Há evidências contínuas de que as forças armadas russas estão cometendo crimes de guerra na Ucrânia, incluindo ataques ilegais com armas explosivas, ataques que prejudicam civis, tortura, violência sexual e de gênero e ataques à infraestrutura de energia.
O presidente russo, Vladimir Putin, já havia sido denunciado pelo Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra e crimes contra a humanidade, levando o procurador da corte a pedir sua prisão. A queixa se refere especificamente às violações cometidas contra crianças, deportadas para o território russo.
No caso do novo informe, suas conclusões não significam que haverá uma nova sanção imediata sobre os russos. Mas amplia a pressão política sobre os russos.
Os novos dados também constrangem os países aliados ao Kremlin, que justificam que as acusações até agora eram feitas apenas por governos ocidentais. O trabalho dos inspetores é feito de forma independente.
Desde sua criação, os membros da comissão viajaram mais de dez vezes para a Ucrânia. No decorrer de suas investigações, seus membros e investigadores se reuniram com autoridades governamentais, organizações internacionais, sociedade civil e outros grupos.
Para o governo ucraniano, o informe revela a necessidade de que os responsáveis pelos crimes sejam processados e punidos. Os governos dos países bálticos também defenderam que não haja impunidade diante das violações, enquanto a União Europeia condenou a invasão russa e alertou que os dados sobre tortura possam significar “crimes contra a humanidade”.
Com informações da coluna de Jamil Chade / Uol