Foto: Rodolfo Pongelupe

A Fundação Amazônia Sustentável (FAS) destacou, na 13ª Reunião Anual da Força-Tarefa de Governadores para o Clima e Floresta (GCF Task Force), que está acontecendo, nesta semana, em Mérida, no México, uma das iniciativas regionais mais importantes para o combate ao desmatamento e emissão de gases poluentes na atmosfera, o projeto “Destravando e Alavancando o Desenvolvimento de Baixas Emissões”, conhecido como Janela B.

O Janela B é formado por uma rede estratégica destinada a dar apoio ao desenvolvimento, implementação e adequação dos planos subnacionais e nacionais de combate ao desmatamento, queimadas e degradação florestal.

Com base nas estratégias de REDD+ (Redução de Emissões do Desmatamento e Degradação Florestal), a iniciativa reúne os nove Estados da Amazônia Legal: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

O projeto visa trazer impactos positivos à região amazônica por meio da habilitação dos estados para o Padrão ART/TREES, um programa de excelência global voluntário de carbono de alta qualidade criado para registrar, verificar e emitir créditos de redução de emissões nos países.

Esse padrão permite transações e viabiliza o acesso ao mercado voluntário de carbono, e também a vários tipos de financiamento climático. Um deles é a coalização LEAF (Lowering Emissions by Accelerating Forest Finance), um fundo de investimentos internacional bilionário com o objetivo de impulsionar as negociações de créditos de carbono com alto valor agregado.

As atividades são desenvolvidas em uma atuação da FAS junto com a Conservação Internacional, The Nature Conservancy, Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, Instituto Centro de Vida (ICV), BVRio e Earth Innovation Institute. O projeto é realizado em parceria com a Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas (GCFTF) no Brasil, o Fórum de Secretários de Meio Ambiente da Amazônia Legal e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

A gerente do Programa de Soluções Inovadoras da FAS, Gabriela Sampaio, destaca a importância da presença da instituição no GCF. “O evento tem como objetivo reunir todos esses atores estratégicos para a discussão dos temas, seja do segmento empresarial, governamental, ambiental ou da sociedade civil, vislumbrando um futuro mais digno e justo para a população local. Junto a isso, a FAS está presente visando o desenvolvimento sustentável da região amazônica através da sua atuação por meio de redes”, afirma Sampaio.

GCF Task Force

Considerada a maior aliança subnacional para a conservação ambiental e do clima, a GCF Task Force reúne 43 estados, departamentos e províncias de 10 países, que juntos detêm aproximadamente um terço das florestas tropicais do mundo.

Em sua 13ª edição, o evento concentrou suas discussões em temas sobre ecossistemas saudáveis, governança integrada e troca de conhecimento para o fortalecimento do Plano de Ação de Manaus (MAP, em inglês).

Lançado no último encontro do GCF, em março de 2022, no Amazonas, o documento é uma carta que engloba compromissos e metas assumidas pelos membros do grupo com a finalidade de reduzir as emissões de poluentes e beneficiar as populações.

Entre os principais compromissos, os parceiros têm a missão de reduzir o desmatamento em pelo menos 80% em relação aos níveis atuais até 2030, alinhados aos compromissos já assumidos pelos estados subnacionais membros. Outro objetivo essencial é aumentar os esforços de restauração e adaptação das florestas, além de aumentar a resiliência das florestas tropicais com visão a longo prazo.

Biósphera Summit

A GCF Task Force também acontece em paralelo ao Biósphera Summit, um evento colaborativo com discussão sobre os seguintes temas: Povos Indígenas e Comunidades Locais, Governança e Políticas Públicas para o Desenvolvimento Sustentável, Saúde Integrativa, Economia do Futuro, Conservação, Conhecimento, e Tecnologia Verde e Inovação.

O Biósphera também proporciona uma troca conhecimentos e experiências para a regeneração da saúde do planeta e para a garantia da justiça social.

“A questão não é apontar para A ou B, o objetivo é nos unirmos. Atualmente, temos grandes problemas, mas eles abrem oportunidades para construirmos soluções à altura. Sem dúvidas, teremos êxito em nossa luta de garantir um futuro mais saudável e justo para as próximas gerações. Nada disso será em vão”, finaliza Gabriela.

Com informações da assessoria