indígenas.

“São projetos inovadores que, sem dúvida, trarão grandes contribuições para a cadeia produtiva amazônica e para as comunidades locais”, afirmou Andrea Azevedo, diretora de Programas e Projetos do FJBSA.

Os projetos

Corredor sustentável de cacau: busca integrar iniciativas, atualmente geridas por diversas organizações, por meio de um modelo de Arranjo Produtivo Local, criando o primeiro Corredor de Cacau do mundo. O projeto combina conservação florestal e restauração, além de promover o aumento da renda direta dos produtores e aumentar a produção nacional de cacau em até 90 mil toneladas.

InovAmazônia – Ingredientes da Amazônia: promove pesquisas que buscam desenvolver novos produtos a partir da biodiversidade amazônica, por exemplo, os alimentos vegetais (plant-based), muito consumidos por pessoas veganas e com restrições alimentares. Entre as seis pesquisas financiadas pelo fundo, serão priorizadas aquelas que envolvam comunidades locais e utilizem a economia circular para valorizar cadeias produtivas já existentes.

Mãos Indígenas, Floresta em Pé: estimula o protagonismo feminino e de jovens no fortalecimento da governança territorial indígena e potencializa cadeias de valor da sociobiodiversidade, a fim de dinamizar a bioeconomia em territórios indígenas. O projeto busca conservar 4,5 milhões de hectares de florestas e beneficiar 650 famílias, que terão incremento de renda por meio da bioeconomia.

Bioplástico da Amazônia: procura desenvolver um material sustentável para substituir o polipropileno a partir do aproveitamento de fibras amazônicas. Com isso, o projeto estimula a economia da floresta, garante sua preservação e gera renda para comunidades da região da Amazônia.

Proteínas da Amazônia: busca alternativas para a extração de proteína da semente de cupuaçu e da castanha-do-Pará para aplicações na indústria alimentícia. A iniciativa promoverá pesquisas aplicadas que avaliarão a viabilidade dos projetos.

Projeto Pirarucu Sustentável: apoia o projeto “Pesca Justa e Sustentável”, que capacita técnicos e adquire equipamentos para os cursos voltados para a linha de produtos da Associação dos Produtores Rurais de Carauari. Além disso, desenvolve diagnósticos de uso de água e resíduos da indústria da pesca, auxiliando na identificação de problemas.

Geoflora – Automação Florestal e Espacialização de Carbono: estuda a dinâmica do carbono por meio de tecnologia de ponta, que monitora a emissão de gases estufa e o desmatamento. A iniciativa também trabalha com a valoração de ativos ambientais e crédito de carbono, sendo importante para estruturar uma cadeira de restauração.

Com informações do Observatório3setor