
O Fundo Lira (Legado Integrado da Região Amazônica) distribuirá R$ 6,8 milhões a 53 projetos de impacto socioambiental em seu novo ciclo, entre 2025 e 2026. No período, serão destinados até R$ 150 mil diretamente a comunidades que mantêm a Amazônia de pé.
O fundo é uma iniciativa do IPÊ (Instituto de Pesquisas Ecológicas), que tem projetos de conservação em todo país.
Proteção
Beneficiária do Lira desde 2020, a Associação dos Produtores Agroextrativistas da Assembleia de Deus do Rio Ituxi, no Amazonas, existe desde 1997 e promove o uso de recursos da floresta em pé para gerar renda, como a venda de açaí, castanha e peixes.
Com o dinheiro recebido, conseguiu aumentar o monitoramento contra o desmatamento ilegal e o envenenamento de lagos. Antes, segundo Laureni Barros, presidente da associação, não havia como fiscalizar crimes ambientais em tempo integral.
Neste ano, com R$ 90 mil, será possível comprar botes, combustível e materiais de pesca, além de contratar frete para transportar produtos e apoio técnico para o manejo sustentável do solo.
“Da floresta nós tiramos também nossas existências. A gente tem aqui os nossos meios de vida” diz Laureni Barros.
De acordo com Takaktum Mekragnotire, da Associação Mekrãgnotire Sul, também beneficiada pelo fundo, os recursos vão ajudar no pagamento e capacitação de brigadistas e, ainda, vão possibilitar a compra de novos equipamentos de segurança para apagar incêndios florestais.
Desde 2002, a instituição representa cinco aldeias indígenas do Pará e Mato Grosso do Sul na resistência contra problemas ambientais e invasões de terras. O Lira vai pagar R$ 60 mil para a instituição.













