Onça capturada no Pantanal passa por check-up de saúde - Foto: Saul Schramm / Agência de Notícias do MS
A onça-pintada que teria matado e comido o corpo do caseiro Jorge Ávalos, 60, em Mato Grosso do Sul, expeliu fragmentos ósseos e cabelo “possivelmente humanos” após ter sido capturada. Análises solicitadas pela Polícia Civil vão mostrar se os materiais são de origem humana e se eram da vítima.
Materiais foram encontrados nas fezes do animal em dois momentos. Primeiro, durante o transporte do felino, que é macho, após a captura. Depois, no CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), em Campo Grande, para onde foi levado.
Ainda não é possível afirmar que o material coletado é humano. O delegado Luis Fernando Domingos Mesquita, responsável pelo caso, informou que a comprovação só poderá ser realizada após a conclusão de laudos. “Mas podemos afirmar, com certa convicção, que, de fato, o que ocorreu foi um ataque de animal silvestre de grande porte”, declarou o delegado.
A Polícia Civil pediu diversos laudos à Polícia Científica. Serão analisados o DNA dos restos mortais de Jorge, do sangue coagulado encontrado na área do ataque e dos materiais presentes nas fezes do animal.
A investigação também tenta confirmar se foi o ataque de onça que causou a morte do caseiro.
Relembre o caso
Restos mortais de Jorge Ávalos foram encontrados no último dia 22 de abril perto de uma propriedade rural de Aquidauana, em Mato Grosso do Sul. Partes do corpo de Jorge foram achadas no entorno de uma toca onde a onça repousava.
Homem teria sido atacado perto de um pesqueiro, dentro do local onde trabalhava como caseiro da área de pesca. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram marcas de sangue vistas por moradores no sítio, conhecido como pesqueiro Touro Morto, no Pantanal, às margens do rio Miranda.
Após a confirmação da morte de Jorge, órgãos estaduais iniciaram buscas pela onça. O animal foi capturado no dia 24 de abril enquanto rondava a mata. Após a captura, ele foi transportado para o CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) de Campo Grande para passar por exames médicos que irão ajudar na compreensão sobre o ocorrido. A informação é da PMA-MS (Polícia Militar Ambiental de Mato Grosso do Sul).
Onça não voltará para a natureza. O bicho deverá ser levado a uma instituição mantenedora de fauna e existe a possibilidade de ser incorporado ao Programa de Manejo Populacional da Onça-Pintada, coordenado pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).
Situação de magreza pode ter contribuído para o ataque. ”Um animal magro pode já ser mais idoso ou está passando por algum tipo de problema e, portanto, pode estar tendo dificuldade de capturar suas presas habituais no ambiente natural. Isso pode ter levado ele a buscar fontes de recurso mais fácil, como a presa humana”, explicou o biólogo Tiago Leite.
O biólogo disse ainda que ataques predatórios como esses são muito raros. Ele esclarece que, em áreas naturais sujeitas a impactos ambientes, há uma tendência de que animais passem a buscar tipos de presas não habituais, como animais domésticos e, raramente, humanos.
A 33ª Sessão Plenária da Câmara Municipal de Manaus (CMM), realizada nesta quarta-feira (7 de maio), debateu inclusão social para pessoas em situação de...
A Câmara Municipal de Manaus (CMM), por meio da Comissão Especial de Atualização do Código Ambiental de Manaus realizou, nesta segunda-feira (5 de maio),...