O alto índice de feminicídio no Amazonas, revelado pelo estudo “Cartografias da Violência na Amazônia” do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, representa um grito de socorro das mulheres vítimas de violência por melhorias na estrutura de segurança no estado, disse o deputado federal Sidney Leite (PSD).
O parlamentar fez um pronunciamento sobre o tema, nesta terça-feira (11), e cobrou, ainda, a conclusão das obras da Casa da Mulher Brasileira, em Manaus.
“Neste mês em que comemoramos o Dia Internacional da Mulher, as amazonenses não têm o que comemorar”, declarou o deputado. “Os números são um grito de socorro, um clamor por justiça e proteção para as nossas mulheres”, afirmou.
Conforme o estudo do Anuário Brasileiro de Segurança, o Amazonas possui uma das piores taxas de feminicídio do Brasil, com 6,4 mortes para cada 100 mil mulheres. Isso é quase o dobro da média nacional. Dados da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) apontam para um aumento de 30% nos casos de feminicídio no ano passado.
Para o deputado, há um descaso do governo estadual em promover melhorias na estrutura de segurança e proteção às mulheres vítimas de violência. Ele destacou que, em 2020, a bancada federal de deputados e senadores do Amazonas destinou R$10 milhões em emendas para a construção da Casa da Mulher Brasileira, mas a obra ainda não foi entregue.
O parlamentar também criticou a ausência de delegacias especializadas no atendimento das mulheres, com funcionamento 24 horas, em todas as regiões da cidade. Hoje, apenas uma delegacia fica aberta e funciona na Bola do Eldorado. As demais fecham a partir das 17h e não abrem sábados, domingos e feriados.
“Isso é um descaso do governo do estado. Lamentavelmente, as delegacias na cidade de Manaus fecham às 17h durante a semana e não funcionam aos finais de semana e feriados”, criticou o parlamentar.
Com informações da assessoria